Repositório RCAAP

Acesso minimamente invasivo para troca da valva aórtica: resultados operatórios imediatos comparativos com a técnica tradicional

OBJETIVO: As cirurgias cardíacas minimamente invasivas foram desenvolvidas para proporcionarem, através de acessos limitados, menores traumas, melhores resultados estéticos e diminuição nos custos hospitalares com a mesma segurança das cirurgias tradicionais. O estudo teve como objetivo comparar os resultados peri-operatórios dos pacientes submetidos à troca de valva aórtica por meio dos acessos minimamente invasivo e convencional. MÉTODO: Doze pacientes consecutivamente submetidos à troca de valva aórtica isolada por acesso minimamente invasivo, a partir de junho de 2002, tiveram seus dados pré-operatórios, operatórios e pós-operatórios imediatos comparados com os 12 pacientes anteriormente operados na mesma instituição submetidos ao mesmo tipo de operação, porém com acesso convencional. O acesso minimamente invasivo utilizado foi a hemiesternotomia mediana superior e a instalação da CEC foi através da canulação da aorta ascendente e do átrio direito, semelhante à técnica tradicional. RESULTADOS: Os dados demográficos foram semelhantes nos dois grupos de pacientes. Não houve diferença significativa entre os tempos de isquemia, de CEC e do tempo total do procedimento. O tamanho da incisão da pele foi significativamente menor no grupo minimamente invasivo. No pós-operatório, embora tenham sido menores os tempos de ventilação mecânica e o tempo total de permanência hospitalar, estes dados não mostraram diferença significativa. A morbidade pós-cirúrgica foi semelhante entre os dois grupos. CONCLUSÕES: Esta abordagem oferece adequada exposição das estruturas necessárias para uma segura troca valvar e com o mesmo instrumental utilizado na cirurgia tradicional podemos oferecer as vantagens de um acesso menos invasivo com a mesma eficiência da cirurgia tradicional sem acrescentar riscos aos nossos pacientes.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Tyszka,André Luiz Watanabe,Roberto Cabral,Maria Marta de Carvalho Cason,Andresa Marques Hayashi,Ederval Key Nogueira,Geraldo Ângelo Machado,Marcos Borges Machado,Leonardo Monteiro de Castro Progiante,Armando Fucuda,Leila Satomi Mora,Raul D'Áurea

A operação de Norwood modificada para tratamento da síndrome de hipoplasia do coração esquerdo

OBJETIVO: Apresentar os resultados do tratamento da síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (SHCE) com técnica de Norwood modificada, na qual somente são usados tecidos autólogos para a reconstrução do arco aórtico. MÉTODO: De janeiro a dezembro de 2002, cinco recém-nascidos com idade variando de dois a nove dias (média 5,0 dias) foram submetidos a operação de Norwood modificada. O diâmetro da aorta ascendente variou de 5 a 8 mm (média 6,2 mm). Foi empregada técnica na qual o arco aórtico e seus ramos foram amplamente dissecados, permitindo a reconstrução de um novo arco aórtico tendo a artéria pulmonar como via de saída, e com a utilização exclusiva de tecidos do próprio paciente. Anastomose sistêmico-pulmonar com politetrafluoretileno expandido de 3,0 mm foi utilizada em três pacientes e de 3,5 mm em dois pacientes. Todos foram operados com parada cardiocirculatória total. RESULTADOS: O tempo de parada cardiocirculatória variou de 41 a 60 minutos (média 52,8 minutos). Todas as crianças sobreviveram ao ato operatório e foram encaminhadas para a unidade de terapia intensiva com o esterno aberto. Ocorreu um óbito no 9: dia de pós-operatório por sepse, o que resultou numa taxa de sobrevivência imediata de 80%. Ocorreu um óbito tardio por pneumonia de aspiração aos dois meses. Uma criança foi submetida ao segundo estágio da operação (cavo pulmonar) e encontra-se bem. Duas crianças estão em acompanhamento aguardando o próximo estágio. Em nenhuma delas existem evidências de obstrução do novo arco aórtico. CONCLUSÃO: A técnica de Norwood modificada mostrou-se eficaz e com risco cirúrgico aceitável para o tratamento da SHCE, sem evidências de obstrução do arco aórtico reconstruído.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Fantini,Fernando A. Gontijo Filho,Bayard Martins,Cristiane Lopes,Roberto Max Heiden,Eliane Vrandecic,Ektor Vrandecic,Mário

