Repositório RCAAP
A flórula invasora da cultura do café (Coffea arabica L.) no Estado de Minas Gerais, Brasil
Nas áreas de cultura de café (Coffea arábica L.), no Estado de Minas Gerais, foram coletadas e identificadas 388 espécies de plantas invasoras (= plantas daninhas), pertencentes a 51 famílias botânicas, representando 182 gêneros, sendo que as famílias Compositae, Gramineae, Leguminosae, Malvaceae, Solanaceae, Euphorbiaceae, Rubiaceae, Amaranthaceae, Convolvulaceae e Verbenaceae, são as mais importantes em relação à cultura. As plantas coletadas, devidamente etiquetadas e identificadas, foram anexadas, parte delas no PAMG (Herbário da EPAMIG, Belo Horizonte, MG) e, a outra parte, no Herbarium ESAL (Herbário do Departamento de Biologia da Escola Superior de Agricultura de Lavras - ESAL, Lavras - MG).
1988
Gavilanes,Manuel Losada Brandão,Mitzi Laca-Buendia,Julio Pedro
Ocorrência de Setaria magna Griseb. e S. hassleri Hack. (Gramineae) no sul do Brasil
Foi constatada a ocorrência, no Estado do Rio Grande do Sul, de Setaria hassleri Hack, na região das Missões e de S. magna Griseb., no Litoral, sendo essa última espécie uma citação nova para o Brasil. São fornecidas descrições dessas duas espécies, distribuição geográfica, ilustrações, bem como uma chave analítica das espécies de Setaria Beauv. ocorrentes no Estado.
1988
Boldrini,Ilsi Iob
Análise da vegetação de floresta pluvial tropical de terra firme, pelo método dos quadrantes: Serra Norte, Carajás, PA
Aplicou-se o Método dos Quadrantes em uma floresta densa sobre mina de arenito em Serra Norte, PA. Foram amostrados todos os indivíduos vivos ou mortos com DAP > 10 cm (um indivíduo por quadrante). Trinta e oito famílias, 85 gêneros e 110 espécies foram registrados nos 104 pontos (ou 416 indivíduos) amostrados. Sapotaceae (40,90), Leguminosae sensu latu (26,76) e Rutaceae (25,82) foram as famílias que apresentaram maior índice de valor de importância - VIF - (13,63%, 8,9% e 8,61% respectivamente). Erisma uncinatum Warm. (15,86) foi a espécie que apresentou maior índice de importância (IVI), as árvores mortas apresentaram o 2o. maior índice: 14,07. A densidade por área (DTA) calculada foi de 1065 indivíduos/ha. A área basal encontrada foi de 28,9057m² para os 416 indivíduos amostrados (74,0502 m²/ha). Tanto a densidade quanto a área basal por unidade de área (ha) estimadas foram consideradas muito altas para a região. A estrutura da vegetação foi também analisada: o diâmetro médio foi de 31,21 cm; as alturas médias do fuste, copa e total estimados foi de 12,4, 5,8 e 18,2 m, respectivamente. A vegetação do sub-bosque foi também descrita qualitativamente.
1988
Salomão,Rafael de Paiva Rosa,Nelson de Araújo
Controle de qualidade de madeiras da região amazônica
O grande número de espécies encontrado nas florestas tropicais úmidas tem sido mencionado freqüentemente como um dos principais obstáculos a uma utilização mais intensiva da madeira em países em desenvolvimento. Este trabalho descreve dois exemplos de como o conhecimento da anatomia e das propriedades físicas e mecânicas das espécies abundantes, aliado a um esquema adequado de controle de qualidade, pode viabilizar uma maior utilização de madeiras da amazónia brasileira. O primeiro exemplo se refere à produção de dormentes para a Estrada de Ferro Carajás (E.F.C.) com 890 km de extensão, onde foram empregados cerca de 2.100.000 dormentes; o segundo trata do uso de madeira serrada para habitação de baixo custo, no Estado de São Paulo, cuja construção é administrada pelas Companhias Habitacionais - COHABs.
