Repositório RCAAP
Transplante isolado de pulmão: experiência da Escola Paulista de Medicina
Relatam-se dois casos de transplante pulmonar isolado à esquerda, em portadores de fibrose pulmonar, um em paciente do sexo maculino de 50 anos de idade, que se encontra no 8º mês de pós-operatório, livre de complicações, e outro de mulher de 36 anos pesando 45 kg, que recebeu o lobo superior de um doador de 85 kg. Esta manteve, nos três primeiros dias de pós-operatório, boas condições ventilatórias e hemodinâmicas e as radiografias mostraram boa expansão do lobo do doador. Teve quadro provável de rejeição e, a seguir, tamponamento cardíaco inesperado complicado por parada cardíaca, culminando com falência de múltiplos órgãos e óbito no 8º dia. A necropsia revelou integridade das anastomoses e broncopneumonia. Nos dois casos substituiu-se o omento por retalhos pediculados de gordura pericárdica para proteção das anastomoses e, no primeiro caso, empregou-se técnica de telescopagem na anastomose brônquica. Ambos pacientes receberam corticóides desde o início do esquema de imunossupressão, que constou de ciclosporina, prednisona e azatioprina. Concluem os autores que a introdução precoce do corticóide não interferiu na anastomose brônquica em um dos casos e, possivelmente, no outro; a feitura da anastomose brônquica em telescopagem no primeiro caso conferiu bom diâmetro e não mostrou estenose tardia; o enxerto do lobo superior no segundo caso ocupou o hemitórax do receptor e mostrou normalidade funcional até que surgissem complicações cardiovasculares. Sugerem a possibilidade futura do transplante de lobo em pacientes do grupo pediátrico portadores de cardiopatias congênitas com hipertensão pulmonar irreversível, onde a falta de doadores adequados constitui séria limitação.
2022-12-06T14:00:36Z
Succi,José Ernesto Forte,Vicente Perfeito,João Alessio B. T Beppu,Osvaldo S Martinez,José Antônio B Buffolo,Ênio Leão,Luiz Eduardo V Santos,Manuel Lopes
Hipertrofia septal assimétrica: técnica de correção e análise da evolução pós-operatória
A hipertrofia septal assimétrica (HSA), ou estenose subaórtica dinâmica é doença que apresenta características peculiares relacionadas tanto ao diagnóstico quanto à técnica cirúrgica empregada para o seu tratamento. De setembro de 83 a setembro de 89, 16 pacientes consecutivos (10 homens) com idades de sete meses a 66 anos (30,87 ± 22,42) foram submetidos a tratamento cirúrgico. Este consistiu, fundamentalmente, da não abordagem do septo interventricular e sim da ressecçáo muscular realizada na região da via de saída do ventrículo esquerdo, parede anterior entre os seios aórticos coronarianos direito e esquerdo. Esta miectomia, profunda e extensa foi realizada isoladamente em dez pacientes e nos outros seis associada a outros procedimentos: ligadura de canal arterial e ressecção de anel subaórtico fibroso em dois; descalcificação de valva aórtica (VAo) em um; ressecção de banda muscular em ventrículo direito em um: ressecção de vegetação de VAo em um; fechamento de CIV com plastia de VAo em um. Em todos os casos foram feitas medidas intra-operatórias das pressões do VE e aorta após desconexão da circulação extracorpórea. Não houve nenhum óbito imediato neste grupo de pacientes. Houve um (6,2%) óbito tardio, um anos após, não relacionado à doença. Com relação a distúrbios na condução atrioventricular, houve um (6,2%) bloqueio A-V total, com implante de marcapasso definitivo. Houve dois (12,5%) bloqueios de ramo esquerdo, e três (18,7%) bloqueios divisionais ântero-superiores, sem alterações nos demais pacientes. Em um peíodo de 19 a 90 meses (56,00 ± 23,72), 14 (87,5%) pacientes encontram-se assintomáticos.
