Repositório RCAAP
Correção cirúrgica dos tumores primários do coração
No período de 1962 a 1991, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, foram tratados cirurgicamente 52 pacientes portadores de tumores primários do coração. Dentre os tumores benignos, 43 erammixomas, 5 fibromas, 1 fibroelastoma papilar, 1 rabdomioma e apenas 2 malignos (rabdomiossarcomas). A idade média foi de 41,1 anos; 33 pacientes eram do sexo feminino e 19 do masculino; 53,84% apresentaramse com insuficiência cardíaca congestiva, 19,2% com dor precordial e/ou palpitações e 17,3% com taquiarritmias. A ressecção completa do tumor foi possível em 50 pacientes e os 2 com tumores malignos foram apenas submetidos a biopsia. Todos os pacientes sobreviveram à cirurgia; entretanto, 3 pacientes foram a óbito no período hospitalar. Um paciente com mixoma apresentou recorrência três anos após e foi reoperado com sucesso. Temos em acompanhamento tardio 20 pacientes, que se encontram em classe funcional I (NYHA) e os resultados são bastante satisfatórios.
2022-12-06T14:00:36Z
Abdulmassih Neto,Camilo Salerno,Pedro R Dinkhuysen,Jarbas J Chaccur,Paulo Arnoni,Antoninho S Zamorano,M.M.B Jatene,Adib D Souza,Luiz Carlos Bento de Paulista,Paulo P
Tolerância da placenta à parada circulatória umbilical normotérmica
O aumento da resistência vascular placentáriae distúrbios de trocas gasosas freqüentemente ocorrem após a circulação extracorpórea (CEC) fetal. A utilização de um circuito convencional de CEC que exclua a placenta da circulação através do clampeamento temporário do cordão umbilical pode proteger a vasculatura placentária dos estímulos que levam ao aumento da resistência vascular. Para avaliar a tolerância placentária à parada normotérmica do fluxo sangüíneo umbílico-placentário, 9 placentas de ovelhas isoladas in-situ, foram colocadas em CEC através da canulação dos vasos umbilicais, com fluxo médio de artéria umbilical de 214 ml/min/kg. Após 30 minutos de estabelecimento da CEC, a circulação placentária foi interrompida por 30 minutos, simulando o clapeamento do cordão umbilical durante a CEC fetal total. Posteriormente, a circulação placentária foi restabelecida aos valores basais. A troca de gases placentária, o fluxo sangüíneo e a resistência vascular materno-placentários foram avaliados antes e depois da parada circulatória. Não houve diferença estatisticamente significante entre os gradientes transplacentários de pO2 e pCO2, indicando que a interrupção do fluxo sangüíneo placentário por 30 minutos, em condições normotérmicas, não afeta a função placentária. Este modelo sugere um método alternativo para a aplicação clínica da CEC fetal, através da exclusão da circulação umbílico-placentária durante a CEC fetal, eliminandose, assim, os efeitos deletérios da CEC nas trocas gasosas placentárias.
2022-12-06T14:00:36Z
Assad,Renato S Lee,Fan-Yen Sabik,Joseph Mackenzie,Saralyn Hanley,Frank L
Programa Nordeste para transplante cardiaco "NE-Tx": experiência atual
Os autores relatam a presente experiência clínica do programa NE-Tx, que é integrado por quatro diferentes Centros, bem como suas peculiaridades regionais. Foi idealizado um programa com baixo custo e integração regional. Na investigação pré-operatória, foi valorizado o nível social e intelectual do receptor e sua relação com os familiares. A busca de órgão à distância foi suprimida, com o deslocamento do receptor até o local da disponibilidade do órgáo. No pós-operatório não se utilizou dosagem sérica de ciclosporina, tendo os pacientes sido controlados com monitorização seriada da função renal. Com essa estratégia, foram operados 7 pacientes, no período compreendido entre 19.7.86 e 1.11.91., em três diferentes Centros Integrados. Todos eram do sexo masculino e a idade variou de 17 a 50 anos. Três (42,8%) pacientes eram portadores de miocardiopatiachagásica, 2 (28,5%) de miocardiopatiaidiopática, 1 (14,3%) de miocardiopatia hipertrófica e 1 (14,3%) de miocardiopatia reumática. Três (42,8%) pacientes vieram de Centros diferentes: 1 de Natal para Recife, 1 de Maceió para Aracaju e um terceiro de Aracaju para Maceió. Dois (28,6%) pacientes faleceram: um no período de pós-operatório imediato, de maneira ignorada e outro no pós-operatório tardio, devido a crise de rejeição. A mortalidade imediata foi de 14,3% e a tardia de 14,3%. Os restantes 5 (71,4%) pacientes encontram-se evoluindo bem, tendo o follow-up variado de 2 a 48 meses. A incidência de infecção, rejeição e demais problemas relacionados com o pós-operatório tardio é superponível com outros Centros. O programa mostrou-se eficiente, prático, compatível com nossa realidade e reproduz resultados de outras experiências.
