Repositório RCAAP
Diretrizes para Habilitação de Centros de Treinamento e para Obtenção de Certificação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista
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2022-12-06T14:00:24Z
Caixeta,Adriano Mendes Mandil,Ari Alves,Cláudia M. Rodrigues Esteves,Cesar A. Brito Júnior,Fábio Sândoli de Feres,Fausto Carneiro,José Klauber Roger Souza Filho,Newton Fernando Stlader de
Ondas T anômalas em bloqueio completo de ramo esquerdo, na cardiomiopatia não compactada do ventrículo esquerdo
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2022-12-06T14:00:24Z
Saraiva,Lurildo R. Loureiro,Ricardo Brindeiro Filho,Djair
Embolia múltipla simultânea das artérias coronárias direita e esquerda
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2022-12-06T14:00:24Z
Godoy,Moacir Fernandes Portes,Thiago Augustus Bernardo,Paulo Leandro Alves Pivatelli,Flávio Correa
Análise de fatores pré e per-operatórios determinantes do resultado cirúrgico da tetralogia de Fallot
São analisados os resultados pós-operatórios imediatos de 98 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico da tetralogía de Fallot (TF) num total de 109 procedimentos (29 cirurgias paliativas e 80 correções definitivas). No grupo de cirurgias paliativas, ocorreram 2 óbitos no início de nossa experiência, não havendo mortalidade nos últimos 20 pacientes operados. A técnica de Blalock-Taussig clássica foi a mais utilizada (19 casos). No grupo de correção total, houve 9 óbitos (11,2%), sendo 7 deles no período de 1979 a 1983, ocorrendo apenas 2 óbitos nos últimos 42 casos operados. A presença de anastomose sistêmico-pulmonar prévia (8 casos) não interferiu na mortalidade pós-operatória. A análise retrospectiva desta experiência mostrou que os fatores que influenciaram negativamente o resultado cirúrgico foram: o baixo peso, a baixa idade, o alargamento de via de saída e alguns tipos de malformações associadas. A nossa conduta atual, baseada em uma sistematização colocada em prática a partir de 1984, prevê correção cirúrgica em 2 estágios, com tratamento paliativo antes dos 2 anos de idade. A mortalidade combinada observada nos últimos 2 anos foi de 4,7%.
2022-12-06T14:00:24Z
Gontijo Filho,Bayard Fantini,Fernando Antônio Silva,João Alfredo de Paula e Barbosa,Juscelino Teixeira Vrandecic,Mário Oswaldo Braga,Eurival Soares Masci,Maria da Glória Horta Masci,Teresa Lúcia de Melo Freire,Roberto José de Alvarenga
Tratamento cirúrgico da endocardite infecciosa na fase aguda: experiência de três anos
O tratamento cirúrgico da endocardite na fase aguda vem-se impondo como o mais efetivo, em muitas circunstâncias clínicas. As contínuas modificações nos aspectos clínicos, diagnósticos e bacteriológicos desta afecção tornam necessária permanente avaliação dos resultados, nas situações concretas de atuação dos diversos grupos clínico-cirúrgicos. A definição de normas de conduta ante esta grave afecção tem-nos preocupado, ultimamente, por sua crescente participação em nossa prática clínica-cirúrgica. De novembro de 1983 a novembro de 1986, 6,7% das substituições valvares por nosso grupo cirúrgico deveram-se a endocardite (32 de 4,77 pacientes). A sede do processo infeccioso teve a seguinte distribuição: mitral 6 casos, aórtica 12 casos (um óbito), mitral e aórtica 6 casos (dois óbitos) prótese aórtica 4 casos (três óbitos), prótese mitral 2 casos (um óbito) mitral, aórtica e tricúspide 1 caso (um óbito) e parede do ventrículo esquerdo 1 caso. A idade variou entre 10 e 56 anos. Sete pacientes eram do sexo feminino e 24 do masculino. Todos os pacientes eram brancos. A análise dos achados anátomo-patológicos permitiu determinação de três grupos: no Grupo A, tivemos 11 operações por lesões valvares simples, consistentes basicamente de vegetações infectadas. Todos os pacientes sobreviveram e obtiveram alta hospitalar. Nos 15 pacientes do Grupo B, havia acometimento multivalvar, ou lesões complicadas por mutilações valvares extensas e/ou comunicações entre câmaras cardíacas; 5 pacientes faleceram. No Grupo C, houve 5 operações por infecções em próteses, ocorrendo 4 óbitos. O prognóstico favorável dos pacientes operados com lesões simples e o alto risco daqueles em que havia destruição tissular mais extensa e daqueles em que a endocardite se instalou em próteses, nos levam a defender o tratamento cirúrgico precoce das infecções valvares, em todos os casos em que não haja rápida resposta ao tratamento antibiótico.