Efeitos do local de inserção do dreno pleural na função pulmonar no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio

OBJETIVO: Analisar a alteração da função pulmonar e dor em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) com enxerto da artéria torácica interna esquerda (ATIE), sem circulação extracorpórea (CEC), comparando a inserção do dreno pleural nas regiões intercostal e subxifóide. MÉTODO: Vinte e oito pacientes (média de idade 57,4 ± 8,4 anos) foram alocados em dois grupos, de acordo com a posição do dreno pleural. Grupo IL (n=15) com inserção do dreno no sexto espaço intercostal esquerdo na linha axilar média; e grupo IM (n =13) inserção do dreno na região subxifóide. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação da função pulmonar. Registros espirométricos da capacidade vital forçada (CVF) e do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foram obtidos no pré, primeiro, terceiro e quinto dia dias pós-operatório (PO) e a gasometria arterial em ar ambiente no pré e primeiro dia de pós-operatório. A sensação de dor foi quantificada por um escore padrão (0 a 10) no primeiro dia de pós-operatório. RESULTADOS: Em ambos os grupos houve queda significativa da CVF e do VEF1 até o quinto pós-operatório (p<0,001). Quando comparados, a diferença entre os grupos se manteve significativa, com maior queda dos valores de CVF e VEF1 no grupo IL (p<0,05). A pressão parcial de oxigênio arterial apresentou queda significativa no primeiro dia de pós-operatório em ambos os grupos, porém com maior decréscimo no grupo IL (p=0,021). A dor referida foi maior no grupo IL (p=0,002). CONCLUSÃO: A cirurgia de RM sem CEC, utilizando a ATIE com pleurotomia esquerda, independente da posição do dreno pleural causa dor e queda significativa na função pulmonar no PO. Porém, a inserção do dreno pleural na região subxifóide demonstrou menor dor subjetiva com melhor preservação da função pulmonar quando comparada à inserção intercostal.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Guizilini,Solange Gomes,Walter J. Faresin,Sonia M. Carvalho,Antonio Carlos C. Jaramillo,Jaime I. Alves,Francisco A. Catani,Roberto Buffolo,Enio

Ecocardiografia sob estresse em coronariopatia

A ecodopplercardiografia é uma metodologia simples, rápida e não invasiva para identificar anormalidades regional e global da função do ventrículo esquerdo, podendo ser considerado o método não invasivo de maior aplicabilidade dentro das técnicas de imagem. A ecocardiografia sob estresse é utilizada para diagnóstico, estratificação de risco, prognóstico e avaliação da viabilidade miocárdica na doença arterial coronariana. Várias são as formas de se submeter o coração ao estresse para o estudo ecocardiográfico. Para indivíduos com capacidade física preservada, utiliza-se o teste com esteira ou bicicleta e para aqueles sem condições de se exercitar, são usados os testes farmacológicos. Apesar da boa acurácia diagnóstica e do valor prognóstico com os dois métodos já referidos, novas técnicas vêm sendo estudadas, como a utilização do contraste ecocardiográfico com microbolhas para avaliação das bordas do endocárdio e o estudo da perfusão miocárdica.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Oliveira,Joselina Luzia Menezes Barreto,Martha Azevedo Silva,Andréa Barbosa Ávila Sousa,Antônio Carlos Sobral

