Repositório RCAAP
Fatores prognósticos de sobrevida pós-reanimação cardiorrespiratória cerebral em hospital geral
OBJETIVO: Analisar as características clínicas e demográficas dos pacientes que receberam reanimação cardiorrespiratória e detectar fatores prognósticos de sobrevivência a curto e longo prazo. MÉTODOS: Analisamos, prospectivamente, 452 pacientes que receberam reanimação em hospitais gerais de Salvador. Utilizou-se análise uni, bivariada e estratificada nas associações entre as variáveis e a curva de sobrevida de Kaplan-Meier e a regressão de Cox para análise de nove anos de evolução. RESULTADOS: A idade variou de 14 a 93 anos, media de 54,11 anos; predominou o sexo masculino; metade dos pacientes tinha ao menos uma doença de base, enfermidade cardiovascular foi etiologia responsável em metade dos casos. Parada cardíaca foi testemunhada em 77% dos casos e em apenas 69% dos pacientes foi iniciada imediatamente a reanimação. O ritmo cardíaco inicial não foi diagnosticado em 59% dos pacientes. Assistolia foi o ritmo mais freqüente (42%), seguida de arritmia ventricular (35%). A sobrevida imediata foi de 24% e sobrevida à alta hospitalar de 5%. Foram identificados como fatores prognósticos em curto prazo: etiologia da parada; diagnóstico do ritmo cardíaco inicial; fibrilação ou taquicardia ventricular como mecanismo de parada; tempo estimado préreanimação menor ou igual a 5 minutos e, tempo de reanimação menor ou igual a 15 minutos. Os fatores prognósticos de sobrevivência em nove anos de evolução foram: não ter recebido epinefrina; ser reanimado em hospital privado e tempo de reanimação menor ou igual a 15 minutos. CONCLUSÃO: Os dados observados podem servir de subsídios para os profissionais de saúde decidir quando iniciar ou parar uma reanimação no ambiente hospitalar.
2022-12-06T14:00:24Z
Gomes,André Mansur de Carvalho Guanaes Timerman,Ari Souza,Carlos Alfredo Marcílio de Mendes,Carlos Maurício Cardeal Póvoas Filho,Heitor Portella Oliveira,Adriano Martins de Souza,José Antonio de Almeida
Estado da arte do procedimento percutâneo: paciente octogenário submetido com sucesso, em apenas uma sessão, a valvotomia pulmonar, implante de stent coronário e implante de marcapasso definitivo
É relatado caso de paciente de 82 anos, portador de insuficiência renal leve, estenose valvar pulmonar (EVP) severa, estenose severa de artéria descendente anterior e bloqueio atrioventricular total, submetido a angioplastia coronária com implante de stent coronário, valvotomia pulmonar e implante de marcapasso definitivo no mesmo procedimento, com sucesso.
2022-12-06T14:00:24Z
Pimentel Filho,Wilson Albino Soares Neto,Milton de Macedo Cividanis,Gil Vicente Feijó Júnior,Rubens Vaz
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
A endomiocardiofibrose (EMF) é uma cardiomiopatia restritiva, caracterizada por envolvimento fibrótico do endocárdio e miocárdio adjacente, e disfunção diastólica, causada por alteração da distensibilidade, dificultando o enchimento ventricular adequado, estando a função sistólica preservada. Clinicamente, apresenta-se como insuficiência cardíaca, mas, para o diagnóstico etiológico correto, são necessárias perspicácia semiológica, suspeita e investigação clínica. Relatamos o caso de uma paciente portadora de endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal.
2022-12-06T14:00:24Z
Ramos Filho,José Souza,Carlos Alberto Fontes de Magrini,Enzo Macedo,Marcelo de Isolato,Roberto Bauab
Tratamento percutâneo da úlcera penetrante de aorta
A úlcera penetrante de aorta é uma variante da dissecção aórtica clássica, que apresenta características histopatológicas peculiares e, quando não tratada adequadamente, evolui com taxas de morbimortalidade tão elevadas quanto as da dissecção clássica, merecendo, desta forma, atenção especial com diagnóstico e tratamento precisos. Há a preferência para o tratamento percutâneo com o uso de endopróteses, pois estes pacientes são idosos e apresentam co-morbidades, as quais elevariam as taxas de complicações da cirurgia convencional. Mulher de 78 anos, admitida com queixa de dor torácica com irradiação para região interescapular e lombar à esquerda, com evolução de quatro meses. Na investigação diagnóstica, foi encontrada uma úlcera penetrante de aorta, que foi tratada de forma percutânea, com o implante de stent, com sucesso, estando a paciente em acompanhamento ambulatorial, assintomática.
