Repositório RCAAP
Contrapulsação aórtica intraoperatória pós circulação extracorpórea (CEC): apresentação de método
Apresenta-se um sistema para obtenção do efeito de contrapulsação aórtica no período intraoperatório pós perfusional de cirurgias cardíacas.
2022-12-06T14:00:24Z
Reis,Celso Luis dos Évora,Paulo Roberto Barbosa Ribeiro,Paulo José de Freitas Brasil,José Carlos Franco Otaviano,Adonis Garcia Bongiovani,Hércules Lisboa Bombonato,Rubio Pereira,Almir Sales
Transplante cardíaco humano: experiência inicial
No Instituto do Coração, de março de 1985 a fevereiro de 1986,11 pacientes foram submetidos a transplante cardíaco ortotópico. Eram todos do sexo masculino, com idade variando de 39 a 54 anos; 6 com cardiopatia isquémica, 4 com cardiomiopatia dilatada e um com cardiomiopatia chagásica. Foi realizado estudo hemodinâmico através de catéter de Swan-Ganz, no pré-operatório, no pós-operatório, após estabilização na unidade de recuperação, e trinta ou mais dias após o transplante. Os dados mostram melhora progressiva em relação ao índice cardíaco, pressão em artéria pulmonar, pressão de capilar pulmonar, resistência vascular pulmonar e resistência vascular sistêmica. Três dos 11 pacientes apresentaram disfunção renal transitória no pós-operatório imediato e que regrediram até o 15º dia, enquanto que 2 pacientes apresentaram aumento moderado da creatinina plasmática. Apenas 3 pacientes não apresentaram qualquer episódio de rejeição; nos demais, esses episódios foram um diagnóstico histológico sem repercussões clínicas. Complicações infecciosas ocorreram em 9 pacientes e foram de fácil controle clínico. No pós-operatório tardio, a hipertensão esteve presente em 8 pacientes, sendo mais acentuada em 2 deles. Não houve óbitos, nesta série de pacientes; todos estão assintomáticos e os 6 primeiros estão trabalhando.
2022-12-06T14:00:24Z
Stolf,Noedir A. G Bocchi,Edimar Lemos,Pedro C. P Jatene,Fábio Biscegli Pomerantzeff,Pablo M. A Higushi,Lourdes Kalil,Jorge Fiorelli,Alfredo I Auler Júnior,José Otávio C Bellotti,Giovanni Silva,Lélio A Pileggi,Fúlvio Jatene,Adib D
Edema pulmonar não cardiogênico após circulação extracorpórea
O edema pulmonar não cardiogênico é uma complicação grave, de conhecimento recente, que se segue a cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea. O quadro clínico é de instalação rápida, caracterizando-se, principalmente, por broncoespasmo, secreção sero-hemorrágica pelas vias aéreas e hipotensão arterial. O diagnóstico diferencial com insuficiência ventricular esquerda é realizado pela constatação de pressões normais, ou baixas, em território pulmonar e átrio esquerdo, sugerindo mecanismo de aumento súbito da permeabilidade capilar. Os autores relatam a ocorrência desta síndrome em 6 pacientes submetidos a operações cardíacas com circulação extracorpórea, tecendo considerações sobre os mecanismos fisiopatológicos aventados, meios de diagnóstico, terapêutica adotada, bem como os achados histopatológicos dos pacientes com má evolução.
2022-12-06T14:00:24Z
Auler Júnior,José Otávio C Pascual,Jorge Maurício Stibich Santello,José Luís Pomerantzeff,Pablo M. A Falzoni,Roberto Amaral,Ruy Vaz Gomide do Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Transplante heterotópico do coração sem auxílio da circulação extracorpórea: estudo experimental em cães
Os autores descrevem nova técnica de transplante heterotópico do coração. Foram operados 14 cães. A via de acesso foi toracotomia lateral esquerda e foram realizadas somente duas anastomoses, não sendo necessário o uso da circulação extracorpórea. Como resultado, houve boa adaptação dos cães ao procedimento e comprovou-se a eficiência do método através do estudo hemodinâmico. Esta técnica poderá, eventualmente, ser aplicada na clínica.
