Repositório RCAAP
Relações entre idade, porcentagem de consoantes corretas e velocidade de fala
TEMA: faltam informações a respeito da relação entre idade, velocidade de fala e desempenho na fala. OBJETIVO: analisar e comparar o desempenho de crianças, de acordo com a faixa etária, quanto ao índice de porcentagem de consoantes corretas (PCC) e medidas de velocidade de fala, bem como determinar a relação entre essas variáveis. MÉTODO: os participantes deste estudo foram duzentas crianças agrupadas em três faixas etárias: 6:0 a 8:0 anos (Grupo I), 8:1 a 10:0 anos (Grupo II); 10:1 a 12:6 anos (Grupo III). Foram aplicados testes de velocidade de fala, de nomeação de figuras e imitação de vocábulos (ABFW - Teste de Linguagem Infantil) e calculados os índices porcentagem de consoantes corretas (PCC). A análise de variância (ANOVA) foi utilizada para a comparação do desempenho dos grupos, seguida pelo teste de Tukey. Para analisar a relação entre idade, velocidade de fala e PCC foi utilizado o teste de correlação de Pearson. RESULTADOS: houve diferença significante entre os três grupos quanto ao PCC e a velocidade de fala (p < 0,001). De acordo com o teste de velocidade de fala usando o estímulo /pataka/, houve diferenças significantes entre o grupo I e os outros dois grupos (p < 0,01). Houve correlação positiva e significante entre idade, desempenho nas tarefas de PCC e velocidade de fala (p < 0,05). CONCLUSÃO: o desempenho na fala, medido pelo PCC, e a velocidade de fala aumentaram de acordo com a faixa etária, resultando em diferenças significantes entre os grupos. O aumento do PCC e da velocidade de fala foram diretamente proporcionais.
2022-12-06T15:50:15Z
Folha,Gislaine Aparecida Felício,Cláudia Maria de
Taxa de elocução de fala segundo a gravidade da gagueira
INTRODUÇÃO: o aspecto da duração da fala tem sido investigado acusticamente por estar relacionado ao ritmo e taxa de elocução. A análise da fala de gagos tem revelado dados, por vezes, diferentes daqueles encontrados nos não-gagos, devido às perturbações temporais no controle motor da fala do gago. OBJETIVO: comparar as taxas de elocução de indivíduos com diferentes gravidades de gagueira. MÉTODO: foram selecionados seis adultos gagos, tendo dois deles gagueira de grau leve, dois de grau moderado e dois grave. As palavras "cavalo", "pipoca" e "tapete" foram introduzidas na frase-veículo "Digo...... baixinho". Cada frase foi emitida pela pesquisadora e repetida em voz alta três vezes pelos indivíduos, com gravação em computador. Foram desconsideradas as frases em que ocorreram disfluências. Posteriormente, foram realizadas as medidas de duração, no programa Praat 4.2. As frases foram divididas em segmentos delimitados por dois onsets vocálicos consecutivos, e então, foram calculadas as taxas de elocução (número de segmentos vogal-vogal dividido pela soma total da duração dos segmentos). Os dados foram analisados através de ANOVA. RESULTADOS: o grupo com gagueira de grau leve e moderado apresentou taxas de elocução semelhantes e maiores, diferenciando-se estatisticamente do grupo com gagueira grave, indicando que quanto maior a gravidade, menor a taxa de elocução. A diferença parece dever-se às dificuldades na programação motora que afetam principalmente o ritmo e a temporalidade do discurso. CONCLUSÕES: a taxa de elocução de fala fluente, durante tarefa de repetição, diferenciou os indivíduos estudados segundo a gravidade da gagueira.