2022-12-06T14:00:36Z
Lima,Ricardo Escobar,Mozart Alecrim,Roberto Alves,Izabel Lins,Teresa Arraes,Nadja Victor,Edgar Wanderley Neto,José Torres,Luiz Daniel F Elias,Décio O Wiszomirsky,Antonio De Biase Mendonça,José Teles de Carvalho,Marcos R Costa,Rika K. da Lira,Vital Lagreca,Ricardo
Cirurgia valvar na infância: um novo aspecto de ação
De janeiro de 1978 a dezembro de 1991, 148 crianças (idade igual ou menor a 15 anos) foram operadas pela primeira vez, para correção de defeitos adquiridos (doença reumática) em uma das valvas cardíacas. A casuística foi dividida em duas épocas, demarcadas pela determinação do Serviço em preservar o maior número possível das valvas tratadas, em especial, nesse grupo de pacientes. No último ano, foram operadas 24 crianças, nas quais a valva mitral foi abordada 20 vezes e a aórtica 8 vezes. O índice de aproveitamento da valva mitral foi de 95% (28% no período anterior) e da valva aórtica 62% (20% no período anterior). A mortalidade global foi de 8% no período anterior e não houve óbitos no último ano da experiência. Nenhum paciente apresentou qualquer complicação e todos evoluíram satisfatoriamente. Concluímos que, com determinação, é possível preservar a maior parte das valvas acometida por doença reumática na infância e sugerimos que a indicação cirúrgica deva ser o mais precoce possível, para evitar alterações no aparelho valvar secundárias à disfunção, bem como um seguimento tardio efetivo mais duradouro, para julgar se a plastia é realmente superior à substituição valvar em pacientes jovens com doença reumática.
2022-12-06T14:00:36Z
Mendonça,José Teles de Wanderley Neto,José Carvalho,Marcos R Costa,Rika K. da Franco Filho,Edson Costa,Geodete Batista Barros,Marcus Antônio L. de Andrade,Clóvis Oliveira Almeida,Maria Luíza Dória Barros,Lívia Chagas de
Periodicidade e escolha de exames laboratoriais na terapia hipolipemiante
Intervenções farmacológicas com hipolipemiantes devem ser monitoradas periodicamente para avaliar eficácia e parâmetros de segurança. As estatinas são drogas normalmente bem toleradas e os seus principais efeitos colaterais incluem aumento das enzimas hepáticas (AST e ALT) e muscular (CK). O tratamento deve ser interrompido ou diminuído no caso de um aumento significativo das AST ou ALT (> 3x LSN), ou CK (> 10x LSN). Outros agentes hipolipemiantes também podem produzir hepatotoxicidade ou miosite, fibratos e ácido nicotínico, especialmente em associação com as estatinas ou na presença de anormalidades metabólicas (tireoidite, hepatopatia e nefropatia). Ácido nicotínico pode também aumentar os níveis plasmáticos de glicose e ácido úrico. Testes laboratoriais podem ser utilizados no seguimento da terapia hipolipemiante e devem ser repetidos a cada três meses durante o primeiro ano e então em intervalos de seis meses. Intervalos menores são recomendados para casos especiais.
2022-12-06T14:00:36Z
Martinez,Tania Leme da Rocha Nascimento,Helena Maria do
Farmacocinética das estatinas
As estatinas são agentes hipolipemiantes que exercem os seus efeitos através da inibição da HMG-CoA redutase, enzima fundamental na síntese do colesterol, levando a uma redução do colesterol tecidual e um conseqüente aumento na expressão dos receptores de LDL. Existem consideráveis diferenças entre as estatinas, no que tange às propriedades farmacocinéticas, bem como ao coeficiente de hidrofilicidade, via hepática de metabolização (especialmente, do citocromo P450 e isoenzimas), meia-vida plasmática e eficácia na redução lipídica. As estatinas também podem diferir na capacidade de interação com outras drogas que utilizam a mesma via de metabolização. Recentemente, muitos efeitos pleiotrópicos têm sido relatados com estas drogas, bem como propriedades antiinflamatórias, melhora na função endotelial e benefícios na hemostasia.
