Repositório RCAAP
Intoxicações em eqüinos no Brasil
Relatam-se algumas intoxicações descritas em eqüídeos no Brasil. Dentre as intoxicações por plantas, incluem-se: Senecio spp., Ateleia glazioviana, Crotalaria juncea, Equisetum spp., Pteridium aquilinum, Baccharis coridifolia, Senna occidentalis e Brachiaria spp.. Mencionam-se, também, as micotoxicoses causadas por Fusarium moniliforme, Claviceps purpurea e aflatoxinas, e as intoxicações por uréia, iodo, chumbo e inseticidas clorados.
1998
Riet-Correa,Franklin Soares,Mauro Pereira Mendez,Maria del Carmen
Parâmetros genéticos do rendimento de grãos e seus componentes com implicações na seleção indireta em genótipos de feijão preto
Trinta e dois genótipos de feijão preto (Phaseolus vulgaris L.) foram avaliados a campo, no ano agrícola de 1996/97 em Lages/SC. Foi medida a influência de três caracteres de importância agronômica sobre o rendimento de grãos por unidade de área. O experimento foi conduzido no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. O objetivo do trabalho foi estimar parâmetros genéticos e fenotípicos. A seleção direta revelou valores de ganhos genéticos superiores aos obtidos através da seleção indireta. O componente do rendimento de grãos que mais contribuiu para o progresso genético, via seleção indireta, foi o peso de mil grãos (PMG), em relação aos componentes, número de legumes por planta (NLP) e o número de grãos por legume (NGL). Os resultados encontrados revelam que os genótipos de feijão preto testados possuem ampla variabilidade genética, indicando serem excelentes fontes de germoplasma. Sendo assim, o emprego das estimativas de parâmetros genéticos como variância genética, entre linhas puras e o coeficiente de herdabilidade no sentido amplo, poderão auxiliar na seleção destes caracteres, constituindo-se numa poderosa ferramenta para os melhoristas de feijão.
1999
Coimbra,Jefferson Luís Meirelles Guidolin,Altamir Frederico Carvalho,Fernando Irajá Felix de
Influência da época de extração na qualidade fisiológica de sementes de porongo
Um experimento foi conduzido em campo e em laboratório com o objetivo de determinar a melhor época de extração, visando à obtenção de sementes de porongo de alta qualidade fisiológica. As épocas de extração das sementes foram as seguintes: na maturidade dos frutos, na senescência das plantas e 30, 60 e 90 dias após. Foram avaliados a germinação e o vigor no momento da extração e em períodos de 30 dias até 120 dias do início do armazenamento das sementes. A colheita por ocasião da senescência natural das plantas, seguida de armazenamento dos frutos à sombra, por um período de 49 e 57 dias, proporcionou a maior germinação e vigor, respectivamente, no momento da extração do fruto, sendo que o máximo peso de 1000 sementes ocorreu aos 56 dias, com 193,5g. O armazenamento das sementes no fruto esteve associado à melhoria da qualidade fisiológica das sementes por ocasião da extração, enquanto que em laboratório eliminou a dormência e aumentou a velocidade de germinação. A colheita dos frutos de porongo visando à extração das sementes deve ser realizada por ocasião da senescência das plantas; a manutenção das sementes dentro de fruto maduro aumenta a germinação e o vigor; o armazenamento dos frutos, por 56 dias, resulta na obtenção de sementes de alta qualidade fisiológica.
1999
Bisognin,Dilson Antônio Menezes,Nilson Lemos de Centenaro,Ricardo Albini,Adriana Maia
Teor de açúcar em genótipos de batata (Solanum tuberosum L.)
O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de açúcares redutores e totais, em tubérculos de batata de germoplasma selecionado do programa de melhoramento da Embrapa Clima Temperado. Dezoito cultivares e clones, e duas cultivares de indústria (Atlantic e Bintje, testemunhas) foram avaliadas neste estudo. O experimento foi conduzido no outono de 1994, em Pelotas, RS. A concentração de açúcares redutores nos tubérculos dos 20 genótipos variou de 0,21% a 1,71%. O clone C-1582-25-90 e a cultivar Cerrito Alegre apresentaram teores mais baixos de açúcares redutores do que as testemunhas, sem, no entanto, diferirem significativamente destas. Os outros clones e cultivares testados também não diferiram da Atlantic. Estes resultados indicam que no germoplasma da Embrapa Clima Temperado existem genótipos com teor de açúcares redutores semelhante ao dos genótipos utilizados pelas indústrias brasileiras de processamento de batata. Entretanto, nenhum deles apresenta baixo teor de açúcares redutores. A concentração de açúcares totais foi mais baixa nos tubérculos das cultivares Cristal e Macaca, e do clone C-1582-25-90, sem diferir significativamente das testemunhas.