2022-12-06T14:00:36Z
Jatene,Fábio B Jatene,Marcelo B Auler Júnior,José Otávio C Silva,Marluce de Oliveira e Pileggi,Fúlvio Barbero-Marcial,Miguel Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Revascularização cirúrgica do miocárdio sem utilização do circuito extracorpóreo em pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados previamente com estreptoquinase intravenosa
A utilização de agentes trombolíticos nas primeiras horas do infarto agudo do miocárdio tem sido aceita como um dos principais métodos de limitar-se a extensão do infarto. Entretanto, a persistência de estenose residual necessita de método complementar de revascularização. Em nosso Serviço, temos realizado a revascularização cirúrgica do miocárdio sem a utilização do circuito extracorpóreo de modo eletivo, com bons resultados. Utilizamos o método em 25 pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio tratados dentro de seis horas do início dos sintomas com estreptoquinase intravenosa e um a 21 dias após (média de oito dias) a revascularização cirúrgica sem a utilização do circuito extracorpóreo. A média de idade do grupo foi de 53,8 anos, sendo a média da fração de ejeção medida pelo método de Dodge de 60%; dez pacientees eram uniarteriais, 14 biarteriais e um triarterial, em 15 pacientes, o infarto localizava-se em parede anterior e em dez em parede posterior. Oito pacientes receberam uma ponte e 17, duas pontes. Em 15 casos utilizou-se a artéria torácica interna. A mortalidade hospitalar foi 0% e em nenhum caso houve necessidade de reoperação por sangramento. A revascularização cirúrgica do miocárdio sem a utilização do circuito extracorpóreo é, pois, uma opção tática que pode ser utilizada em alguns pacientes com esse tipo de doença, com excelentes resultados em termos de morbidade e mortalidade hospitalares.
2022-12-06T14:00:36Z
Vega,Hermínio Leão,Luiz Eduardo V Fonseca,José Honório de Almeida Palma da Gomes,Walter José Silva,Lélio Alves Branco,João Nelson Rodrigues Maluf,Miguel Angel Ribeiro,Expedito E Buffolo,Ênio
Estudo das artérias coronárias no coração transplantado
No período de junho de 1984 a dezembro de 1990,16 pacientes portadores de insuficiência cardíaca terminal foram submetidos a transplante cardíaco ortotópico. A idade variou de dez dias a 54 anos, sendo 14 pacientes do sexo masculino e dois do sexo feminino. Desse grupo, seis (37,5%) pacientes foram estudados anualmente através de cinecoronarioventriculografia, para avaliação do padrão evolutivo coronário, por período de dois a seis anos de evolução. A idade dos doadores foi de 18 mais ou menos três anos. Em quatro dos seis pacientes pôde-se fazer estudo comparativo com a cinecoronarioventriculografia do doador, realizada por ocasião da avaliação pré-operatória. A análise morfométrica comparativa, em exames seriados, não mostrou lesões proximais ou distais na rede coronária em nenhum dos pacientes da série. A função ventricular foi normal, embora fossem identificados em todos os pacientes graus variáveis de hipertrofia de ventrículo esquerdo. Conclusões: 1) A doença coronária, embora freqüente em corações transplatados, não foi verificada na presente série. 2) A idade precoce dos doadores pode ter sido fator decisivo, assim como o emprego do esquema tríplice para o controle da rejeição. 3) A cinecoronarioventriculografia tem importância no seguimento dos pacientes transplantados, podendo orientar na indicação de novo transplante cardíaco ou angioplastia transluminal percutânea.
2022-12-06T14:00:36Z
Nesralla,Ivo A Sant'Anna,João Ricardo Prates,Paulo Roberto Lucchese,Fernando A Kalil,Renato A. K Pereira,Edemar M Costa,Altamiro R Rossi,Martinez Moraes,Cláudio Santos,Marisa F Souza,Blau F
Pseudo-aneurisma femoral micótico após onze anos de cateterismo
Relatamos o caso incomum de um alpinista de 52 anos que apresentava dor e edema em sua coxa direita, o que revelou ser um pseudoaneurisma micótico roto, sem histórico de trauma recente ou outra causa aparente. O paciente relatou uma história de infarto do miocárdio onze anos antes, com a realização de dois cateterismos femorais para cineangiocoronariografia. Ele negou qualquer episódio de febre ou diagnóstico de bacteremia naquele momento ou mais tarde, como também outra queixa durante esses onze anos. A raridade do caso, a aparência dessa complicação extremamente tardia, juntamente com o tipo de atividade esportiva do paciente sugeriram-nos publicar o caso.