Tumores cardíacos malignos

Os tumores do sistema cardiovascular são afecções raras. Manifestam-se por sinais e sintomas inespecíficos, na maioria das vezes. O tratamento de alterações de ritmo cardíaco, das doenças que acarretam disfunção no sistema de condução Hiss-Purkinje e das síndromes que podem acometer o coração (isquêmica, particularmente) devem levar em consideração a possibilidade de neoplasias cardíacas. Os tumores do músculo cardíaco são os rabdomiossarcomas, que se desenvolvem com maior freqüência nas cavidades cardíacas esquerdas, principalmente no ventrículo esquerdo. Dentre os tumores endovasculares, o mais freqüente é o mixoma de átrio esquerdo e suas possíveis variantes. Os tumores metastáticos do coração, entre eles o melanoma maligno, são descritos com maior freqüência acometendo o ventrículo direito (parede anterior e septal, com invasão do ventrículo esquerdo), nas formas de doença não disseminada. O diagnóstico tardio implica em altas taxas de morbidade e mortalidade, associada ou não ao tratamento cirúrgico. Os autores descrevem caso de paciente com melanoma localizado no ventrículo direito, a abordagem diagnóstica e terapêutica realizada, comparando-as com os dados da literatura. A revisão da literatura é inconclusiva quanto ao tratamento de escolha dos tumores malignos do músculo cardíaco (primários ou metastáticos). Os autores sugerem a realização de estudos retrospectivos com metanálise na tentativa de estabelecer critérios diagnósticos e terapêuticos para os tumores malignos do coração, devido à pequena incidência desta doença.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Lima,Paulo Ruiz Lucio de Crotti,Pedro Luís Reis

Trombo pedunculado ao nível da transição entre a aorta ascendente e o arco aórtico

Homem, 52 anos de idade, alcoólatra, hipertenso, com história prévia de isquemia cerebral. Admitido no Departamento de Neurocirurgia com sinais e sintomas de acidente vascular cerebral isquêmico. A ecocardiografia transesofágica e tomografia computadorizada evidenciaram imagem sugestiva de trombo pedunculado ao nível da transição entre a aorta ascendente e o arco aórtico. O tratamento de escolha foi procedimento cirúrgico com emprego da circulação extracorpórea associada a hipotermia profunda e parada circulatória total. Foi realizada ressecção do trombo e de parte parede da aorta para evitar reincidência. O paciente não apresentou intercorrências e teve alta hospitalar com uso de anticoagulante oral.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Leal,João Carlos Abelaira,Achilles Sanches,Rita Braile,Domingo M.

Estudo clínico e epidemiológico de pacientes submetidos a implante de marcapasso cardíaco artificial permanente: comparação dos portadores da doença de Chagas com os de doenças degenerativas do sistema de condução

OBJETIVO: Estudar os pacientes portadores de marcapasso cardíaco artificial permanente, comparando as características clínicas e epidemiológicas dos portadores da doença de Chagas com a dos portadores de doenças degenerativas do sistema de condução. MÉTODO: Foram analisados 57.632 procedimentos cadastrados no Registro Brasileiro de Marcapassos, realizados no período de 1995 a 2003, sendo: 25.648 pacientes portadores da doença de Chagas e 31.984, de doenças degenerativas. A comparação das características dessas populações foi feita pelos testes do Qui-quadrado e t-Student com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Houve predomínio da doença de Chagas na região Centro-Oeste, nos implantes iniciais. Nas reoperações, a população chagásica representou maioria também no Sudeste. A idade dos pacientes chagásicos foi 58,6 ± 15,3 e 59,3 ± 14,8 anos, respectivamente para implantes iniciais e reoperações, e, nos não chagásicos, 73,5 ± 12,6 e 73,7 ± 13,5. Não foi notada diferença na distribuição entre os dois sexos. Houve maior ocorrência de síncopes, pré-síncopes e bloqueio atrioventricular com QRS largo nos pacientes chagásicos e de tonturas, insuficiência cardíaca e QRS estreito nos não chagásicos. O modo de estimulação ventricular foi utilizado em 60% e 63% nos implantes iniciais e em 77% e 76% das reoperações, respectivamente para os pacientes chagásicos e não chagásicos. A depleção da bateria por desgaste normal foi o principal motivo para reoperação dos pacientes, tendo ocorrido em 76,1% e 79,6% das reoperações, respectivamente para chagásicos e não chagásicos. CONCLUSÕES: Os dados analisados demonstraram diferenças significativas nas características clínicas e demográficas das populações estudadas.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Costa,Roberto Rassi,Anis Leão,Maria Inês de Paula