2022-12-06T15:50:15Z
Arcuri,Cláudia Fassin Osborn,Ellen Schiefer,Ana Maria Chiari,Brasília Maria
Estimulação em consciência fonêmica e seus efeitos em relação à variável sexo
TEMA: estimulação em consciência fonêmica e a comparação de seus efeitos entre os sexos. OBJETIVO: verificar o possível ganho no desempenho em tarefas envolvendo habilidades de consciência fonêmica em meninos e meninas após desenvolvimento de programa de estimulação em consciência fonêmica. MÉTODO: a amostra foi composta de alunos da segunda série do Ensino Fundamental, sendo 18 meninos e 18 meninas, com desenvolvimento típico de linguagem. O estudo compreendeu três etapas. Na primeira e na última etapa, foram realizadas as triagens audiológicas, as avaliações fonoaudiológicas e das habilidades em consciência fonêmica através do Protocolo de Tarefas de Consciência Fonológica. Na fase intermediária, o programa de estimulação em consciência fonêmica foi previamente planejado e, em seguida, aplicado em sala de aula. RESULTADOS: meninos e meninas apresentaram melhor desempenho após o desenvolvimento do programa de estimulação em todas as tarefas de consciência fonêmica, com diferença estatisticamente significativa. Com relação à interferência da variável sexo, se constatou que antes do programa de estimulação, houve diferença significativa entre meninos e meninas na tarefa de detecção fonêmica em posição final. Após a estimulação, essa diferença permaneceu significativa na mesma tarefa e se revelou importante estatisticamente também nas tarefas de segmentação fonêmica de palavras com seis fonemas e de reversão fonêmica para palavras com dois e três fonemas. CONCLUSÃO: percebe-se que, na maioria das tarefas em consciência fonêmica, as meninas obtiveram melhor desempenho, mesmo que em alguns casos o resultado não tenha sido estatisticamente significativo. Além disso, o programa de estimulação dessas tarefas foi eficaz.
2022-12-06T15:50:15Z
Moura,Simone Raquel Sbrissa Mezzomo,Carolina Lisbôa Cielo,Carla Aparecida
Ruído e idade: análise da influência na audição em indivíduos com 50 - 70 anos
TEMA: entre os fatores que podem causar alterações auditivas em adultos estão a idade e a exposição ao ruído. Estes fatores são considerados aditivos, pois seus efeitos causam danos nas células ciliadas do órgão de Corti. OBJETIVO: verificar se a exposição ao ruído ocupacional é um risco importante para as alterações auditivas em adultos na faixa etária de 50 a 70 anos, além do desgaste auditivo próprio do fator idade. MÉTODO: foram estudados (estudo coorte histórico) os audiogramas de 71 homens, de 50 a 70 anos, divididos em 2 grupos (Grupo 1 com histórico de exposição ocupacional ao ruído e Grupo 2 sem histórico de exposição ao ruído) para comparar-se os perfis auditivos. RESULTADOS: os grupos não apresentam diferenças significativas em relação à idade (p = 0,321) e há predomínio (48) de sujeitos entre 50 e 55 anos de idade,14 sujeitos com audição normal bilateral e os demais com perda auditiva neurossensorial. Encontrou-se associação entre ruído e alteração auditiva, com diferenças significativas entre os grupos para os limiares auditivos a partir de 3000Hz, sendo que no Grupo 1 estes foram piores (p < 0,05). CONCLUSÃO: os limiares auditivos dos sujeitos com idade entre 50 e 70 anos estão piores no grupo exposto ao ruído. O ruído é um fator de risco maior do que a idade nas alterações auditivas neurossensoriais.
2022-12-06T15:50:15Z
Gonçalves,Cláudia Giglio de Oliveira Mota,Pedro Henrique de Miranda Marques,Jair Mendes
Memória operacional fonológica e suas relações com o desenvolvimento da linguagem infantil
TEMA: memória operacional fonológica e desenvolvimento de linguagem em crianças com desenvolvimento normal de linguagem. OBJETIVO: descrever e discutir os achados encontrados sobre a avaliação da memória operacional fonológica em crianças em desenvolvimento normal desde a década de oitenta. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre memória operacional fonológica e sua relação com o desenvolvimento das habilidades de linguagem em crianças normais. As fontes utilizadas foram livros, monografias, teses, dissertações e artigos publicados nas bases de dados Lilacs, Pubmed, Scielo e Medline. Foram analisados nessas pesquisas a constituição dos testes e os resultados referentes aos efeitos de extensão e idade em relação à memória operacional fonológica para falantes do Inglês e do Português do Brasil. CONCLUSÃO: de acordo com a literatura consultada, esses estudos demonstraram uma relação entre o conhecimento fonológico e lexical e a memória operacional fonológica em crianças em desenvolvimento normal de linguagem.