1988
Chimelo,João Peres
Contribuição preliminar aos tipos polínicos da Tribo Mutisieae (Compositae)
O presente trabalho é um estudo palinilógico de quartoze espécies brasileiras da Tribo Mutisieae, pertencentes ao Herbário do Museu Nacional - RJ (R). São dadas as respectivas descrições polínicas com desenhos dos grãos em vistas equatorial e polar, da L.O. e detalhe da exina. Acompanham uma tabela referente ao tratamento estatístico e dois diagramas comparativos.
1988
Pastana,Grace Irene Imbiríba
Contribuição ao estudo das plantas medicinais no Estado de Alagoas: VII
O presente trabalho é uma continuação do estudo sobre as plantas medicinais ocorrentes no Estado de Alagoas, cuja finalidade principal é encaminhá-las, após um estudo prévio, aos laboratórios de produtos naturais, onde serão determinados os princípios ativos e outros para, posteriormente, serem utilizados na fabricação de medicamentos. As espécies foram coletadas em diversos municípios do Estado de Alagoas e, após preparadas e identificadas, foram incorporadas ao Herbário "Professor Honório Monteiro" (MUFAL) da Universidade Federal do Alagoas. O nosso estudo prévio abrange: nomes científicos, famílias, nomes vulgares, descrição sucinta para cada espécie e uso medicinal. Foram estudadas 20 espécies utilizadas na medicina caseira.
1988
Campelo,Cornélio Ramalho Ramalho,Rita de Cássia
Estudo da vegetação relacionada com a alimentação do "pacu" (Colossoma mitrei-Berg(1895) no Pantanal mato-grossense
Os 102 aparelhos digestivos analisados foram provenientes de espécimes capturados no Pantanal de Mato Grosso, nos municípios do Poconé e Barão de Melgaço. O estudo da vegetação aquática, ciliar e de áreas inundáveis foi conduzido nas áreas onde os espécimes de "pacu" foram capturados. Foram considerados também dados biométricos do "pacu", tais como: comprimento total do esôfago, do intestino e do estômago.
1988
Paula,José Elias de Morais Filho,Manoel Batista de Bernardino,Geraldo Melo,José Sávio Colares de Ferrari,Valdir Aparecido
Trombose venosa profunda como complicação da escleroterapia química no tratamento de telangiectasias dos membros inferiores
Os autores relatam dois casos de escleroterapia de telangiectasias, as quais complicaram com trombose venosa profunda. O primeiro caso foi confirmado por flebografia, e o segundo, por duplex scan. Um paciente, 8 anos após, apresentou uma tromboflebite espontânea de veia safena parva, que resultou em pesquisa de trombofilia positiva para o Fator V Leiden. A outra paciente teve pesquisa de trombofilia negativa. Os relatos de tromboembolismo relacionado à escleroterapia são escassos na literatura. O objetivo do trabalho é alertar para essa possibilidade, valorizando as queixas de dor e edema após a escleroterapia. Havendo suspeita clínica, o duplex scan deve ser realizado.
2005
Paschôa,Adilson Ferraz Hayashida,Luciana Siqueira,Marcelo Kurz van Bellen,Bonno
Derivação carótido-carotídea por via retrofaríngea: seguimento tardio
Existem diversas opções para o tratamento da doença oclusiva dos troncos supra-aórticos, de acordo com a apresentação clínica e a localização das lesões arteriais. As abordagens cervicais são aceitas como alternativas de baixa morbimortalidade, com elevada perviedade em longo prazo. Os autores relatam um caso tratado com sucesso através de derivação carótido-carotídea cruzada por via retrofaríngea associada à endarterectomia da bifurcação carotídea. São discutidos também os aspectos clínicos e as opções cirúrgicas ou endovasculares para o melhor tratamento desses pacientes.
2005
Aerts,Newton Roech Erling Jr.,Nilon Lichtenfels,Eduardo
Blue toe syndrome
The authors report the case of a man with blue toe syndrome, who developed bilateral foot ischemia and underwent successful repair of an abdominal aortic aneurysm and associated renal artery stenosis. Blue toe syndrome is characterized by tissue ischemia secondary to embolization of cholesterol crystals or atherothrombotic debris. Microembolization most often occurs in elderly men who undergo an invasive vascular procedure or have an aneurysm.