2022-12-06T14:00:24Z
Costa,Iseu Affonso da Faraco,Djalma Luiz Sallum,Fábio Pesarini,Aldo Oliveira,Elson C Costa,Francisco Diniz Affonso da Soeiro,Álvaro B
Transplante ortotópico de coração: experiência de 27 Casos
Os autores apresentam a experiência de 27 pacientes portadores de cardiomiopatia em fase terminal, que foram submetidos a transplante cardíaco ortotópico, no período de março de 1985 a fevereiro de 1987 (23 meses), no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As principais indicações foram cardiomiopatia dilatada em 12 casos (44,5%), isquêmica em 10 casos (37,08%), chagásica em 4 casos (14,8%) e reumática em 1 caso (3,7%). A mortalidade imediata foi de 3,7% (1 caso), por falência do enxerto, e a tardia, de 7,4% (2 casos), por rejeição e endocardite. Atualmente, 19 pacientes (70,3%) encontram-se em classe funcional I, 1 paciente (3,7%) em classe funcional II e 4 (14,8%) em pós-operatório recente, embora já realizando exercício programado.
2022-12-06T14:00:24Z
Stolf,Noedir A. G Fiorelli,Alfredo I Lemos,Pedro Carlos P Pomerantzeff,Pablo M. A Jatene,Fábio B Auler Júnior,José Otávio C Pascual,Jorge M. S Bocchi,Edmar Higushi,Lourdes Bellotti,Giovanni Pileggi,Fúlvio Jatene,Adib D
Fatores de risco na cirurgia das dissecções da aorta ascendente e arco aórtico
A experiência cirúrgica no tratamento de 72 pacientes consecutivos com dissecções da aorta proximal foi analisada, com o objetivo de identificar os fatores agravantes do risco da operação. Trinta e nove pacientes foram operados na fase aguda e, em 9 pacientes, o comprometimento era restrito à aorta ascendente. O procedimento cirúrgico mais utilizado foi a substituição da aorta ascendente por tubo de Dacron, associada à correção da delaminação, tendo-se atuado no arco aórtico apenas em 5 pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 27,7%, assumindo um valor de 43,5% para os pacientes operados na fase aguda e de 9% para os operados cronicamente. Em 45% desses pacientes houve uma relação direta entre a causa do óbito e a existência de complicações no pré-operatório. Foram considerados como determinantes de maior risco cirúrgico: as lesões neurológicas prévias, o tamponamento cardíaco, o choque cardiogênico, a isquemia miocárdica aguda e a disfunção renal. A compressão do tronco braquiocefálico, ou das artérias carótidas pela dissecção, o orifício de rotura primária da íntima no arco aórtico, a isquemia mesentérica e, nos casos operados na fase aguda, a insuficiência valvar aórtica de moderada ou grave repercussão também foram relacionados a um risco operatório mais elevado. Em conclusão, o resultado do tratamento cirúrgico das dissecções da aorta proximal guarda íntima relação com as condições pré-operatórias dos pacientes. A obtenção de melhores resultados com a operação na fase aguda depende, principalmente, do reconhecimento precoce da dissecção e da utilização de terapêutica clínica adequada durante o período de investigação diagnostica.