2022-12-06T15:50:15Z
Rodrigues,Amalia Befi-Lopes,Debora Maria
Comunicação suplementar e/ou alternativa: abrangência e peculiaridades dos termos e conceitos em uso no Brasil
TEMA: a Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA) vem se expandindo em nosso país, porém, ainda não se constitui em prática de amplo conhecimento. Na literatura internacional situa-se como "Augmentative and Alternative Communication" (AAC), contudo, não existe uma versão oficial e/ou consagrada em nosso meio. OBJETIVO: fazer uma revisão das versões brasileiras em uso e discutir suas implicações, tomando como referência as publicações da International Society for Augmentative and Alternative Communication (Isaac). MÉTODO: foi feito um levantamento dos periódicos nacionais nas bases Lilacs e SciELO até 2007. RESULTADOS: foram encontradas várias versões: Comunicação Alternativa e Suplementar, Comunicação Alternativa, Comunicação Suplementar e/ou Alternativa, Sistemas Alternativos e Facilitadores de Comunicação, Comunicação Suplementar, Comunicação Alternativa e Ampliada. CONCLUSÃO: é importante que uma versão, além da consagração pelo próprio uso, carregue os sentidos originais a que se propõe bem como esteja em consonância com recomendações/políticas da área, como as propostas pela Isaac. Trata-se de discussão relevante para consolidação e fortalecimento da CSA no Brasil bem como para a definição dos descritores em Saúde.
2022-12-06T15:50:15Z
Chun,Regina Yu Shon
Apraxia da fala na infância em foco: perspectivas teóricas e tendências atuais
TEMA: o aparecimento da desordem práxica durante os primeiros anos do desenvolvimento infantil tem sido freqüentemente denominado de apraxia da fala na infância. As perspectivas teóricas atuais direcionam o fonoaudiólogo a novas tendências em relação à intervenção terapêutica. OBJETIVO: realizar revisão bibliográfica sobre a apraxia da fala na infância nos últimos anos. CONCLUSÃO: constata-se nos textos atuais sobre apraxia de fala na infância uma tendência das pesquisas que poderá desencadear uma abordagem terapêutica mista, na qual se contemple tanto os aspectos pertinentes ao processamento de linguagem num nível representacional fonológico, quanto os aspectos pertencentes ao nível de programação motora e de seqüenciamento pré-articulatório da fala propriamente dita.
2022-12-06T15:50:15Z
Souza,Thaís Nobre Uchôa Payão,Miscow da Cruz Costa,Ranilde Cristiane Cavalcante
Doença do refluxo gastroesofágico e retardo de linguagem: estudo de caso clínico
TEMA: co-ocorrência entre problemas alimentares e de linguagem oral. OBJETIVO: investigar as possíveis relações entre problemas de alimentação e de linguagem oral, do ponto de vista bio-psíquico. MÉTODO: clínico-qualitativo, desenvolvido por meio de estudo longitudinal de um caso clínico, de um menino de três anos, com a queixa "não fala e não come" e com diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico. RESULTADOS: o caso analisado configurou-se como emblemático da presença de relações entre problemas de linguagem oral e de alimentação. CONCLUSÃO: os resultados indicam que há relação entre os problemas de alimentação e de linguagem oral. Sendo assim, sugere-se que os fonoaudiólogos que se ocupam dos problemas de linguagem em crianças, investiguem as condutas alimentares. Da mesma forma, sugere-se que o fonoaudiólogo que trabalha com o sistema estomatognático, investigue a linguagem oral de seus pacientes.
2022-12-06T15:50:15Z
Machado,Fernanda Prada Cunha,Maria Claudia Palladino,Ruth Ramalho Ruivo
Modificações laríngeas e vocais produzidas pela técnica de vibração sonorizada de língua
TEMA: a eficácia da técnica de vibração sonorizada de língua (TVSL). OBJETIVO: investigar o impacto vocal e laríngeo e as sensações surgidas frente à execução da técnica de vibração sonorizada de língua. MÉTODO: a TVSL foi aplicada em três séries de quinze repetições, em tempo máximo de fonação com tom e intensidade habituais, com intervalos de 30 segundos de repouso passivo entre cada série. Participaram do estudo 24 sujeitos, do sexo feminino, com idades entre 20 e 30 anos, sem queixas vocais. Todos esses indivíduos foram submetidos à avaliação da laringe, por meio do exame de videolaringoestroboscopia, análise perceptivo-auditiva e acústica da voz, por meio dos programas Multi-Dimensional Voice Programa (MDVP), Model 5105 e Real Time Spectrogram, da Key Elemetrics, antes e após a execução da TVSL. RESULTADOS: após a execução da TVSL evidenciou-se diferença estatisticamente significativa para: a melhora do tipo de voz; do foco de ressonância vertical; da qualidade vocal; o predomínio de sensações positivas; a manutenção dos parâmetros das imagens laríngeas (fechamento glótico, constrição do vestíbulo laríngeo, amplitude e simetria de vibração das pregas vocais); o aumento da freqüência fundamental; a melhora de parâmetros da avaliação espectrográfica, em filtros de Banda Larga e Banda Estreita e a melhora da constrição medial do vestíbulo, conforme o aumento do tempo de execução da TVSL. CONCLUSÃO: a TVSL apresenta modificações sobre a fonte glótica e sobre o filtro ressonantal.