2022-12-06T14:00:24Z
Carvalho,Roberto Gomes de Krichenko,Antoninho Giublin,Paulo Varela,Alexandre Amorim,Maria João Bueno,Ronaldo Loures Ribeiro,Edison José Brofman,Paulo Roberto Loures,Danton Rocha
Transplante de coração em pacientes com miocardiopatia chagásica
Entre 27 pacientes submetidos a transplante cardíaco, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 4 eram portadores de cardiomiopatia chagásica. As idades situaram-se entre 28 e 43 anos. Três pacientes estavam em grupo funcional IV e 1, na classe funcional II, mas apresentando taquiarritmia ventricular retrataria. A imunossupressão foi feita com ciclosporina mais corticóide, no 1º paciente, e ciclosporina, azatioprina e corticóide, nos outros três. Três pacientes tiveram episódios de rejeição, tratados com pulsoterapia. Um destes pacientes apresentou doença intestinal linfoproliferativa precoce. Os 3 pacientes tiveram reagudização da doença de Chagas no 59º, 81º e 420º de pós-operatório, respectivamente, caracterizada por febre, lesões cutâneas e miocardite. O Trypanosoma cruzi foi encontrado nas biópsias de pele dos 3 pacientes e nas biópsias do miocárdio em 2 pacientes. Um dos pacientes não teve reagudização. Todos os 4 doentes foram tratados com medicação específica, bem tolerada em todos. As alterações da reagudização da doença de Chagas reverteram em poucos dias. Um dos pacientes, que teve doença linfoproliferativa e cujas doses de imunossupressores foram reduzidas, faleceu no 197º dia, em crise de rejeição. Os demais estão bem e em seguimento por 107, 160 e 500 dias, respectivamente.
2022-12-06T14:00:24Z
Jatene,Adib D Stolf,Noedir A. G Fiorelli,Alfredo I Bocchi,Edimar Higuchi,Lourdes Auler Júnior,José Otávio C Uip,Davi E Amato Neto,Vicente Pileggi,Fúlvio
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos
Foi a partir de 1972 que, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, se iniciou o emprego da anastomose mamária-coronária associada, ou não, a pontes de safena, ou a outros procedimentos. Nessa época, apenas a artéria mamária interna esquerda (AMIE) foi usada (57 casos) para a revascularização da descendente anterior (DA) ou diagonal. No período 1973/1974 (386 casos), já ocorreram as primeiras anastomoses seqüenciais AMIE-DA/DA, assim como a artéria mamária interna direita (AMID) passou a ser empregada para ramos diagonais. Com a finalidade de verificar a evolução tardia desta técnica, sua aplicação foi praticamente interrompida, entre 1975/1982, restringindo-se a apenas 43 casos, nesse período. Entretanto, a partir de 1982 até junho de 1986, ocorreu significativo incremento na sua aplicação (2374 casos), sendo que, desde então, a quase totalidade (93%) das cirurgias de revascularização do miocárdio tem uma ou mais coronárias tratadas com anastomose mamária-coronária. A combinação mais freqüente é AMIE/DA nos casos de mamária isolada e AMIE/DA e AMID/Mg Cx nos casos de dupla mamária. Contudo, observaram-se, na casuística, as mais variadas combinações (71) e associações, abrangendo, praticamente, todas as artérias coronárias. Analisando-se o pós-operatório imediato de um grupo isolado de 177 pacientes operados em 1984, observou-se que esta técnica não influiu na ocorrência de deiscência parcial, ou total, de esterno, em reoperação por sangramento; todavia, ocorreram, em 25% dos casos, elevação transitória da cúpula frénica, atelectasia em 17% e derrame pleural residual em 27,6%, geralmente concomitantes. Em relação à evolução tardia, num grupo de 754 pacientes com mamária e safena e com evolução até 9 anos, em 924 (71,8% dos enxertos reestudados, constataram-se índices de permeabilidade de 91,5% nas mamárias versus 70,6% (826) das pontes de safena. Em outro grupo (102 pacientes), com evolução entre 5 a 10 anos, apenas com mamária isolada, em 55 reestudos constataram-se 94,4% (50) de mamárias permeáveis e 5,6% (3) de ocluidas. A mortalidade intra-hospitalar, nos 2923 casos, foi de 3,45%.