2022-12-06T14:00:36Z
Barros,Marcello Barbosa Almazán,Arturo Lozano,Francisco S.
Fístula aorta-ventrículo direito: uma complicação inesperada da endocardite bacteriana
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Carvalho,Gustavo Bestetti,Reinaldo B. Godoy,Moacir Cury,Patrícia Leme Neto,Antônio C.
Avaliação da função autonômica na cardiomiopatia hipertrófica
OBJETIVO: Avaliar a função autonômica na cardiomiopatia hipertrófica (CMH) através da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) e correlacioná-la com dados ecocardiográficos. MÉTODOS: Foram estudados 2 grupos pareados por sexo, idade e freqüência cardíaca: A) 10 pacientes com CMH septal (70% não obstrutiva); B) 10 voluntários saudáveis. A VFC foi analisada durante quatro estágios sucessivos: repouso, respiração controlada, teste de inclinação e respiração controlada associada ao teste de inclinação. Compararam-se as médias das variáveis entre os grupos, intragrupos durante os estágios, e no grupo A, correlacionando com as medidas ecocardiográficas (septo interventricular e diâmetro atrial esquerdo). RESULTADOS: Não observamos diferença na VFC entre os grupos nos 3 primeiros estágios. No 4º estágio, constatamos que medidas de atividade vagal apresentaram valores maiores no grupo A [logaritmo da raiz média quadrática das diferenças entre intervalos RR (LogRMSSD) - 1,35±0,14 vs 1,17±0,16; p=0,019; logaritmo do componente alta freqüência (LogAF)-4,89±0,22 vs 4,62±0,26; p=0,032]. Durante os estágios, também verificamos que medidas vagais [proporção de pares de intervalos RR consecutivos cuja diferença > 50ms (pNN50) e LogAF] apresentaram menor redução durante o 3º estágio no grupo A, e o LogAF, um aumento no último estágio (p=0,027), indicando marcante atividade parassimpática neste grupo. A análise da VFC do grupo A não revelou diferença entre pacientes com maior hipertrofia ou diâmetro atrial. CONCLUSÃO: 1) ocorreu predomínio parassimpático durante estimulação autonômica nos pacientes com CMH; 2) não encontramos correlação entre VFC e as medidas ecocardiográficas analisadas.
2022-12-06T14:00:36Z
Bittencourt,Marcelo Imbroinise Benchimol-Barbosa,P. R. Drumond Neto,Cantídio Bedirian,Ricardo Barbosa,Eduardo Corrêa Brasil,Flavia Bomfim,Alfredo de Souza Albanesi Filho,Francisco Manes
Viabilidade miocárdica na lesão uniarterial: papel da ecocardiografia de estresse com dobutamina
OBJETIVO: Estudar um grupo de pacientes com lesão significativa em apenas uma artéria coronária e demonstrar se a ecocardiografia de estresse com dobutamina (EED) tem boa sensibilidade e especificidade na avaliação de viabilidade miocárdica nesse grupo de pacientes. MÉTODOS: Foram estudados 20 pacientes submetidos a angioplastia coronariana transluminal percutânea (ATC). Esse grupo foi avaliado 2 a 7 (3,65 ± 1,69) dias antes do procedimento, e 2 a 5 (4 ± 0,80) dias depois, realizando-se EED. Para a determinação de viabilidade miocárdica foi utilizado ecocardiograma bidimensional três meses após o procedimento. Doze pacientes foram submetidos a ATC de artéria descendente anterior (DA), 7 de artéria coronária direita (CD) e 1 de circunflexa (CX). Apenas um procedimento (CD) não obteve pleno êxito. RESULTADOS: Dos 340 segmentos estudados, 99 (29,18%) demonstraram alterações contráteis, sendo 63 hipocinéticos (63,4%), 28 acinéticos (28,28%) e 8 discinéticos (8,08%). Quanto aos segmentos envolvidos, obtivemos sensibilidade de 92,59%, especificidade de 84,45%, acurácia de 88,88% para o exame EED. O único caso de ATC de CX demonstrou sensibilidade de 100%; para DA, sensibilidade de 88,58%, especificidade de 95% e acurácia de 90,91%. Para segmentos da CD, sensibilidade de 91,30%, especificidade de 83,33% e acurácia de 88,71%. Todos os segmentos discinéticos eram inviáveis. Dos 63 hipocinéticos, a EED previu recuperação em 91,48%. CONCLUSÃO: A EED é útil na avaliação de viabilidade miocárdica em pacientes com lesão significativa de apenas uma artéria.