Resultados da operação reconstrutora da valva mitral em pacientes com idade inferior a 15 anos

OBJETIVO: Avaliar a evolução dos pacientes portadores de regurgitação valvar mitral menores de 15 anos submetidos à operação reconstrutora da valva mitral. MÉTODO: Cento e dezessete pacientes com idade inferior a 15 anos, submetidos à plastia valvar mitral, no período de maio de 1980 a novembro de 2001. A idade variou de 1 a 15 anos, com média de 10 anos. Setenta e quatro pacientes (63,2%) eram do sexo feminino. A etiologia mais freqüente foi a doença reumática (81,2%). Oitenta e sete pacientes (63,2%) apresentavam regurgitação mitral e 30 (25,6%) estenose associada. Outras doenças estiveram presentes em 28 pacientes (23,9%), sendo a doença da valva aórtica a mais comum (13,7%). Diversas técnicas foram aplicadas na reconstrução valvar, como o encurtamento e/ou alongamento de cordas tendíneas, comissurotomia e papilarotomia. O anel valvar mitral foi remodelado em todos os pacientes. RESULTADOS: A evolução tardia mostrou 96,6% dos pacientes vivos e 88.9% com sua própria valva. Quinze pacientes (12,8%) foram reoperados. O anel mitral foi remodelado na totalidade dos pacientes, sendo utilizado o anel de Gregori-Braile em 69 (58,9%) e o de Carpentier em 35 (29,9%). As técnicas mais freqüentes foram o encurtamento de cordas em 66 pacientes (56,4%), e a comissurotomia e/ou papilotomia em 30 pacientes (25,6%). Houve um óbito hospitalar (0,9%) e três (2,6%) óbitos tardios. CONCLUSÃO: A operação reconstrutora na regurgitação valvar mitral foi factível, apresentando resultados que orientam para sua aplicabilidade neste grupo de pacientes menores de 15 anos.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Cordeiro,Celso O. Gregori Jr.,Francisco Gregori,Thelma Elisa F. Murakami,Alexandre N. Abrão,Adriana

Nova abordagem técnica e eletrofisiológica para tratamento da fibrilação atrial

A cirurgia do "Labirinto" para tratamento da fibrilação atrial primária, inicialmente proposta por Cox, é relativamente complexa e aumenta o risco de morbidade próprio da cirurgia da valva mitral isoladamente. OBJETIVO: Apresentar o detalhamento técnico, os conceitos de eletrofisiologia adotados e os resultados iniciais de nova abordagem cirúrgica e eletrofisiológica, incluindo o bloqueio de macrocircuitos atriais específicos definidos por Frame, e otimizando a tática cirúrgica de tratamento da fibrilação atrial. MÉTODO: Foram operados oito pacientes portadores de fibrilação atrial crônica e disfunção de valva mitral, associada à disfunção de valva tricúspide em um paciente, empregando-se as seguintes modificações principais da cirurgia de Cox: 1- Exclusão da aurícula esquerda por sutura interna, na junção com o átrio esquerdo; 2- Exclusão de aurícula direita por sutura em bolsa de fixação da cânula de drenagem venosa para a veia cava superior; 3- Incisão biatrial única; 4- Eletrocauterização transendocárdica no tecido atrial esquerdo circunjacente aos óstios das veias pulmonares; 5- Substituição das incisões e suturas no átrio esquerdo por eletrocauterização transendocárdica. RESULTADOS: O tempo de circulação extracorpórea variou de 64 a 133 min (média de 107,5 min) e o tempo de cardioplegia de 40 a 105 min (média de 76,7 min). Ao final da cirurgia, todos os pacientes estavam em ritmo atrial regular. O pós-operatório transcorreu sem complicações cirúrgicas e todos os pacientes receberam alta hospitalar em ritmo atrial regular. Em nenhum paciente foi necessário o implante de marcapasso definitivo. No seguimento ambulatorial, seis meses após a cirurgia, seis (75%) pacientes mantiveram o ritmo atrial com as contrações atriais regulares, e dois apresentaram fibrilação atrial, clinicamente controlada (NYHA II). Também não ocorreram complicações embólicas nem evidência de trombose no controle ecocardiográfico. CONCLUSÃO: Pode-se concluir, como experiência inicial, que a abordagem eletrofisiológica e a técnica empregada otimizaram o tratamento cirúrgico da fibrilação atrial, possibilitando a correção de lesões valvares mitrais e tricúspide sem morbidade adicional.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Gomes,Otoni Moreira Gomes,Eros Silva

