Repositório RCAAP

Prevalência, controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica em Nobres - MT

FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS), considerada um problema de saúde pública devido a sua elevada prevalência e dificuldade de controle, é descrita também como um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Estimar a prevalência da HAS, assim como as características de seu controle e tratamento, na população de 18 a 90 anos da região urbana de Nobres - MT. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatória e com reposição. O critério para classificação da HAS foi pressão arterial (PA) > 140/90 mmHg ou uso atual de anti-hipertensivos. As entrevistas foram realizadas utilizando-se questionários padronizados e testados previamente. As variáveis foram descritas por médias ± desvios-padrão e frequências. As médias foram comparadas utilizando-se o teste t-Student e as associações por meio do teste do qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Nos 1.003 indivíduos maiores de 18 anos analisados, foi observada prevalência de HAS de 30,1%. Entre os hipertensos (N = 302), 73,5% sabiam dessa condição, 61,9% faziam tratamento e 24,2% tinham a PA controlada. Observou-se a associação positiva entre HAS e idade; analfabetismo; escolaridade inferior a oito anos; IMC > 25kg/m²; circunferência da cintura aumentada e muito aumentada; razão cintura-quadril (RCQ) em faixa de risco; sedentarismo e etilismo. CONCLUSÃO: A HAS revelou-se um importante problema de saúde pública também em um município de pequeno porte do interior do país. Os níveis de controle e tratamento da hipertensão nessa população foram considerados insatisfatórios, apesar de melhores em comparação aos observados em outros estudos.

Ano

2009

Creators

Rosário,Tânia Maria do Scala,Luiz César Nazário França,Giovanny Vinícius Araújo de Pereira,Márcia Regina Gomes Jardim,Paulo César Brandão Veiga

Frequência etiológica da hipertensão pulmonar em ambulatório de referência na Bahia

FUNDAMENTO: A hipertensão pulmonar (HP) resulta de diversas etiologias com possíveis influências geográficas, porém poucos trabalhos descrevem a frequência etiológica da HP, especialmente em nosso meio. Não está claro se existe associação entre etiologia e nível de pressão pulmonar ou intensidade da sintomatologia. OBJETIVO: 1) descrever a prevalência etiológica da HP na Bahia; 2) avaliar se a etiologia é fator determinante no nível de pressão pulmonar; 3) avaliar se a etiologia é fator determinante na classe funcional; 4) identificar os demais preditores do nível de pressão pulmonar e da classe funcional. MÉTODOS: Estudo observacional, de corte transversal, em portadores de HP atendidos no Ambulatório Magalhães Neto, entre junho de 2005 e dezembro de 2007. A HP foi definida como pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) > 40 mmHg pelo ecocardiograma. Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou doença ventricular esquerda não foram incluídos. RESULTADOS: Foram estudados 48 pacientes com PSAP de 86 ± 24 mmHg. Quanto à etiologia, 42% dos pacientes foram classificados como idiopáticos, seguidos de 25% de esquistossomose, 19% de cardiopatia congênita e 10% de embolia pulmonar crônica. O maior tempo de doença prediz pressões mais elevadas em cardiopatas. Indivíduos com esquistossomose tiveram melhor desempenho funcional quando comparados aos demais (456 ± 58 vs. 299 ± 138 metros, p = 0,005). Etiologia esquistossomótica e idades menores apresentam melhor classe funcional. CONCLUSÃO: 1) Prevalece a classificação idiopática, sendo a esquistossomose a causa específica mais frequente em nosso meio; 2) pacientes com etiologia esquistossomótica e de idades menores apresentam melhor classe funcional; 3) cardiopatia congênita resulta em maior nível de pressão na artéria pulmonar, provavelmente devido ao maior tempo de doença.