2022-12-06T14:00:24Z
Moreira,Luiz Felipe P Stolf,Noedir A. G Vianna,Caio B Pêgo-Fernandes,Paulo M Barreto,Antônio C. Pereira Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Substituição completa da aorta ascendente e da valva aórtica com tubo valvulado de pericárdio bovino
Os autores fazem uma revisão da técnica cirúrgica empregada para o tratamento de aneurismas da aorta ascendente associados a lesões da valva aórtica. Apresentam resultados obtidos com 11 (onze) paciente operados pela técnica de BENTALL e DE BONO, com enxerto tubular valvulado aberto de pericárdio bovino IMC, sem mortalidade devida à técnica ou ao enxerto utilizado. Desses pacientes, 8 eram do sexo masculino, com idade variando entre 31 e 65 anos, média de 50 anos; 3 eram do sexo feminino, com idade entre 20 e 53 anos, média de 38 anos. Duas cirurgias foram realizadas, em regime de urgência, e 9 de emergência. O tubo de pericárdio bovino utilizado foi de nº 23 em 1 caso, nº 25 em 2, nº 29 em 6 e nº 31 em 2 casos. Dois pacientes tiveram lesão mitral associada com troca valvar (prótese biológica IMC). Um paciente necessitou de ponte de veia safena para coronária direita, por dissecção do óstio coronário. O diagnóstico histopatológico mostrou: degeneração mixomatosa em 4 casos, fibrose em 4 casos, doença reumática cicatrizada em 2 casos e pancardite em apenas 1 caso. Após discorrerem sobre dificuldades e complicações do método, concluem que a técnica utilizada é a de escolha no tratamento da referida patologia e que o tubo valvulado de pericárdio bovino facilita o ato cirúrgico, por sua alta flexibilidade e por ser altamente hemostático, não necessitando de medidas pré-coagulativas.
2022-12-06T14:00:24Z
Ardito,Robert V Santos,José L. Verde Mayorquim,Rita C Greco,Oswaldo T Zaiantchic,Marcos Soto,Henry G Jacob,José Luiz B Braile,Domingo M
Dissecção e rotura da artéria pulmonar associada a persistência do canal arterial: relato de um caso
É descrito um caso de dissecção da artéria pulmonar, com rotura intrapericárdica e tamponamento cardíaco, em menina de 13 anos de idade, portadora de canal arterial grande e valva pulmonar bicúspide. Havia hipertensão pulmonar com arteriopatia plexogênica grave; nas grandes artérias elásticas, a camada média tinha alterações necróticas e reparadoras profundas. Discute-se o papel da medionecrose, condição que é exacerbada pela hipertensão e por características individuais, na patogenia do aneurisma dissecante e no caso em questão. A análise da literatura mostra que, na artéria pulmonar, a dissecção é sempre um acidente fatal, por rotura ou obstrução arterial. O tratamento desta intercorrência, eminentemente cirúrgico, raramente é possível, devido ao caráter fulminante da evolução e à ausência de sinais definidos para o diagnóstico em tempo hábil.
2022-12-06T14:00:24Z
Zamorano,Mabel de Moura Barros
Avaliação imediata e tardia do tratamento cirúrgico do aneurisma de ventrículo esquerdo: early and late results
Com a finalidade de avaliar os resultados imediatos e tardios do tratamento cirúrgico do aneurisma de ventrículo esquerdo (VE), os autores estudaram 112 casos operados no período de janeiro de 1984 a março de 1986, portanto com um seguimento pós-operatório variando de 8 meses a 2 anos e 10 meses. A idade variou entre 33 e 75 anos, com 42% dos pacientes na faixa entre 51 e 60 anos. O sexo masculino representou 87,5% dos casos. Os sintomas pré-operatórios mais freqüentes foram dor precordial, insuficiência cardíaca e arritmia. Os achados do estudo hemodinâmico mostraram presença de aneurisma de VE em todos os casos, caracterizado por discinesia na área infartada, isoladamente em 25 casos (22,3%), associado a lesão em mais de uma artéria coronária em 50 casos (44,6%), mais de duas artérias em 34 (27,6%) e mais de três artérias em 6 casos (5,3%). Segundo o ventriculograma e pelo cálculo da contração regional, os casos foram considerados bom, regular, ou mau. De acordo com esta classificação, tivemos: bom 37 casos (33%); regular 60 casos (53,5%); mau 15 casos (13,5%). A cirurgia corretiva do aneurisma de VE foi levada a efeito obedecendo aos preceitos de reconstrução da geometria da cavidade ventricular esquerda. A aneurismectomia isolada foi realizada em 22 casos (19,6%), associada a pontes de safena em 88 casos (78,5%) e a outros procedimentos em 2 casos (1,9%). A mortalidade hospitalar foi de 7,1% (8 óbitos), correspondendo a: bom 1 caso (2,7%); regular 2 casos (3,3%); mau 5 casos (33,3%). A mortalidade tardia (2 meses, 2 anos e 1 mês) foi de 8,6% (9 casos), a considerar: bom 2 casos (5,5%); regular 6 casos (10,3%); mau 1 caso (10%). Dos 97 casos sobreviventes e com avaliação tardia, encontramos: assintomáticos 45 (47,3%), assim distribuídos: bom 20 casos (59,%); regular 20 casos (38,5%); mau 5 casos (55,5%); sintomáticos 50 casos (52,6%), de acordo com a classificação: bom 14 casos (41 %); regular 32 casos (61,5%); mau 4 casos (44,4%). Os autores concluem que os resultados, nos grupos bom e regular, são satisfatórios: porém no grupo mau, embora considerando as condições desfavoráveis dos pacientes, a mortalidade global é alta (40%).