Alterações estruturais e moleculares (cDNA) precoces em veias safenas humanas cultivadas sob regime pressórico arterial

OBJETIVO: A veia safena (VS) empregada na revascularização do miocárdio (RM) fica submetida a estresse tênsil elevado e contínuo. Sua resposta adaptativa à nova condição hemodinâmica pode predispor à oclusão do enxerto. Este trabalho visou verificar as alterações estruturais precoces e moleculares (cDNA) entre VS humanas submetidas a baixo regime pressórico versus condições hemodinâmicas sistêmicas. MÉTODO: Quarenta segmentos de VS foram cultivados "ex-vivo" sob condição hemodinâmica venosa (CHV) (sem pressão, fluxo:5 ml/min) e sob condição hemodinâmica arterial (CHA) (pressão: 80mmHg, fluxo:50mL/min). Foram analisadas: viabilidade celular (coloração MTT), densidade celular (coloração hoechst 33258) e apoptose (ensaio TUNEL), antes e um, dois e quatro dias após o procedimento. Determinamos alvos moleculares alterados precocemente nas veias cultivadas sob condição arterial, através da análise "cDNA microarray" de segmentos das VS. A busca desses alvos foi realizada através de pool homogeneizado do RNA desses segmentos venosos, interagindo por homologia em lâmina contendo 16000 genes humanos pré-determinados (Agilent Technologies slide). Os genes com expressão alterada foram certificados por PCR em tempo real, em veias de 16 diferentes indivíduos. RESULTADOS: Houve diminuição gradual da densidade celular e da viabilidade tecidual nas VS cultivadas mediante CHA, enquanto nenhuma alteração ocorreu quando a veia foi cultivada até quatro dias na CHV. No grupo sob CHA houve sinais de processo apoptótico celular (TUNEL-positivo) já a partir do 1º dia de cultivo, o que não ocorreu no outro grupo. A densidade celular das veias sob regime arterial, decorridas 24h de cultivo, era similar à das amostras frescas das mesmas, mas inúmeras células já apresentavam indícios de processo apoptótico. Os alvos moleculares mais alterados(de acordo com o PCR em tempo real) e selecionados para pesquisa foram o Oncogene 3 e a Interleucina 1ß. A expressão do Oncogene 3 estava elevada em 11 (68,7%) das veias cultivadas sob regime arterial, enquanto observou-se aumento da expressão da Interleucina 1ß em nove (56,2%) desses segmentos venosos (p<0,05). CONCLUSÃO: O modelo de estudo "ex vivo" permitiu mimetizar os eventos iniciais sofridos "in vivo" pela VS utilizada na RM. No grupo CHA houve perda de viabilidade precoce das células (apoptose) e elevação significativa nas expressões gênicas do Oncogene 3 e da Interleucina 1ß. O seguimento em longo prazo desses pacientes poderá esclarecer o real papel dessas alterações precoces na perviabilidade desses enxertos venosos.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Dallan,Luís Alberto O. Miyakawa,Ayumi A. Lisboa,Luiz Augusto Abreu Filho,Carlos Alberto Campos,Luciene Borin,Thaiz Krieger,José Eduardo Oliveira,Sérgio Almeida de

