Repositório RCAAP
Plástica mitral
Foram estudados 101 pacientes submetidos a plástica da valva mitral em seis anos, com seguimento de 100%. Entre eles, 36 eram do sexo masculino e 65 do sexo feminino, com idade variando de dois a 62 anos (M = 28 ± 16,4). Desses, 57 (56,4%) foram submetidos apenas a abordagem valvar mitral. Os demais foram submetidos a procedimentos associados, como plástica tricúspide (9,9%), revascularização do miocárdio (4,0%), entre outros. Não foi registrado óbito imediato. O índice de mortalidade tardia foi de 2% (AVC hemorrágico após cinco anos e septicemia), no primeiro ano. As complicações não fatais foram representadas pela endocardite evidenciada em dois pacientes (2%), sendo tratados e curados, e um paciente com reestenose mitral pós-plástica por reagudização da doença reumática. O estudo atuarial revelou um índice de 79,0 ± 17,7% de sobrevida, um total de 76,3 ± 17,8% de pacientes livres de complicações, 80,0 ± 17,9% de reoperações, 100,0% livres de tromboembolismo. Os resultados ecodoplercardiográficos registraram que 89% dos pacientes evoluíram com ausência de insuficiência. Dos 11% restantes, 7,4% apresentram insuficiência mitral discreta, 2,4% moderada e 2% importante. De acordo com a classificação da NYHA, os pacientes das classes III (83,8%) e IV (16,2%) passaram para as classes I (33,3%), II (60,6%), III (4,1%) e IV (2%). Os autores concluem que o anel de pericárdio flexível conforma-se perfeitamente com o anel valvar, não produz hemólise e se endoteliza completamente a médio prazo.
2022-12-06T14:00:24Z
Braile,Domingo M Ardito,Roberto V Pinto,Gracia Helena Santos,José Luiz Verde dos Zaiantchick,Marcos Souza,Dorotéia Rossi S Thevenard,Rubens
Plastia valvar aórtica por ampliação de válvula(s) com pericárdio bovino
É apresentada técnica para correção do refluxo valvar aórtico pela desinserção e ampliação de uma ou mais das válvulas com pericárdio bovino. Após estudo experimental em peças animais isoladas, a técnica foi empregada, com sucesso imediato, em seis pacientes. Em todos os casos, ampliou-se a válvula não coronariana e, em dois, ampliou-se, também, a válvula coronariana esquerda. O levantamento das comissuras valvares poderá constituir-se em uma técnica complementar, desde que foi uma constante em todos os pacientes operados. Uma paciente faleceu no sétimo mês de pós-operatório por endocardite bacteriana. Os demais pacientes encontram-se em períodos de observação de quatro a 12 meses. As observações iniciais permitem afirmar que a técnica é reproduzível com bons resultados imediatos. A evolução clínica a médio e a longo prazo é fundamental para uma apreciação mais definitiva, sendo motivo de constante preocupação a ocorrência de endocardite bacteriana e as conseqüências da evolução do processo reumático.
2022-12-06T14:00:24Z
Ribeiro,Paulo José de Freitas Bongiovani,Hércules Lisboa Évora,Paulo Boberto Barbosa Brasil,José Carlos Franco Otaviano,Adonis Garcia Reis,Celso Luiz dos Bombonato,Rúbio Sgarbieri,Ricardo Nilsson Moreira Neto,Francisco Fernandes
Comissurotomia mitral: como evoluem os pacientes a longo prazo?
Procuranco saber qual a evolução a longo prazo daqueles pacientes submetidos a comissurotomia mitral há mais de 14 anos, analisamos 100 pacientes, operados entre 1962 e 1975 e que tiveram seu acompanhamento no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Muitos pacientes foram operados nesse intervalo, mas não tiveram seu seguimento em nossa Instituição e não foram considerados. Setenta e seis eram do sexo feminino e 24 do masculino, com idades variando de 11 a 50 anos, com média de 30,8 anos. Sessenta e cinco pacientes foram reoperados, sendo que em 18 ocasiões realizou-se outra comissurotomia, em um fez-se a revascularização, em um substituição da valva tricúspide; em 45 vezes a valva foi substituída (43 próteses biológicas e duas metálicas). O tempo médio entre a primeira e a segunda cirurgias foi de 13,6 anos. Não houve óbitos na reoperação. Trinta e cinco pacientes continuam em evolução da primeirs cirurgia, com um tempo médio de 17,2 anos, com um mínimo de 14 anos e um máximo de 27 anos. Dez estão no grupo funcional I, 17 no II, sete no III e um no grupo IV. Desta forma, dos 100 pacientes iniciais, 52 ainda estão com suas valvas naturais, mostrando que, apesar de a evolução da doença poder levar a alterações nas valvas operadas, a comissurotomia mitral consegue uma boa evolução a longo prazo.