2022-12-06T14:00:24Z
Souza,Luiz Carlos Bento de Ferreira,Walner Mesquita Hasan,Jamal M Mejia,G. Merrera Chaccur,Paulo Conforti,Cesar A Dinkhuysen,Jarbas J Romano,Edson R Pimentel Filho,Wilson Magalhães,Hélio M. de Sousa,J. Eduardo M. R Paulista,Paulo P Jatene,Adib D
Revascularização direta do miocárdio com artéria gastro-omental esquerda: estudo anatômico e histológico e relato de caso
A veia safena e a artéria mamária interna (AMI) são os enxertos mais usados, até o momento, para a revascularização direta do miocárdio. O estudo de sua normalidade de fluxo, a longo prazo, tem mostrado melhor adaptabilidade dos pedículos arteriais. O estudo da viabilidade da artéria gastro-omental (AG-O), na revascularização direta do miocárdio, foi realizado mediante estudo anatômico em 25 cadáveres adultos, com idades entre 23 e 84 anos, material cedido pelo Departamento de Anatomia Patológica da Escola Paulista de Medicina. A tática cirúrgica consistiu na dissecção da AG-O esquerda, ligando suas colaterais e desligando-a da AG-O direita, ao nível do antro pilórico. Foram estudados os diâmetros da artéria e o comprimento do pedículo. A transferência para a cavidade pericárdica foi realizada rodando o pedículo pela frente do fundo gástrico e passando-o através do orifício praticado no diafragma, anastomosando-o com a artéria coronária direita ou ramos marginais da artéria circunflexa. O estuo histológico da estrutura da AG-O mostrou camada média de tipo músculo-elástico com baixa incidência de aterosclerose. A aplicação clínica desta técnica foi realizada numa paciente de 58 anos de idade, que apresentava ambas as veias safenas internas finas e fibrosadas. Foram dissecadas AMI esquerda, AMI direita e AG-O esquerda, revascularizando as artérias descendente anterior, coronária direita e marginal esquerda, respectivamente. Após evolução pós-operatória de 12 dias, sem intercorrências, foi realizada angiografia digital seletiva das artérias mamárias e esplénica, demonstrando a normalidade ao fluxo dos enxertos. Esta nova possibilidade de revascularização miocárdica constitui uma opção a mais, entre o elenco de alternativas de que o cirurgião dispõe, especialmente quando não existem possibilidades de escolha de enxertos venosos.
2022-12-06T14:00:24Z
Maluf,Miguel A Buffolo,Ênio Barone,Bóris Andrade,José Carlos S Gallucci,Costabile
Reoperação em pacientes revascularizados
Um grupo de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio pode vir a necessitar uma reoperação tardia. Neste trabalho, discute-se quais os possíveis fatores determinantes deste evento, bem como o prognóstico imediato destes indivíduos. Foram analisados 261 (10,5%) pacientes, submetidos a reoperação para revascularização isolada do miocárdio entre janeiro de 1984 e junho de 1986. Havia 109 (41%) hipertensos e 145 (55%) portadores de infarto do miocárdio prévio. A reoperação foi indicada pela presença de lesões no leito nativo das artérias em 66 (25%), por lesões nos enxertos em 88 (33%) e por lesões nos leitos nativos e nos enxertos em 107 (42%). O tempo médio de reoperação foi de 7,1 ± 3,3 anos, sendo 75% dos pacientes reoperados num intervalo superior a 6 anos. O número global de artérias mamárias obstruídas foi de 5 (20%) enquanto que 171 (75%) das pontes de veia safena apresentavam lesões. A mortalidade hospitalar foi de 23 (9%). Os autores discutem as relações destes achados com a incidência da reoperação bem como as possíveis causas da mortalidade elevada.