Ano

2009

Creators

Machado,Cesar Brito,Ísis Souza,Denile Correia,Luis Cláudio

Perfil clínico-demográfico e indicadores de qualidade da insuficiência cardíaca em uma área rural

FUNDAMENTOS: Os dados sobre insuficiência cardíaca (IC) no Brasil são provenientes de centros terciários. Esses dados não podem ser extrapolados para a população rural, pois refletem características socioeconômico-culturais distintas. OBJETIVO: Estabelecer o perfil clínico-demográfico e indicadores de qualidade da IC em área rural. MÉTODOS: Estudo de coorte transversal, incluindo 166 pacientes da área rural do município de Valença-RJ. Após avaliação dos dados clínicos, laboratoriais e ecocardiográficos e utilizados o teste do qui-quadrado e o exato de Fisher para a análise das proporções, assim como o teste t de Student para as variáveis numéricas, com o intuito de estabelecer as características da população. RESULTADOS: A idade média foi de 61±14 anos, sendo 85 (51%) homens; 88 (53%) afrobrasileiros e 85 (51%) com ICFER. Comorbidades prevalentes: HAS em 151 (91%) e síndrome metabólica (SM) em 103 (62%). Etiologias mais comuns: hipertensiva em 77 (46%), isquêmica em 62 (37%). Indicadores de qualidade na IC: 43 (26%) com ecocardiograma prévio; 102 (62%) utilizavam betabloqueador; 147 (88%) receberam IECA ou BRA; e 22% dos portadores de FA utilizavam anticoagulação oral. Na ICFEN, predominou o sexo feminino p=0,001 RC 0,32 CI (0,17-0,60); SM p=0,004 RC 0,28 CI (1,31-4,78); e etiologia hipertensiva p<0,0001 RC 6,83 CI (3,45-13,5). Na ICFER, predominou o sexo masculino p=0,001, RC 0,32 CI (0,170-0,605) e etiologia isquêmica p<0,0001 RC 0,16 CI (0,079-0,330). CONCLUSÃO: Na área rural, a IC mostra semelhanças em relação ao sexo, cor e classificação da IC. A etiologia mais comum foi a hipertensiva. A ICFEN foi mais prevalente em mulheres e na SM. A ICFER associou-se a homens e etiologia isquêmica.

Ano

2009

Creators

Balieiro,Henrique Miller Osugue,Raphael Kasuo Rangel,Samuel Pereira Brandão,Raphael Balieiro,Tatiana Leal Bernardez,Sabrina Mesquita,Evandro Tinoco

Efeito anti-inflamatório do treinamento físico na insuficiência cardíaca: papel do TNF-α e da IL-10

Nos últimos 50 anos, a compreensão sobre as alterações deteriorativas envolvidas na progressão da insuficiência cardíaca (IC), descritas inicialmente como decorrentes de alterações na retenção de sais e fluidos, ou alterações nos parâmetros hemodinâmicos, mudou significatiamente. Recentemente, diversos estudos em pacientes com IC demonstraram níveis plasmáticos (ou no soro) alterados de citocinas pro-inflamatórias, tais como o fator α de necrose tumoral (TNF-α), as interleucinas 1, 6 e 18, e a cardiotropina-1, dentre outros marcadores inflamatórios. Essas alterações monstraram-se independentes da etiologia da IC, sugerindo uma via patogênica comum. Em reposta a esses novos achados, intervenções no sentido de evitar e/ou reduzir essas alterações inflamatória tem sido propostas. Os benefícios cardiovasculares, induzidos treinamento aeróbio realizados em intensidades variando de leve a moderada, têm sido previamente relatados. Além disso, tem-se demonstrado que o treinamento físico (aeróbio moderado) parece capaz de modular, na vigência de um quadro inflamatório crônico anormal, a expressão elevada de citocinas pró-inflamatórias, moléculas de adesão solúveis, fatores quimioatratantes e estresse oxidativo. Tomados em conjunto, esses dados indicam um possível efeito anti-inflamatório induzido pelo treinamento físico. Dessa forma, esta revisão tem por objetivo abordar o treinamento físico como uma alternativa não farmacológica adjuvante a ser administrada em alguns quadros patológicos em que predominam as alterações crônicas do TNF-α, como na IC. Por sua vez, o "efeito anti-inflamatório" induzido pelo treinamento físico parece ser mediado principalmente pela IL-10.

