Repositório RCAAP

Obtenção minimamente invasiva de veia safena para cirurgia de revascularização do miocárdio

OBJETIVO: Analisar, comparativamente, a obtenção minimamente invasiva com o uso do MINI-HARVEST® e com instrumental tradicional adaptado. MÉTODO: De junho de 1996 a janeiro de 1999, 63 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio tiveram suas veias safenas retiradas segundo técnica minimamente invasiva. Nos 30 primeiros pacientes da série utilizou-se método de visão direta com auxílio de dois afastadores de Langenbeck, e nos 33 restantes utilizou-se o MINI-HARVEST®. RESULTADOS: A idade média dos pacientes era de 61 ± 8,75 anos, sendo 52 homens e 11 mulheres. Quarenta e cinco pacientes eram diabéticos, 45 apresentavam sobrepeso/obesidade, 25 eram tabagistas ativos, 32 apresentavam história pregressa de infarto do miocárdio. O tempo médio de retirada da veia safena com afastadores Langenbeck foi de 34,2 ± 8,14 minutos e com o MINI-HARVEST® de 39,20 ± 9,12 minutos. A extensão de veia retirada foi similar nos dois grupos, variando de 10 a 30 cm. Houve uma deiscência superficial no grupo com afastadores de Langenbeck. Houve necessidade de reversão para método tradicional de retirada em dois casos do grupo MINI-HARVEST® e um do grupo Langenbeck. A incidência de infarto transoperatório foi 4,5% (três) no grupo Langenbeck e 3,1%(dois) no grupo MINI-HARVEST®. CONCLUSÕES: Podemos concluir que o método de obtenção de veia safena minimamente invasivo sob visão direta é efetivo e seguro, tanto com o uso de instrumentos tradicionais adaptados para este fim, como com afastadores especialmente constituídos, ressaltando-se que o MINI-HARVEST® dispensa a presença de um auxiliar.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Martins,Antônio S. Andrade,Rubens R. Silva,Marcos A. Moraes Oliveira,Reinaldo A. Campos,Nelson L. K. Mola,Ricardo de Souza,Ademar R. Vidotto,Júlio Padovani,Carlos

Análise comparativa dos efeitos do diazepam, midazolam, propofol e etomidato na contratilidade miocárdica e no fluxo coronariano: estudo em corações isolados de ratos

OBJETIVO: Avaliar o efeito, na contratilidade miocárdica e no fluxo coronariano, de drogas comumente utilizadas na prática clínica (diazepam, midazolam, propofol e etomidato). MÉTODO: Foram estudados 50 corações isolados de ratos Wistar divididos em cinco grupos de dez, em preparação de Langendorff com líquido de perfusão de Krebs-Henseleit (K-H), mantendo-se constantes a pressão de perfusão (90 centímetros de água) e a temperatura (37° + 0,5 graus Celsius). Com exceção do Grupo I (Controle), foram feitas infusões únicas, em um minuto, de diazepam (50 microgramas) - Grupo II; midazolam (25 microgramas) - Grupo III; propofol (25 e 50 microgramas) - Grupo IV e etomidato (25 microgramas) - Grupo V. Cada dose foi diluída e administrada em 0,1 mililitro de K-H, mantendo-se o fluxo e a pressão de perfusão coronarianos do sistema, durante sua infusão. Aferiu-se a freqüência cardíaca em batimentos por minuto (BPM), a tensão miocárdica em gramas (g), e o fluxo coronariano em mililitros por minuto (ml/min) em 1, 3, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 minutos; a contratilidade miocárdica foi avaliada pelo cálculo da primeira derivada tensão/tempo (dT/dtmax), naquelas marcas. RESULTADOS: A freqüência cardíaca apresentou variações nos Grupos I, III e IV. Em relação à tensão miocárdica, apenas o Grupo I não sofreu declínio; o fluxo coronariano, exceto no Grupo IV, apresentou variações para menos, ao longo do estudo; a contratilidade miocárdica decresceu em todos os grupos estudados, exceto no Grupo I. CONCLUSÃO: As drogas ensaiadas diminuíram a contratilidade miocárdica (p<0,05); as alterações do fluxo coronariano não se relacionaram com as variações da contratilidade miocárdica (p>0,05).