2022-12-06T14:00:24Z
Pinto,Ibraim Masciarelli F Piegas,Leopoldo S Mattos,Luiz Alberto P Tanajura,Luiz Fernando L Egito,Enilton T Abdulmassih Neto,Camilo Arnoni,Antoninho S Souza,Luiz Carlos Bento de Jatene,Adib D Sousa,J. Eduardo M. R
Avaliação de marcapasso unicameral de ajuste automático de freqüência de pulso mediado por movimentação corporal
Quarenta e oito pacientes com marcapasso unicameral de ajuste automático de freqüência de pulso mediado por movimentação corporal (AAI-R/VVI-R) foram avaliados através da eletrocardiografia dinâmica, para correlacionar a atividade física com a variação da freqüência de estímulos e teste ergométrico em esteira (pareados e randomizados em modo AAI/VVI e modo AAI-R/VVI-R), para quantificar a capacidade de realizar esforço físico, um mês após o implante do gerador de pulso Activitrax 8400. A idade média dos pacientes era de 46 anos e a etiologia predominante da arritmia que motivou o implante era a miocardiopatia chagásica. O eletrocardiograma ambulatorial mostrou modificações apropriadas na freqüência cardíaca (exceto em 1 paciente, que permaneceu em ritmo sinusal). Teste ergométrico no modo AAI-R/VVI-R mostrou elevação significativa na freqüência cardíaca com relação ao valor médio controle: de 66,9+0,8 ppm para 84,6+2,1 ppm aos 14 minutos 90,5*2,8 ppm aos 6 minutos e 95,7+2,9 ppm aos 8 minutos (P < 0,05). O modo AAI-R/VVI-R possibilitou um aumento no tempo de exercício de 20,2% quando comparado ao modo AAI/VVI (P < 0,05). Em 12 pacientes, arritmias ventriculares foram detectadas durante o exercício em modo AAI/VVI, mas não no modo AAI-R/VVI-R. No curto período avaliado (1 mês), os pacientes referiram melhora clínica e puderam reassumir vida mais ativa. O gerador de pulsos Activitrax 8400 mostrou-se efetivo e seguro. A estimulação unicameral com variação da freqüência de pulso melhorou a capacidade de realizar exercícios físicos, quando comparada com a estimulação em freqüência pré-determinada.
2022-12-06T14:00:24Z
Brofman,Paulo R Loures,Danton R. da Rocha Rossi,Paulo R. F Ardito,Roberto V Greco,Osvaldo T Braile,Domingo M Sant'Anna,João R Lucchese,Fernando A Kalil,Renato A. K Eloy,Ricardo Barros,Rubens T Andrade,José Carlos S Pesarini,Aldo Gauch,Paulo R. A
Retroca valvular
A reoperação de próteses valvulares tem sido realizada, com freqüência cada vez maior, nos vários Serviços de cirurgia cardíaca. Os detalhes do tratamento, a indicação e a técnica operatória melhoraram os resultados. No período de janeiro de 1984 a junho de 1986, no Instituto do Coração, foram submetidos a retroca valvular 145 pacientes, num total de 157 próteses, e 4 trocas da bola de válvula de Starr-Edwards. Em posição mitral, 6 pacientes foram submetidos a terceira troca valvular, sem óbito imediato. A insuficiência valvular e a calcificação do tecido biológico de dura-máter foram as principais causas de indicação da reoperação. Quarenta e um pacientes apresentavam roturas e 19 pacientes, calcificação de bioprótese em posição mitral; em posição aórtica, 32 pacientes tinham rotura e 12, calcificação de bioprótese. Quanto à prótese implantada, foram utilizadas principalmente as biopróteses, sendo 63 porcinas e 35 de pericárdio bovino. A mortalidade imediata global foi de 8,3% (12 pacientes), sendo a principal causa de óbito o baixo débito cardíaco. As principais complicações imediats foram: baixo débito cardíaco, arritmias e sangramento. Noventa por cento dos pacientes encontravam-se em classe funcional (NYHA) III e IV no pré-operatório, evoluindo para as classes funcionais I e II em 89% das trocas aórticas de 82% das trocas mitrais. A curva atuarial de sobrevida.em 5 semestres, foi, para a posição mitral, de 85,7% e, para a aórtica, de 91,3%. Os autores concluem que os cuidados de técnica, a proteção miocárdica e o tipo de prótese utilizada foram os responsáveis pelos resultados bastante satisfatórios.