2022-12-06T14:00:36Z
Fonseca,Francisco Antonio Helfenstein
Farmacologia do fibratos
Os fibratos são as drogas de escolha nas hipertrigliceridemias. Após sua absorção, os fibratos são metabolizados pelo fígado, utilizando isoenzimas P450 não compartilhadas pelas estatinas. Entretanto, para alguns fibratos, como o genfibrozil, uma interação com estatinas pode ocorrer durante a sua glucuronidação, ou pelo deslocamento de frações livres de estatina ligadas às proteínas plasmáticas. A vida-média plasmática é variável entre os fibratos (2-80 h). Recentemente, foi demonstrado que os fibratos promovem suas ações lipídicas pelo estímulo dos PPAR-alfa. Através dessa ação, existe um incremento na transcrição de alguns genes relacionados com o metabolismo lipídico, como a LLP, APOAI, APOAII, ABCA-1, bem como uma diminuição na expressão da APOCIII, e muitas outras ações.
2022-12-06T14:00:36Z
Xavier,Hermes Toros
Farmacologia da niacina ou ácido nicotínico
Niacina ou ácido nicotínico é uma vitamina solúvel com propriedades hipolipemiantes. Niacina reduz triglicérides (20% - 50%), LDL (5% - 25%), e aumenta HDL (15% - 35%). O estudo Coronary Drug Project mostrou que o uso de niacina foi associado com redução de eventos coronários e mortalidade total, e mais recentemente, foi demonstrado que niacina combinada com outras drogas hipolipemiantes pode atenuar a progressão da aterosclerose coronária. A niacina parece reduzir a mobilização de ácidos graxos livres dos adipócitos, agindo em receptores específicos, diminuindo a formação de lipoproteínas ricas em triglicérides pelo fígado. Existem duas formas de niacina, uma de absorção rápida (cristalina), mais comumente associada com flushing, e outra de liberação extendida, recentemente referida como de melhor tolerabilidade. O uso de niacina pode associar-se com dispepsia, aumento dos níveis plasmáticos de enzimas hepáticas e também com modestas elevações na glicose e ácido úrico, ao menos na utilização de doses até 2g / dia da forma de liberação prolongada.
2022-12-06T14:00:36Z
Santos,Raul D.
Ezetimiba: farmacocinética e terapêutica
Ezetimiba é um inibidor da absorção do colesterol que é glucuronidado no fígado após sua rápida absorção nos enterócitos, onde juntamente com os seus metabólitos, exerce as suas ações hipolipidêmicas, reduzindo a absorção do colesterol através da inibição do transporte do colesterol por enzimas transportadoras específicas. Esta droga pode ser utilizada uma vez ao dia, em função de sua meia-vida plasmática prolongada e normalmente é muito bem tolerada. A eliminação da ezetimiba e de seus metabólitos é feita principalmente pela excreção fecal. Em geral, o uso da ezetimiba isolada promove modestos efeitos no LDL plasmático, entretanto, quando combinada às estatinas, importantes mudanças no perfil lipídico podem ser observadas.
2022-12-06T14:00:36Z
Araújo,Renata G. Casella Filho,Antonio Chagas,Antonio Carlos P.
Mecanismos de hepatotoxicidade
Hepatopatia relacionada ao uso de drogas hipolipemiantes tem sido definida como um dano celular (aumento das enzimas AST e ALT) sem alterações colestáticas (aumento de bilirrubinas e/ou fosfatase alcalina). Seis mecanismos são propostos para a hepatopatia: 1. Reações de alta energia no citocromo P450 comprometendo a homeostase do cálcio com a ruptura de fibrilas intracelulares e lise de hepatócitos. 2. Disfunção de proteínas transportadoras relacionadas com o fluxo de ácidos biliares (mecanismo proposto para a toxicidade hepática dos fibratos). 3. Reações imunes geradas pela formação de metabólitos das drogas hipolipemiantes formados no fígado. 4. Hepatoxicidade promovida por células T com inflamação adicional mediada por neutrófilos. 5. Apoptose mediada por TNF e Fas (imune-mediada). 6. Estresse oxidativo gerado por dano a organelas intracelulares. Ainda, idade avançada, consumo excessivo de álcool, altas doses de drogas hipolipemiantes, interação com outros fármacos, e doença hepática ativa prévia podem aumentar a hepatotoxidade.