1999
Pereira,Arione da Silva Campos,Angela
Enraizamento in vitro do morangueiro (Fragaria x ananassa Duchesne) em diferentes concentrações do meio MS
O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Cultura de Tecidos da EMBRAPA/CPACT, Pelotas-RS, com o objetivo de verificar o comportamento in vitro de duas cultivares de morangueiro em diferentes concentrações do meio MS. Explantes de morangueiro, cultivares Hofla e Tangi provenientes do cultivo in vitro foram cultivados em meio MS, na concentração plena, 3/4 e 1/2 adicionado de sacarose a 30g/l, mio-inositol a 100mg/l e benzilaminopurina (BAP) a 0,005mg/l. Utilizaram-se frascos com capacidade de 250ml, que continham 40ml de meio de cultura, nos quais inocularam-se cinco explantes. O cultivo foi mantido em sala de cultura, onde permaneceu por 32 dias sob fotoperíodo de 16 horas, luminância de 1500 lux e temperatura de 25°C. Os resultados indicaram que a redução na concentração dos sais MS incrementa o percentual de explantes enraizados, aumentando o número de raízes da cultivar Tangi. O maior comprimento médio de raízes foi obtido com a cultivar Hofla na concentração 3/4 e 1/2 do meio MS. Não se observaram diferenças no desenvolvimento das plântulas, entre as cultivares, com a redução das concentrações do meio MS.
1999
Pereira,Jonny Everson Scherwinski Bianchi,Valmor João Dutra,Leonardo Ferreira Fortes,Gerson Renan de Luces
Adsorção de cu2+ e cd2+ em ácidos húmicos extraídos de resíduos orgânicos de origem urbana
A adsorção de cobre e cádmio por ácidos húmicos extraídos do composto de resíduo urbano (AH-CRU) e lodo da estação de tratamento de esgoto (AH-LETE) foi estudada através de isotermas de adsorção a pH 5,5. Foi observada grande capacidade das substâncias húmicas em adsorver os íons metálicos. A adsorção de cobre obedeceu ao modelo de Langmuir com a adsorção máxima de 55,5g de Cu2+kg-1 de AH-LETE e de 45,9g de Cu2+kg-1 de AH-CRU. A adsorção de Cd2+ ajustou-se melhor ao modelo de Freundlich. Através de espectros de infravermelho, foi observada a participação de grupos COO-, OH e N-H na adsorção de cobre e cádmio pelos ácidos húmicos.
1999
Canellas,Luciano Pasqualoto Nelson,Gabriel de Araújo Santos Amaral Sobrinho,Moura Brasil do Moraes,Anselmo Alpande Rumjamek,Victor Marcos
Identificação de Paspalum notatum fluegge e Axonopus affinis chase através da análise de fragmentos foliares
Este trabalho teve como objetivo a caracterização e identificação de fragmentos foliares de Paspalum notatum Fluegge e Axonopus affinis Chase, como forma de subsidiar projetos de avaliação da dieta de animais fistulados. Para a caracterização das espécies, foram feitas várias coletas de folhas em áreas de pastagem natural do Campus da Universidade Federal de Santa Maria (RS), de maio de 1992 a junho de 1993. A diferenciação das espécies foi baseada no padrão de nervação, presença de pêlos e características do ápice e bordo foliar, observadas com auxílio de estereomicroscópio. A habilidade de um observador em identificar fragmentos das duas espécies numa mistura e a eficácia dos descritores foliares mencionados foram testadas através de análise estatística. Desta forma, foi constatado que o padrão de nervação é o melhor critério de diferenciação e que A. affinis difere de P. notatum, basicamente, pelo ápice foliar obtuso e pela presença de nervuras quaternárias. A análise estatística confirmou a capacidade do observador em reconhecer fragmentos das duas espécies.