Ano

2009

Creators

Batista Júnior,Miguel Luiz Lopes,Renato Delascio Seelaender,Marília Cerqueira Leite Lopes,Antonio Carlos

Valvoplastia aórtica por cateter-balão em emergência materno-fetal na adolescência

O aumento do débito cardíaco durante a gravidez é causa de insuficiência cardíaca em portadoras de estenose valvar aórtica grave. A valvoplastia aórtica percutânea tem sido associada a graves complicações e reestenose valvar em curto prazo. O presente caso mostrou que a valvoplastia aórtica percutânea permitiu o alcance do parto com sobrevida da mãe e do feto, e que a interrupção do tratamento no pós-parto resultou em morte materna no puerpério tardio.

Ano

2009

Creators

Avila,Walkiria Samuel Hajjar,Ludhmila Abrahao Souza,Tatiana da Rocha e Gomes Junior,Manuel Pereira M Grinberg,Max Zugaib,Marcelo

Insuficiência cardíaca refratária em um paciente portador de miocárdio não compactado

A não compactação do miocárdio caracteriza-se por excessiva trabeculação e recessos dos ventrículos (usualmente o ventrículo esquerdo), devido à interrupção do processo de compactação das fibras miocárdicas durante a fase embriogênica. Essa anormalidade cursa frequentemente com insuficiência cardíaca, fenômenos tromboembólicos e arritmias cardíacas, conferindo mau prognóstico. Neste artigo descrevemos um caso de um rapaz de 26 anos com insuficiência cardíaca refratária devido a não compactação isolada do miocárdio ventricular esquerdo, que necessitou de transplante cardíaco.

Ano

2009

Creators

Villacorta,Humberto Sampaio,Jacqueline Miranda Santos,Fernanda Beatriz Amador Dos Carrera,Valdo Pereira,Carlos Cleverson Mesquita,Evandro Tinoco

18F-FDG na diferenciação da placa aterosclerótica: inovação com a tecnologia PET/RM

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Ano

2009

Creators

Benedetto,Raquel Carneiro,Michel Pontes Junqueira,Flávia Albuquerque Coutinho Jr.,Antônio von Ristow,Arno Fonseca,Lea Mirian Barbosa da

Apresentação atípica de divertículo de Kommerell

Relata-se o caso de um paciente do sexo masculino, 65 anos, que, após queixas de desconforto retroesternal e radiografia de tórax com alargamento do mediastino, se submeteu a um estudo angiográfico por ressonância magnética que detectou um arco aórtico direito com artéria subclávia esquerda aberrante e divertículo de Kommerell. Realizamos uma revisão da literatura para basear nossa conduta clínica, já que o tratamento cirúrgico é complexo. O paciente apresentou melhora com o tratamento clínico e, atualmente, segue em acompanhamento ambulatorial, sendo proposto controle após 3 meses ou em caso de piora clínica.

Ano

2009

Creators

Barranhas,Adriana Dias Indiani,João Mauricio Canavezi Marchiori,Edson Santos,Alair Augusto S. M. D. dos Rochitte,Carlos Eduardo Nacif,Marcelo Souto

Fatores de risco que afetam as complicações da dissecação da veia safena na revascularização cirúrgica do miocárdio