2022-12-06T14:00:36Z
Castier,Márcia Bueno Carrinho,José Raul Alves Carrinho,Márcia Alves Albanesi Filho,Francisco Manes Moraes,Álvaro Villela de Morcerf,Fernando Portugal
Avaliação cardiológica tardia de crianças com insuficiência mitral reumática, submetidas a cirurgia reconstrutora com anel de Gregori
OBJETIVO: Avaliar crianças com insuficiência mitral reumática (IMR) submetidas a cirurgia reconstrutora na valva mitral com implante do anel de Gregori (CRVM), de 1987 a 2003. MÉTODOS: Quarenta e três crianças com IMR, submetidas a CRVM, com idades variando de cinco a doze anos, média de 9,7 ± 2,2 anos, sendo 25 (58,1%) pacientes do sexo feminino. Os pacientes foram avaliados mediante parâmetros clínicos: classe funcional de insuficiência cardíaca, ausculta cardíaca, eletrocardiograma, radiografia de tórax e parâmetros ecocardiográficos. RESULTADOS: Quarenta e três pacientes foram avaliados no préoperatório e, no pós, 31, em virtude de seis óbitos e seis trocas valvares. O seguimento foi de 100%. A classe funcional da insuficiência cardíaca, sopro sistólico mitral, área cardíaca pela radiografia de tórax, sobrecarga ventricular esquerda no eletrocardiograma e o grau de insuficiência mitral pelo ecocardiograma diminuíram significativamente. Após 188 meses a taxa de sobrevida foi de 82% e a de mortalidade anual de 0,38%. Estavam livres de reoperação 31 (72,6%) pacientes, e a taxa de reoperação anual foi de 0,51%. CONCLUSÃO: A CRVM apresenta resultados eficazes no tratamento da IMR em crianças, com melhora significativa na classe funcional, sopro sistólico mitral e grau de insuficiência mitral pelo ecocardiograma.
2022-12-06T14:00:36Z
Machado,Vitor Hugo Soares Gregori Júnior,Francisco
Procedimento combinado entre operação de revascularização do miocárdio e endarterectomia de carótida: análise dos resultados
OBJETIVO: Avaliar os resultados da cirurgia combinada (endarterectomia carotídea e cirurgia de revascularização do miocárdio) em pacientes com doença carotídea e coronária concomitante. MÉTODOS: Os autores revisam 49 trabalhos que descrevem vários aspectos sobre a cirurgia combinada em um total de 4.788 pacientes, analisando eventos precoces no período peri-operatório. RESULTADOS: As taxas globais de acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM) e mortalidade foram, respectivamente, de 4,3%; 2,2%; e 4,2%. Para os trabalhos mais recentes (entre 1990-2000), a ocorrência de AVC foi significativamente inferior àquela obtida por trabalhos publicados anteriormente (entre 1972-1989) (4,1% x 10,2%; p < 0,05). Neste mesmo levantamento, os índices de AVC pós-operatórios foram maiores nos artigos que continham uma amostra pequena (n < 50) que naqueles trabalhos com uma população maior (n > 100) (7,2% x 3,9%; p < 0,05), denotando o impacto da experiência dos cirurgiões sobre os resultados pós-operatórios. CONCLUSÃO: Em suma, acreditamos que a cirurgia combinada é um procedimento seguro e eficaz quando realizado por cirurgiões experientes e qualificados.