2022-12-06T14:00:24Z
Pomerantzeff,Pablo M. A Abreu,Mário César S. de Amato,Marisa Moretti,Miguel Auler Júnior,José Otávio C Grinberg,Max Tarasoutchi,Flávio Mansur,Alfredo Dias,Altamiro Ribeiro Bittencourt,Delmont Stolf,Noedir A. G Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Seguimento de 9 anos da bioprótese valvular cardíaca de pericárdio bovino IMC-Biomédica: estudo multicêntrico
De dezembro de 1977 a novembro de 1986, foi usado o bioenxerto valvular cardíaco de pericárdio bovino IMC-Biomédica na posição mitral, em 798 pacientes, com idade média de 42 anos. Os 722 pacientes sobreviventes foram observados por um período de até 9 anos, representando 27036 meses, ou 2253 anos. O estudo indicou um índice de sobrevida de 66% para os adultos e 69% para os jovens, sendo de 94% e 80% o índice de sobrevida para os adultos e jovens, respectivamente, com pós-operatório de 5 anos. A freqüência das complicações diante da amostra analisada foi: 0,4% de rotura do tecido; 0,4% de vazamento paravalvular; 2,7% de acidente vascular cerebral; 3,2% de endocardite infecciosa; 4,4% de calcificação. A curva atuarial de calcificação entre os anos de 1978 e 1982 (Grupo I) mostrou 94% dos adultos e 12% dos jovens livres dessa complicação. Por outro lado, de 1982 a 1986 (Grupo II), esse índice subiu para 99,0% entre os adultos e 92,0% para os jovens. Deste modo, concluímos que a nossa opção pela bioprótese de pericárdio bovino foi apropriada, visto que 96% dos pacientes estiveram livres de complicações fatais relacionadas à bioprótese, o que significa que, em 9 anos, o potencial da bioprótese foi apenas de 4%.
2022-12-06T14:00:24Z
Brick,Alexandre V Miana,Antônio Augusto Colen,Eloízio A Passos,Pedro H. C Borges,Ângela Jorge,Paulo C Braile,Domingo M Greco,Oswaldo T Ardito,Roberto V Santos,José Luiz V Mayorquim,Rita de Cássia Lima,Elizabete R Zaiantchick,Marcos Campos,Nelson L. K. L Gollarza,Henri S Souza,Dorotéia R. S Brofman,Paulo Roberto Loures,Danton R. da Rocha Carvalho,Roberto Gomes de Ribeiro,Edison José
Ação da cardioplegia na proteção miocárdica: estudo experimental através das réplicas de criofraturas
Foi avaliado, experimentalmente, o grau de proteção miocárdica oferecido por soluções cardioplégicas e hipotermia, à anóxia induzida pela interrupção do fluxo sangüíneo coronário em 20 cães. A isquemia miocárdica foi obtida através do pinçamento da aorta ascendente por 60 minutos, após a instalação de circulação extracorpórea, seguida de reperfusão miocárdica por 360 minutos. Os animais foram divididos em 4 grupos de cães. No primeiro (Grupo I), denominado controle, foi induzida anóxia miocárdica em normotermia e sem administração de solução cardioplégica. No segundo (Grupo II), os animais foram esfriados a 28ºC, antes do início da anóxia miocárdica. Neste grupo, também não foi utilizada a solução cardioplégica. No terceiro e quarto grupos, respectivamente Grupo III e Grupo IV, além da hipotermia sistêmica de 28ºC, foi realizada perfusão coronária de solução cardioplégica a 40ºC. A solução cardioplégica continha NaCl, KCl, CaCl2 lidocaína, verapamil, NaHCO3, MgSO4, sendo o veículo de infusão soro glicosado no Grupo III e sangue autógeno no Grupo IV. Foram estudadas as alterações ultra-estruturais (réplicas de criofraturas) em biópsias de ventrículo esquerdo, dando-se especial ênfase às alterações do sarcolema e membramas mitocondriais, principalmente através da visibilização de aglutinação e rarefação das partículas de proteína presentes nessas estruturas. Conclui-se que os 2 tipos de solução cardioplégica utilizados, juntamente com hipotermia sistêmica, proporcionaram proteção eficaz ao miocárdio isquêmico, sem que pudéssemos, entretanto, demonstrar a superioridade de uma delas. A hipotermia sistêmica isolada (Grupo II) não propiciou boa proteção à célula miocárdica em anóxia. Os animais do Grupo I (controle) apresentaram grande compromentimento na estrutura e função do miocárdio.