OBJETIVO: O problema da cicatrização de feridas é comumente observado após procedimentos de revascularização do miocárdio. Nosso objetivo é determinar a prevalência e os indicadores de complicação na dissecação da veia safena após procedimentos de revascularização coronária. MÉTODOS: Após revisão e aprovação pelo comitê de ética da instituição, uma revisão retrospectiva de 4029 procedimentos de revascularização foi realizada com enxerto da veia safena durante um período de seis anos. Treze fatores de risco para aqueles que desenvolveram complicações extensas nas feridas da perna foram analisados e comparados com toda a coorte de pacientes submetidos a procedimentos de revascularização semelhantes durante o mesmo período. RESULTADOS: Complicações nas feridas do membro inferior ocorreram em 68 pacientes (1,7%), 43 deles precisaram de intervenção cirúrgica adicional. Foram realizados 17 desbridamentos de feridas, nove transplantes de pele, uma angioplastia, 11 fasciotomias, três procedimentos vasculares e duas transferências livre de tecidos. Das treze variáveis analisadas pela análise multivariada, sexo feminino, IMC, uso de enxerto de veia torácica interna, doença vascular periférica, o uso de balão intra-aórtico no pós-operatório e hiperlipidemia pré-existente foram identificados como indicadores independentes significativos de complicações extensas nas feridas a perna (p<0,05) CONCLUSÕES: As causas das complicações extensas nas feridas da perna após dissecação da veia safena para procedimentos de revascularização miocárdica são multifatoriais. Para minimizar essas complicações, recomendamos avaliações vasculares antes da dissecação da veia safena, atenção com a técnica cirúrgica apropriada e dissecação cuidadosa no local da incisão.

Ano

2008

Creators

Abbaszadeh,Monir Arabnia,MK Rabbani,A Mandegar,MH Vahedi,S

Avaliação microscópica e ultra-estrutural do endotélio de veia safena preparada pela técnica "no touch"

OBJETIVO: O enxerto de veia safena (VS) utilizado em revascularização miocárdica possui uma vida útil, sendo o estágio final a oclusão do vaso. Esforços em adquirir novas técnicas de coleta da VS podem possibilitar uma viabilidade maior do enxerto. MÉTODOS: Vinte pacientes foram randomizados e divididos em dois grupos com o objetivo de avaliação do endotélio vascular. A técnica "no touch" (NT) consiste em retirar o segmento de VS com o tecido perivascular. A técnica convencional consiste em retirar a VS, com remoção "in situ" do tecido perivascular e conseqüente vasoespasmo. Houve um padrão de retirada das VS com incisões longitudinais escalonadas. Características da VS foram consideradas. A avaliação do endotélio das VS foi realizada usando microscópio eletrônico (ME) pelo método de varredura e de transmissão. Cortes histológicos das VS foram corados em Hematoxilina-Eosina (HE). O colágeno subendotelial foi analisado pelos métodos de Picro-Sirius e Tricrômio de Masson. RESULTADOS: A ME evidenciou que o Grupo NT possui maiores áreas endoteliais não desnudadas, além de um menor número de células degradadas. A coloração em HE nos permitiu verificar a forma e a integridade das camadas das VS. Há um predomínio maior de fibras colágenas coradas no Grupo NT. CONCLUSÕES: A técnica NT permite uma melhor preservação endotelial da VS, sugerindo um enxerto mais viável em longo prazo.

Ano

2008

Creators

Silva,Virgílio Figueiredo Ishigai,Márcia Marcelino de Souza Freymüller,Edna Branco,João Nelson Rodrigues Gaia,Diego Felipe Gabriel,Edmo Atique Romão,Renata Aparecida Leonel Buffolo,Enio

Modificação técnica para correção de coarctação aórtica com hipoplasia do arco aórtico

OBJETIVO: Estudar a viabilidade técnica e resultados imediatos da modificação técnica proposta por Caliani et al. para correção da coarctação aórtica com hipoplasia do arco aórtico. MÉTODOS: Entre janeiro de 2005 e julho de 2006, nove neonatos com coarctação aórtica e hipoplasia do arco aórtico foram submetidos a uma nova abordagem cirúrgica para correção do defeito. A definição de hipoplasia do arco aórtico seguiu os critérios de Moulaert, segundo os quais o arco aórtico é considerado hipoplásico quando seu diâmetro atinge 50% do diâmetro da aorta ascendente. Nesta série, foram selecionados apenas pacientes com hipoplasia proximal e distal do arco aórtico. Várias técnicas foram propostas anteriormente, mas gradientes residuais importantes foram observados, assim como há o inconveniente da ligadura definitiva da artéria subclávia esquerda. A modificação técnica consiste em: toracotomia póstero-lateral esquerda, ampla mobilização da aorta descendente, com ligadura dos dois primeiros ramos intercostais, transecção da artéria subclávia esquerda em sua base, ressecção ampla de toda zona hipoplásica e adjacências do ducto arterioso, anastomose término-terminal entre o arco aórtico e aorta descendente com fio de PDS 7-0 e reimplante da artéria subclávia sobre a artéria carótida esquerda com anastomose látero-terminal. RESULTADOS: Não houve óbito per-operatório ou tardio, o gradiente residual médio foi de 5 mmHg. Até o presente, não observamos nenhum caso de recoarctação ou de lesão neurológica medular. CONCLUSÃO: A despeito do reduzido número de casos e do seguimento curto, esta modificação técnica pode representar uma excelente opção para tratamento deste complexo grupo de pacientes.