2022-12-06T15:50:15Z
Schwarz,Karine Cielo,Carla Aparecida
Ataxia espinocerebelar: análise perceptivo-auditiva e acústica da fala em três casos
TEMA: a disartria é freqüentemente descrita como característica marcante dentre as diversas manifestações clínicas das ataxias espinocerebelares (AEC). OBJETIVO: caracterizar as alterações perceptivo-auditivas e acústicas da fala de três pacientes com ataxia espinocerebelar e verificar a presença de manifestações comuns entre os casos. MÉTODO: amostras de fala de dois homens com AEC-3 e de um com AEC-2 foram coletadas e analisadas acústica e perceptivamente. RESULTADOS: foi identificada voz tensa e soprosa, instabilidade vocal, aumento da proporção ruído-harmônico, redução da diadococinesia oral de sílabas alternadas e redução da velocidade da fala nos três indivíduos, além de desvios ressonantais e da relação s/z. CONCLUSÃO: manifestações fonatórias e dos padrões temporais da fala parecem ser características de pacientes disártricos com ataxia espinocerebelar.
2022-12-06T15:50:15Z
Barreto,Simone dos Santos Nagaoka,Joana Mantovani Martins,Fernanda Chapchap Ortiz,Karin Zazo
Enfrentar a realidade metodologicamente: o Zopp e a organização do trabalho fonoaudiológico por estagiários em UBS
No summary/description provided
2022-12-06T15:50:15Z
Maldonade,Irani Rodrigues
Limites de movimentos mandibulares em crianças
TEMA: a determinação dos limites de movimentos mandibulares é um importante procedimento na avaliação do estado funcional do sistema estomatognático, porém poucos são os estudos que focalizam os parâmetros de normalidade ou desvios em crianças. Objetivos: definir as médias dos limites de movimentos mandibulares em crianças brasileiras de 6 a 12 anos de idade; verificar diferenças entre os gêneros, em cada faixa etária, e entre as faixas etária de 6 a 8 anos, 8:1 a 10 anos e 10:1 a 12 anos de idade. MÉTODO: participaram 240 crianças, escolares do interior do Estado de São Paulo. Com o auxílio de um paquímetro digital foram mensuradas a máxima abertura mandibular, a protrusão, a excursão lateral direita e esquerda e o desvio da linha média, quando presente. O teste T Student, a Análise de variância e o pós-teste Tukey foram considerados significantes para p < 0,05. RESULTADOS: as médias das medidas da amostra foram: máxima abertura mandibular 44,51 mm, excursão lateral direita 7,71mm, excursão lateral esquerda 7,92 mm e a protrusão 7,45 mm. Não houve diferença estatística entre os gêneros. Houve aumento gradual nos limites dos movimentos mandibulares com o aumento da faixa etária, com diferenças significantes principalmente entre as faixas etárias de 6 - 8 anos e 10:1-12 anos. CONCLUSÃO: durante a infância os limites de movimentos mandibulares aumentam e a idade deve ser considerada na análise desses dados para maior precisão no diagnóstico.