2022-12-06T14:00:24Z
Arnoni,Antoninho S Couto,W. J Dinkhuysen,Jarbas J Chaccur,Paulo Meneghelo,Zilda M Souza,Luiz Carlos Bento de Jatene,Adib D Paulista,Paulo P
Evolução tardia do transplante cardíaco na doença de Chagas: long-term evolution in cardiac transplantation
Nas formas cardíacas da doença de Chagas que evoluem com insuficiência cardíaca refratária ao tratamento clínico, o transplante é a única alternativa, ao lado da cardiomioplastia. Os autores apresentam a evolução tardia de seis pacientes com miocardiopatia chagásica terminal submetidos a transplante cardíaco ortotópico. O período médio de observação foi de 25,2 meses. O diagnóstico de reativação da doença de Chagas apoiou-se na observação clínica, na investigação laboratorial do parasita, nas biópsias endomiocárdicas e dos nódulos de subcutâneo. A análise dos resultados demonstra que: 1) os testes laboratoriais mostraram-se ineficazes no diagnóstico da reativação da doença, sendo que as biópsias mostraram maior índice de positividade; 2) a pulsoterapia com corticóide predispõe à reativação; 3) a doença linfoproliferativa apresenta alta incidência na doença de Chagas, sendo a principal complicação tardia. Possivelmente, o benzonidazol apresente seu efeito oncogênico potencializado. Tendo em vista o caráter endêmico da doença e a falta de alternativa terapêutica, tornou-se obrigatória a analise do esquema imunossupressor, do tratamento da reativação e a maior experiência clínica, para posições mais definidas.
2022-12-06T14:00:24Z
Fiorelli,Alfredo I Stolf,Noedir A. G Bocchi,Edmar A Seferian,Pedro Higushi,Lourdes David,Uip Strabelli,Tânia Kalil,Jorge Newman,Jorge Jatene,Fábio B Pomerantzeff,Pablo M. A Lemos,Pedro Carlos P Pereira-Barreto,Antonio C Bellotti,Giovanni Jatene,Adib D
Obstrução da via de saída de ventrículo esquerdo por prótese mitral: apresentação de seis casos
De janeiro de 1982 a março de 1984, foram implantadas 170 biopróteses de pericárdio bovino e alto perfil, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com mortalidade hospitalar de 7,1%. Através do estudo anatomopatológico, foram identificados cinco casos em que ocorreu obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo após substituição da valva mitral. Com base nessa experiência, a indicação de estudo hemodinâmico no 1º dia de pós-operatório em paciente em baixo débito, sem explicação, possibilitou identificar obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo, com retroca valvar e boa evolução. Neste trabalho, são relatados detalhadamente os seis casos e discutidas as causas da obstrução da via de saída na substituição mitral.
2022-12-06T14:00:24Z
Pomerantzeff,Pablo M. A Kioka,Yukio Kawabe,Lauro T Auler Jr,José Otávio C Lopes,Edgard A Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Manuseio da deiscência do esterno no pós-operatório de cirurgia cardíaca
No período de dezembro de 1987 a dezembro de 1989, 906 pacientes foram submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, sendo 43% coronarianos, 37% valvares, 17% congênitos e 3% outros. Dentre eles, observou-se, na fase intra-hospitalar de pós-operatório, a ocorrência de 19 casos de deiscência parcial ou total da toracotomia mediana (2%), que ocorreu, em média, ao redor da 1º semana de pós-operatório, tendo sido a reintervenção cirúrgica por volta da 3º semana. As culturas mostraram predomínio de germes gram positivos e poucos casos de gram negativos e fungos. Em apenas um caso não foi isolado qualquer agente infeccioso. Neste grupo de pacientes, constatou-se a presença de fatores predominantes, tais como diabetes, obesidade, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e tempo prolongado de cirurgia (média de 6 horas). Houve predomínio de pacientes adultos, cujas idades variaram de 40 a 67 anos, média de 53 anos (89%). Constatou-se que, em 84% dos pacientes, a artéria mamária interna foi utilizada como enxerto na revascularização cirúrgica do miocárdio. Além das medidas gerais de terapêutica local e sistêmica com antibióticos específicos, visando ao combate dos agentes infecciosos e à conseqüente esterilização da ferida, os pacientes eram conduzidos à sala de operação, procedendo-se à limpeza e desbridamento dos planos cirúrgicos, incluindo o esterno, deixando-se, em alguns casos, irrigação contínua com solução de povidine. Em dois pacientes foi realizada rotação de retalho miocutâneo, devido à refratariedade ao tratamento. De cinco casos de mediastinite, três faleceram por falência de múltiplos órgãos e sepsis. O grupo restante apresentou boa evolução, tendo obtido alta hospitalar após a 3º semana da reintervenção, com boa cicatrização da ferida operatória.