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Medeiros,Carlos Geraldo Sobral de Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Gomes,Otoni Moreira Silva,Luiz Paulo Rangel Gomes da

Preditores de mediastinite em cirurgia cardíaca

INTRODUÇÃO: A mediastinite é uma grave complicação da cirurgia cardíaca, com incidência de 0,4% a 5%, mortalidade de 10% a 47% e elevada morbidade. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco pré e transoperatórios para mediastinite após a cirurgia cardíaca em nosso hospital. MÉTODO: Estudo prospectivo de 1298 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca no Hospital São Lucas no período de março de 1997 a maio de 2000. Foram avaliados nove potenciais fatores de risco associados a mediastinite (obesidade, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, ponte mamária, tempo de bypass cardiopulmonar, tabagismo, sexo, fração de ejeção e cirurgia cardíaca prévia), através de análise univariada, seguida de análise multivariada de regressão logística. RESULTADOS: Dos 1298 pacientes estudados, 62,6% eram homens e 18,3% eram diabéticos. Trinta e oito (2,9%) pacientes apresentaram mediastinite e seis (15,8%) destes morreram. Quatro variáveis foram selecionadas por análise univariada (p<0,05) e incluídas na análise de regressão logística. Foram identificadas três variáveis como preditores independentes para mediastinite: obesidade (p=0,008), doença pulmonar obstrutiva crônica (p=0,007) e diabetes mellitus (p=0,009), mesmo quando analisados sexo e idade. Ponte mamária foi observada como preditor de risco somente quando associada à obesidade. CONCLUSÃO: Em nosso hospital, a mediastinite ocorreu com maior prevalência nos pacientes obesos, com diabetes mellitus, com DPOC e naqueles onde se utilizou ponte mamária associado com obesidade.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Guaragna,João Carlos Facchi,Luciane Maria Baião,Carolina Guerra Cruz,Ivana Beatrice Mânica da Bodanese,Luiz Carlos Albuquerque,Luciano Petracco,João Batista Goldani,Marco Antônio

Emprego de sistemas robóticos na cirurgia cardiovascular

O desenvolvimento de sistemas robóticos para cirurgia teve início na década de 80, por solicitação do exército norte-americano, que antevia a possibilidade de realizar operações em teatros de guerra, distantes do local onde estava o cirurgião. Entretanto, o primeiro uso em humanos só ocorreu anos mais tarde, numa ressecção transuretral de hiperplasia benigna de próstata. Cirurgiões cardíacos foram logo atraídos pela técnica robótica devido a possível aplicação com reduzido caráter invasivo; esperava-se menor trauma cirúrgico e redução da dor, morbidade, tempo de internação e custo do procedimento. Atualmente, de forma restrita e em casos selecionados, robôs são usados para revascularização do miocárdio e implante de marcapasso em cirurgias cardíacas totalmente endoscópicas; podendo também constituir apoio visual na retirada de artéria torácica interna, reconstrução valvar mitral e correção de defeitos congênitos. Utilizando o robô auxiliar AESOP® para controle do videotoracoscópio, com controle vocal por meio do sistema HERMES®, temos realizado dissecção da artéria torácica interna, implante de eletrodo ventricular esquerdo e abordagem de defeitos congênitos na cirurgia de correção. Apesar do entusiasmo científico inicial com a cirurgia robótica, ainda não existe evidência clara de superioridade desta técnica em relação à operação convencional, em termos de resultado. Isto se aplica também ao custo, pois o investimento inicial na aquisição de sistema cirúrgico completo (console, controle de vídeo, instrumental) provavelmente é compensado após muitos procedimentos e longo intervalo. Mas é certo que a cirurgia robótica terá um lugar no futuro, possibilitando aprendizagem, telepresença e realização de procedimentos pouco invasivos, embora complexos.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Sant'Anna,Roberto T. Prates,Paulo R. L. Sant'Anna,João Ricardo M. Prates,Paulo R. Kalil,Renato A. K. Santos,Diogo E. Nesralla,Ivo A.