2022-12-06T15:50:15Z
Machado,Barbara Cristina Zanandréa Medeiros,Ana Paula Magalhães Felício,Cláudia Maria de
Influência do tipo de transdutor na deficiência auditiva de grau profundo
TEMA: indivíduos com deficiência auditiva de grau profundo podem apresentar respostas por vibração com os fones supra-aurais devido a grande área do crânio exposta à vibração nestes transdutores. OBJETIVO: verificar a influência do tipo de transdutor na obtenção dos limiares auditivos por via aérea em indivíduos com deficiência auditiva neurossensorial de grau profundo. MÉTODO: 50 indivíduos, com idades variando de 16 a 55 anos, foram submetidos a anamnese, meatoscopia, e posteriormente, a audiometria tonal liminar e limiar de detecção de voz (LDV). As audiometrias tonal e vocal foram realizadas tanto com fones supra-aurais TDH-39 quanto com os fones de inserção ER-3A. RESULTADOS: nas audiometrias tonal e vocal, notamos que, com o fone de inserção, foram obtidos limiares auditivos mais elevados do que os obtidos com o fone supra-aural, com significância estatística nas freqüências de 250Hz e 1000Hz. Ao observarmos a diferença entre os resultados obtidos com o transdutor TDH-39 e o ER-3A em cada orelha separadamente, notamos que a diferença foi maior na orelha direita com significância estatística somente na freqüência de 250 Hz. Em relação ao sexo, notamos que as diferenças entre os transdutores foram maiores no sexo masculino com significância estatística na freqüência de 250 Hz. No entanto, no LDV, a diferença maior foi encontrada no sexo feminino. CONCLUSÃO: deficientes auditivos neurossensorias de grau profundo bilateral apresentam limiares de audibilidade mais elevados (piores) com os fones de inserção do que com os fones supra-aurais nas freqüências baixas, evidenciando a existência das respostas por vibração com os fones supra-aurais.
2022-12-06T15:50:15Z
Marangoni,Andréa Tortosa Gil,Daniela
Análise crítica de três protocolos de triagem auditiva neonatal
TEMA: conhecer a validade dos procedimentos para triagem auditiva neonatal (TAN) é fundamental, visto que a meta desses programas é identificar todos os recém-nascidos com deficiência auditiva, com um custo aceitável. OBJETIVO: estimar a especificidade e taxa de falso-positivo de protocolos de TAN, realizados com emissões otoacústicas evocadas transientes (EOET) e potenciais evocados auditivos de tronco encefálico automático (PEATEa). MÉTODOS: 200 recém-nascidos foram submetidos à TAN entre março e julho de 2006. Foram analisados três protocolos: protocolo 1, TAN realizada em duas etapas com EOET; protocolo 2, TAN realizada em duas etapas com PEATEa; e protocolo 3, TAN realizada em uma etapa com dois procedimentos - teste com EOET seguido de reteste com PEATEa para os recém-nascidos que não passaram nas EOET. RESULTADOS: apesar de não ter havido diferença estatisticamente significante quando comparadas as taxas de encaminhamento para diagnóstico audiológico obtidos nos protocolos com EOAET e PEATEa, o protocolo com EOET encaminhou quatro vezes mais recém-nascidos. O protocolo 3 apresentou a maior taxa de encaminhamento, com diferença estatisticamente significante ao ser comparado com os protocolos 1 e 2. Conclusões: a taxa de falso-positivo e conseqüentemente a especificidade foram melhores no protocolo com PEATEa, seguido dos protocolos com EOET e com EOET e PEATEa.
2022-12-06T15:50:15Z
Freitas,Vanessa Sabino de Alvarenga,Kátia de Freitas Bevilacqua,Maria Cecilia Martinez,Maria Angelina Nardi Costa,Orozimbo Alves
Níveis de compreensão de leitura em escolares
TEMA: importantes medidas de desempenho de leitura estão relacionadas com o quanto e como a criança compreende um texto. OBJETIVO: estudar o desempenho de escolares do Ensino Fundamental em tarefas de compreensão de leitura, segundo as variáveis série e rede de ensino. MÉTODO: 160 escolares de 3ª a 6ª séries do Ensino Fundamental, foram triados e posteriormente avaliados por meio do reconto e respostas a questões sobre o texto. RESULTADOS: os escolares da rede particular apresentaram melhor desempenho nas questões relacionadas a informações implícitas do texto nas 5ªs e 6ªs séries quando comparados aos da rede pública. A análise geral do efeito da escolaridade mostrou, na tarefa de reconto, desempenho melhor das 6ªs séries quanto ao número de macroproposições presentes e desempenho pior das 5ªs séries quanto ao nível de compreensão alcançado, em ambas as redes de ensino. Os escolares de 4ª, 5ª e 6ª séries apresentaram melhor desempenho que os de 3ª nas respostas a questões explícitas. A 4ª série apresentou melhor desempenho nas questões implícitas que todas as outras séries, em ambas as redes. Estes resultados evidenciaram a influência dos diferentes textos utilizados em cada série. CONCLUSÃO: apenas nas 5ªs e 6ªs séries foi verificado melhor desempenho da rede particular em relação à pública, nas respostas a questões de conhecimento implícito. Todos os escolares mostraram ter alcançado algum nível de compreensão de leitura do texto.