1999
Nogueira,Maria Cláudia Lopes Rosito,Jumaida Maria Schirmer,Aline Grohe
Líquido sinovial de eqüinos: proteína, celularidade e precipitação de mucina, a fresco, após refrigeração e congelamento
Considerando que as patologias que determinam claudicação são comuns e representam um importante aspecto na Medicina Veterinária Eqüina, com cerca de 33% das claudicações devendo-se a enfermidades articulares, o presente trabalho teve por objetivo comparar o líquido sinovial de eqüinos a fresco, após refrigeração e após congelamento, para avaliar sua estabilidade e possível utilização como terapêutica. Foram utilizados 25 animais dos quais foram obtidos, por artrocentese, 5ml de líquido sinovial de ambas as articulações intertársicas proximais. As amostras de cada animal foram misturadas e a amostra final foi dividida em três alíquotas, sendo então analisadas a fresco (GI), após refrigeração (GII) e após congelamento (GIII). A proteína foi significativamente diferente entre os grupos I e II, e II e III (p<0,05); todavia, nos grupos I e III foi equivalente (p>0,05). Os grupos I e II, e I e III foram significativamente diferentes (p<0,05) quanto à contagem de leucócitos, enquanto os grupos II e III foram equivalentes (p>0,05). O linfócito foi a célula de predomínio. Alterações morfológicas foram observadas em 8% dos leucócitos em animais do Grupo II e em 64% em animais do GIII. Os três grupos estudados foram equivalentes quanto à precipitação de mucina (p>0,05). Com base nos resultados, pode-se concluir que o líquido sinovial sofre alterações quanto à proteína e celularidade após refrigeração e congelamento, porém ainda permanece dentro dos parâmetros aceitáveis de normalidade.
1999
Leme,Fabiola de Oliveira Paes Alves,Geraldo Eleno Silveira Marques Júnior,Antônio de Pinho Sampaio,Ivan Barbosa Machado Matos,Jorge José Rio Tinto de
Ecopatologia da diarréia pós-desmame em granjas de suínos da região norte do Paraná, Brasil
Durante o ano de 1994, foram avaliadas 18 granjas suinícolas da região norte do Paraná, conduzidas sob sistema confinado, com o objetivo de identificar os fatores de risco mais freqüentes na fase de creche. Em cada granja, foram acompanhados no mínimo 30 leitões do desmame até 21 dias após. Nesse período, foram observadas 3 variáveis objetivas (taxa de mortalidade, ocorrência de diarréia e ganho de peso médio diário) e 9 variáveis explicativas (ganho de peso médio diário, 21 dias após o desmame, energia consumida pela porca durante o ciclo reprodutivo, lotação na creche, número de leitões por baia, percentual de espirros, percentual de tosse, comprimento do comedouro por leitões, consumo de ração/dia/matriz na lactação e vazio sanitário da creche). As variáveis foram analisadas utilizando o programa estatístico desenvolvido pelo CNPSA/EMBRAPA. A variável de risco mais prevalente no pós-desmame foi a ausência de vazio sanitário (observado em 83,34% das granjas), seguida com menor freqüência (presentes entre 40 a 70% das granjas) pelos fatores: elevado percentual de leitões com tosse, alta lotação ou densidade da creche, elevado número de leitões por baia, baixo consumo de energia digestiva por matriz, por ciclo reprodutivo e baixo ganho de peso médio diário, 21 dias após o desmame. As demais variáveis ocorreram em menor freqüência, dentro de níveis inferiores a 30%. A presença da diarréia foi definida como elevada em 50% das propriedades. A taxa de mortalidade foi 2,97% e o ganho médio diário de peso foi 249g. No mapa dos fatores de risco, as granjas localizaram-se predominantemente na região intermediária, indicando a existência de vários fatores de risco na maioria dos rebanhos estudados.