2005
Reis,Paulo Eduardo Ocke
Enxerto aorto-femoral por via laparoscópica: modelo experimental
OBJETIVO: Verificar a exeqüibilidade de enxerto aorto-femoral por via laparoscópica. MÉTODO: Operamos porco de 75 kg sob anestesia geral. Empregando a técnica do avental (apron) de Dion, expusemos a aorta por laparoscopia. Brevemente, em decúbito dorsal horizontal, dissecamos um "avental" do peritônio parietal esquerdo. A dissecção prosseguiu com rotação medial do cólon esquerdo. O avental, posteriormente fixo à linha mediana, serviu de anteparo às alças intestinais. Pinçamos a aorta e realizamos enxerto aorto-femoral com o tempo abdominal totalmente laparoscópico. RESULTADO: O enxerto foi realizado com sucesso, e o fluxo sangüíneo na prótese foi demonstrado através da incisão femoral. CONCLUSÃO: O enxerto aorto-femoral experimental laparoscópico é exeqüível através da exposição com a técnica do avental.
2005
Fusco,Pedro E. B. Marino,Hélio L. T. Natal,Silvia R. Bottini Ducatti,Liliana S. S. Poggetti,Renato S. Kauffman,Paulo Puech-Leão,Pedro Birolini,Dario
O papel da oxigenação hiperbárica na estrutura do fígado e baço após ligadura das veias hepáticas: estudo em ratos
OBJETIVO: Avaliação morfológica do fígado e baço de ratos submetidos à oxigenoterapia hiperbárica após a ligadura das veias hepáticas. MÉTODO: Foram utilizados 30 animais machos adultos da espécie Holtzman, distribuídos aleatoriamente em dois grupos de 15 animais cada, assim designados: grupo 1 - ligadura das veias hepáticas; grupo 2 - ligadura das veias hepáticas associada à oxigenoterapia hiperbárica. Todos os animais foram submetidos à anestesia geral por meio de solução contendo cloridrato de cetamina (40 mg/ml) e cloridrato de meperidina (10 mg/ml) na dose de 50 mg/kg/peso, laparotomia mediana e ligadura das veias hepáticas. A oxigenoterapia hiperbárica foi aplicada nos animais do grupo 2, a partir da oitava hora do pós-operatório, por 120 minutos, sendo 90 minutos sob pressão de 2,5 atmosferas e 15 minutos no início e final da terapêutica, para promover a compressão e descompressão gradativa no período de 20 dias consecutivos. No 21° dia de pós-operatório, os animais foram mortos por inalação de éter e submetidos à laparotomia e extirpação dos fígados e baços para exame histológico. Foram comparados os resultados da histologia hepática e esplênica aplicando-se o teste exato de Fisher, considerando-se a diferença significante de P < 0,05. RESULTADOS: Os exames histológicos dos fígados e baços dos animais dos grupos 1 e 2 mostraram as seguintes alterações: presença de trombose nas veias hepática, porta e centro-lobular em cinco (33,3%) animais do grupo 1 e ausência no grupo 2; presença de necrose dos hepatócitos caracterizada como acentuada em sete animais (46,7%) e leve em oito (53,3%) animais do grupo 1, enquanto que, em todos os animais do grupo 2, esta alteração foi caracterizada como leve; presença de células de Kupffer muito proeminentes e hipertrofiadas em 14 (93,3%) animais do grupo 1 e pouco proeminentes e hipertrofiadas em todos os animais do grupo 2; congestão da polpa vermelha considerada acentuada em seis (40%) e moderada em nove (60%) animais do grupo 1 e em todos os animais do grupo 2; hemossiderose moderada ou acentuada em 14 (93,3%) animais do grupo 1 e leve em todos os animais do grupo 2. As análises estatísticas realizadas entre os dois grupos mostraram diferenças significativas em todas a variáveis estudadas (P < 0,05). CONCLUSÕES: A oxigenoterapia hiperbárica em ratos submetidos à ligadura das veias hepáticas atenuou os efeitos deletérios e precoces sobre o fígado e o baço, analisada pela histologia destes órgãos.