2022-12-06T14:00:36Z
Bertolami,Marcelo Chiara
Terapia hipolipemiante em situações especiais: hipotireoidismo e hepatopatias
O hipotireoidismo é comum entre pessoas idosas, especialmente entre as mulheres. A suspeita diagnóstica deve se basear na presença de sinais e sintomas clássicos e a detecção pode ser feita pela elevação dos níveis do hormônio tireo-estimulante (TSH). Anormalidades lipídicas na presença de hipotireoidismo sub-clínico são de menor impacto. Entretanto, a reposição específica de hormônio tireoideano é tão mais importante quanto a magnitude do distúrbio glandular. Na vigência de doença hepática, alguns agentes hipolipemiantes podem levar a um agravamento do quadro, entretanto, estudos recentes têm mostrado que as estatinas podem ser utilizadas na presença de esteatose hepática. Terapia hipolipemiante combinada pode induzir aumentos de enzimas hepáticas e o monitoramento cuidadoso é recomendado nestes pacientes.
2022-12-06T14:00:36Z
Cesena,Fernando H. Y. Xavier,Hermes Toros Luz,Protásio L. da
Associação de medicamentos: estatinas e fibratos
Monoterapia para o tratamento das dislipidemias é frequentemente insuficiente para o alcance das metas recomendadas pelas diretrizes. Entretanto, nos últimos anos, o uso de terapia combinada tem se apresentado como uma nova opção em muitos casos. Uma revisão de 36 estudos envolvendo a combinação de estatinas com fibratos apresentou 29 casos de rabdomiólise e uma prevalência geral de miopatia de 0,12%. A combinação de estatinas com o genfibrozil parece causar mais rabdomiólise que com os fibratos de nova geração (especialmente quando comparado com fenofibrato ou bezafibrato). Idade avançada, diabetes, mulheres, medicações concomitantes, disfunção renal, consumo excessivo de álcool, exercícios, traumatismos e cirurgias estão também associados com maior risco de efeitos adversos.
2022-12-06T14:00:36Z
Xavier,Hermes Toros
Combinação de fármacos na abordagem das dislipidemias: associação entre estatinas e niacina
A combinação de estatinas com niacina se apresenta como uma atraente associação, na presença de dislipidemia mista com níveis de HDL baixo, quando monoterapia é insuficiente para o alcance das metas lipídicas. Benefícios clínicos foram observados com a combinação de estatinas com niacina nos estudos FATS, HATS e ARBITER 2, mostrando atenuação no desenvolvimento da aterosclerose e/ou redução de eventos coronários, acompanhados de alterações lipídicas favoráveis. Em geral, esta combinação é bem tolerada. Recomenda-se monitoração adequada das enzimas hepáticas e muscular e, ainda, titulação cuidadosa de cada uma das drogas combinadas.
2022-12-06T14:00:36Z
Borges,Jairo Lins
Estatinas na doença renal crônica
Hipertrigliceridemia e o HDL baixo são aspectos comuns em pacientes com insuficiência renal crônica. A mortalidade cardiovascular está substancialmente aumentada na presença de doença renal crônica (10-20 vezes maior). Existem evidências de estudos clínicos com estatinas sugerindo uma ação protetora dessas drogas na progressão da doença renal. Além disso, pacientes pós-transplante renal recebendo fluvastatina, experimentaram redução na incidência de infartos não fatais e de mortalidade cardíaca. Entretanto, um estudo recente com atorvastatina não demonstrou reduções na morbi-mortalidade cardiovascular entre pacientes diabéticos em hemodiálise. Estudos em andamento definirão o preciso papel das estatinas neste grupo especial de pacientes.
2022-12-06T14:00:36Z
Ferreira,Soraia R. C. Rocha,Aloísio M. Saraiva,José Francisco K.