2022-12-06T14:00:36Z
Lucas,Márcio Luís Bonamigo,Telmo Pedro Weber,Elton Luiz Schmidt Lucchese,Fernando Antônio
Hiperplasia supra-renal congênita por deficiência de 11-ß-hidroxilase
Este artigo tem o objetivo de relatar o diagnóstico e a evolução clínica de um paciente de 15 anos portador de uma disfunção congênita da esteroideogênese adrenal, que pode apresentar-se como hipertensão arterial de diagnóstico muitas vezes tardio (adolescência), virilização ou formas perdedoras de sal (nascimento e infância).
2022-12-06T14:00:36Z
Tosatti Júnior,Ramires Souza,Haroldo Silva de Tosatti,Alexandre
Cardiomiopatia restritiva por cisticercose miocárdica
Não há descrição na literatura de comprometimento da função cardíaca associado à cisticercose. Os autores relatam o caso de uma mulher de 46 anos, portadora de cisticercose e insuficiência cardíaca, cujo ecocardiograma é compatível com cardiomiopatia restritiva e o aspecto miocárdico é de microcalcificações, sugerindo infiltração cardíaca pela doença.
2022-12-06T14:00:36Z
Melo,Rodrigo Morel Vieira de Melo Neto,Almiro Vieira de Corrêa,Luís Cláudio L. Melo Filho,Almiro Vieira de
Algumas considerações sobre a pirâmide invertida da formação médica brasileira e suas conseqüências para o treinamento em cardiologia
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Andrade,Pedro José Negreiros de
I Diretriz Latino-Americana para avaliação e conduta na insuficiência cardíaca descompensada
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Bocchi,Edimar Alcides Vilas-Boas,Fábio Perrone,Sergio Caamaño,Angel G Clausell,Nadine Moreira,Maria da Consolação V Thierer,Jorge Grancelli,Hugo Omar Serrano Junior,Carlos Vicente Albuquerque,Denilson Almeida,Dirceu Bacal,Fernando Moreira,Luís Felipe Mendonza,Adonay Magaña,Antonio Tejeda,Arturo Chafes,Daniel Gomez,Efraim Bogantes,Erick Azeka,Estela Mesquita,Evandro Tinoco Reis,Francisco José Farias B Mora,Hector Vilacorta,Humberto Sanches,Jesus Souza Neto,David de Vuksovic,José Luís Paes Moreno,Juan Aspe y Rosas,Júlio Moura,Lidia Zytynski Campos,Luís Antonio de Almeida Rohde,Luis Eduardo Parioma Javier,Marcos Garrido Garduño,Martin Tavares,Múcio Castro Gálvez,Pablo Spinoza,Raul Miranda,Reynaldo Castro de Rocha,Ricardo Mourilhe Paganini,Roberto Guerra,Rodolfo Castano Rassi,Salvador Lagudis,Sofia Bordignon,Solange Navarette,Solon Fernandes,Waldo Barretto,Antonio Carlos Pereira Issa,Victor Guimarães,Jorge Ilha
A ventriculotomia apical esquerda para tratamento cirúrgico da estenose mitral congênita
Entre junho de 1987 e outubro de 1990, nove pacientes consecutivos, portadores de estenose mitral congênita (EMC) foram submetidos a correção cirúrgica. Sete tinham valva mitral em paráquedas e dois, outras formas complexas de estenoses. Em todos, a via de abordagem foi a ventriculotomia apical esquerda, sendo dividido, primeiramente, o músculo papilar; depois, as cordas e, finalmente, as cúspides. As lesões associadas foram corrigidas prévia ou simultaneamente. Todos os pacientes tiveram boa evolução imediata. Houve um óbito tardio não relacionado. O estudo ecocardiográfico seriado pós-operatório mostrou adequada função ventricular esquerda. Conclui-se que esta via é de escolha para tratar lesões estenóticas congênitas complexas da valva mitral.