2022-12-06T14:00:24Z
Marques,Roberto Latorre Arnoni,Antoninho S Dinkhuysen,Jarbas J Chaccur,Paulo Abdulmassih Neto,Camilo Souza,Luiz Carlos Bento de Paulista,Paulo P
Revascularização miocárdica em pacientes com idade igual ou superior a 70 anos
A cirurgia de revascularização miocárdica em pacientes acima de 70 anos vem tornandose cada vez mais freqüente. Em 1979, ela representou 3,3% dos pacientes operados, alcançando 14,8% em 1989. Entre janeiro de 1979 e outubro de 1989, dos 7003 pacientes revascularizados, 492 pacientes estavam na oitava ou nona década de vida. A indicação cirúrgica tem sido empregada, preferencialmente, para pacientes com lesões de alto risco e muito sintomáticos, estando 84% em grupos III e IV de angina. Quanto ao número de artérias com lesões críticas, 62,3% tinham lesões triarteriais, 31,4% lesões biarteriais e 6,2% lesões uniarteriais; 15% dos pacientes tinham lesão do tronco da coronária esquerda. Operações associadas à revascularização miocárdica foram realizadas em 54 pacientes, sendo 30 aneurismectomias do ventrículo esquerdo, 21 cirurgias valvares e três endarterectomias de carótida. Vinte e oito pacientes estavam na fase aguda do infarto do miocárdio e 27 pacientes estavam sendo operados pela segunda vez. A idade dos pacientes estava compreendida entre 70 e 74 anos em 354 (71,9%) pacientes, entre 75 e 79 em 121 (24,5%) pacientes e entre 80 e 87 anos em 17 (3,4%). A mortalidade imediata (hospitalar ou 30 dias) foi de 8,5% (42/492) sendo de 2,5% (162/6511) em pacientes abaixo de 70 anos (p < 0,0001), operados no mesmo período. De 410 pacientes idosos submetidos apenas à revascularização miocárdica (angina estável e instável), faleceram 21 (5,1%). De 28 pacientes operados na fase aguda do infarto do miocárdio, 13 (46,4%) faleceram, e, de 54 pacientes com operações associadas, oito (14,8%) faleceram (p < 0,001). Dos 27 pacientes reoperados, houve 5 (18,5%) óbitos. O seguimento tardio pós-operatório variou de dois a 127 meses. Apenas 17 (3,9%) pacientes não puderam ser contactados recentemente. Nesse período, ocorreram 32 óbitos, sendo 15 (46,8%) de causa cardíaca.