2022-12-06T15:50:15Z
Carvalho,Carolina Alves Ferreira de Ávila,Clara Regina Brandão de Chiari,Brasília Maria
A inteligibilidade do desvio fonológico julgada por três grupos de julgadores
TEMA: a inteligibilidade do desvio fonológico. Objetivo: comparar a inteligibilidade julgada do desvio fonológico a partir da análise de três grupos distintos de julgadores. MÉTODO: a pesquisa foi composta de duas amostras, uma amostra julgada (30 sujeitos com desvio fonológico) e outra julgadora (fonoaudiólogas, leigas e mães). Foi analisada a fala espontânea das crianças através da narração de três seqüências lógicas, as quais foram analisadas pelas julgadoras, acompanhadas por algumas questões para marcação da inteligibilidade. Para análise dos dados, foi realizada a MODA das 90 narrativas, possibilitando a análise estatística dos dados através da análise de concordância-Kappa. RESULTADOS: a análise mostrou maior concordância entre os grupos de juízes para os extremos das possibilidades de julgamento (boa e insuficiente). A concordância entre todos os grupos de julgadores foi substancial para o julgamento da inteligibilidade boa sendo mais difícil o julgamento da inteligibilidade regular. CONCLUSÃO: observou-se que quanto mais foi julgada ininteligível a fala, mais severa foi a sua classificação pelos grupos de julgadores participantes.
2022-12-06T15:50:15Z
Donicht,Gabriele Pagliarin,Karina Carlesso Mota,Helena Bolli Keske-Soares,Márcia
Voz e fala de Parkinsonianos durante situações de amplificação, atraso e mascaramento
TEMA: indivíduos com doença de Parkinson apresentam alterações de voz e fala, principalmente em relação à loudness e velocidade de fala. OBJETIVO: verificar o efeito imediato do monitoramento auditivo modificado: amplificação, atraso e mascaramento na voz e fala de indivíduos com doença de Parkinson, de acordo com os sexos. MÉTODO: 26 indivíduos com doença de Parkinson, 15 homens e 11 mulheres, com faixa etária entre 40 e 86 anos e idade média de 69 anos. O material de fala consistiu na contagem de vinte a zero, quatro vezes, em quatro diferentes situações de escuta: habitual, amplificada, atrasada e mascarada. Para análise perceptivo-auditiva foram selecionados os seguintes parâmetros: qualidade vocal, loudness, pitch, nível geral de tensão, velocidade de fala e articulação. A avaliação foi realizada por cinco fonoaudiólogas especialistas em voz. Para a análise acústica foram selecionados os seguintes parâmetros: freqüência fundamental, intensidade e tempo máximo de fonação. RESULTADOS: Por meio da análise perceptivo-auditiva, verificou-se melhora da qualidade vocal, aumento da loudness, maior tensão e melhor articulação na situação de mascaramento; piora da qualidade vocal, redução da loudness, menor tensão, lentificação na velocidade de fala e piora na articulação nas situações de atraso e amplificação. Na análise acústica, observou-se aumento da freqüência fundamental e intensidade vocal sob mascaramento e aumento do tempo máximo de fonação sob atraso. CONCLUSÃO: A situação de mascaramento produz melhores efeitos imediatos na voz e na fala dos indivíduos com doença de Parkinson e as situações de amplificação e atraso não produzem modificações imediatas satisfatórias.
2022-12-06T15:50:15Z
Coutinho,Sylvia Boechat Diaféria,Giovana Oliveira,Gisele Behlau,Mara
Eficácia de treinamento de estratégias comunicativas a cuidadores de pacientes com demência
TEMA: os déficits de comunicação na doença de Alzheimer (DA) interferem na qualidade de vida do demenciado e do cuidador, mas podem ser amenizados por estratégias comunicativas. OBJETIVO: verificar a eficácia de um programa de orientação sobre estratégias comunicativas a cuidadores de idosos com DA moderada. MÉTODO: verificaram-se o uso e a eficácia de estratégias comunicativas, antes e depois de treinamento em grupo destas, mediante análise de questionários e interações filmadas entre cuidadores e demenciados. O programa foi aplicado a sete cuidadoras. RESULTADOS: depois do programa, verificaram-se: aumento estatisticamente significante na freqüência de uso das estratégias, segundo relato das cuidadoras e observação de examinadoras; ausência de diferenças estatisticamente significantes na eficácia destas estratégias, segundo relato das cuidadoras e observação de examinadoras; ausência de mudanças na correlação entre uso e eficácia, e relato de outras mudanças relacionadas à comunicação. CONCLUSÃO: houve eficácia do programa, uma vez que se verificaram mudanças no comportamento comunicativo dos cuidadores.