2022-12-06T14:00:24Z
Dinkhuysen,Jarbas J Souza,Luis Carlos Bento de Fichino,Maria Zenaide Soares Chaccur,Paulo Arnoni,Antoninho Sanfins Piegas,Leopoldo S Magalhães,Hélio M. de Paulista,Paulo P Sousa,J. Eduardo M. R Jatene,Adib D
Novas técnicas cirúrgicas para o tratamento da atresia pulmonar com comunicação interventricular e anomalias de artérias pulmonares incluindo o assim chamado truncus tipo IV
Entre janeiro de 1975 e outubro de 1986, 42 pacientes com atresia pulmonar e comunicação interventricular, com idade entre 2 e 18 anos, foram submetidos a correção parcial, ou total. Foram divididos em: tipo A) com todos os segmentos broncopulmonares conectados às artérias pulmonares (AP's), 34 pacientes; tipo B) com alguns dos segmentos broncopulmonares conectados às AP's, 6 pacientes; tipo C) com todos os segmentos broncopulmonares conectados às colaterais sistêmico-pulmonares, 2 pacientes. A correção foi planejada em uma a três etapas. No tipo A, 17 foram corrigidos em uma etapa, com três óbitos; em 9, na primeira etapa, as AP's foram reconstruídas e o Blalock (BT), realizado, tendo ocorrido um óbito. Em 2, a segunda etapa de correção total foi realizada, sem óbitos. No tipo B, a primeira etapa de unificação das colaterais intra ou extra-hilares foi realizada em 6 casos, sem óbitos; em 2, a segunda etapa da correção total foi realizada, com um óbito. No tipo C, 2 pacientes foram operados; 1 em três etapas; a primeira constou de construção de segmento arterial intermediário entre as artérias lobares e o BT; a segunda compreendeu unificação das colaterais contralaterais e a terceira, restabelecimento da continuidade ventrículo direito - circulação pulmonar; o paciente teve boa evolução. No segundo caso, a correção foi realizada após somente uma intervenção prévia. A evolução foi satisfatória. Estudos hemodinâmicos seriados foram realizados em 32 pacientes. As técnicas propostas permitem obter condições para correção total com adequada relação pós-operatória das pressões ventrículo direito - ventrículo esquerdo.
2022-12-06T14:00:24Z
Barbero-Marcial,Miguel Atik,Edmar Ratti,Miguel Kajita,Luiz Junya Riso,Arlindo Verginelli,Geraldo Bittencourt,Delmont Pileggi,Fúlvio Jatene,Adib D
Pode a correção cirúrgica de cardiopatias pediátricas e congênitas conviver com baixa mortalidade?: revisão de 10 anos de experiência com 1088 cirurgias
Em um período de 10 anos, de novembro de 1976 a novembro de 1986, foram realizadas 1088 cirurgias, em pacientes com cardiopatias pediátricas, com menos de 15 anos de idade, e em pacientes com cardiopatias congênitas. Foram corrigidos, com o auxílio da CEC, 670 casos e, com cirurgia clássica, 418 casos. Foram reoperados 111 pacientes (10,2%). Pacientes com lesões valvares adquiridas e com menos de 15 anos de Idade, analisados neste trabalho, compreenderam 120 casos (11,1%). A mortalidade hospitalar global foi de 10,4%, sendo 11,2% com auxílio de CEC e 9,1% sem CEC. Foi observada uma queda de mortalidade, nos anos de 1985 e 1986, correspondendo a 6,8% e 5,7%, respectivamente. Nesse período de 2 anos, foram realizadas 179 cirurgias, sendo corrigidas 54 cardiopatias congênitas cianóticas, com 7 óbitos (12,9%), e 125 acianóticas, com 2 óbitos (1,6%). A maior mortalidade ocorreu no primeiro ano de vida (20,7%), havendo uma diminuição do número de óbitos nas outras faixas etárias, especialmente acima do quarto ano de vida. A análise dos fatores que influíram na diminuição da mortalidade revelou: indicação mais freqüente de cirurgias pediátricas no primeiro ano de vida, análise cuidadosa da anatomia cirúrgica, definições precisas do momento da intervenção e técnicas de cirurgia, melhor proteção miocárdica, condições físicas e médicas no pós-operatório e maior experiência cirúrgica.