1999
Silva,Caio Abércio da Brito,Benito Guimarães de Mores,Nelson Amaral,Armando Lopes do
Avaliação comparativa entre acepromazina, detomidina e romifidina em eqüinos
Os efeitos da acepromazina, detomidina e romifidina em eqüinos foram comparados, objetivando-se determinar qual o agente mais seguro e efetivo para a referida espécie animal. Foram utilizados 15 eqüinos hígidos, de ambos os sexos, idades e raças variadas e encaminhados ao setor de Cirurgia do Hospital Veterinário da FMVZ - USP. Os animais foram distribuídos em três grupos: grupo I, recebeu 0,1mg/kg de acepromazina; grupo II recebeu 20mcg/kg de detomidina e grupo III, o qual recebeu 80mcg/kg de romifidina, sendo todos os agentes administrados através da via intravenosa. Previamente à administração dos fármacos e aos 15, 30, 60 e 90 minutos, após sua aplicação, foram avaliadas a freqüência e ritmo cardíacos, freqüência respiratória, pressão arterial sistólica e diastólica, assim como foram coletadas amostras de sangue arterial para verificação do pH, pressão parcial de oxigênio e pressão parcial de dióxido de carbono. Os resultados foram submetidos à análise estatística através do teste de análise de variância (ANOVA), seguido do teste de Tukey. Não foi observada nenhuma alteração da freqüência respiratória nos grupos estudados. Verificou-se diminuição significativa dos valores da FC nos animais tratados com os agentes alfa-2 agonistas quando comparados com os valores obtidos no grupo I. Após a administração da acepromazina, observou-se diminuição significativa das pressões sistólica e diastólica em relação aos valores controle. Os animais do grupo I apresentaram valores pressóricos estatisticamente inferiores em relação aos valores obtidos nos grupos II e III. Os animais do grupo II demonstraram incremento da pressão arterial sistólica após 15 minutos da aplicação do agente, com subseqüente redução destes valores. O mesmo ocorreu no grupo III, porém, sem valor estatístico significativo. Com estes resultados, pode-se concluir que a romifidina e a detomidina promoveram alterações paramétricas de menor intensidade e duração quando comparadas à acepromazina.
1999
Fantoni,Denise Tabacchi Futema,Fábio Cortopassi,Sílvia Renata Gaido Silva,Luís Cláudio Lopes Correia da Verenguer,Manoel Mirandola,Regina Ferreira,Márcio Augusto
Efeito sedativo da romifidina em muares (Equus asinus caballus) não domados
Com o objetivo de verificar a viabilidade do uso da romifidina em muares e avaliar seus efeitos sedativos na espécie, utilizou-se essa droga para contenção farmacológica de burros não domados, submetidos à orquiectomia bilateral. Em uma primeira etapa, visando a verificar sua viabilidade, a romifidina foi aplicada por via intravenosa em oito animais nas doses de 0,04 e 0,08mg/kg. Já na Segunda etapa, compararam-se seus efeitos sedativos após a aplicação, por via intramuscular, das doses de 0,04, 0,08 e 0,12mg/kg, em três grupos de sete animais. Os sinais da sedação induzida pela romifidina foram semelhantes aos já descritos para eqüinos, porém, verificou-se menor intensidade, dentro das doses utilizadas. Apesar da via intravenosa ter produzido efeitos mais intensos, a via intramuscular foi a da escolha devido à facilidade e à segurança da aplicação, sendo a dose de 0,12mg/kg a que produziu melhores resultados. A romifidina foi considerada como uma opção viável para contenção de muares não domados.
1999
Alves,Geraldo Eleno Silveira Faleiros,Rafael Resende Gheller,Valentim Arabicano Vieira,Mauro Machado
The tof-guard neuromuscular transmission monitor and its use in horses
It has been emphasized in the human medical literature, that when using a neuromuscular blocking agent, it is of vital importance the monitoring of the neuromuscular block and that these agents should never be used without it. The purpose of this study was to evaluate the use of the neuromuscular transmission monitor TOF-Guard in horses. Twelve horses were randomly assigned whether to receive pancuronium or atracurium as the neuromuscular blocking agent. All horses were pre-medicated with romifidine, anaesthesia induced with diazepam and ketamine and maintenance with halothane. Abolition of spontaneous ventilation was accomplished by the administration of atracurium or pancuronium. The time from injection of the muscle relaxant agent to the onset of maximum block (T1=0), recovery of T1 to 25% and the recovery of TOF ratio to 0.7 were recorded, as was the time for recovery of T1 from 25 to 75%. It was concluded that it is very important the neuromuscular transmission monitoring during the use of a nondepolarizing neuromuscular blocking agent, since it provides a safer anaesthetic and surgical procedure with the use of adequate dosages and due to the impossibility of a superficialization of the neuromuscular blockade during a surgical procedure. The TOF-Guard showed to be a good option for neuromuscular monitoring in horses.