2022-12-06T15:50:15Z
Roque,Francelise Pivetta Ortiz,Karin Zazo Araújo,Mariana da Silva Câmara Bertolucci,Paulo Henrique Ferreira
Teste de rastreamento de alterações de fala para crianças
TEMA: validação de instrumento de rastreamento de alterações de fala em crianças. OBJETIVO: apresentar dados da validação de um teste de rastreamento - Terdaf, desenvolvido por pesquisadores brasileiros, para detecção de alterações de fala em crianças. MÉTODO: foram avaliadas 2.027 crianças de ambos os sexos e matriculadas na 1ª série da rede municipal de ensino de Canoas (RS) em 2001 e selecionadas por meio de amostragem aleatória por conglomerados. Para verificar a sensibilidade e especificidade do teste em estudo, 200 crianças foram submetidas à avaliação de fala por um fonoaudiólogo especialista cego para os resultados do rastreamento. RESULTADOS: a prevalência estimada de distúrbio de fala na população estudada foi de 26,7%. O Terdaf apresentou sensibilidade de 81,6% (IC95%: 67,5 - 90,8%) e especificidade de 44,4% (IC95%: 36,0 - 53,2%). Quando se excluíram dos casos com Terdaf positivo as crianças que apresentaram alterações de fala exclusivamente por questões sócio-culturais a especificidade do teste aumentou para 74,1%. CONCLUSÃO: essa nova ferramenta de rastreamento de distúrbios de fala de fácil e rápida aplicação por profissionais da educação ou saúde pode tornar-se um importante aliado no diagnóstico precoce e prevenção das comorbidades associadas aos distúrbios de fala. Alguns ajustes para a aplicação do teste devem ser feitos e são apresentados neste artigo.
2022-12-06T15:50:15Z
Goulart,Bárbara Niegia Garcia de Ferreira,Jair
Crianças com encefalopatia crônica não evolutiva: avaliação audiológica e próteses auditivas
OBJETIVO: avaliar a capacidade auditiva de crianças com encefalopatias crônicas não evolutivas (ECNE) independentemente de suspeita de perda auditiva e da etiologia e caracterizar o benefício do uso de prótese auditiva em crianças com ECNE que apresentaram perda auditiva. MÉTODO: avaliação neurológica, otorrinolaringológica e audiológica e aplicação do protocolo Parent's Evaluation of Aural / Oral Performance of Children (Peach). RESULTADOS: Das 46 crianças avaliadas, encontraram-se 22 (48%) sem perdas e 24 (52%) com algum grau de perda auditiva sensorioneural. Quanto às etiologias encontradas nas 46 crianças, a maior porcentagem é de encefalopatia hipóxica isquêmica seguida de processos infecciosos e kernicterus. Quanto à suspeita de perda auditiva, nas 16 (35%) crianças cujos pais tiveram suspeita, o percentual de algum grau de perda auditiva foi de 56%, e nas 30 (65%) cujos pais não a tiveram, a avaliação audiológica revelou que 50% apresentaram algum grau de perda auditiva. O protocolo Peach se mostrou um instrumento eficaz para avaliar o benefício da prótese auditiva. CONCLUSÃO: das crianças avaliadas, mais da metade apresentou perda auditiva, no entanto, não houve relação estatisticamente significante entre a etiologia e a suspeita de perda auditiva. Assim, consideramos que não é possível prever qualquer perda auditiva a partir da suspeita e recomendamos a avaliação auditiva em todas as crianças com ECNE, pois todas as crianças com perda auditiva examinadas neste estudo revelaram benefícios importantes com o uso da prótese auditiva.
2022-12-06T15:50:15Z
Levy,Cilmara Cristina Alves da Costa Rosemberg,Sergio