Ano

2008

Creators

Caliani,José Alberto Simões,Luiz Carlos Barbosa,Odilon Nogueira

Aplicabilidade do escore de risco de Ambler para pacientes com substituição valvar por bioprótese de pericárdio bovino

OBJETIVO: O estudo objetiva verificar aplicabilidade do escore de Ambler para pacientes que receberam implante bioprótese de pericárdio bovino no Instituto de Cardiologia do RGS/FUC e quantificar os fatores de risco. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 703 pacientes submetidos ao implante de bioprótese de pericárdio bovino entre 1991 e 2005, no Instituto de Cardiologia do RS. Em 392 pacientes, ocorreu implante aórtico, em 250, mitral e, em 61, combinado. Desfecho primário foi mortalidade hospitalar. As características estimativas do risco foram: idade, sexo, IMC, classe funcional (NYHA), fração de ejeção ventricular esquerda (FE), lesão valvar, hipertensão arterial sistêmica, diabete melito, função renal, ritmo cardíaco, cirurgia cardíaca prévia, revascularização miocárdica e/ou plastia tricúspide concomitante, caráter cirúrgico. Utilizada regressão logística uni e multivariada para quantificar fatores de risco preponderantes, pelo odds ratio (OR). RESULTADOS: A mortalidade observada foi de 14,3%, superior à prevista de valor 3% para escore médio 6 de Ambler, (p<0,01). Pacientes falecidos mostraram escore médio 8,26, superior ao dos sobreviventes, de 5,68. Características de maior risco foram cirurgia emergencial (OR=10,87), diálise (OR=6,10) e idade > 80 anos (OR=6,10). A área sob curva ROC para nossa amostra foi calculada em 72,9% (aceitável > 70%). CONCLUSÃO: A mortalidade prevista no escore de Ambler não é reproduzida no resultado observado, mas a curva ROC evidenciou que o modelo é aplicável. Fatores de risco preponderantes foram individualizados.

Ano

2008

Creators

Bacco,Gustavo de de Bacco,Mateus W. Sant'anna,João Ricardo Michelin Santos,Marisa F Sant'anna,Roberto T. Prates,Paulo Roberto Kalil,Renato A.K. Nesralla,Ivo A

Benefícios da ventilação não-invasiva após extubação no pós-operatório de cirurgia cardíaca

OBJETIVO: Demonstrar os benefícios da utilização da ventilação não-invasiva (VNI) no processo de interrupção da ventilação mecânica, no pós-operatório de cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado e controlado, com 100 pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio ou cirurgia valvar. Os pacientes foram admitidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob ventilação mecânica e randomizados posteriormente em grupo estudo (n= 50) que utilizou VNI com dois níveis pressóricos após a extubação por 30 minutos, e grupo controle (n= 50) que fez uso apenas de cateter nasal de O2. Foram analisadas as variáveis antropométricas, os tempos correspondentes à anestesia, cirurgia e circulação extracorpórea, bem como o tempo necessário para a supressão da ventilação mecânica invasiva. As variáveis gasométricas e hemodinâmicas também foram avaliadas antes e após a extubação. RESULTADOS: Os grupos controle e estudo evoluíram de forma semelhante e não apresentaram diferença estatisticamente significante na análise das variáveis, exceto para a PaO2. A utilização da VNI por 30 minutos após a extubação promoveu melhora na PaO2 quando comparados os grupos, com p= 0,0009, mas não apresentou diferença estatisticamente significante na PaCO2 (p=0,557). CONCLUSÃO: O uso da VNI por 30 minutos após extubação produziu melhora na oxigenação do pacientes em pósoperatório imediato de cirurgia cardíaca.