1999
Bechara,Juliana Noda Fantoni,Denise Tabacchi Barros,Paulo Sergio de Moraes Migliati,Elton Rodrigues Ferreira,Marcio Augusto Silva,Luis Claudio Lopes Correia da
Nova técnica de bloqueio do plexo braquial em cães
O objetivo do presente estudo foi analisar a viabilidade e a eficácia de uma nova técnica para o bloqueio do plexo braquial em cães. Para tanto, foram utilizados 11 cães, machos e fêmeas, idade e peso variáveis e mestiços. Os animais foram pré-tratados com acepromazina e a indução da anestesia foi realizada com propofol. Posteriormente, os animais foram submetidos ao bloqueio do plexo braquial que constou da associação da técnica de múltiplas injeções com o emprego do estimulador de nervos e a técnica da palpação arterial como ponto de referência para a localização dos nervos. Utilizou-se como anestésico local, a bupivacaína com vasoconstritor administrado na dose total de 4mg/kg a 0,375% . O volume total foi dividido em 4 partes iguais, administradas na velocidade de 30 segundos cada, com o objetivo de se atingir a maior quantidade de nervos. O tempo necessário para realização da técnica foi de 11,30 ± 4,54 minutos; o período de latência para o bloqueio motor foi de 9,70 ± 5,52 minutos e para o bloqueio sensitivo foi de 26,20 ± 8,86 min. , sendo a duração da analgesia de 11:00 ± 0:45 horas. Em 90% dos animais, o bloqueio foi efetivo, constatado através da anestesia de todo membro torácico distal à articulação escápulo-umeral. A única complicação observada foi a hipotensão arterial desenvolvida em um animal. Mediante os resultados obtidos, pode-se pressupor que as cirurgias envolvendo o membro torácico distal à articulação escápulo-umeral poderão ser utilizadas com auxílio desta nova técnica do bloqueio do plexo braquial, bem como na analgesia pós-operatória de longa duração.
1999
Futema,Fábio Fantoni,Denise Tabacchi Auler Junior,José Otávio Costa Cortopassi,Silvia Renata Gaido Acaui,Andrea Stopiglia,Angelo João
Automutilação devido à compressão da cauda eqüina em três cães e um gato
O presente trabalho relata a ocorrência de dermatite prurítica acral e automutilação da cauda e região genitocrural em três cães e um gato que sofriam compressão de raízes nervosas da cauda eqüina. O diagnóstico foi realizado através dos sinais clínicos e por meio de exames radiográficos. O tratamento consistiu na descompressão cirúrgica da cauda eqüina, através de laminectomia dorsal, conseguindo-se com A mesmA, a remissão total das automutilações e perseguições da cauda, com cicatrização das lesões auto-infligidas.
1999
Lagedo,Cynthia Mary Gomes Tudury,Eduardo Alberto Faria,Maria de Lourdes Estrela
Discopatia cervical no cão: tratamento cirúrgico através de fenestração ventral. Estudo retrospectivo (1986-1997)
Aproximadamente, 15% das discopatias em cães acometem a região cervical, sendo a dor o principal sinal clínico. Descreve-se a ocorrência de protrusão de disco cervical em 17 cães, agrupados segundo a raça, sexo, peso, idade, assim como a distribuição quanto à duração dos sintomas, acometimento dos discos intervertebrais (DIV), tempo de recuperação e porcentagem de sucesso, em relação à condição neurológica presente antes da cirurgia. A raça Dachshund representou 29,5% (n=5), cães sem raça definida, Poodle e Cocker Spaniel Inglês, 17,6% cada (n=9), Pinscher, 11,8% (n=2) e Dálmata, 5,9% (n=1). Destes, 58,8% eram machos (n=10) e 41,2%, fêmeas (n=7), com peso entre 2 e 29kg, e idade média igual a 5,8 anos. O quadro neurológico desses animais correspondia à dor e ataxia, com exceção de um cão Dálmata, 11 anos de idade, que apresentava tetraparesia. A duração dos sinais variou de 2 a 90 dias. Os DIV mais acometidos foram C2/3 (40%), C3/4 (25%), C4/5 (15%), C5/6 (10%) e C6/7 (10%), sendo que alguns animais apresentavam lesões múltiplas. O procedimento foi padrão para todos os animais, através da fenestração e curetagem de todos os DIV abordados pelo acesso ventral, ou seja, de C2/3 até C6/7, empregando-se para isso instrumental usado para remoção de tártaro dentário (curetas Gracey, curetas McCall, extratores de tártaro S.S.White e McCall). O tempo médio de recuperação foi de 9 a 38 dias, sendo que 100% deles recuperaram totalmente as funções neurológicas. Conclui-se que a fenestração ventral apresenta excelentes resultados no tratamento das discopatias cervicais, desde que bem selecionados os pacientes, inclusive, com respeito aos diagnósticos diferenciais.