2022-12-06T14:00:36Z
Barbero-Marcial,Miguel Riso,Arlindo Albuquerque,Ângelo Atik,Edmar Jatene,Adib D
Tratamento cirúrgico da ectasia ânulo-aórtica com interposição de tubo sintético e conservação da valva aórtica
A ectasia ânulo-aórtica é lesão cujo tratamento preferencial compreende a substiuição da aorta ascendente dilatada por tubo sintético, acompanhada da substituição da valva aórtica. Essa substituição geralmente ocorre pela disfunção da valva graças à dilatação do anel e a prótese empregada nesses casos e, preferencialmente, mecânica. Dentre os vários autores empenhados na resolução dessa lesão, Cabrol vem contribuindo com inovações nesse campo. Os autores relatam sua experiência de dois pacientes do sexo masculino (34 e 62 anos), operados para correção de ectasia ânulo-aórtica, sendo o primeiro portador de síndrome de Marfan e dissecção aórtica crônica associada. A técnica cirúrgica empregada constou da substituição da aorta ascendente por tubo de "Dacron double velour". A valva aórtica foi preservada realizando-se, inicialmente, a ressecção das paredes aórticas comprometidas dos seios de Valsalva. O tubo de Dacron era implantado externamente à valva, sendo suturado abaixo do plano da valva com suspensão da valva aórtica no interior do tubo. Os ósticos coronarianos foram reimplantados no tubo, de maneira habitual. Os dois pacientes apresentaram boa evolução pós-operatória, encontrando-se assintomáticos após 45 e 120 dias de pós-operatório. Esta técnica vem se somar às outras para tratamento dessas doenças, devendo-se enfatizar a conservação da valva aórtica.
2022-12-06T14:00:36Z
Jatene,Marcelo B Jatene,Fábio B Auler Júnior,José Otávio C Jatene,Adib D
Reoperações valvares: experiência do InCór-FMUSP
Neste trabalho comparamos os resultados da mortalidade nas reoperações valvares, a fim de estabelecer a gravidade das reoperações conservadoras e das retrocas, analisando a influência do número de procedimentos nos resultados. Foram estudados 296 pacientes cujas idades variaram de cinco a 72 anos, com média de 34,5 anos. Duzentos e oito pacientes foram submetidos à reoperação mitral, sendo realizada recomissurotomia em 23 (7,8%) pacientes, terceira comissurotomia em dois (0,7%), primeira substituição mitral em 26 (8,8%), segunda troca mitral em 127 (42,9%), terceira troca em um (0,3%). Reoperação em valva aórtica foi realizada em 67 pacientes, sendo primeira troca aórtica por reestenose em cinco (1,7%) pacientes, segunda troca em 28 (16,2%), terceira troca aórtica em 11 (3,7%) e quarta troca em três (1%). Retroca mitro-aórtica foi realizada em 19 (6,4%) pacientes, retroca tricúspide em um (0,3%) e retroca mítrotricuspídea também em um (0,3%) pacientes. A mortalidade na recomissurotomia mitral foi de 0% (0/26); na primeira troca mitral foi de 15,4% (4/26); na segunda troca 15,0% (19/127); na terceira troca 15,4% (4/26); na quarta e quinta trocas (4 casos) mitrais não houve mortalidade. Na primeira troca aórtica a mortalidade foi de 40% (2/5); a segunda substituição aórtica foi de 14,6% (7/48); na terceira não houve mortalidade (0/11) e na quarta a mortalidade foi de 100% (3/3). Na segunda substituição mitro-aórtica a mortalidade foi de 10,5% (2/19). A análise estatística dos dados não demonstrou relação entre a mortalidade e o número de operações previamente realizadas.