2022-12-06T14:00:24Z
Souza,Januário M Berlinck,Marcos F Moreira,Myriam G Martins,José Renato M Moreira,Maria Cássia S Oliveira,Paulo A. F Senra,Dante F Oliveira,Sérgio Almeida de
Cirurgia das dissecções crónicas da aorta ascendente com insuficiência valvar
No período de janeiro de 1980 a dezembro de 1988, foram operados 44 pacientes com dissecções aórticas crônicas e insuficiência aórtica. Esse grupo foi analisado para se avaliar a evolução comparativa dos doentes em que a valva aórtica foi preservada em relação àqueles em que houve substituição valvar. As características pré-operatórias eram semelhantes, sendo efetuada troca da valva quando havia degeneração valvar ou ectasia ânulo-aórtica. Nos casos de desabamento de válvulas com alargamento do anel realizou-se plástica valvar. Em 48% dos casos foi possível a preservação valvar através de suspensão da valva aórtica. Nos 23 doentes em que foi realizada a substituição valvar, a técnica de Bentall e De Bono foi utilizada em 16. Em seis pacientes foram associados outros procedimentos cirúrgicos. Em todos os doentes operados a partir de 1986 foi utilizada cola biológica. Em 41 (93%) pacientes a aorta proximnal foi substituída e nos três restantes realizou-se aortoplastia. Cinco pacientes (11%) tiveram morte hospitalar, três por baixo débito, um por sangramento e um por complicação neurológica. Dois pacientes (4%) apresentaram morte tardia. O seguimento dos 37 sobreviventes variou de dois a 108 meses, com média de 18: 78% estavam em classe I e os demais em classe II. Dois pacientes que tiveram a valva preservada apresentaram insuficiência aórtica discreta. Três doentes que receberam válvula biológica necessitaram reoperaçáo tardiamente, por disfunção da válvula. Um doente submetido, inicialmente, a aortoplastia e plástica valvar apresentou redissecção e insuficiência aórtica após 60 meses, sendo reoperado pela técnica de Bentall. No estudo com curva atuarial de sobrevida notamos que os pacientes submetidos a plástica valvar tiveram maior sobrevida. Podemos concluir que: 1) a suspensão valvar é uma técnica satisfatória em pacientes com dissecções crônicas da aorta, com baixa mortalidade e menor índice de complicações a médio prazo do que a substituição valvar; 2) a identificação do mecanismno da insuficiência valvar é fundamental para decisão da tática operatória; 3) o uso da cola biológica facilita o manuseio da aorta e pode diminuir o sangramento intra-operatório; 4) quando é necessária a substituição valvar tem-se preferido empregar prótese mecânica dada a maior dificuldade técnica na reoperaçáo nesses pacientes; 5) a aortoplastia não deve ser utilizada devido à alta incidência de redissecção aórtica.
2022-12-06T14:00:24Z
Pêgo-Fernandes,Paulo M Stolf,Noedir A. G Fontes,Ronaldo D Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Aneurisma do átrio direito associado à hidropisia fetal: diagnóstico por ecocardiografia fetal
Os aneurismas de átrio direito são entidades raramente relatadas na prática cardiológica, especialmente em vida intra-uterina, e podendo ser confundidos com derrame pericárdico e anomalia de Ebstein da valva tricúspide. Apresentamos revisão da literatura e ilustramos com caso de diagnóstico pré-natal de aneurisma de átrio direito cursando com sinais de hidropisia.
2022-12-06T14:00:24Z
Barberato,Marcia Ferreira Alves Barberato,Silvio Henrique Gomes,Cláudio Correa Costa,Sérgio Luis Krawiec,Alfred
Miocardiopatia preponderante de ventrículo direito por miocardite prévia ou por displasia arritmogênica?
É relatado o caso clínico de um paciente do sexo masculino com 10 anos de idade, cuja miocardiopatia dilatada e preponderante de ventrículo direito apresenta dificuldades diagnósticas entre a etiologia de miocardite prévia e a displasia arritmogênica. Como os elementos não são patognomônicos de uma ou de outra causa, a elevação de enzimas cardíacas na fase subaguda talvez incline para a suposição de miocardite prévia. Daí, o questionamento de que muitos casos rotulados como displasia arritmogênica poderem, verdadeiramente, corresponder à possibilidade de miocardite evolutiva. A controvertida conduta clínica é discutida.