Dissecção endoscópica da artéria torácica interna com auxílio robótico

A cirurgia robótica é hoje um método viável para reduzir o trauma e as morbidades relacionadas em cirurgia cardíaca. Em nossa instituição, o auxílio robótico já foi utilizado de forma bem-sucedida em implantes toracoscópicos de eletrodos epimiocárdicos para marcapassos biventriculares. O objetivo deste artigo é descrever a técnica por nós utilizada para dissecção da artéria torácica interna (ATI), mediante toracoscopia com apoio do robô AESOP e relatar seus resultados iniciais obtidos em nove pacientes.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Prates,Paulo R .L. Sant'Anna,Roberto T. Nesralla,Ivo A.

Tratamento cirúrgico do túnel ventrículo esquerdo-aorta

Criança do sexo masculino, oito meses, com quadro clínico de insuficiência cardíaca e sopro. Durante a investigação foi realizado ecocardiograma e estudo cineangiocardiográfico que evidenciou comunicação secundária tipo túnel entre o ventrículo esquerdo e a aorta, a qual apresentava regurgitação severa. O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico com auxílio de circulação extracorpórea, sendo o túnel fechado com sutura direta através de aortotomia convencional. O ecocardiograma pós-operatório não evidenciou fluxo pelo túnel e o paciente apresenta-se em grau funcional I (NYHA).

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Caliani,José Alberto Gouvêa,Flávio Reis Simões,Luiz Carlos Dorigo,Ana Helena Porto,Erika Neves,Flávio Reis Barbosa,Odilon Nogueira

Caso 3/2004

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Fernandes,Márcio Pimentel Godoy,Moacir Fernandes de

Caso 4/2004

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Maisano,Ana Carolina Leiroz Ferreira Botelho Selig,Fábio Augusto

Transplante celular: análise funcional, imunocitoquímica e histopatológica em modelo experimental de miocardiopatia isquêmica utilizando diferentes células

OBJETIVO: Apresentar os resultados funcionais, imunocitoquímicos e histopatológicos, in vitro ou em espécimes cardíacas após isolamento, cultura e co-cultura de células tronco mesenquimais, células mioblásticas esqueléticas e transplantadas e co-transplantadas em animais de laboratório com miocardiopatia isquêmica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor de 40%. MÉTODO: Foram empregados 72 ratos Wistar, divididos em quatro grupos de acordo com o meio de cultura ou das células injetáveis: Grupo controle em que foi injetado apenas o meio de cultura (22 ratos); Grupo de células tronco mesenquimais (17 ratos); Grupo de células mioblásticas esqueléticas (16 ratos) e grupo co-cultura (17 ratos). Nos estudos imunocitoquímicos, as células foram marcadas com anti-vimentina, anti-desmina e anti-miosina. Nos estudos histopatológicos, as lâminas foram coradas com Tricômio de Gomori e identificados neovasos e tecido muscular. Na análise funcional, foi medida a fração de ejeção do ventrículo esquerdo em dois momentos do seguimento, uma semana após o infarto do miocárdio e um mês após a injeção. RESULTADOS: A fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre os quatro grupos não apresentou diferença estatística significante (P=0,276), o ecocardiograma de seguimento demonstrou diferença estatística significante (P=0,001). Essa diferença ocorreu entre o grupo controle e o grupo de células mioblásticas esqueléticas (P=0,037), entre o grupo controle e o grupo co-cultura (P<0,001) e o grupo de células tronco mesenquimais e o grupo co-cultura (P=0,025). Quando se compararam as medidas obtidas dos dois ecocardiogramas em cada grupo, encontrou-se diferença no grupo controle (P=0,005) para pior e no grupo co-cultura (P=0,006) para melhor. No estudo imunocitoquímico in vitro, identificou-se células tronco mesenquimais quando marcou-se com anti-vimentina e células musculares, com anti-desmina. Nas espécimes cardíacas, identificou-se tecido muscular marcada com anti-desmina e células mioblásticas esqueléticas marcadas com anti-miosina rápida. No estudo histopatológico, observaram-se novos vasos no grupo de células tronco mesenquimais, no grupo de células mioblásticas esqueléticas, tecido muscular e angiogênese e miogênese no grupo co-cultura. CONCLUSÃO: A fração de ejeção do ventrículo esquerdo melhorou no grupo em que foram injetadas células musculares, mais acentuadamente no grupo co-cultura. Nos achados imunocitoquímicos, na cultura e no co-cultivo encontraram-se as células correspondentes. Nas espécimes cardíacas, foram encontradas células musculares e mioblásticas esqueléticas. Na histopatologia, encontraram-se novos vasos, tecido muscular e ambos quando se injetou células tronco mesenquimais, células mioblásticas esqueléticas e a co-cultura das duas células, respectivamente.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Brofman,Paulo R. Carvalho,Katherine A. Guarita-Souza,Luiz C. Rebelatto,Carmen Hansen,Paula Senegaglia,Alexandra C. Myague,Nelson Furuta,Marcos Francisco,Júlio C. Olandoski,Márcia