2022-12-06T14:00:24Z
Loures,Danton R. da Rocha Brofman,Paulo Roberto Ribeiro,Edison José Rossi,Paulo Roberto F Pereira,Marcos Augusto Alves Krichenko,Antoninho Bueno,Ronaldo da Rocha Loures Varela,Alexandre Bauer,Victor Amorim,Maria João F Linhares,Lauro J. C Seegmuller,Edimara F Mozachi,Nelson
Dez anos de cirurgia da endomiocardiofibrose: o que aprendemos?
Nos últimos 10 anos (1977-1987), 53 pacientes com endomiocardiofibrose foram submetidos a decortição endocárdica e substituição das valvas atrioventriculares. Quarenta e dois eram do sexo feminino e 11, do masculino, variando a idade de 11 a 59 anos (média 31). Os pacientes foram divididos em três grupos: Grupo I, incluindo 25 doentes com lesão biventricular; Grupo II, composto de 23 pacientes com lesão isolada do ventrículo direito, e, por fim, Grupo III, formado de 5 enfermos com doença apenas no ventrículo esquerdo. Todos estavam na classe funcional III ou IV, de acordo com a classificação da New York Heart Association. A mortalidade, nos primeiros 30 dias após a cirurgia, foi de 20,7% (11 casos). Dos 42 sobreviventes, 21 (39,6%) tiveram um pós-operatório imediato bastante tormentoso. Houve 10(18,8%) óbitos tardios. Uma paciente foi reoperada dois anos depois, para substituição da valva mitral, que havia sido preservada na primeira intervenção. Dentre os 32 sobreviventes (tempo de evolução de 4,1 pacientes/ano), somente 22 (41,5%) estão na classe funcional I ou II. A curva atuarial mostrou que a probabilidade de sobrevida em 5 anos é de 75%. A despeito da elevada mortalidade imediata, ou tardia, e do fato de que menos da metade dos pacientes operados apresentam melhora clínica na evolução a longo prazo, o tratamento cirúrgico é a única esperança de recuperação para pacientes com endomiocardiofibrose. Aspectos técnicos importantes da operação são descritos.
2022-12-06T14:00:24Z
Moraes,Carlos R Rodrigues,Jorge V Gomes,Cláudio A Marinucci,Lorella Coelho,Tereza Cristina Santos,Cleusa Lopes Victor,Edgar Cavalcanti,Ivan
Tratamento cirúrgico do abscesso aórtico com descontinuidade ventrículo esquerdo-aorta em endocardite infecciosa
A endocardite infecciosa é uma complicação séria, em pacientes portadores de valvopatias, e, algumas vezes, apresenta dificuldades técnicas para sua correção. Uma dessas situações diz respeito a disfunções de próteses colocadas em posição aórtica, ou de valvas naturais aórticas, em que a endocardite leva à descontinuidade entre o ventrículo esquerdo e a aorta, por comprometimento da continuidade mitroaórtica, ou do septo muscular. No Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, operamos 3 pacientes, nos quais havia abscesso em fundo cego, mas provocando grande separação entre o ventrículo esquerdo e a aorta e nos quais a fixação da prótese não poderia ser feita pelas técnicas habituais, nem pela suspensão do folheto anterior da mitral. Nesses casos, reconstruímos a continuidade entre o ventrículo esquerdo e a aorta, empregando retalho de pericárdio bovino e fixando a prótese, em parte, no anel valvar ainda preservado e, em parte, em um anel criado pelos pontos passados no pericárdio implantado. Um desses pacientes faleceu com 26 dias de pós-operatório, por embolia pulmonar, e com a prótese normal. Os 2 outros receberam alta e estão assintomáticos, com 14 e 4 meses de evolução. O último tem discreto refluxo aórtico, ao ecocardiograma.