2022-12-06T14:00:24Z
Atik,Edmar Rochitte,Carlos Eduardo Ávila,Luis Francisco R. de Kajita,Luiz J. Palhares,Renata Bacic
Terapêutica na prática clínica cardiovascular: vivências e evidência
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:24Z
Fuchs,Flávio Danni
Terapêutica trombolítica em trombose de prótese valvar
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:24Z
Katz,Marcelo Tarasoutchi,Flavio Grinberg,Max
Lípides séricos em crianças e adolescentes de Florianópolis, SC: Estudo Floripa saudável 2040
OBJETIVO: Determinar a distribuição dos lipídeos séricos em crianças e adolescentes de Florianópolis, SC. Determinar a associação entre colesterol não-desejável (>170 mg/dL) e outros fatores de risco para aterosclerose. MÉTODOS: Amostra aleatória estratificada (por idade e tipo de escola) de alunos da rede escolar de Florianópolis. Dados sobre fatores de risco, antropometria, pressão arterial e concentração sérica de lípides foram coletados. RESULTADOS: Participaram 1.053 indivíduos com idade entre 7 e 18 anos. A concentração sérica do colesterol (média±DP) foi 162±28 mg/dL; dos triglicerídeos 93±47 mg/dL; do HDL-colesterol 53±10 mg/dL; do LDL-colesterol 92±24 mg/dL e do colesterol não-HDL 109± 26 mg/dL. As médias das relações CT/HDL e LDL/HDL foram, respectivamente, 3,1±0,6 e 1,8±0,5. Os lípides foram mais elevados nas crianças de escola privada, nos menores de 10 anos, no sexo feminino e nos de cor negra. O modelo de regressão logística que melhor previu os níveis de colesterol anormal incluía: obesidade, história familiar de acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio, sexo feminino, idade inferior a 10 anos e a imagem corporal definida pelo médico como sobrepeso/obesidade. CONCLUSÃO: As concentrações de lipídeos em crianças e adolescentes mostraram valores intermediários quando comparados a estudos semelhantes. Uma grande parcela dos indivíduos apresenta níveis de colesterol sérico classificados como não-desejáveis para idade. Pela significância da associação do colesterol com o excesso de peso, o controle deste fator na infância deve ser tomado como prioridade nos programas de prevenção primordial com o objetivo de reduzir a incidência das doenças relacionadas à aterosclerose na idade adulta.
2022-12-06T14:00:24Z
Giuliano,Isabela de Carlos Back Coutinho,Mário Sérgio Soares de Azeredo Freitas,Sérgio Fernando Torres de Pires,Maria Marlene de Souza Zunino,João Nilson Ribeiro,Robespierre Queiroz da Costa
Estudo comparativo entre os efeitos terapêuticos da revascularização cirúrgica do miocárdio e angioplastia coronária em situações isquêmicas equivalentes: análise através da cintilografia do miocárdio com 99mTc-Sestamibi
OBJETIVO: Avaliar a carga isquêmica do miocárdio prévia e ulterior à revascularização do miocárdio. MÉTODOS: Foram avaliados 96 pacientes randomizados, portadores de doença arterial coronariana multivascular, angina estável, função do ventrículo esquerdo preservada e isquemia miocárdica esforço-induzida tratados com revascularização cirúrgica (RCM) ou angioplastia coronariana (ATC). Cintilografia do miocárdio com 99mTc-Sestamibi foi realizada antes e 6 meses após a revascularização do miocárdio. RESULTADOS: A RCM determinou índice significantemente maior de revascularização completa (p=0,001), aumento no número de testes ergométricos máximos (p=0,001) e redução no número de testes ergométricos positivos com angina de esforço (p=0,018). Ambos os procedimentos ofereceram melhora importante na classe funcional da angina (p=0,001), aumento no valor médio do duplo produto de pico (p=0,009), e do tempo de tolerância ao esforço (p<0,001), além de redução no valor médio da somatória do escore do esforço (p<0,001) e da diferença da somatória dos escores (p<0,001) nos dois grupos. CONCLUSÃO: ATC e RCM não diferiram significantemente quanto à redução da carga isquêmica do miocárdio 6 meses após o procedimento. A revascularização do miocárdio foi mais completa com a RCM do que com a ATC, mas não representou fator significante para redução da carga isquêmica do miocárdio.
2022-12-06T14:00:24Z
Moreira,Anellys E. L. C. Hueb,Whady A. Soares,Paulo Rogério Meneghetti,José Cláudio Jorge,Maria Clementina P. Chalela,William A. Martinez Filho,Eulogio E. Oliveira,Sérgio Almeida de Jatene,Fábio Biscegli Ramires,José Antônio Franchini
Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração na cidade de Curitiba - Brasil, de 1980 a 1998
OBJETIVO: Analisar a tendência de mortalidade pelas doenças isquêmicas do coração, por sexo, e do infarto agudo do miocárdio, por sexo e faixa etária, de 1980 a 1998, na cidade de Curitiba. MÉTODOS: Utilizou-se os dados de óbitos por doença isquêmica do coração e infarto agudo do miocárdio do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, por sexo, faixa etária e local de residência em Curitiba. Os dados de população foram obtidos da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As taxas de mortalidade foram ajustadas por idade pelo método direto, utilizando como referência a população de Curitiba, em 1980. A análise de tendência foi calculada através da regressão linear simples, com um nível de significância de 5%. RESULTADOS: As taxas de mortalidade das doenças isquêmicas do coração apresentaram uma tendência de declínio em ambos os sexos. Nas faixas etárias do infarto agudo do miocárdio, o sexo masculino apresentou queda até os 79 anos; no sexo feminino, até os 59 anos, mantendo-se estáveis após estes períodos. No restante das doenças isquêmicas, o sexo feminino apresentou uma queda maior que o masculino. CONCLUSÃO: O estudo demonstra uma tendência de redução da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, em ambos os sexos, na cidade de Curitiba, de 1980 a 1998. No infarto agudo do miocárdio, essa redução vem ocorrendo de forma mais pronunciada nos homens, mantendo-se estável, a partir dos 60 anos, nas mulheres. As razões para a tendência de redução diferenciada entre os sexos não são claras, permanecendo como importante questão para novas investigações.