Tratamento hipolipemiante em situações especiais: pós-transplante e/ou terapia imunossupressora
Existem dados limitados sobre o uso concomitante de agentes hipolipemiantes e drogas imunosupressoras. As melhores evidências provêm do uso de estatinas e ciclosporina. Em termos farmacodinâmicos, estas duas drogas têm substratos diferentes. No tocante a farmacocinética, as estatinas não modificam as concentrações plasmáticas de ciclosporina. Entretanto, quando combinada a qualquer estatina, um controle rigoroso dos níveis de ciclosporina é recomendado, levando-se em conta o seu estreito intervalo terapêutico. Ciclosporina afeta a área sob a curva de muitas estatinas, pela inibição do CYP450 3A4, aumentando a exposição sistêmica dessas drogas. Pravastatina se apresenta como o composto de maior segurança, uma vez que é glucuronidado. A área sob a curva para as outras estatinas (sinvastatina, lovastatina, atorvastatina, cerivastatina e rosuvastatina) pode aumentar em graus variáveis de acordo com o seu sítio de metabolização, extração hepática pelo OATP-transportador, secreção biliar, excreção renal, e extrusão da droga pelo sistema MDR.
2022-12-06T14:00:36Z
Izar,Maria Cristina de Oliveira
Terapia hipolipemiante em situações especiais: síndrome de imunodeficiência adquirida
Dislipidemias podem ser observadas precocemente entre pacientes com AIDS. Frequentemente, estas anormalidades lipídicas incluem HDL baixo e moderado aumento dos triglicérides sanguíneos. A terapia anti-retroviral combinada (HAART) pode agravar a dislipidemia nestes pacientes, com importante aumento nos triglicérides e no LDL. Vários mecanismos são propostos para explicar a dislipidemia mista observada nestes indivíduos, incluindo diferentes etapas do metabolismo lipídico. A importância do tratamento desses distúrbios lipídicos tem se tornado evidente com o aumento da expectativa de vida e os relatos de complicações cardiovasculares nestes pacientes. Existe um estado de resistência à insulina nos pacientes com AIDS em tratamento com HAART,que apresentam lipodistrofia, hipertrigliceridemia e baixos níveis de HDL. Drogas retro-antivirais são metabolizadas pelo CYP P450 3A4 e interações com algumas estatinas, especialmente com sinvastatina podem ocorrer. O tratamento com agentes hipolipemiantes deve ser baseado no perfil lipídico e no risco de coronariopatia. Para hipertrigliceridemias, fibratos (principalmente fenofibrato ou bezafibrato) devem ser as drogas de escolha, bem como as estatinas (principalmente pravastatina). Terapia combinada usando estatinas mais fibratos é recomendada para dislipidemias mistas graves e sempre sob rigoroso monitoramento de efeitos adversos.
2022-12-06T14:00:36Z
Yu,Pai Ching Calderaro,Daniela Lima,Enéas M. O. Caramelli,Bruno
O professor Jairo Ramos: editor fundador
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Mesquita,Evandro Tinoco
Cintilografia do miocárdio com tecnécio 99m-MIBI e administração de adenosina em portadores de doença arterial coronária: correlação dos resultados com a angiografia coronária e o ultra-som intracoronário
OBJETIVO: Estabelecer a correlação da cintilografia de perfusão do miocárdio (CPM) com Tecnécio 99m-MIBI (MIBI) e injeção de adenosina, empregando a angiografia coronária quantitativa (ACQ) e o ultra-som intracoronário (UIC) como comparação. MÉTODOS: Estudo de 70 pacientes com doença arterial coronária (DAC), encaminhados à CPM com MIBI e adenosina. As manifestações clínicas, do eletrocardiograma (ECG) e os resultados das imagens foram correlacionadas às variáveis da análise visual e quantitativa da angiografia, bem como ao UIC. RESULTADOS: A média de idades foi de 60,6 anos, com 39 pacientes do sexo masculino. A angiografia coronária evidenciou estenose do diâmetro da luz (E%) de 49,94% em 105 artérias, com reavaliação à ACQ em 83 artérias (79%) e média de 44,20%, p<0,05. Infradesnível de ST durante adenosina associou-se a maiores graus de E% (55,0% vs 47,8%), p<0,05). A isquemia cintilográfica correlacionou-se a maior área porcentual de obstrução da luz pelo UIC (AO%). Os achados clínicos, do ECG e das imagens foram considerados em conjunto e expressos como respostas globais isquêmicas versus não-isquêmicas . A isquemia associou-se a menores valores do diâmetro mínimo da luz (DML) e da área mínima da luz (AML), obtidos à ACQ e ao UIC. CONCLUSÃO: A cintilografia do miocárdio com 99mTc-MIBI e adenosina correlaciona-se à AO% ao UIC, considerando-se as imagens de perfusão. Na avaliação dos resultados globais da prova observa-se associação com os diâmetros e as áreas da luz nos locais de obstrução, obtidos à ACQ e ao UIC.