1999
Padilha Filho,João Guilherme Selmi,André Luis
Exame do fluido peritoneal e hemograma de eqüinos submetidos à laparotomia e infusão intraperitoneal de carboximetilcelulose
A aplicação intraperitoneal de carboximetilcelulose (CMC) tem sido utilizada na prevenção de aderências peritoneais em animais e em humanos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta do peritônio ao trauma cirúrgico e à aplicação de CMC e estudar como se processa a metabolização da CMC. Dezenove eqüinos mestiços foram submetidos à laparotomia, quando se produziram lesões no jejuno distal por abrasão da serosa e isquemia. Nos 9 eqüinos do grupo tratamento, antes da síntese da parede abdominal, foi instilada, na cavidade peritoneal, uma solução estéril de CMC, a 1% na dose de 7ml/kg. Nos eqüinos do grupo controle, nenhum medicamento foi aplicado na cavidade peritoneal. Após a cirurgia, colheram-se sangue e fluido peritoneal em 9 momentos: 4 horas após o fim da cirurgia, nos 3 primeiros dias pós-operatórios, pela manhã e a cada 48 horas nos dias subseqüentes (no 5º, 7º, 9º, 11º e 13º dias pós-operatórios). Os exames laboratoriais demonstraram que todos os animais desenvolveram inflamação peritoneal. Entretanto, nos animais do grupo tratamento, esta inflamação foi mais intensa e com um curso mais longo. Observou-se também que a excreção da CMC ocorreu por fagocitose.
1999
Lopes,Marco Aurélio Ferreira Dearo,Antonio Cezar de Oliveira Biondo,Alexander Welker Godin,Luiz Fenando Pita Iamaguti,Paulo Thomassian,Armen Kohayagawa,Aguemi
Prevalência da mastite bovina causada por Prototheca zopfii em rebanhos leiteiros, na região norte do Paraná
Algas do gênero Prototheca têm sido relacionadas como agente etiológico na ocorrência de mastite bovina, entretanto, nenhum caso foi relatado no estado do Paraná. O presente trabalho objetivou determinar a prevalência desta alga, enquanto agente etiológico nas mastites bovinas, em rebanhos leiteiros, na região norte do Paraná. Foram visitadas 20 propriedades produtoras de leite e realizados exames clínicos e teste do CMT (California Mastitis Test) em todos os animais em lactação. A alga Prototheca zopfii foi isolada de dois animais de uma das propriedades. Todas as cepas isoladas de Prototheca zopfii mostraram-se resistentes aos antimicrobianos testados.
1999
Filippsen,Laerte Francisco Moreira,Fernanda Barros Sakashita,Adauto Taiti Bittencourt,Daniéla Regina
Soroprevalência do toxoplasma gondii, em suínos, bovinos, ovinos e eqüinos, e sua correlação com humanos, felinos e caninos, oriundos de propriedades rurais do norte do Paraná-Brasil
O Toxoplasma gondii, agente da toxoplasmose, encontra-se distribuído mundialmente. No presente estudo, determinou-se a prevalência do T. gondii nas espécies suína, bovina, ovina e eqüina oriundas de fazendas do município de Jaguapitã , através da imunofluorescência indireta para detecção de anticorpos da classe - IgG, considerando-se sororeagentes aqueles títulos maiores ou iguais a 1:64. Verificou-se uma prevalência de 24% em 267 amostras de suínos, 25,8% em 400 amostras de bovinos, 51,8% em 228 amostras de ovinos e 12,1% em 173 amostras de eqüinos. Com relação às faixas etárias, apenas os ovinos e suínos apresentaram diferenças estatísticas significantes, aumentando a soropositividade com as idades, porém, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas com base no sexo de nenhuma das espécies animais estudadas. Obtiveram-se correlações entre os títulos de anticorpos interespécie, positivas e significativas, sendo que apresentaram importância epidemiológica aquelas entre as espécies humana-canina (r=0,64 p=0,05), humana-felina (r=0,78 p=0,01), canina-suína (r=0,96 p=0,0001), bovina-ovina (r=0,82 p=0,006), bovina-eqüina (r=0,89 p= 0,001) e ovina-eqüina (r=0,92 p=0,0004), demonstrando que as espécies hominívoras, carnívoras e herbívoras estariam expostas avias de transmissão comuns. Os resultados demostraram a elevada prevalência da toxoplasmose na população estudada e, conseqüentemente, o alto risco da carne como via de transmissão para o homem, quando ingerida crua ou mal cozida.