Influência da terapia com espironolactona sobre níveis sangüíneos de tiamina em pacientes com insuficiência cardíaca

FUNDAMENTO: Estudos do manejo não-farmacológico da insuficiência cardíaca (IC) têm sido muito escassos. A importância de micronutrientes como tiamina há muito é conhecida, uma vez que sua deficiência está associada com o desenvolvimento de IC de alto débito. OBJETIVO: Nós estudamos a relação entre adicionar à inibição da ECA uma supressão adicional da aldosterona com espironolactona e níveis sangüíneos de tiamina (pmol/ml). MÉTODOS: Um total de 22 pacientes (pc) com IC (classes III/IV da NYHA) foi dividido em dois grupos [grupo I - espironolactona 25mg/dia (n=11) e grupo II - sem espironolactona (n=11)]. Determinamos os níveis de tiamina pelo uso da atividade da transcetolase eritrocitária. Os grupos foram comparados com relação à ingesta alimentar, demografia, doses de furosemida e níveis sangüíneos de tiamina, usando os testes de Mann-Whitney e t de Student. Analisamos as proporções com testes de qui-quadrado e de Kruskal-Wallis para associarmos a tiamina com fatores demográficos e usamos as doses de furosemida como variáveis dependentes. RESULTADOS: Os grupos I e II eram similares em relação à ingesta alimentar, doses diárias de furosemida (110,9±30,2 e 105,5±26,9 mg, respectivamente; p>0,05), demografia (etiologia, idade, hipertensão, diabete, tabagismo, abuso de álcool, dislipidemia e tratamento adjuvante da IC com drogas). Os pacientes do grupo I mostraram níveis de tiamina significativamente superiores, comparados com aqueles do grupo II (277,2±89,8 e 154,7±35,7, respectivamente) (p<0,001). Nenhuma das variáveis dependentes citadas acima estava associada com a tiamina. CONCLUSÃO: Em uma coorte de pacientes ambulatoriais com IC tratados com alta dose de diuréticos de alça, o uso de espironolactona está associado com níveis sangüíneos superiores de tiamina. A importância deste achado ainda deverá ser estabelecida por estudos futuros com desenho prospectivo e amostras maiores.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Rocha,Ricardo Mourilhe Silva,Guilherme Vianna e Albuquerque,Denilson Campos de Tura,Bernardo Rangel Albanesi Filho,Francisco Manes

Transplante cardíaco pediátrico em vigência de choque cardiogênico refratário: análise crítica da viabilidade, aplicabilidade e resultados

FUNDAMENTO: Considerando crianças com miocardiopatia dilatada, na lista de espera de transplante de coração, podemos avaliar a gravidade do quadro hemodinâmico desses pacientes. Alguns apresentam choque cardiogênico e um elevado índice de mortalidade. Mesmo com suporte inotrópico e respiratório, o transplante de coração é considerado uma condição de extrema gravidade. OBJETIVO: Apresentar nossa experiência com crianças na circunstância de transplante cardíaco em vigência de choque cardiogênico refratário, procurando analisar a viabilidade, a aplicabilidade e os resultados desses transplantes. MÉTODOS: De março de 2001 a fevereiro de 2004, 22 crianças com miocardiopatia dilatada, previamente registradas na lista de transplante, apresentaram choque cardiogênico, necessitando transferência para unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica, intubação e suporte inotrópico. As idades variaram de 11 meses a 11 anos (média = 4,3 idade), com 55% do sexo masculino; 14 poderiam ser listados como prioridade clínica e os outros 8 foram excluídos da lista de espera em razão de condição clínica desfavorável. RESULTADOS: Oito transplantes de coração foram executados, 6 crianças faleceram na fila de espera (42,9%). Duas crianças faleceram (25%) após o transplante; as outras 6 receberam alta hospitalar com boas condições clínicas. As duas principais complicação são rejeição, em 4 casos, e infecção, em 5 casos. Dois apresentaram complicações neurológicas, com recuperação total em um dos casos. CONCLUSÃO: Crianças com miocardiopatia e choque cardiogênico necessitam de transplante imediato; somente 57,1% podiam ser transplantadas, com mortalidade de 25%. Daquelas que sobreviveram ao transplante, a evolução clínica foi boa, similar às crianças transplantas em cirurgias eletivas.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Jatene,Marcelo Biscegli Miana,Leonardo Augusto Pessoa,Alexander John Riso,Arlindo Azeka,Estela Tanamati,Carla Gimenez,Solange Lopes,Antonio Augusto Marcial,Miguel Barbero Stolf,Noedir Antonio Groppo