2022-12-06T14:00:24Z
Arnoni,Antoninho Sanfins Falcão,Hélio Carlos Brandão Oliveira,João Bosco de Dinkhuysen,Jarbas J Abdulmassih Neto,Camilo Chaccur,Paulo Jatene,Adib D Souza,Luiz Carlos Bento de Paulista,Paulo P
Embolia aérea maciça: tratamento, com sucesso, pela perfusão retrógrada
Os autores relatam o caso de paciente que teve embolia aérea maciça, durante operação para substituição da valva mitral. Este acidente foi tratado por técnica de perfusão venosa retrógrada, com aspiração da aorta ascendente, estando o paciente em hipotermia de 28ºC. A recuperação foi excelente, sem seqüelas neurológicas. Os autores acreditam que o emprego de mecanismo automático de desligamento da bomba, quando o nível do reservatório arterial atingir o ponto considerado crítico, poderá ser de valor na profilaxia deste acidente.
2022-12-06T14:00:24Z
Oliveira,Sérgio Almeida de Santana,Paulo Borges Souza,Januário M
Garroteamento da artéria coronária na revascularização do miocárdio: Relação entre o grau de aterosclerose e a lesão vascular: estudo experimental
As anastomoses safena ou mamária-coronária, sendo suturas realizadas em vasos de fino calibre, necessitam de condições ideais para sua realização. Mesmo em circulação extracorpórea e pinçamento aórtico, pode persistir sangramento pela arteriotomia coronária, obrigando o cirurgião a realizar algumas manobras, entre elas os garroteamentos proximal e distai, para conseguir um campo exangue. Mais recentemente, face à possibilidade de se executar a revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea, tornou-se fundamental dispor-se de um método que possibilite a oclusão temporária da artéria coronária para a realização das anastomoses. Com esta preocupação, foi realizado um estudo experimental, procurando avaliar seis métodos de hemostasia temporária, aplicados em artérias com graus variáveis de aterosclerose. O modelo experimental utilizado foi a artéria coronária direita, em cadáver. O estudo histológico, aplicando as colorações de hematoxilina-ecosina, Weigert e hematoxilina fosfotúngstica, permitiu a determinação objetiva da intensidade da aterosclerose na artéria coronária e os padrões e graus de lesões causados à parede arterial pelos métodos utilizados para sua oclusão temporária. Nessa amostra, os resultados sugerem uma tendência de relacionamento direto entre a gravidade da lesão arterial induzida pelo garroteamento e a severidade da aterosclerose coronária, independente do tipo de dispositivo utilizado para a interrupção do fluxo coronário.
2022-12-06T14:00:24Z
Gerola,Luís Roberto Moura,Luís Antônio Ribeiro de Buffolo,Ênio Leão,Luis Eduardo Villaça Soares,Henrique Caivano Gallucci,Costabile
Reaproveitamento do sangue em cirurgia com circulação extracorpórea: utilização de processadora por fluxo descontínuo
Os autores, seguindo uma tendência de inúmeros Serviços, têm procurado técnicas visando reduzir, e em alguns casos eliminar, a utilização de sangue e derivados, em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Tal fato objetiva reduzir os riscos de morbidade e de transmissão de doenças (principalmente hepatite e AIDS), relacionados à transfusão sangüínea. Desta forma, analisam 50 pacientes submetidos a cirurgia com circulação extracorpórea, nas quais foram utilizadas técnicas de autotransfusão pré ou transoperatória, hemodiluição total durante perfusão, reaproveitamento do sangue aspirado no campo operatório e reaproveitamento do sangue residual do oxigenador, processando-os em aparelhos de fluxo descontínuo. Com estes métodos, houve uma significativa redução no volume transfundido (324ml em média no transoperatório e 272ml no pós-operatório), sendo que 34% dos pacientes não receberam sangue no transoperatório; 36% não o utilizaram no pós-operatório e 20% não o fizeram em todo o período hospitalar. Também não houve anemia significativa (hematócrito no pós-operatório imediato de 38,4% e, no 5º dia de pós-operatório, de 35,9%, o que diminui os riscos a ela relaconados, como astenia, sonolência, inatividade, secreção pulmonar, fenômenos trombo-embólicos, etc, principalmente em pacientes idosos, sem influência no custo total de uma cirurgia com circulação extracorpórea.