Ano

2008

Creators

Lopes,Célia Regina Brandão,Carlos Manuel de Almeida Nozawa,Emília Auler Jr,José Otávio Costa

Dupla artéria torácica esqueletizada versus convencional na revascularização do miocárdio sem CEC em diabéticos

OBJETIVO: Avaliar a influência da técnica utilizada na dissecção das artérias torácicas na evolução de pacientes diabéticos submetidos a revascularização sem CEC. MÉTODOS: Setenta pacientes diabéticos submetidos a revascularização sem CEC com duas artérias torácicas foram avaliados. No grupo A, as artérias torácicas foram dissecadas de modo convencional, enquanto no grupo B foram esqueletizadas. RESULTADOS: A idade média do grupo A foi de 52,14±7,35 anos contra 55,71±8,1 anos no grupo B (p=0,057). No grupo A, seis (17,1%) pacientes eram diabéticos insulinodependentes contra nove (25,7%) no grupo B (p=0,561). O EUROSCORE foi de 3,97±2,49 para o grupo A contra 4,14±3,06 no grupo B (p=0,879). O número médio de anastomoses distais no grupo A foi de 3±0,77 contra 3,03±0,89 para o grupo B (p=0,981). Três (8,57%) dos pacientes do grupo A apresentaram mediastinite contra nenhum do grupo B (p=0,239). A diabetes insulino-dependente foi o único fator estatisticamente significativo (p=0,008) para mediastinite. Neste grupo, a utilização de artéria torácica interna esqueletizada diminuiu significativamente a incidência de mediastinite (p=0,044). CONCLUSÃO: A incidência de mediastinite foi menor no grupo onde ambas as artérias torácicas foram dissecadas de forma esqueletizada, apesar de, devido ao baixo número de casos, não apresentar diferença estatística. Nos portadores de diabetes insulino-dependente, 50% dos pacientes do grupo em que a artéria torácica foi obtida de forma convencional apresentaram mediastinite, sendo que a utilização de artéria torácica esqueletizada diminuiu significativamente a incidência de mediastinite.

Ano

2008

Creators

Milani,Rodrigo Brofman,Paulo Roberto Guimarães,Maximiliano Barboza,Laura Tchaick,Rodrigo Mezzalira Meister Filho,Hugo Baggio,Thales Maia,Francisco

Avaliação de oxigenador de membrana infantil em ovinos

OBJETIVO: Analisar a segurança e a eficácia de um novo oxigenador de membrana denominado OXM -1500. MÉTODOS: No período de maio de 2005 a setembro de 2006, foram estudados seis ovinos da raça Santa Inês, sendo cinco machos e uma fêmea, com peso corpóreo médio de 14,1 (±5) kg, superfície corpórea de 0,6 (±0,2) m² e idade média de 3,8 (±1,5) meses. Todos foram submetidos a circulação extracorpórea (CEC) com avaliação nos tempos 10, 30, 60, 120, 180 e 240 minutos, obtendo-se os valores de taxa de transferência de oxigênio (TTO2) e de taxa de transferência de gás carbônico (TTCO2), hemoglobina sérica (HBS) e livre (HBL), plaquetometria, leucometria e taxa de transferência de calor. RESULTADOS: Houve adequadas TTO2 e TTCO2. A lesão da maioria dos elementos figurados do sangue foi insignificante, sem alterações dos níveis de HBS, HBL, plaquetas e o número de leucócitos diminuíram com o tempo. A troca de calor foi efetiva (p < 0,05). CONCLUSÃO: O oxigenador de membrana infantil OXM1500, testado em ovinos, mostrou-se com capacidade adequada de oxigenação, remoção de gás carbônico e pequena alteração da hemoglobina e plaquetas, com diminuição do número de leucócitos de forma esperada. O trocador de calor acoplado ao oxigenador foi eficaz nas variações de temperatura.