Novo conceito de Bioprótese: bioprótese com descontinuidade do anel de sustentação (Less Stented)®

OBJETIVO: Estudar bioprótese com descontinuidade do anel de sustentação, a bioprótese "Less Stented ®". O objetivo da fase 1 do trabalho foi o seu estudo "in vitro", onde foram avaliadas as características hemodinâmicas. O objetivo da fase 2 é relatar a experiência clínica inicial. MÉTODO: As biopróteses foram confeccionadas e avaliadas laboratorialmente na Braile Biomédica, em São José do Rio Preto, São Paulo. São próteses de pericárdio bovino, tratadas com glutaraldeído, segundo os mesmos padrões das próteses "stented". As próteses foram testadas no simulador de pulso e analisadas em simulador cardíaco. Foi realizada análise clínica e laboratorial (ecoDopplercardiografia e ressonância magnética) dos pacientes. RESULTADOS: A análise do gradiente pressórico transvalvar mostrou que ao longo do fluxo médio, equivalente ao débito cardíaco e que variou de 4,39 a 7,96 l/min, o gradiente transvalvar se manteve dentro de níveis clinicamente aceitáveis (6,37 a 11,62 mmHg). A curva de regressão mostrou boa correlação com o aumento de débito cardíaco com R² = 0,8291. A fração regurgitante variou de 10,95 a 17,94%, sendo que a fração de vazamento variou de 4,49 a 7,87%. Quanto ao coeficiente de descarga, ao índice de performance e ao de eficiência, verificou-se que esses parâmetros mostraram comportamento favorável com aumento progressivo do débito cardíaco, com excelente correlação tanto para o coeficiente de descarga, quanto para o índice de performance e o índice de eficiência (R² respectivamente, 0,9385; 0,9332; 0,9024). Os dois pacientes submetidos ao implante da bioprótese "Less- Stented®" apresentaram evolução clínica satisfatória. CONCLUSÃO: A bioprótese "Less-Stented®"poderá representar uma nova alternativa de substituto valvar.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Pomerantzeff,Pablo M. A. Brandão,Carlos M. A. Braile,Domingo M. Albuquerque,João Marcelo A. C. de Ramirez,Vladimir D. A. Camim,Adalberto Negri,Marcelo Vieira,Marcelo L. Grinberg,Max Oliveira,Sérgio A.

A operação de Glenn bidirecional deve ser realizada com ou sem o auxílio de circulação extracorpórea?