1999
Garcia,João Luis Navarro,Italmar Teodorico Ogawa,Liza Oliveira,Rosângela Claret de
Soroepidemiologia da toxoplasmose em gatos e cães de propriedades rurais do município de Jaguapitã, estado do Paraná, Brasil
O presente estudo determinou a soroprevalência da toxoplasmose em gatos e cães localizados na zona rural do município de Jaguapitã, Estado do Paraná, através da reação de imunofluorescência indireta para detecção de anticorpos anti-Toxoplasma gondii da classe IgG, considerando-se reagentes títulos maiores ou iguais a 1:16. Observou-se uma prevalência de 73 % em 163 soros felinos e 84,1% em 189 soros caninos, sendo que nas duas espécies não houve diferença em relação ao sexo. Em relação aos felinos, o título mais freqüente foi 1: 4096 (28,6%) e o maior título encontrado foi de 1:65536 (0,8%), apresentando diferenças estatísticas com relação ás faixas etárias, e com aumento da soropositividade com a idade. Os títulos mais freqüentes nos caninos foram 1:64 (38,4%), e o maior título foi de 1:4096 (1,9%), com soropositividade menor nos animais com menos de 8 meses. Não houve correlação significativa na distribuição dos títulos de anticorpos entre felinos e caninos. Através do presente trabalho, verificou-se que o T. gondii está amplamente distribuído na população felina e canina da região.
1999
Garcia,João Luis Navarro,Italmar Teodorico Ogawa,Liza Oliveira,Rosângela Claret de
Fecundação e clivagem após a ativação da proteína quinase C durante a maturação de oócitos bovinos
A formação de pró-núcleos, clivagem e perfil protéico foram avaliados após a ativação da proteína quinase C (PQ-C) durante a maturação de complexos cumulus-oócito (CCOs) bovinos. Visando a determinar estes efeitos da PQ-C, 1936 CCOs foram distribuídos aleatoriamente em 4 tratamentos, sendo maturados na presença de PMA (100nM phorbol 12-myristate 13-acetate, ativador da PQ-C), de 4alfa-PDD (100nM de 4alfa-phorbol 12,13-didecanoetate, forbol éster que não ativa a PQ-C; controle forbol éster), de SVE (10% de soro de vaca em estro, controle positivo) e de um controle negativo constituído pelo meio de maturação básico para os demais tratamentos, com exceção do SVE, onde não foi adicionado o álcool polivinílico (PVA). Os CCOs foram mantidos na presença de PMA por 1, 4 e 7 horas, sendo após, transferidos para o meio básico de maturação até que se completassem 24 horas de cultivo. A estimulação da PQ-C, por esses períodos, não alterou a formação de pró-núcleos, porém, diminuiu a percentagem de clivagem dos zigotos. Os resultados do grupo 4alfa-PDD comprovam que as alterações ocorridas no grupo PMA são devido à ativação da PQ-C e não ação direta do forbol éster na célula. A análise da composição protéica demonstrou uma banda de proteína adicional no grupo SVE ao redor de 74 kilo Daltons (kDa). Os resultados desse estudo, quando associados aos dados preliminares de Western blot, indicam a importância da PQ-C na regulação da maturação, fecundação e clivagem de embriões bovinos.
1999
Mondadori,Rafael Gianella Gonçalves,Paulo Bayard Dias Neves,Jairo Pereira Costa,Luis Fabiano Santos da Montagner,Marcelo Marcos Carámbula,Silvia Ferreira Bortolotto,Ederson Bisognin