2022-12-06T14:00:24Z
Carvalho,Gustavo Machado,Maurício de Nassau Carvalho,Robson B. de Leme Neto,Antônio Carvalho
Embolia pulmonar gordurosa durante cirurgia ortopédica monitorada por ecocardiograma transesofágico
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2022-12-06T14:00:24Z
Mansur Filho,João Almeida Júnior,Gustavo Luiz Gouvêa de Jorge,José Kezen Camilo Sá Júnior,Serafin Gomes Renato,João Affonseca,Alcino
Homem de 88 anos de idade com edema agudo dos pulmões, choque cardiogêncio e novo sopro holossistólico de aparecimento recente
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2022-12-06T14:00:24Z
Barreto,Fernando Eduardo Cordeiro Castelli,Jussara Bianchi
Ablação por cateter da fibrilação atrial: técnicas e resultados
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2022-12-06T14:00:24Z
Scanavacca,Mauricio Ibrahim Sosa,Eduardo
Mortalidade compensada por doenças cardiovasculares no período de 1980 a 1999 - Brasil
OBJETIVO: Avaliar comparativamente a evolução das mortalidades por doenças do aparelho circulatório (DAC), doenças isquêmicas do coração (DIC) e cerebrovasculares (DCBV), no estados do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS), e suas capitais, no período 1980-1999. MÉTODOS: Os dados relativos a óbitos por DAC provieram do Datasus, e os das populações, do IBGE. Calcularam-se taxas de mortalidade brutas e ajustadas, por sexo e idade, pelo método direto (população padrão: maiores de vinte anos do Estado do RJ, em 2000). Em razão do crescimento relevante da mortalidade por causas mal definidas no município e no Estado do RJ, a partir de 1990, procedeu-se à compensação dos óbitos preliminares aos ajustamentos. As tendências foram analisadas com regressões lineares. RESULTADOS: Os declínios anuais da mortalidade, compensados e ajustados, variaram de -11,3 óbitos por DAC, por cem mil habitantes, no município e no Estado do RJ, até -7,4 no município de SP. As DIC foram semelhantes no Estado e município do RJ e em Porto Alegre, sendo menores no município de SP (-2,5 óbitos por cem mil habitantes). Nas DCBV, a variação observada foi de -6,0 a -2,8 óbitos por cem mil habitantes, no Estado do RJ e em Porto Alegre, respectivamente. CONCLUSÃO: Observaram-se declínios das taxas de mortalidade compensadas e ajustadas por DAC, DIC e DCBV, no período 1980-1999, nos três estados e capitais. No RJ, Estado e município, os declínios das DIC foram nítidos a partir de 1990, enquanto as DCBV mostraram quedas em todo o período.