2022-12-06T14:00:24Z
Galantier,Maurício Bub,Rolf Francisco Ghiotto,José Luiz Trindade,Roberto B. da Silveira,Fernando Soares da Hamerschlak,Nelson Szterling,Leonel Gomes,Kelcen Diniz Féher,Jozef
Tratamento cirúrgico da rotura do septo interventricular pós infarto agudo do miocárdio
A rotura do septo interventricular (RSI) reduz a perspectiva de sobrevida do paciente com infarto agudo do miocárdio (IAM). Entre 1968 e 1987, atendemos 48 pacientes (p) com este diagnóstico, sendo 16 (33%) mantidos clinicamente e 32 (67%) submetidos a cirurgia. Todos os p clínicos faleceram durante a internação. Dentre os p operados, o IAM se localizava na parede anterior em 18 (56%) e na inferior em 14 (44%), com mortalidades respectivas de 6 (33%) e 4 (29%). Disfunção ventricular esquerda severa (Killip III e IV) foi encontrada em 26 (81%). Em 18 (56%) p foi introduzido o cateter de Swan-Ganz. Dos 31 (97%) p que se submeteram a cinecoronariografia, 22 (71%) apresentavam lesão uniarterial e 9 (29%), doença multiarterial. Entre os p com lesões isoladas, a descendente anterior foi acometida em 15 (68%), a coronária direita em 6 (27%) e a circunflexa em 1 (5%). A cirurgia foi realizada nas 2 primeiras semanas de evolução em 8 (25%) e, após este período, em 24 (75%), com mortalidades de 6 (75%) e 4 (17%), respectivamente. O balão intra-aórtico foi usado em 7 (22%). Os procedimentos cirúrgicos associados ao fechamento da RSI foram revascularização miocárdica em 10 (31%), aneurismectomia de VE em 17 (53%) e infartectomia e 6 (19%). Na evolução tardia, dos 22 sobreviventes, 14 (64%) encontram-se assintomáticos, 1 (5%) sintomático, ocorreram 4 (18%) óbitos e perdeu-se a evolução de 3 (13%). Concluímos que, apesar do risco cirúrgico, a cirurgia precoce ainda é a melhor opção terapêutica desta complicação.
2022-12-06T14:00:24Z
Tanajura,Luiz Fernando Leite Piegas,Leopoldo S Mattos,Luiz Alberto Pinto,Ibraim Francisco Magalhães,Hélio M. de Bembom,Jaime da Cunha Arnoni,Antoninho S Oliveira,João Bosco de Abdulmassih Neto,Camilo Dinkhuysen,Jarbas J Souza,Luiz Carlos Bento de Paulista,Paulo P Jatene,Adib D Sousa,José Eduardo M. R
Fotodesbridamento de válvulas aórticas calcificadas com laser de CO2
Os autores estudam 6 válvulas aórticas calcificadas retiradas de pacientes operados de troca valvar aórtica, submetidos a fotodesbridamento com raios laser de CO2. Os estudos radiográficos, fotográficos, histopatológicos e pesagens realizadas revelam ter sido o fotodesbridamento extenso, resultado em válvulas restauradas morfológica e funcionalmente. Mostram as vantagens do método quando comparado às substituições da valva por prótese e prevêem aplicação clínica para este método.
2022-12-06T14:00:24Z
Gomes,Walter José Goldenberg,Saul Buffolo,Ênio
Revascularização cirúrgica após reperfusão no infarto agudo do miocárdio
A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) é freqüentemente empregada como método complementar no tratamento da lesão coronária residual, após a reperfusão, no infarto agudo do miocárdio (IAM). Pode ser feita tanto na fase aguda como tardiamente. Neste trabalho, são analisados os resultados obtidos em 45/159 (28%) pacientes (p) submetidos a CRM após reperfusão miocárdica, com sucesso. Foram divididos em dois grupos, segundo o método de reperfusão utilizado: I) 27 (60%) reperfundidos com estreptoquinase (STK), sendo intracoronária em 22 (81%) e intravenosa em 5 (18%); II) 18 (40%) reperfundidos através da angioplastia coronária (AC), isolada em 10 (55%) e precedida de STK em 8 (45%). Estes pacientes foram analisados quanto ao momento da cirurgia, à evoluão clínica, reestudos angiográficos, avaliação da função ventricular e óbitos. Os mesmos foram seguidos num período de 2 a 55 meses. Os autores discutem os achados encontrados, assim como a capacidade da CRM de complementar a reperfusão, com sucesso, no IAM.