OBJETIVO: Comparar os pacientes onde a operação foi realizada com circulação extracorpórea (CEC) àqueles sem CEC, analisando suas características e verificando se houve ou não superioridade de alguma das técnicas empregadas. MÉTODO: Entre janeiro de 2002 e janeiro de 2004, 16 pacientes foram submetidos à operação de Glenn bidirecional (GB), todos com defeitos cardíacos complexos. Quatorze eram do sexo feminino, com idade mediana de 19 meses. Os pacientes foram divididos em dois grupos: A (GB com CEC) e B (GB sem CEC), sendo sete do grupo A e nove do grupo B. Foram analisadas comparativamente as variáveis: sexo, idade, pressão arterial pulmonar média (PAPM), operação realizada, tempo de CEC, pinçamento da aorta, derivação venoatrial, operações prévias, internação na unidade de terapia intensiva (UTI), hospitalização e complicações imediatas. RESULTADOS: A mediana da PAPM foi 13 mmHg. No grupo A, o tempo foi de CEC 91 ± 47 minutos (57-195 minutos) e o de isquemia miocárdica 25 ± 33 minutos (0-80 minutos). Destes, quatro necessitaram de procedimento intracardíaco ou ampliação de ramos pulmonares e três, auxílio da CEC como suporte ventilatório. No grupo B o tempo de desvio venoatrial foi de 21 ± 10 minutos (0-39 minutos). O tempo para extubação 9 ± 13 horas, mediana 3 horas (1-43 horas). A permanência UTI foi de 8 ± 12 dias, mediana 5 dias (1-50 dias). O período médio de internação hospitalar foi de 12 ± 12 dias, mediana 7 dias (0-50 dias). Cinco pacientes haviam sido submetidos à operação prévia. Dois (12,5%) faleceram, sendo um em cada grupo. Não houve complicações neurológicas, derrame pleural ou pericárdico. Todas as variáveis estudadas entre os grupos não apresentaram diferença estatística significativa. CONCLUSÃO: Apesar da amostra relativamente pequena, o presente estudo sugere que a operação de GB pode ser realizada com ou sem CEC com resultados semelhantes no que se refere à morbidade e mortalidade. Assim sendo, a operação sem CEC pode ser empregada com segurança quando os achados anatômicos forem apropriados e não houver hipóxia grave.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Crotti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Godoy,Moacir Fernandes de Gonzalez Murillo,Harold De Marchi,Carlos Henrique Chigutti,Miriam Yukiko Prieto Rincon,Omar Yesid Moscardini,Airton Camacho

Fatores de risco de sangramento no pós-operatório de cirurgia cardíaca em pacientes adultos

OBJETIVO: Determinar os fatores de risco de sangramento no pós-operatório de cirurgia cardíaca, na tentativa de racionalizar as medidas preventivas em populações específicas. MÉTODO: No período outubro de 2001 a março de 2002, foram estudados prospectivamente 411 pacientes consecutivos submetidos a tratamento cirúrgico de cardiopatias adquiridas, excluindo o transplante cardíaco. No intuito de identificar os fatores preditores de sangramento excessivo, foram analisadas 20 variáveis pré-operatórias, 17 operatórias e seis pós-operatórias por análise univariada e regressão linear múltipla. RESULTADOS: Os procedimentos cirúrgicos incluíram a revascularização do miocárdio em 227 (55,2%) pacientes, cirurgia valvar em 198 (48,2%), tratamento cirúrgico de doenças da aorta em 25 (6,1%) e procedimentos combinados em 60 (14,6%). A circulação extracorpórea foi empregada em 335 (81,5%) pacientes e o uso de drogas antifibrinolíticas em 148 (36%). A mortalidade em 30 dias foi de 5,6% (23 pacientes). O volume médio de sangramento em 24 horas foi de 610 ± 500 ml (variação 10-4900). A revisão cirúrgica de hemostasia foi necessária em 15 (3,7%) pacientes. Os fatores preditores independentes de sangramento excessivo pós-operatório foram a operação de emergência (p=0,049), acidose metabólica pós-operatória (p=0,001), plaquetopenia pré-operatória (p=0,034) e tempo prolongado de circulação extracorpórea (p=0,021). CONCLUSÕES: Pacientes submetidos a operações de emergência e aqueles com plaquetopenia necessitam, na medida do possível, de otimização das condições clínicas pré-operatórias. O uso de circulação extracorpórea deve ser minimizado ao máximo, principalmente em relação a sua duração. A acidose metabólica no pós-operatório deve ser corrigida agressivamente, na busca da sua causa principal.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Miana,Leonardo Augusto Atik,Fernando Antibas Moreira,Luiz Felipe Hueb,Alexandre Ciappina Jatene,Fabio Biscegli Auler Junior,José Otávio Oliveira,Sérgio Almeida de