2006
Costa-Val,Ricardo Nunes,Tarcizo Afonso Silva,Roberto Carlos de Oliveira e
Aterogênese em artéria ilíaca comum de suínos submetidos à homocisteinemia induzida pela ingestão de metionina
OBJETIVO: Avaliar os efeitos da homocisteinemia induzida na artéria ilíaca de suínos. MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se estudo experimental comparativo em dois grupos homogêneos de sete suínos da raça Macau, com peso entre 20 e 30 kg durante 30 dias. Os animais foram divididos em dois grupos, sendo um deles alimentado com metionina adicionada à dieta por um período de 4 semanas. Foram colhidas amostras de sangue para a dosagem de colesterol, triglicerídeos, HDL e homocisteína. Os animais foram submetidos à arteriografia para avaliação da perviedade das artérias ilíacas e, posteriormente, sacrificados. As artérias ilíacas foram enviadas para análise histológica. RESULTADOS: Os animais sobreviveram ao experimento, e não houve alterações significativas nos níveis de colesterol total, triglicerídeos e HDL nos dois grupos. O exame microscópico do grupo-controle não apresentou alterações patológicas e foi semelhante em todas as preparações examinadas. No grupo da dieta com metionina, as placas eram formadas por macrófagos espumosos, mas não foram observadas células musculares lisas, cristais de colesterol ou células inflamatórias. A túnica média apresentava-se com lâmina elástica interna íntegra. No grupo-controle, não houve alteração nos níveis de homocisteína durante o experimento. No grupo-metionina, houve aumento dos níveis séricos da homocisteína, com valor médio de 59,80 µmol/l após 30 dias de dieta rica em metionina. CONCLUSÃO: A homocisteinemia induzida pela metionina causa aterogênese nas artérias ilíacas de suínos.
2006
França,Luís Henrique Gil Pereira,Adamastor Humberto Perini,Sílvio César Aveline,Celso Curcio Argenta,Rodrigo Mollerke,Roseli de Oliveira Soares,Marcos Eugenio Nóbrega,Fernanda Ferreira,Márcio Poletto
Estenose carotídea acima de 70% em pacientes no pré-operatório de cirurgia da aorta abdominal: freqüência e fatores de risco
OBJETIVO: Analisar a freqüência e os fatores de risco associados à estenose carotídea acima de 70% em pacientes que serão submetidos a cirurgias de aorta abdominal. MATERIAL E MÉTODO: Foram analisados 94 pacientes que realizaram ultra-som Doppler de carótidas no pré-operatório de cirurgias de aorta abdominal entre janeiro de 2000 e janeiro de 2003, pela disciplina de Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo. RESULTADOS: Sessenta e sete pacientes (71%) eram homens. Dentre os 94 pacientes, 42 (44,6%) tinham doença oclusiva aorto-ilíaca, e 52 (53,4%), aneurismas da aorta abdominal (AAA). A análise dos dados mostrou uma prevalência de estenose de carótidas acima de 70% em 8,33% dos pacientes com AAA e em 13,51% dos pacientes com doença oclusiva aorto-ilíaca, diferença esta sem significância estatística (P = 0,5). Nos pacientes que apresentavam antecedente de isquemia cerebral - acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque isquêmico transitório (AIT) -, houve uma prevalência estatisticamente maior de estenose carotídea entre 70 e 99%. Outros fatores de risco para aterosclerose, como sexo masculino, diabetes, hipertensão arterial e tabagismo, não foram preditivos da presença de estenose carotídea acima de 70%. CONCLUSÃO: A freqüência de estenose da carótida acima de 70% em pacientes no pré-operatório de cirurgia de aorta foi de 9,57%, e a presença de antecedente de AVC ou AIT na história foi preditiva de estenose acima de 70% neste grupo de pacientes.