2022-12-06T14:00:24Z
Oliveira,Gláucia Maria Moraes Silva,Nelson Albuquerque Souza e Klein,Carlos Henrique
Avaliação clínico-cardiológica e ecocardiográfica, seqüencial, em crianças portadoras da síndrome de Marfan
OBJETIVO: Descrever a apresentação clínica cardiológica e a evolução temporal, estimar a incidência de ectasia ânulo-aórtica e de prolapso da valva mitral, e avaliar a tolerância e a efetividade dos betabloqueadores em crianças com síndrome de Marfan. MÉTODOS: Foram submetidas a exame clínico e ecocardiográfico seriado, durante um ano, 21 crianças com síndrome de Marfan. No ecocardiograma foram analisados: presença de prolapso mitral, diâmetro da raiz aórtica, refluxos das valvas mitral e aórtica, e o crescimento dos diâmetros aórticos na vigência de betabloqueadores. Em 11 pacientes foi possível obter duas medidas da raiz aórtica no intervalo de um ano. RESULTADOS: Durante o estudo as crianças não apresentaram sintomas. Prolapso mitral foi encontrado em 11 (52%) crianças. Ectasia ânulo-aórtica ocorreu em 16 (76%) pacientes, sendo de grau discreto em 42,8%, moderado em 9,5%, e importante em 23,8%. Um desses pacientes foi submetido com sucesso à cirurgia de Bentall DeBono. Com o uso de betabloqueador a freqüência cardíaca diminuiu 13,6% (de 85 para 73 bpm; p < 0,009), mas houve um crescimento da raiz aórtica de 1,4 mm/ano (p < 0,02). Uma criança não pôde receber betabloqueador em razão de asma brônquica, e não foram observados efeitos colaterais significativos nas outras crianças, incluindo uma com asma brônquica. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos sugerem que, no período observado, as crianças permaneceram assintomáticas, o uso de betabloqueadores diminuiu significativamente a freqüência cardíaca e não se acompanhou de efeitos adversos significativos. Ao contrário da literatura, a incidência de ectasia ânulo-aórtica foi elevada e maior do que a de prolapso valvar mitral, tendo crescimento mesmo na vigência de uso eficaz de betabloqueador.
2022-12-06T14:00:24Z
Lopez,Victor Manuel Oporto Perez,Ana Beatriz Alvarez Moisés,Valdir Ambrósio Gomes,Lourdes Pedreira,Patricia da Silveira Silva,Célia C. Campos Filho,Orlando Carvalho,Antônio Carlos C.
Depressão e síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis: diferenças entre homens e mulheres
OBJETIVO: Investigar, em portadores de Síndromes Isquêmicas Miocárdicas Instáveis (SIMI) estratificados por sexo, se características sociodemográficas, diagnóstico clínico, tabagismo, consumo de álcool e ansiedade estão associados com depressão. MÉTODOS: Foram entrevistados 345 pacientes consecutivos com SIMI (206 com infarto agudo do miocárdio e 139 com angina instável). As entrevistas incluíram questões sobre características sociodemográficas, tabagismo, avaliação de depressão (Prime MD e BDI), de ansiedade traço e ansiedade estado (IDATE), e de consumo de álcool (AUDIT). RESULTADOS: O diagnóstico de depressão se correlacionou, significativamente, com sexo feminino, idade inferior a 50 anos e escores médios mais elevados de ansiedade traço e ansiedade estado. Os homens (245) com depressão eram freqüentemente mais jovens que 50 anos, fumantes, e apresentavam escore médio de ansiedade traço e ansiedade estado mais elevado que os não deprimidos. A análise multivariada aponta que, no sexo masculino, idade está negativamente associada (OR 0,9519, 95% IC 0,9261 - 0,9784) e escores mais altos de ansiedade traço estão positivamente associados (OR 1,0691 95% IC 1,0375 - 1,1017) com depressão. Na amostra feminina (100), mulheres com depressão diferenciam-se das sem depressão por apresentarem escore médio mais alto de ansiedade traço e de ansiedade estado. Na análise multivariada da amostra feminina, escore mais alto de ansiedade traço associou-se de forma independente à depressão (OR 1,1267 95% IC 1,0632-1,1940). CONCLUSÃO: Conclui-se que, em pacientes hospitalizados com SIMI, as mulheres, os homens com menos de 50 anos e os ansiosos têm mais chance de apresentarem depressão.