Avaliação de nova técnica de hemoconcentração e da necessidade de transfusão de hemoderivados em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea

OBJETIVO: Avaliar uma nova técnica de hemoconcentração e a necessidade de transfusão de hemoderivados. MÉTODO: Foram estudados 140 indivíduos adultos submetidos à cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea (CEC), sendo 86 (61,4%) do sexo masculino e 54 (38,6%) do feminino, divididos em dois grupos de acordo com a utilização ou não de uma nova técnica com hemoconcentrador. O grupo A (sem hemoconcentrador) incluiu 70 pacientes e o B (com hemoconcentrador) 70 indivíduos. RESULTADOS: Esta técnica de hemoconcentração mostrou-se factível, não acrescentando complicações intra e pós-operatórias para o paciente. Utilizou-se menor quantidade de sangue e de plasma durante e após CEC, nos indivíduos do grupo B. Também o balanço de líquidos, após CEC, neste grupo, foi menor quando comparado ao grupo A. CONCLUSÕES: Concluiu-se que a nova técnica de hemoconcentração foi eficaz na remoção de líquidos, permitiu maior aproveitamento do sangue remanescente no oxigenador e reduziu o uso de hemoderivados durante e pós-CEC.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Souza,Dulcimar Donizete de Braile,Domingo Marcolino

Estudo randomizado de correção cirúrgica de fibrilação atrial permanente: resultados parciais

OBJETIVO: Analisar os resultados de dois modos de tratar a fibrilação atrial (FA): com cirurgia do Labirinto e com Isolamento de Veias Pulmonares (IVP), comparando com grupo controle, para estabelecer o melhor tratamento aos portadores desta arritmia. MÉTODO:Todos os pacientes tinham indicação cirúrgica por outra lesão cardíaca, concomitantemente tratada. Foram randomizados 51 pacientes no período de julho de 1999 a setembro de 2003. Em nenhum paciente foi utilizada crioablação. Analisamos inicialmente as seguintes variáveis: tempo de circulação extracorpórea (CEC), pinçamento aórtico (ISQ), taxa de reversão a ritmo sinusal na alta hospitalar, e complicações do trans e pós-operatório imediato. RESULTADOS: Houve dois óbitos intra-hospitalares, um no grupo Labirinto e um no grupo IVP. O grupo Labirinto apresentou o maior tempo de CEC (p<0,001). Seguimento médio de 28,4±14,1 meses, sem diferença entre os grupos. O grupo IVP teve a maior taxa de sucesso com 84,2% de reversão a ritmo sinusal na alta e 88,9% após seguimento. No grupo Labirinto, 78,5% de ritmo sinusal à alta, e após seguimento, 84,6%. No grupo controle, 87,5% dos pacientes tiveram alta em FA, e após seguimento 56,3% seguem assim. A classe funcional pela NYHA não foi diferente entre os grupos após o seguimento (p=0,56), e os pacientes do grupo controle apresentaram mais complicações (p=0,017). CONCLUSÃO: Estes resultados mostram que qualquer das técnicas empregadas para correção de FA, Labirinto ou IVP, apresenta vantagens sobre a operação tradicional de simples correção de cardiopatias quando associadas à FA.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Albrecht,Álvaro Lima,Gustavo Kalil,Renato A. K. Faria-Corrêa,Daniel L. Miglioransa,Marcelo Abrahão,Rogério Prates,Paulo R. Sant'Anna,João Ricardo M. Nesralla,Ivo A.