2022-12-06T14:00:36Z
Pomerantzeff,Pablo M. A Yochitomi,Ychiro Fabri,Hélio Antônio Cardoso,Luís Francisco Tarasoutchi,Flávio Grinberg,Max Stolf,Noedir A. G Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Estudo do anel mitral e trígonos fibrosos com diferentes variáveis
O objetivo do presente estudo é avaliar dados anatômicos importantes na cirurgia reconstrutora da valva mitral, em particular características do anel mitral (AM) relacionadas a posição e distância dos trígonos fibrosos, Além disso, buscamos correlacionar esse aspecto com as variáveis sexo, idade, grupo étnico e posição do anel aórtico em relação ao AM - "posição mitro-aórtica". Foram estudados 96 corações humanos previamente fixados, nos quais foram realizadas duas medidas no AM, sendo a medida A a maior distância entre os trígonos fibrosos e a B, a menor distância entre os mesmos, resultando a soma das duas medidas no perímetro total do anel. Dividindo-se os valores de A pelos valores de B, estabeleceuse a relação A/B, que variou de 1,88 a 3,96 (2,69 + 0,38). A análise desta relação não apresentou variação estatística quando correlacionada individualmente com sexo (p=0,6857) e idade (p=0,1157). Porém, quando feita associação das variáveis grupo étnico e "posição mitro-aórtica", observou-se que, em corações de indivíduos não brancos, houve diminuição da relação A/B quando a posição "mitro-aórtica" era anterior e muito anterior (p=0,0285). Em conclusão, a relação A/B não é fixa, apresentando variações na dependência da associação dos fatores grupo étnico e "posição mitro-aórtica".
2022-12-06T14:00:36Z
Jatene,Fábio B Monteiro,Rosângela Jatene,Marcelo B Magalhães,Maria H. G Fukushima,Júlia T Jatene,Adib D
Estudo da preservação do pulmão de cão mantido em autoperfusão
Foram estudados 14 blocos coração-pulmão (BCP), nos quais os pulmões foram mantidos em sistema de autoperfusão em período de duas até oito horas. Realizaram-se biópsias pulmonares a cada duas horas. Dez blocos mantiveram-se preservados até a quarta hora com pequena intensidade de alteração, demonstrada semiquantitativamente através de estudo estrutural. A partir desse tempo, edema intra-alveolar, hemorragia perivásculo-bronquial, hemorragia intra-alveolar, enfisema perivásculo-bronquia e rotura alveolar ocorreram com maior intensidade.
2022-12-06T14:00:36Z
Fontes,Ronaldo D Falzoni,Roberto Magaldi,Ricardo Kosai,Taro Seguchi,Mário Tarigoe,Marcelo Stolf,Noedir A.G Ramires,Antônio F Jatene,Adib D
Revascularização do miocárdio no idoso: fatores de risco para morbidade e mortalidade hospitalar
Com a finalidade de determinar os principais fatores de risco para a morbidade e mortalidade hospitalar de pacientes coronarianos idosos (idade > 65 anos), submetidos a revascularização isolada, eletiva do miocárdio, estudamos prospectivamente 72 pacientes consecutivos, que possuíam observações completas no InCór, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 1988. No roteiro do protocolo foram incluídos fatores clínicos, radiológicos, hemodinâmicos, operatórios e de pós-operatórios (Tabela 1). Os resultados foram analisados utilizando-se o teste do Qui quadrado de Pearson e a Prova Exata de Fisher, através do SPSS (Statistical Package for Social Science). Dentre os fatores analisados, apresentaram significância estatística: o tabagismo, o número de vasos coronários acometidos, o tempo de duração da circulação extracorpórea, o tempo de pinçamento da aorta, o número total de enxertos realizados, a presença de anastomose mamária coronária e o índice de movimentação da parede ventricular esquerda.
2022-12-06T14:00:36Z
Iglézias,José Carlos R Dallan,Luís Alberto Oliveira,Sérgio Ferreira de Ramires,Antônio F Oliveira,Sérgio Almeida de Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D