2022-12-06T14:00:36Z
Mastrocolla,Luiz Eduardo Sousa,Amanda G. M. R. Smanio,Paola E. P. Staico,Rodolfo Pinto,Ibraim F. M. Meneghelo,Romeu S. Abizaid,Andreia C. Graebin,Roselei Vaz,Vinicius D. Paes,Angela Martins,Daniela S. Sousa,José Eduardo M. R.
Respostas cardiopulmonares ao exercício em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva de diferentes faixas etárias
OBJETIVOS: Comparar a capacidade funcional cardiorrespiratória no exercício, representada pelos índices de limitação funcional, consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e limiar anaeróbico, em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) de diferentes faixas etárias, e comparar as respostas cardiopulmonares ao exercício máximo. MÉTODOS: Foram avaliados 54 pacientes com ICC, agrupados por faixa etária, como segue: grupo I - idade entre trinta e 39 anos (n = 12); grupo II - idade entre quarenta e 49 anos (n = 18); grupo III - idade entre cinqüenta e 59 anos (n = 17); grupo IV - idade igual ou maior que sessenta anos (n = 7). Os pacientes foram submetidos a um teste cardiopulmonar máximo, em esteira rolante. Para a comparação entre os diferentes grupos etários foi realizada uma análise de variância com um fator. RESULTADOS: Não houve diferença significante dos valores obtidos de consumo máximo de oxigênio e de limiar anaeróbico entre os grupos etários, bem como dos valores máximos das variáveis produção de dióxido de carbono, pulso de oxigênio, razão de trocas gasosas, ventilação pulmonar, equivalentes ventilatórios para o oxigênio e para o dióxido de carbono. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos sugerem que a capacidade funcional cardiorrespiratória no exercício de pacientes com ICC, assim como as variáveis cardiopulmonares obtidas no exercício máximo podem ser afetadas de forma semelhante pela doença cardíaca em todas as faixas etárias estudadas.
2022-12-06T14:00:36Z
César,Marcelo de Castro Montesano,Fábio Tadeu Diniz,Rosiane Vieira Zuza Almeida,Dirceu Rodrigues Tebexreni,Antonio Sérgio Barros,Turíbio Leite de
Estudos eletrofisiológicos seriados do sistema éxcito-condutor do coração de pacientes com cardiopatia chagásica crônica
OBJETIVOS:Estudar a evolução das lesões do sistema de condução do coração, por meio de estudos eletrofisiológicos (EEF) invasivos, o impacto dessas alterações nos eventos cardiovasculares (ECV) e a freqüência desses eventos em pacientes com cardiopatia chagásica crônica. MÉTODOS: Estudo prospectivo iniciado em 1979, com seguimento clínico até 2000, com participação de 28 pacientes chagásicos crônicos, com idade entre 18 e 65 anos, portadores de bloqueios de ramo e/ou bloqueios atrioventriculares (AV). Os pacientes foram submetidos a dois EEF, com intervalo de tempo mínimo de 4 anos, sendo estudados 5 parâmetros eletrofisiológicos, que foram correlacionados com ECV. Holter de 24 horas e ecocardiograma foram realizados. RESULTADOS: O tempo médio de seguimento após o 1º EEF foi de 154,5 meses, enquanto o intervalo entre os EEF foi de 107,5 meses. A idade variou entre 25 e 65 anos. Vinte e sete pacientes apresentavam bloqueio completo de ramo direito, associado ou não a bloqueio divisional ântero-superior esquerdo. O ecocardiograma foi alterado em 12 pacientes. Ao Holter de 24 horas e à estimulação ventricular, apenas um paciente apresentou TVS. Nove apresentaram ECV e somente o intervalo HV >70 ms apresentou relação estatisticamente significante com esses eventos. CONCLUSÕES: a) A forma crônica da doença de Chagas apresenta diferentes porcentagens de anormalidades evolutivas nas variáveis eletrofisiológicas, sendo a mais freqüente a alteração no PW. b) Entre os achados eletrofisiológicos, somente o intervalo HV > 70 ms relacionou-se com ECV. c) A incidência de ECV foi de 31,1% seguimento médio de 154,5 meses.
2022-12-06T14:00:36Z
Valente,Ney Pimenta,João Paola,Angelo Amato Vincenzo de