2022-12-06T14:00:24Z
Mattos,Luiz Alberto Piegas,Leopoldo S Pinto,Ibraim Francisco Tanajura,Luiz Fernando Leite Moraes,Amanda Guerra de Pimentel,Wilson Buchler,Jorge Dinjuysen,Jarbas J Souza,Luiz Carlos Bento de Paulista,Paulo P Jatene,Adib D Sousa,J. Eduardo M. R
Divertículo ventricular congênito associado à taquicardia ventricular
Divertículos ventriculares congênitos são raros. Clinicamente, podem ser assintomáticos ou causa de embolização sistêmica, insuficiência cardíaca, insuficiência valvar, ruptura ventricular, arritmia ventricular ou morte súbita. Apresentamos caso de uma mulher de 56 anos com taquicardia ventricular sustentada, na qual, durante a investigação, foi diagnosticada a presença de um divertículo na posição ínfero-basal do ventrículo esquerdo. Comentam-se as características clínicas e o tratamento desta doença infreqüente.
2022-12-06T14:00:24Z
Pitol,Ranieli Cardoso,Cristiano de Oliveira Cardoso,Carlos Roberto Gomes,Marne de Freitas Schvartzman,Paulo
Sildenafil melhora a função ventricular direita no receptor de transplante cardíaco
Relatamos caso de um paciente submetido a transplante cardíaco ortotópico, onde se utilizou um doador marginal pela piora clínica do receptor, que apresentava choque cardiogênico por disfunção de ventrículo direito secundária a hipertensão pulmonar associado à vasoplegia. Obtivemos recuperação hemodinâmica do paciente, com redução da resistência vascular pulmonar, retirada de drogas vasoativas e recuperação da função do ventrículo direito após a introdução de sildenafil.
2022-12-06T14:00:24Z
Paez,Rodrigo Pereira Araujo,Wesley Ferreira Hossne Jr,Nelson Americo Neves,Ana Lucia Vargas,Guilherme Flora Aguiar,Luciano de Figueiredo Branco,João Nelson Rodrigues Catani,Roberto Buffolo,Enio
Cintilografia com MIBI-dipiridamol negativa em doença coronariana grave no pré-operatório de correção de aneurisma de aorta abdominal
Descreve-se o caso de um paciente de 73 anos, candidato à correção de aneurisma de aorta abdominal, sem anormalidades na primeira avaliação cardiológica. A cirurgia foi postergada para tratamento de epididimite. Duas semanas após, o paciente retornou ao hospital com dor torácica e a angiografia mostrou obstruções de duas coronárias, tratadas com sucesso por angioplastia transluminal percutânea com implante de stent. Após 45 dias, o paciente foi submetido à cirurgia para correção do aneurisma de aorta abdominal sob anestesia peridural e geral, evoluindo sem complicações.
2022-12-06T14:00:24Z
Halpern,Helio Miyoshi,Erika Pesaro,Antonio Eduardo P. Serrano Jr,Carlos V. Wolosker,Nelson
Troponina T positiva em paciente chagásico com taquicardia ventricular sustentada e cinecoronariografia sem lesões obstrutivas
A avaliação e estratificação de pacientes com dor torácica na sala de emergência pode nos direcionar a terapêutica adequada a cada paciente baseada na probabilidade da presença de doença coronariana aguda e no risco de eventos cardíacos maiores desta coronariopatia. Esta avaliação é baseada no tripé: quadro clínico, achados eletrocardiográficos e nos marcadores de lesão miocárdica. Relatamos o caso de um paciente chagásico de 58 anos de idade admitido na unidade de emergência por dor torácica e palpitações, com eletrocardiograma mostrando uma taquicardia ventricular sustentada e com dosagem de troponina positiva (0,99 ng/ml), submetido a cinecoronariografia, que não evidenciou doença coronariana obstrutiva.
2022-12-06T14:00:24Z
Machado,Maurício de Nassau Suzuki,Fábio Augusto Mouco,Osana Costa C. Hernandes,Mauro Esteves Lemos,Maria Angélica B.T. Maia,Lilia Nigro