2022-12-06T14:00:24Z
Perez,Glória Heloise Nicolau,José Carlos Romano,Bellkiss Wilma Laranjeira,Ronaldo
Tendência da mortalidade por insuficiência cardíaca em Salvador, Bahia, Brasil
OBJETIVO: Avaliar a tendência da mortalidade por insuficiência cardíaca (IC) em Salvador - Bahia, no período de 1979-1995. MÉTODOS: A IC foi definida pelas notações da 9ª Revisão do Código Internacional de Doenças (CID9) 428.0, 428.1 e 428.9. Dados de óbitos por IC e populacionais (região metropolitana de Salvador) foram obtidos por meio da Secretaria de Saúde da Bahia e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As taxas de mortalidade (/100.000) foram totais ou por gênero e idade, e brutas ou ajustadas por idade (padronização direta). RESULTADOS: As taxas de mortalidade por IC sofreram redução progressiva no período de tempo avaliado, para ambos os gêneros, especialmente até o ano de 1992. A partir daí e até 1995, ocorreu uma aparente estabilização das curvas. A taxa de mortalidade bruta passou de 25,0/10(5), em 1979, para 16,4/10(5) habitantes, em 1995 (queda de 34,4%). A redução foi de 34,0% (23,3/10(5), em 1979, para 15,4/10(5) habitantes, em 1995) para o sexo masculino e de 35,2% (26,7/10(5), em 1979, para 17,3/10(5) habitantes, em 1995), para o sexo feminino. A mesma tendência ocorreu nas diversas faixas etárias, inclusive para a população > 40 anos, de maior risco para IC. Após o ajuste por idade (população padrão de 1979), observa-se que as reduções relativas nas taxas foram ainda maiores. CONCLUSÃO: A mortalidade por IC, em Salvador-Bahia, declinou de 1979 a 1992, estabilizando-se a partir de então até 1995.
2022-12-06T14:00:24Z
Latado,Adriana Lopes Passos,Luiz Carlos Santana Guedes,Rodrigo Santos,Alessandra B. Andrade,Marianna Moura,Simone
Demonstração do mecanismo da terapia de ressincronização ventricular com ecocardiografia tridimensional em tempo real em paciente com insuficiência cardíaca
Relatamos caso de homem de 66 anos de idade portador de insuficiência cardíaca classe funcional (NYHA) IV que foi submetido a terapia de ressincronização cardíaca por implante de marcapasso biventricular. O paciente foi avaliado antes e 48 horas após o implante do marcapasso com o emprego da ecocardiografia tridimensional transtorácica em tempo real. A utilização da ecocardiografia tridimensional contribuiu para o entendimento do mecanismo envolvido na ressincronização cardíaca através da demonstração da melhor sincronização dos segmentos cardíacos, o que resultou em melhora clínica do paciente.
2022-12-06T14:00:24Z
Vieira,Marcelo Luiz Campos Maddukuri,Prasad V. Phang,Robert S. Pandian,Natesa G. Mathias Júnior,Wilson Ramires,José A. F.
Fístula de enxerto coronariano da artéria torácica interna esquerda para artéria pulmonar esquerda após cirurgia de revascularização miocárdica: causa rara de isquemia miocárdica
Descrevemos o caso de um paciente que, seis anos após cirurgia de revascularização do miocárdio, desenvolveu dispnéia aos pequenos esforços. Foi documentada isquemia miocárdica por método de medicina nuclear e a cineangiocoronariografia mostrou todos os enxertos patentes com grande fístula da artéria torácica interna esquerda para artéria pulmonar esquerda. O paciente foi tratado com fechamento cirúrgico da fístula, tendo ótima evolução pós-operatória.
2022-12-06T14:00:24Z
Almeida Júnior,Gustavo Luiz Gouvêa de Jorge,José Kezen Camilo Neno,Augusto César de Araújo Nogueira,Fernanda Beloni dos Santos Hellmuth,Bruno Lins,Roberto Hugo da Costa Vilella,Renato Carreira,Valdo José Thadeu,Ivo Silva,José Pedro da
Aneurisma de artéria coronária um ano e cinco meses pós-implante de stent com eluição de sirolimus
Paciente de 52 anos de idade, do sexo masculino, com diagnóstico de angina instável pós-infarto. A angiografia coronariana revelou obstrução luminal de 90% no terço médio da artéria coronária direita e de 90% no ramo marginal da artéria circunflexa. Após o uso de clopidogrel 300 mg associado ao ácido acetilsalicílico, o paciente foi submetido a implante de stent com eluição de sirolimus (CYPHER; Johnson&Johnson-Cordis) 2,5 x 18 mm, na lesão do ramo marginal esquerdo. Após um ano e cinco meses do implante do stent CYPHER, foi observada em nova angiografia a presença de aneurisma coronariano intra-stent, no ramo marginal esquerdo. O presente relato sugere que o implante de stent coronariano revestido com sirolimus pode ocasionar, tardiamente, a formação de aneurisma da artéria coronária.