Ano

2008

Creators

Finoti,Renata Geron Braile,Domingo Marcolino Croti,Ulisses Alexandre Oliveira,Marcos Aurélio Barboza de Godoy,Moacir Fernandes de Leal,João Carlos Ferreira Policarpo,Sebastião Rodrigues Lopes,Marden Leonardi

Tratamento cirúrgico da fibrilação atrial crônica com eletrocautério convencional em cirurgia valvar mitral

OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico da fibrilação atrial por ablação da parede posterior atrial esquerda utilizando o eletrocautério, em cirurgia valvar mitral. MÉTODOS: De maio de 2004 a dezembro de 2006, 23 pacientes foram submetidos a correção cirúrgica de valvopatia mitral e ao tratamento da fibrilação atrial utilizando o eletrocautério convencional para a realização de linhas de ablação no endocárdio atrial esquerdo. A idade média dos pacientes era de 59 anos, sendo 60,8% do sexo feminino. A média do diâmetro atrial esquerdo era de 50,3 ± 5,09 mm e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 53,6 ± 11,03%. RESULTADOS: O tempo médio de circulação extracorpórea foi de 52,5 ± 13,3 min; pinçamento aórtico, 35,6 ± 12,9 min; ablação do endocárdio atrial, 3,05 ± 0,16 min. Todos os pacientes estavam livres de fibrilação atrial após o procedimento; na alta hospitalar, 69,5%; no 6º mês, 91,3%; no 12º mês, 76,4%; no 18º e 24º meses, 68,4%. No 12º mês, a média do diâmetro atrial esquerdo era de 42,1 ± 3,5 mm; a fração de ejeção do ventrículo esquerdo era de 59,2 ± 3,48%; e a contração atrial esquerda estava presente em 68,8% de todos os pacientes. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico da fibrilação atrial com eletrocautério, em cirurgia valvar mitral, foi capaz de determinar a reversão dessa arritmia a um número significativo de pacientes durante um seguimento clínico de curto e médio prazo, sem mortalidade e com baixa morbidade.

Ano

2008

Creators

Gomes Júnior,Jandir Ferreira Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Gomes,Otoni Moreira Duarte,João Jackson Gardenal,Neimar Dias,Amaury Mont'Serrat Ávila Souza Benfatti,Ricardo Adala Silva,Guilherme Viotto Rodrigues da

Substituição valvar mitral com papilopexia cruzada e constrição anular em pacientes com insuficiência cardíaca

OBJETIVO: Analisar os resultados em curto e médio prazo de pacientes portadores de insuficiência cardíaca e insuficiência mitral moderada/grave submetidos a substituição valvar mitral com a técnica da papilopexia cruzada e constrição anular. MÉTODOS: Treze pacientes em classe funcional III ou IV (NYHA), idade média de 54,1 anos, etiologia idiopática, foram submetidos a substituição valvar mitral com constrição do anel e papilopexia cruzada. Foram analisados os parâmetros ecocardiográficos, classe funcional e curva atuarial de sobrevivência. RESULTADOS: Não houve mortes no período trans e pósoperatório imediato. A média dos diâmetros diastólicos e sistólicos ventricular esquerdo reduziu de 71 ± 8,6 mm para 65,3 ± 8,6 mm (p=0,049) e de 59,1 ± 8,5 mm para 50,4 ± 11,1 mm (p=0,002), respectivamente. Os diâmetros atriais variaram de 49,4 ± 6,4 mm para 44 ± 5,9 mm (p=0,017); o percentual de encurtamento sistólico do ventrículo esquerdo foi de 17 ± 4% para 24 ± 8,3% (p=0,014), a fração de ejeção variou de 34 ± 9% para 45 ± 14% (p=0,008), todos estatisticamente significativos. Onze (84,6%) pacientes se encontram em classe funcional I e II. A sobrevivência foi de 100%, 82,6%, 71,6%, respectivamente para 1, 6 e 12 meses após a cirurgia de seguimento, mantendo-se 71,6% em período superior a 36 meses. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos, em pacientes com insuficiência cardíaca e insuficiência mitral moderada/grave submetidos a substituição valvar mitral com papilopexia cruzada e constrição anular, apresentaram evidências de remodelamento cardíaco favorável e significativa recuperação funcional ventricular esquerda.