2022-12-06T14:00:24Z
Daniel,Edevar Germiniani,Helio Nazareno,Eleusis Ronconi de Braga,Simone Viana Winkler,Anderson Marcelo Cunha,Claudio L. Pereira da
Análise comparativa da captação de 18 fluordesoxiglicose por câmara de cintilação e sistema de coincidência e a ecocardiografia de estresse pela dobutamina na detecção de viabilidade miocárdica
OBJETIVO: Comparar a câmara de cintilação e sistema de coincidência (CC) com a ecocardiografia de estresse pela dobutamina (EED) na detecção de viabilidade miocárdica, utilizando-se a recuperação funcional como padrão de referência. MÉTODOS: Vinte e um pacientes com doença arterial coronária e disfunção grave do ventrículo esquerdo foram estudados prospectivamente, submetidos a EED e CC, antes da cirurgia de revascularização do miocárdio (RM), e a EED, três meses após. RESULTADOS: De 290 segmentos analisados, 83% encontravam-se acinéticos, 15%, hipocinéticos, e 2, discinéticos ao repouso. A EED identificou 68% destes segmentos como não-viáveis. A CC identificou 56% destes segmentos como normais (contratilidade alterada com metabolismo e perfusão preservada), 30% como viáveis (perfusão reduzida e metabolismo preservado) e 14%, como não-viáveis (ausência de metabolismo e perfusão). Entre os não-viáveis pela EED, a CC classificou 80% como normais ou viáveis e 19,9%, como não viáveis (p<0,001). A sensibilidade e especificidade da EED foram de 48,3% e 78,1%, respectivamente. A sensibilidade e especificidade da CC de 92,2% e 20,0%, respectivamente. A CC identificou maior proporção de recuperação funcional nos segmentos classificados como normais do que os viáveis e não-viáveis. CONCLUSÃO: A CC classificou como normal ou viável a maior parte dos segmentos não-viáveis pela EED. Na avaliação da recuperação funcional, três meses após a RM, a CC demonstrou uma alta sensibilidade, porém reduzida especificidade.
2022-12-06T14:00:24Z
Farsky,Pedro Silvio Piegas,Leopoldo Soares Gimenes,Vera Marcia Petisco,Ana Claudia G. Duarte,Paulo S. Martins,Luiz Roberto Issa,Mario Paulista,Paulo Paredes Sousa,José Eduardo Moraes Rego
Idade e distúrbios psicológicos: variáveis associadas à disfunção sexual no período pós-infarto
OBJETIVO: As informações sobre a disfunção sexual (DS) após o infarto do miocárdio (IM) são esparsas, principalmente em nosso meio e em relação aos seus preditores. Avaliamos pacientes de ambos os sexos, com vida sexual ativa e sem disfunção sexual prévia ao IM, para estudar a incidência de DS após o IM, e identificar as possíveis variáveis associadas às mesmas. MÉTODOS: Estudamos consecutivamente 43 pacientes, utilizando questionários estruturados para diagnóstico das DS e dos distúrbios psicológicos (DP). Analisamos a influência dos fatores de risco clássicos para aterosclerose, dos DP e do uso de medicamentos na ocorrência de DS até o sexto mês após o IM. RESULTADOS: Após o IM, 91% dos pacientes reiniciaram a atividade sexual. Vinte e seis pacientes (60%) apresentaram disfunção sexual até o 6º mês da alta hospitalar (9 com ejaculação precoce, 15 com disfunção erétil e 20 com desejo sexual hipoativo). Os pacientes com DP apresentaram disfunção sexual em maior freqüência que aqueles sem DP (100%x47%, p=0,001). O grupo com disfunção sexual era significativamente mais velho que o grupo sem disfunção sexual: 53±8,9 anos versus 47±8,7 anos (p=0,04). CONCLUSÃO: Os pacientes apresentaram significativa redução da freqüência da atividade sexual e elevada incidência de DS após o infarto agudo do miocárdio. A presença de DP e a idade mais elevada estiveram associadas à maior incidência de DS após o infarto.