2022-12-06T14:00:24Z
Dallan,Luis Alberto Oliveira,Sérgio Almeida de Higuchi,Lurdes Lopes,Edgard A Sesso,Antônio Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Substituição valvar por valva aórtica homóloga montada em suporte e preservada pelo glutaraldeído: estudo multicêntrico
A substituição valvar por valva aórtica homóloga montada em suporte flexível e preservada pelo glutaraldeído é procedimento original e informações preliminares já foram relatadas anteriormente. O objetivo do atual estudo multicêntrico é apresentar os resultados tardios em grupo maior de pacientes, nos quais uma ou mais valvas cardíacas foram substituídas por valva aórtica homóloga. Os autores analisam os resultados em 118 pacientes selecionados, considerados de alto risco pára implante de próteses biológicas, em virtude de apresentarem idades inferiores a 15 anos, ou, ainda, por calcificação de próteses biológicas implantadas anteriormente. As idades variaram de 5 a 66 anos (mediana 20 anos), sendo que 62 (52,5%) tinham idade igual ou inferior a 15 anos e 18 (15,3%) pacientes eram portadores de próteses biológicas calcificadas. Neste grupo de 118 pacientes, em 88 foi realizada a substituição da valva mitral isolada; em 9, substituição mitral e aórtica; em 8, substituição aórtica isolada e, em 2, substituição tricúspide. A mortalidade hospitalar foi de 2,5% (3/118), sendo que o seguimento pós-operatório compreendeu 2614 meses/pacientes, sendo possível obter informações atualizadas em 91 % dos sobreviventes. A curva atuarial de sobrevida, ao final de 36 meses, foi de 94,9%, tendo ocorrido apenas 3 óbitos tardios, nos 115 pacientes que receberam alta hospitalar. Estes resultados são superiores aos esperados para as outras próteses biológicas, em nossa experiência e na da literatura, e permitindo a recomendação de seu uso, parecendo constituir-se em um avanço, especialmente na substituição valvar de pacientes jovens.
2022-12-06T14:00:24Z
Buffolo,Ênio Salles,Cláudio A Vanderley Neto,José Mendonça,José Telles de Casagrande,Ivan S. Joviano Andrade,José Carlos S Palma,Honório
Bases experimentais da utilização da cardiomioplastia no tratamento da insuficiência miocárdica
A cardiomioplastia é uma técnica que utiliza enxertos musculares esqueléticos, estimulados síncronamente ao coração, para substituir, ou envolver o miocárdio. O objetivo deste trabalho foi analisar as características contrateis e a resistência à fadiga do músculo grande dorsal normal e estimulado cronicamente, bem como avaliar a eficiência da cardiomioplastia como método de suporte circulatório. Treze cães foram estudados, após condicionamento elétrico do músculo grande dorsal esquerdo, por período de 6 semanas. Sete deles foram submetidos a medida isométrica da força exercida pelos músculos condicionados e pelos controles contralaterais e a estudo morfológico. Os parâmetros ideais de estimulação foram semelhantes para os músculos normais e os condicionados. Os músculos condicionados, constituídos, predominantemente, de fibras de ação lenta, apresentaram uma força de amplitude menor (-27%) e um tempo de contração mais longo (+32%). Por outro lado, as curvas de fadiga dos músculos normais, constituídos de fibras mistas, mostraram a queda inicial da força de contração e valores estáveis, após 30 minutos, inversamente proporcionais à freqüência das contrações, resultando em um mesmo índice tensão-tempo (18 ± 2 kgF. seg/min). Já os músculos condicionados apresentaram um desempenho estável nas mesmas freqüências, mantendo um índice tensão-tempo elevado (68 ± 6 kgF. reg/min). Os outros 6 animais foram submetidos a cardiomioplastia, sendo estudados hemodinâmica e ecocardiograficamente, após a indução de disfunção miocárdica. Com a estimulação síncrona do músculo esquelético, observou-se a elevação do índice cardíaco em 36 ± 4% (p<0,01), associada a queda da pressão capilar pulmonar. O aumento da fração de ejeção foi documentado (51 ± 3%), inclusive quando o enxerto foi colocado apenas sobre o ventrículo esquerdo (p < 0,01). Em conclusão: 1) os músculos esqueléticos são capazes de manter atividade semelhante ao trabalho cardíaco, com um desempenho que depende de sua capacidade aeróbica; 2) a estimulação crônica leva à transformação adaptativa das fibras musculares, aumentando a sua capacidade de trabalho aeróbico; 3) a cardiomioplastia pode ser um método alternativo, no tratamento da insuficiência miocárdica, mesmo quando é possível apenas o envolvimento parcial do coração pelo enxerto.