Ano

2008

Creators

Benfatti,Ricardo Adala Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Gomes,Otoni Moreira Dias,Amaury Edgardo Mont'Serrat Ávila Souza Gomes Júnior,Jandir Ferreira Gardenal,Neimar Duarte,João Jackson

Avaliação dos valores séricos de troponina I cardíaca em crianças menores de 1 ano de idade

OBJETIVO: Verificar os valores séricos para troponina I cardíaca em crianças abaixo de um ano de idade, sem disfunção cardíaca clínica. MÉTODOS: Os níveis séricos de troponina I cardíaca foram determinados em 99 crianças com idade abaixo de um ano, incluindo-se recém-nascidos a termo, sem doenças relacionadas a comprometimento da função cardíaca identificável clinicamente, por meio do kit específico Opus T Troponin I (cTn) (Dade Behring Inc. - Newalk, DE 19714, USA). RESULTADOS: A dosagem sérica de troponina I cardíaca apresentou, em todos os pacientes, valor menor que 0,1 ng/ml. CONCLUSÃO: Verificamos que o valor da dosagem sérica de troponina I cardíaca é menor do que 0,1 ng/ml para pacientes pediátricos, sem disfunção cardíaca, desde recém-nascidos a termo até um ano de idade, quando realizada por meio do kit Opus T Troponin I (cTn) test modules.

Ano

2008

Creators

Souto,Antonio Carlos Arruda Carvalho,Werther Brunow de

Fisioterapia pré-operatória na prevenção das complicações pulmonares em cirurgia cardíaca pediátrica

OBJETIVO: Avaliar a incidência e o risco de complicações pulmonares em crianças submetidas a intervenção fisioterapêutica pré e pós-operatória nas cirurgias cardíacas, bem como comparar com aquelas submetidas apenas a intervenção fisioterapêutica pós-operatória. MÉTODOS: Ensaio clínico aleatório, que incluiu 135 pacientes de zero a 6 anos com cardiopatias congênitas, submetidos à cirurgia cardíaca. Os pacientes foram aleatorizados para grupo intervenção (G1), que realizou fisioterapia pré e pós-operatória, ou para grupo controle (G2), somente fisioterapia pós-operatória. Para comparar as variáveis entre os grupos foi utilizado o teste de Mann-Whitney e o Qui quadrado. Foi calculado o risco absoluto e sua magnitude por meio do número necessário para tratar. A significância estatística foi estipulada em 5% (P<0,05). RESULTADOS: No G1, 17 (25%) pacientes tiveram complicação pulmonar e, no G2, foram 29 (43,3%) (p=0,025). A complicação mais freqüente foi pneumonia e, dos 17 pacientes do G1 que complicaram, sete (10,3%) desenvolveram pneumonia, seis (8,8%) atelectasia e quatro (5,9%) associação das duas. No G2, 13 (19,4%) pacientes tiveram pneumonia, oito (11,9%), atelectasia, e oito (11,9%), pneumonia associada à atelectasia. A redução do risco absoluto para o desfecho primário foi de 18,3% e o número necessário para tratar foi calculado em 5,5. CONCLUSÃO: A fisioterapia respiratória pré-operatória reduziu significativamente o risco de desenvolvimento de complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica.

Ano

2008

Creators

Felcar,Josiane Marques Guitti,José Carlos dos Santos Marson,Antônio César Cardoso,Jefferson Rosa