2022-12-06T14:00:24Z
Vacanti,Luciano Janussi Caramelli,Bruno
Hipertensão arterial sistêmica no setor de emergência: o uso de medicamentos sintomáticos como alternativa de tratamento
OBJETIVO: Comparar a resposta terapêutica dos pacientes atendidos no Setor de Emergência com sintomas e pressão arterial (PA) elevada, ao tratamento com medicação sintomática ou anti-hipertensiva. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, cego, envolvendo 100 pacientes atendidos na Emergência Cardiológica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz com sintomas associados à pressão arterial sistólica (PAS) entre 180 e 200 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) entre 110 e 120 mmHg. Os pacientes foram randomizados para tratamento com medicação sintomática (dipirona ou diazepam) ou anti-hipertensiva (captopril). Aqueles portadores de qualquer condição clínica associada, que necessitassem de tratamento imediato na Unidade de Emergência, foram excluídos do estudo. Atingiram o critério de alta os pacientes que, ao final do período de observação de noventa minutos, tornaram-se assintomáticos e tiveram seus níveis tensionais sistólicos reduzidos para abaixo de 180 mmHg e diastólicos para aquém de 110 mmHg. RESULTADOS: A idade média da população estudada foi 54,4 anos. A maioria dos pacientes era do sexo feminino, hipertensos crônicos em tratamento farmacológico irregular, com baixa taxa de aderência às medidas não farmacológicas e classificados quanto ao índice de massa corpórea (IMC), em sobrepeso e obesos grau I. Cefaléia, dor torácica tipo D (não anginosa) e dispnéia foram as queixas mais freqüentes. A proporção de pacientes tratados com medicação sintomática que atingiu o critério de alta foi semelhante àquela de pacientes medicados com anti-hipertensivo (p=0,165). Não foi encontrada associação entre o diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica (HAS) (p=0,192), tratamento farmacológico (p=0,687) e não-farmacológico e o critério de alta. CONCLUSÃO: Uma maior proporção (não significativa) de pacientes tratados com medicação sintomática obtiveram redução da PA aquém dos níveis estabelecidos no critério de alta e tornaram-se assintomáticos após o período de observação.
2022-12-06T14:00:24Z
Lima,Sandro Gonçalves de Nascimento,Luciana Simões do Santos Filho,Cândido Nobre dos Albuquerque,Maria de Fátima P. Militão de Victor,Edgar Guimarães
Tratamento cirúrgico sem circulação extracorpórea de arteriopatia relacionada com arterite de Takayasu envolvendo aorta e vasos da base
Relatamos o caso de duas pacientes portadoras de arterite de Takayasu, encaminhadas ao nosso serviço onde as lesões acometiam a aorta torácica descendente e os vasos da base e, em uma delas, lesão obstrutiva crítica do óstio da coronária esquerda. Ambas as pacientes foram operadas sem circulação extracorpórea, com heparinização plena e auxílio de autotransfusão.
2022-12-06T14:00:24Z
Milani,Rodrigo Brofman,Paulo Sandri,Tayse Varela,Alexandre Souza,José Augusto Emed,Luiz Gustavo Silveira,Stefan da Dantas,Marcelo Guimarães,Maximiliano Pontarolli,Rafael Maia,Francisco
Cardiomiopatia de Takotsubo: uma causa rara de choque cardiogênico simulando infarto agudo do miocárdio
Cardiomiopatia de Takotsubo é uma causa rara de aneurisma ventricular esquerdo agudo, na ausência de coronariopatia, só recentemente descrita na literatura mundial. Os sintomas podem assemelhar-se aos do infarto agudo do miocárdio com dor torácica típica. A imagem do balonamento ventricular sugestivo de haltere ou "Takotsubo" (dispositivo utilizado no Japão para prender Octopus) é característico desta nova síndrome e usualmente há desaparecimento do movimento discinético até o 18º dia do início dos sintomas, em média.
2022-12-06T14:00:24Z
Vasconcelos,Jayro Thadeu Paiva de Martins,Sebastião Sousa,João Francisco de Portela,Antenor