2022-12-06T14:00:24Z
Moreira,Luiz Felipe P Chagas,Antônio C. P Camarano,Gustavo P Cestari,Idagene A Oshiro,Milton S Nakayama,Eduardo Leirner,Adolfo Luz,Protásio Lemos da Lopes,Edgard A Stolf,Noedir A. G Jatene,Adib D
Cirurgia de revascularização do miocárdio sem o emprego de soluções cardioplégicas, balão intra-aórtico, ou cateter de Swan-Ganz
No período de 1974 a 1987, 620 pacientes foram submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio, na Casa de Saúde Sáo Raimundo, com 28 óbitos, 4,5% de mortalidade. Dezenove pacientes foram submetidos a procedimentos associados: prótese aórtica, mitral, ou ressecçáo de aneurisma ventricular. Os pacientes com idade acima de 70 anos e os submetidos a reoperaçáo estão incluídos. Não houve seleção dos casos. O método de proteção miocárdica foi o do pinçamento intermitente da aorta, hipotermia corporal de 30ºC e hipotermia tópica com solução salina gelada. A síndrome de baixo débito, a mediastinite em paciente diabético, anemia pré-operatória em paciente com angina instável acima de 70 anos de idade, tamponamento cardíaco tardio, endarterectomia não satisfatória, desatenção no uso de nipride no pós-operatório, choque após a protamina, sangramento, acidente vascular cerebral, coma hiperosmolar foram, entre outras, as causas de óbito. Da presente experiência, concluímos que o pinçamento intermitente da aorta, associado à hipotermia, é um aceitável método de preservação do miocárdio.
2022-12-06T14:00:24Z
Jucá,E. Régis Carvalho Jr,Waldemiro Ciarlini,Ciro Mesquita,Fernando Monte,Leny Alves,Maria Goretti A
Autotransfusão de coleta pré-operatória em cirurgia cardíaca
A autotransfusão (AT) que utiliza a reposição de sangue autógeno constitui uma alternativa para a redução das complicações da transfusão de sangue homólogo, já que, em cirurgias eletivas, existe a possibilidade da coleta de sangue no período pré-operatório. Foi realizado um estudo comparativo prospectivo para tentar estabelecer os parâmetros ideais da AT pré-operatória, referentes ao volume, intervalo de tempo prévio à cirurgia e benefício aos pacientes, entre outros. Foram considerados, para o estudo, 96 pacientes consecutivos a serem submetidos a revascularização miocárdica. As cirurgias foram eletivas e os pacientes não apresentavam hipoproteinemia, anemia, infecções, operações cardíacas prévias, outras cirurgias recentes, ou, então, mais de 70 anos de idade. Foram divididos em 4 grupos; Grupo I: sem AT pré (controle, 41 pacientes); Grupo II: Coleta de 500 a 600 ml, sendo Grupo II-A até 7 dias antes da operação (35 pacientes) e Grupo II B de 8 a 15 dias antes (14 pacientes) e Grupo III com coleta realizada acima de 30 dias da operação, com reinfusão e nova coleta a cada 15 dias (6 pacientes). A idade média e o hematócrito foram comparáveis, nos 4 grupos. Em alguns pacientes, utilizou-se, também, a AT no pós-operatório. Os resultados revelaram que 63% do Grupo I, 26% no Grupo II-A, 43% no Grupo II-B e 67% no Grupo III receberam sangue homólogo. A média de sangue autógeno recebido foi de 534 ml/paciente no Grupo II-A, 539 ml/paciente no Grupo II-B e 908 ml/paciente no Grupo III. O hematócrito, no pós-operatório, foi comparável nos 4 grupos, por ocasião da alta. Não houve óbitos. Os autores concluem que um menor número de pacientes do Grupo II-A recebeu sangue homólogo (ES p = 0,008) e não houve diferença estatística (ES) entre os grupos II-A, II-B e III, com relação ao volume de sangue homólogo recebido. Além disto, não houve aumento de complicações, particularmente sangramento, em nenhum dos grupos em relação ao grupo controle.
2022-12-06T14:00:24Z
Jatene,Fábio B Pomerantzeff,Pablo M. A Monteiro,Ana Cristina Estebes,Rafael Silva,Maria Cristina Bechara,Milton Okumura,Yoshitaka Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D