2006
Ferreira,André Ventura Santos,Vanessa Prado dos Caffaro,Roberto Augusto
Tratamento endovascular da doença obstrutiva carotídea em pacientes de alto risco: resultados imediatos
OBJETIVO: Tratamento endovascular - angioplastia carotídea com stent (ACS) - tem se mostrado como opção atual no tratamento da estenose da artéria carótida em pacientes considerados de alto risco para endarterectomia de carótida (ECA). Este trabalho reporta a experiência do Instituto de Cirurgia Vascular e Endovascular (ICVE) de São Paulo nos casos de ACS em pacientes de alto risco. MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo descritivo baseado na análise dos prontuários de 113 pacientes (84 homens e 29 mulheres) submetidos a 130 procedimentos de ACS pelo ICVE, no período de março de 2000 a junho de 2004. A idade média dos pacientes foi de 74 anos (variando de 51 a 86 anos). Os pacientes assintomáticos (55%) apresentavam estenose > 75%, enquanto nos sintomáticos (45%) as lesões encontradas foram > 70%. Foi indicado ACS nos seguintes pacientes: alto risco para ECA (45%), reestenose pós-ECA (15%), estenose carotídea severa bilateral (14%), oclusão da carótida contralateral (12%), bifurcação alta (no nível ou acima da segunda vértebra cervical) (6%), estenose pós-radioterapia (5%) e pescoço hostil (3%). As lesões encontradas localizavam-se na bifurcação carotídea (46%), carótida interna (32%), origem da artéria carótida comum (9%), tronco braquiocefálico (8%) e artéria carótida comum (5%). RESULTADO: Foi observado um total de sete eventos neurológicos (cinco casos de acidente vascular encefálico e dois pacientes que apresentaram ataque isquêmico transitório). A taxa de óbito foi de 0%. A taxa total de complicações (acidente vascular encefálico, acidente isquêmico transitório, óbito) foi de 5,3%. CONCLUSÃO: ACS demonstrou ser um procedimento com baixa taxa de complicações, sendo uma opção segura e eficaz nos pacientes de alto risco para ECA.
2006
Lujan,Ricardo Augusto Carvalho Lucas,Leonardo Aguiar Gracio,Andréa de Fátima Lobato,Armando de Carvalho
Experiência inicial com o uso de adesivo tissular contendo trombina para tratamento do pseudo-aneurisma femoral
O pseudo-aneurisma (PSA) após cateterização femoral tem sido diagnosticado com regularidade em serviços com grande movimento de intervenções percutâneas, com incidência variando de 0,05 a 6%. PSA femorais pequenos podem ser acompanhados até a resolução espontânea. As opções de tratamento são: compressão guiada por ultra-som, injeção de trombina para trombose do PSA e tratamento cirúrgico. A injeção percutânea de trombina tem a vantagem de ser um procedimento indolor e rápido. Podem ser utilizados trombina isolada ou preparados contendo trombina associada a fibrinogênio e fatores de coagulação. A experiência inicial dos autores de cinco casos tratados com injeção de adesivo tissular contendo trombina mostrou resultado satisfatório em quatro; um caso necessitou tratamento cirúrgico. Não houve sucesso com uso isolado de trombina humana, porém, ocorreu trombose imediata após injeção de preparado de trombina associada a fibrinogênio/fator XIII. Neste artigo, são discutidas as opções de tratamento dos PSA femorais e a técnica do uso de trombina percutânea.
2006
Pinto,Daniel Mendes Dias Júnior,José Olimpio Fonseca,Bernardo Lopes Cançado Moreialvar,Rodrigo Daniel Bez,Leonardo Ghizoni Lopes,Caetano de Sousa
Aneurismas toracoabdominais rotos
OBJETIVO: Avaliar os dados pré, intra e pós-operatórios dos aneurismas toracoabdominais rotos operados no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de cinco pacientes submetidos à correção de aneurisma toracoabdominal roto no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, entre setembro de 2000 e abril de 2004. Todos os pacientes apresentavam aneurisma toracoabdominal tipo IV roto, sendo que quatro estavam estáveis hemodinamicamente. Três pacientes foram operados com o simples pinçamento da aorta supracelíaca e infusão de soro fisiológico a 4 ºC nas artérias renais; um paciente evoluiu para óbito no intra-operatório antes da abertura do aneurisma; e um paciente foi operado utilizando-se perfusão de sangue oxigenado nas artérias viscerais. RESULTADOS: Dos cinco pacientes operados, dois foram a óbito (40%). Um deles apresentava instabilidade hemodinâmica e faleceu no intra-operatório; o outro faleceu no 26º dia pós-operatório com insuficiência de múltiplos órgãos. Todos os três sobreviventes evoluíram bem, sem seqüelas. Entre os pacientes que chegaram ao centro cirúrgico estáveis hemodinamicamente, a mortalidade foi de 25%. CONCLUSÕES: Pacientes com aneurisma toracoabdominal tipo IV roto, com estabilidade hemodinâmica, alcançam resultados cirúrgicos satisfatórios, semelhantes aos aneurismas rotos infra-renais.