2022-12-06T14:00:24Z
Abreu,Luciano Meireles,George César Ximenes Forte,Antonio Artur Sumita,Marcos Hayashi,Jorge Solano,José
Angioplastia cirúrgica de óstio e tronco coronariano: experiência de oito casos
No período de abril de 1980 a março de 1990, foram realizadas oito cirurgias de angioplastia de óstio e/ou tronco de coronária esquerda ou direita. Não houve mortalidade imediata e esses pacientes foram acompanhados por um período de 1-109 meses (43,2 meses). Houve melhora clínica e de classe funcional. Seis pacientes fizeram estudo cineangiográfico das coronárias e do ventrículo esquerdo, revelando uma anatomia de óstio e tronco adequada na área operada, e melhora da contratilidade do ventrículo esquerdo. Na evolução tardia houve dois óbitos. Um paciente morreu a 39 meses do pósoperatório, com insuficiência cardíaca congestiva e dor anginosa; o outro faleceu em acidente rodoviário, após 109 meses da cirurgia. Estes resultados permitem concluir que a angioplastia por lesões obstrutivas em óstio ou tronco coronário direito ou esquerdo, isoladas ou associadas a outros defeitos, é um procedimento cirúrgico com baixo risco imediato, com evolução favorável a longo prazo e que pode ser considerado como tratamento opcional para revascularizaçáo coronária.
2022-12-06T14:00:24Z
Loures,Danton R. R Ribeiro,Edison J Almeida,Rui Sequeira de Ferreira,Maria João A Bueno,Ronaldo R. L Andrade,Paulo Mauricio P Pereira,Marcos Augusto A Rossi,Paulo Roberto F
Transposição da valva pulmonar para substituição da valva aórtica
Embora tenha havido uma importante melhora na qualidade das próteses cardíacas aórticas, existem, ainda, problemas consideráveis a longo prazo, como o uso de aticoagulantes para as próteses mecânicas e a durabilidade dos tecidos biológicos fixados e mortos. No presente trabalho, relatamos as técnicas utilizadas para se transplantar um tubo valvulado obtido pela dissecção da valva e tronco pulmonar do próprio paciente e seu implante no local da valva aórtica suturada sob os óstios das artérias coronárias direita e esquerda. Após isto, reconstruímos a via de saída de ventrículo direito (VSVD), valva e tronco pulmonar com tubo valvulado de pericárdio bovino. O paciente teve ótima evolução pós-operatória, com a neovalva aórtica perfeitamente competente e bom fluxo pulmonar. O pericárdio bovino utilizado em posição pulmonar tem uma tendência desprezível de complicações a longo prazo bem menor que em posição aórtica e a valva pulmonar homóloga viva deverá ser definitiva.
2022-12-06T14:00:24Z
Furtado,Henrique B Duran,Carlos A Mejias,Gonzalo H Bittencourt,Nilton Barros,Reginaldo A Camargo,Antônio Carlos B Germano,Antônio E
Solução cardioplégica sangüínea versus acelular: avaliação hemodinâmica através de estudo experimental em cães
Estudo experimental em 20 cães permitiu avaliar hemodinamicamente o grau de proteção miocárdica à anóxia, através do emprego de solução cardioplégica sangüínea e acelular. A Isquemia miocárdica foi obtida pelo pinçamento da aorta ascendente por 60 minutos, após instalação de circulação extracorpórea, seguida de reperfusão por 120 minutos. Os animais foram divididos em quatro grupos, sendo os dois primeiros controles, mantidos em normotermia e hipotermia moderada (28ºC). No terceiro e quarto grupo, além de hipotermia, foram realizadas infusões coronárias das duas soluções cardioplégicas. Todos os aniamis apresentaram queda do débito cardíaco (DC) aos 30 minutos de reperfusão miocárdica. Entretanto, decorridos 120 minutos, pode-se evidenciar, nos cães que receberam cardioplegia, a significativa recuperação da pressão sistólica (PS) do VE e a não elevação da pressão diastólica final (PDF) do VE, além da normalização do DC, o que não ocorreu nos grupos controle, especialmente em normotermia. No período de anóxia estudado, não foi possível demonstrar, com o método, diferenças estatisticamente significativas entre as soluções cardioplégicas.