Caso 3/2008: dispnéia intensa rapidamente progressiva em mulher portadora de prótese mecânica em posição mitral

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Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Ribeiro,Adriano Freitas Abrantes,Michele Tavares Vieira,Marcelo Aiello,Vera Demarchi

O sistema apelinérgico: papel na fisiologia e patologia humanas e potenciais aplicações terapêuticas

A apelina é um peptídeo recentemente descoberto e identificado como o ligando endógeno do receptor APJ. A apelina e o receptor APJ são expressos numa grande variedade de tecidos, tais como coração, cérebro, rins e pulmões, onde a sua interação pode ter importantes efeitos fisiopatológicos. Com efeito, a última década foi fértil no esclarecimento de possíveis papéis desempenhados pela apelina na fisiologia humana, nomeadamente como peptídeo regulador dos sistemas cardiovascular, hipotálamo-hipófisário, gastrointestinal e imunitário. Um possível envolvimento da apelina na patogênese de doenças com elevada prevalência e co-morbilidades, como a hipertensão arterial, a insuficiência cardíaca e o diabete melito tipo 2, perspectivam-na como um possível alvo terapêutico a explorar no futuro. Este trabalho fornece uma visão geral dos efeitos fisiológicos da apelina e apresenta o possível papel desse peptídeo na patogênese de várias doenças, associado a implicações terapêuticas que poderão vir a ser, assim, exploradas.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Ladeiras-Lopes,Ricardo Ferreira-Martins,João Leite-Moreira,Adelino F.

Gestação em portadora de arterite de Takayasu

No presente relato, que descreve a gestação de paciente portadora de arterite de Takayasu, serão avaliadas a interação dessa afecção com a gravidez e as intercorrências materno-fetais, do parto e do recém-nascido.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Lucena,Alexandre Jorge Gomes de Carvalho,Antonio Carlos Souza,Jose Augusto M. Moron,Antonio Fernandes Sun,Sue Y. Born,Daniel

Aneurisma de apêndice atrial esquerdo: diagnóstico ecocardiográfico

O aneurisma de apêndice atrial esquerdo é condição rara que se manifesta freqüentemente por arritmias cardíacas ou tromboembolismo. Relatamos um caso de paciente portador de aneurisma de apêndice atrial esquerdo, diagnosticado pela ecocardiografia e submetido a ressecção cirúrgica.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Veiga,Viviane Cordeiro Rojas,Salomón Soriano Ordinola Silva Junior,Amilton Patrício,Marcelo Luiz Marum,Elias César Hauy Abensur,Henry

Síndrome de Eisenmenger na gravidez

A síndrome de Eisenmenger consiste em hipertensão pulmonar com shunt reverso ou bidirecional ao nível atrioventricular ou aortopulmonar. Na gestação, essa síndrome está associada com altas taxas de mortalidade (30 a 50%). Normalmente, a hipertensão pulmonar é agravada durante a gestação, levando a um resultado desfavorável. Neste artigo, relatamos um caso de gestante portadora de síndrome de Eisenmenger com boa evolução materna e do recém-nascido.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Borges,Vera Therezinha Medeiros Magalhães,Claudia Garcia Martins,Anice Maria V. C. Matsubara,Beatriz B.