2006
Rocha,Eduardo Faccini Martins,Aline Meira Freire,Lucas Marcelo Dias Gusmão,Daniel Razi Guillaumon,Ana Terezinha
Remoção de introdutor arterial pós-intervenção coronária percutânea: médico residente versus enfermeiro especializado
OBJETIVO: Comparar os resultados da retirada de introdutor arterial pelo enfermeiro especializado em Unidade de Hemodinâmica e pelo médico residente em Cardiologia Intervencionista em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea. MÉTODOS: Trata-se de registro prospectivo em 100 pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea, no período de setembro a outubro de 2004, divididos em dois grupos: Grupo A (GA) - enfermeiro (n = 48 pacientes) - e Grupo B (GB) - médico residente (n = 52 pacientes). Hematoma pequeno foi definido como inchaço palpável no local da punção menor que 2 cm; hematoma moderado, com 2 a 6 cm de diâmetro; e hematoma grande, maior que 6 cm de diâmetro. A dose de heparina foi de 100 UI/kg. Os introdutores foram retirados após controle do tempo de coagulação ativado (TCA < 180 segundos), e foi realizada compressão manual por 15 minutos. RESULTADOS: A idade dos pacientes foi de 59,54 ± 11,1 anos (GA) e 61,7 ± 10,4 anos (GB), com predomínio do sexo masculino (GA = 75% e GB = 58%). Os introdutores foram 7 French. O tempo de compressão manual foi de 19,4 ± 3,1 minutos no GA e 19,6 ± 3,1 minutos no GB (P = 0,76). Ocorreram oito hematomas no GA (sete pequenos e um moderado) e nove hematomas no GB (sete pequenos e dois moderados), P = não-significante. Os hematomas foram tratados clinicamente, sem complicações. CONCLUSÃO: A retirada de introdutor arterial, após intervenções coronárias percutâneas, pode ser realizada pelo enfermeiro especializado em Unidade de Hemodinâmica ou pelo médico residente em Cardiologia Intervencionista com segurança e sem complicações maiores.
2006
Solano,José Del Carmen Meireles,George Cesar Ximenes Abreu,Luciano Mauricio de Forte,Antonio Artur da Cruz Sumita,Marcos Kiyoshi Hayashi,Jorge Hideki
Prevalência do refluxo na veia safena parva em varizes primárias não complicadas dos membros inferiores pelo eco-Doppler colorido
OBJETIVO: Determinar a prevalência de refluxo venoso na veia safena parva em membros inferiores com varizes primárias não complicadas pelo eco-Doppler colorido. MÉTODO: No período de 18 meses, 1.953 pacientes foram submetidos ao eco-Doppler colorido de membros inferiores por doença venosa. Destes, 1.631 com varizes primárias não complicadas foram selecionados para esta análise, sendo que 1.383 eram do sexo feminino (84,79%) e 248 (15,21%) do sexo masculino. A média de idade dos pacientes foi de 42,89 (± 0,48) anos, variando de 13 a 85 anos. Dos 1.631 pacientes, 1.323 foram submetidos a exame bilateral e 308 a exame unilateral, totalizando 2.954 membros inferiores com varizes primárias não complicadas avaliados. Desse total, 1.461 eram membros inferiores direitos e 1.493, esquerdos. Todos os exames foram realizados seguindo o mesmo protocolo. RESULTADO: Dos 2.954 membros inferiores avaliados, 372 (12,59%) apresentaram refluxo em veia safena parva. A prevalência nos homens foi de 14,08% e, nas mulheres, de 12,35%. O refluxo da safena parva foi maior no membro inferior esquerdo (13.13%) do que no direito (12,05%). A prevalência do refluxo foi significativamente maior nos pacientes acima de 60 anos. CONCLUSÃO: O refluxo da veia safena parva é relativamente comum, e sua pesquisa deve ser sempre realizada em pacientes com varizes primárias de membros inferiores.
2006
Secchi,Fabio Miyamotto,Marcio França,Graciliano José Oliveira,Aguinaldo de Vidal,Enrique Antônio Timi,Jorge R. Ribas Moreira,Ricardo C. Rocha