Resultados da ablação cirúrgica por radiofreqüência da fibrilação atrial crônica

OBJETIVO: A operação de "Cox-Maze III" apresenta alta efetividade para o tratamento da fibrilação atrial (FA) crônica, porém, devido a sua alta complexidade, não é amplamente utilizada. Novas alternativas, que envolvem o uso de fontes de energia, como a radiofreqüência, para criação de lesões transmurais, que substituem as linhas de secção e sutura da técnica de Cox, foram desenvolvidas visando simplificar o procedimento. O objetivo deste estudo é avaliar os resultados do emprego da radiofreqüência intra-operatória para tratamento da FA crônica em pacientes com cardiopatias associadas com indicação de tratamento cirúrgico. MÉTODO: Entre fevereiro de 2002 e março de 2003, 35 pacientes consecutivos portadores de FA crônica foram submetidos à ablação com radiofreqüência intra-operatória, associada a outros procedimentos cirúrgicos. A idade variou de 16 a 69 anos (média = 55,4 anos), sendo 23 (65,7%) pacientes do sexo feminino. RESULTADOS: A ablação foi associada ao tratamento cirúrgico da valva mitral em 29 (82,9%) pacientes e à atriosseptoplastia em seis (17,1%) pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 2,8%; vinte e seis (76,4%) pacientes apresentavam-se em ritmo sinusal no momento da alta hospitalar. Após seguimento médio de 11,7 ± 2,8 meses, a sobrevida foi de 94,2% e 24 (72,7%) pacientes apresentavam-se em ritmo sinusal. CONCLUSÃO: A ablação por radiofreqüência intra-operatória demonstrou ser uma técnica segura e eficiente para o tratamento da FA crônica, apresentando índices satisfatórios de reversão para o ritmo sinusal em médio prazo.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Abreu Filho,Carlos Alberto Cordeiro de Dallan,Luís Alberto Oliveira Lisboa,Luiz Augusto Ferreira Spina,Guilherme Sobreira Scanavacca,Maurício Grinberg,Max Sosa,Eduardo Argentino Oliveira,Sérgio Almeida de

Uso precoce e tardio de dopamina após isquemia miocárdica

OBJETIVO: Avaliar os efeitos na função ventricular esquerda do uso precoce e tardio de dopamina, em modelo experimental de coração isolado. MÉTODO: Foram utilizados 60 coelhos em modelo de coração isolado mantido por animal suporte. Um balão intraventricular foi locado no ventrículo esquerdo. Três grupos foram constituídos: grupo controle (GC); grupo que recebeu dopamina precoce (Dopa P) e grupo que recebeu dopamina tardia (após 20 minutos) (Dopa T). Foram realizadas leituras hemodinâmicas diretas e indiretas. RESULTADOS: Fluxo sangüíneo coronariano: GC(7,196 ± 1,275ml/min); Dopa P (9,477 ± 1,160ml/min); Dopa T (14,316 ± 2,308ml/min), com GC=Dopa P, GC ¹Dopa T e Dopa P¹Dopa T. Primeira derivada temporal da pressão intraventricular (dp/dt+): GC (719,61 ± 127,53ml/min); Dopa P (719,61 ± 127,53ml/min); Dopa T (1431,60 ± 230,87ml/min), p<0,05, Dopa P¹Dopa T, GC=Dopa P e GC ¹ Dopa T. Primeira derivada temporal da pressão intraventricular negativa (dp/dt-): GC (469,85 ± 107,16mmHg/s); Dopa P (716,07 ± 215,66mmHg/s); Dopa T (931,24 ± 181,46mmHg/s), p<0,05, Dopa P¹Dopa T¹GC. Delta V: GC (1,355 ± 0,2432ml); Dopa P (0,97 ± 0,3199ml); Dopa T (1,27 ± 0,2983ml), p>0,05, Dopa P=Dopa T=GC. Estresse sistólico desenvolvido: GC (27,273 ± 10,276g/cm²); Dopa P (55,219 ± 24,625g/cm²); Dopa T (79,152 ± 12,166g/cm²), Dopa P=Dopa T, Dopa P=GC e GC ¹ Dopa T.Dialdeído Malônico (MDA): GC (4,5 ± 0,527mmol/L); Dopa P (4,7 ± 1,16mmol/L); Dopa T (4,1 ± 0,7379mmol/L), p>0,05, Dopa P=Dopa T=GC. CONCLUSÕES: Concluiu-se que, no modelo experimental delineado, o uso precoce da dopamina foi deletério, segundo algumas variáveis hemodinâmicas.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Souza,Ademar R. Silva,Marcos A. M. Andrade,Rubens R. Oliveira,Reinaldo A. Martins,Antônio S.