2022-12-06T14:00:24Z
Dallan,Luís Alberto Oliveira,Sérgio Almeida de Iglézias,José Carlos R Pêgo-Fernandes,Paulo M Auler Júnior,José Otávio C Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Revascularização da artéria coronária direita intra-atrial
A artéria coronária direita, em seu trajeto no sulco atrioventricular direito, pode, em raras ocasiões, penetrar na cavidade atrial direita. Esta variação anatômica poderá modificar a tática cirúrgica em operações de revascularização miocárdica. No presente trabalho, relatamos o caso em que a ponte de veia safena para a artéria coronária direita foi realizada em posição intra-atrial direita.
2022-12-06T14:00:24Z
Lourenção Júnior,Artur Dallan,Luís Alberto Oliveira,Sérgio Almeida de Jatene,Adib D
Revascularização do miocárdio no paciente octogenário
No Instituto do Coração, de janeiro de 1978 a julho de 1990, foram tratados cirurgicamente 503 pacientes com idade igual ou superior a 80 anos. Destes, 15 foram submetidos a revascularização do miocárdio. Com o objetivo de caracterizar essa população de octogenários submetidos a revascularização do miocárdio, fizemos um levantamento de dados retrospectivamente. Neste estudo, foram analisados fatores clínicos, radiológicos, hemodinâmicos, operatórios e de pós-operatório. Não houve análise estatística do material. A mortalidade hospitalar foi de 2/15 (13,33%) e, num segmento médio de 24,7 meses (5-50), cinco pacientes foram a óbito devido a: acidente vascular cerebral hemorrágico, infecção do trato urinário, trombose mesentérica, infecção pulmonar e descompensação diabética secundária a infecção do trato urinário. Dos sobreviventes, todos apresentavam melhora da sintomatologia, relacionada a angina e a insuficiência cardíaca. Baseando-nos, nos dados coletados, concluímos: 1) não houve óbito operatório; 2) a mortalidade hospitalar esteve relacionada aos processos infecciosos; 3) no seguimento tardio, a grande maioria dos pacientes referia melhora na sintomatologia e, portanto, na qualidade de vida; 4) a idade, isoladamente, não representou fator de risco proibitivo para o tratamento cirúrgico.
2022-12-06T14:00:24Z
Iglézias,José Carlos R Dallan,Luís Alberto Oliveira,Sérgio Ferreira Ramires,José Antônio Oliveira,Sérgio Almeida de Verginelli,Geraldo Pileggi,Fúlvio Jatene,Adib D
Cirurgia valvar em crianças e jovens: resultados de 131 casos
No período de janeiro de 1983 a dezembro de 1988, 131 pacientes, com idade igual ou inferior a 15 anos, foram submetidos a cirurgia valvar, 74 (56%) de etiologia adquirida e 57 (44%) de etiologia congênita. Em 100 (76,3%) pacientes somente uma valva foi tratada. Foram realizadas 63 trocas valvares (retroca em seis), 103 procedimentos conservadores e três exéreses valvares. Das 63 próteses utilizadas, 59 (93,6%) eram biológicas e 4 (6,3%) mecânicas. Vinte e um (16%) casos eram reoperações, sendo 17 (81%) por disfunção de prótese. O tempo médio de calcificação das biopróteses foi de 40 meses (3,3 anos). A mortalidade hospitalar foi de 7,5% e a tardia foi de 2,2%. No seguimento tardio de 787 meses/paciente, todos encontram-se em classe funcional I e II (NYHA).
2022-12-06T14:00:24Z
Gerola,Luís Roberto Pomerantzeff,Pablo M. A Pêgo-Fernandes,Paulo M Stolf,Noedir A. G Barbero-Marcial,Miguel Ebaid,Munir Snitcowsky,Rachel Grinberg,Max Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D