Um modelo experimental de ablação do Sistema Nervoso Intrínseco Cardíaco reduz a contratilidade do coração de ratos

OBJETIVO: A função do Sistema Nervoso Intrínseco Cardíaco e o seu papel na doença cardíaca permanecem pobremente compreendidos. Sabe-se que o cloreto de benzalcônio (CB) induz a desnervação intrínseca do tubo digestivo. O objetivo deste estudo foi tentar produzir um modelo experimental de desnervação intrínseca do coração utilizando o CB. MÉTODO: Trinta ratos Wistar foram submetidos à aplicação intrapericárdica de CB (0,3%) e trinta animais controle receberam a solução salina. Após 15 dias, os animais foram divididos em três grupos, com 10 animais tratados e 10 controles em cada. Os animais do grupo I foram submetidos a estudo radiológico e histopatológico. A área cardíaca e o índice cardiotorácico (ICT) foram medidos nas radiografias. Os animais do grupo II foram submetidos a estudo hemodinâmico com registro da pressão arterial, freqüência cardíaca e débito cardíaco. No grupo III, a integridade da inervação parassimpática extrínseca do coração foi avaliada por estimulação vagal direita. O sistema de condução foi avaliado pelo ECG basal. RESULTADOS: A aplicação de CB acarretou aumento do ICT, da área cardíaca, pressão arterial e débito cardíaco, bem como do peso ponderal e do fígado. Nestes animais, a análise histopatológica mostrou redução do número de neurônios atriais e congestão passiva crônica do fígado. A estimulação vagal não mostrou diferenças entre os grupos experimentais. CONCLUSÃO: A ablação do sistema nervoso intrínseco propiciou o aparecimento de cardiopatia dilatada com insuficiência cardíaca direita e esquerda. Esse modelo experimental inédito deverá nortear futuros estudos na tentativa da elucidação da relação entre lesão neuronal e miocardiopatia.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Scorzoni Filho,Adilson Nakamura,Ernani J. Faria,Sandro Mendonça Marchetti,Alexandre Henrique Brandão,José Mário Aranha,Alexandre Luiz Mattar,Luis Augusto Vicente,Walter Vilella Andrade Garcia,Sérgio Britto

Amaurose bilateral irreversível pós-cirurgia cardíaca

Paciente do sexo feminino, 16 anos, portadora de cardiopatia congênita, tipo comunicação interatrial. Submetida a correção cirúrgica, evoluiu nas primeiras horas com sangramento e instabilidade do quadro hemodinâmico. Corrigidas tais complicações, evoluiu com perda progressiva e bilateral da visão. Após as primeiras horas de pós-operatório, apresentava acentuado edema de papilas ópticas, além de hipertensão intra-ocular. No transcorrer de 21 dias, evidenciavam-se sinais de atrofia dos nervos ópticos com instalação, bilateral e irreversível, de amaurose, apesar das condutas terapêuticas instituídas. No seguimento de dois anos, a paciente evoluiu com cegueira bilateral e lesão óptica irreversível.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Souza,Valdir Cesarino de Barbosa,Alex Sousa Filho,Basílio Serrano de Souza,Kleber Oliveira de

Caso 5/2004

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Gonzalez Murilo,Harold Bodini,André Luis de Andrade

Caso 6/2004

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Gonzalez Murilo,Harold Bodini,André Luis de Andrade