Série fracionada da extensão de joelho proporciona maiores respostas cardiovasculares que séries contínuas

FUNDAMENTO: O exercício de força pode proporcionar significativas respostas cardiovasculares durante sua execução, sendo interessante traçar estratégias para reduzí-las sem comprometer a produção de força. OBJETIVO: Comparar as respostas cardiovasculares agudas de pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), freqüência cardíaca (FC) e duplo-produto (DP) durante a extensão unilateral de joelho (quatro séries de oito repetições máximas) realizada de forma contínua ou fracionada. Ambos os protocolos envolveram 2 minutos (min) de intervalo entre as séries, e no protocolo fracionado foi adicionada uma pausa de 2 segundos (s) entre a 4ª e a 5ª repetições. MÉTODOS: Oito homens saudáveis e treinados em força muscular (26± 6 anos) participaram da coleta de dados, aleatoriamente divididos em dois dias não-consecutivos. As respostas cardiovasculares foram medidas por fotopletismografia (Finapres) em repouso, ao término de cada série e 2 min após a execução de cada protocolo. RESULTADOS: A série fracionada acusou valores significativamente mais elevados que o protocolo de série contínua para: PAS (mmHg) na 2ª (173,1± 5,4 vs 152,0± 4,0; p=0,001), 3ª (188,9± 8,6 vs 162,4± 6,0; p=0,000) e 4ª série (193,1± 8,1 vs 161,6± 5,9; p=0,000); PAD (mmHg) na 3ª (103,8± 4,1 vs 86,1± 3,3; p=0,000) e 4ª série (104,1± 2,7 vs 83,4± 3,3; p=0,000); DP (mmHg.bpm) na 2ª (17.907,5± 1.350,7 vs 14.541,9± 1.848,0; p=0,03), 3ª (19.687,3± 1.444,3 vs 15.612,1± 1.180,3; p=0,008) e 4ª série (21.271,0± 1.794,2 vs 15.992,0± 1.093,4; p=0,001). CONCLUSÃO: O protocolo fracionado proporcionou maior elevação das respostas pressóricas que o protocolo contínuo. No entanto, pelas características do delineamento adotado, são necessários outros estudos para confrontar esses achados.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Polito,Marcos Doederlein Simão,Roberto Lira,Vitor Agnew Nóbrega,Antônio Cláudio Lucas da Farinatti,Paulo de Tarso Veras

Nova técnica cirúrgica de preparo da veia safena para revascularização do miocárdio sem manipulação direta - no-touch

FUNDAMENTO: Otimização da veia safena na revascularização miocárdica. OBJETIVO: Apresentar a técnica no-touch de preparo da veia safena. Essa técnica consiste na retirada da veia safena do seu leito, com um pedículo de tecido adiposo, protegendo-a contra espasmos, sendo desnecessário distendê-la. MÉTODOS: Estudo prospectivo e randomizado, incluindo 156 pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica. Comparação da técnica no-touch com duas outras técnicas: convencional e intermediária. Procedeu-se à avaliação da morfologia endotelial, utilizando a microscopia. A perviabilidade das pontes foi determinada com exame angiográfico num período médio de 18 meses após a operação. A enzima óxido nítrico sintetase endotelial (eNOS) foi identificada por meio do estudo imunohistoquímico. RESULTADOS: A avaliação morfológica mostrou integridade endotelial de 97% nas veias do grupo no-touch; enquanto quase metade da superfície endotelial das veias tratadas pelas outras técnicas exibiu ausência de células endoteliais. A angiografia revelou perviabilidade de 95,4% para as pontes do grupo no-touch, 88,9 e 86,2% para as pontes do grupo convencional e intermediária, respectivamente. O estudo imunohistoquímico revelou a presença da eNOS nas três camadas que compõem a parede da veia no grupo no-touch e redução dessa enzima no grupo convencional. CONCLUSÃO: A integridade endotelial e a atividade da eNOS foram melhor preservadas com o uso da técnica no-touch. A proteção mecânica fornecida pelo tecido gorduroso circundante à veia e a atividade vasodilatadora e bloqueadora da agregação plaquetária causada pelo óxido nítrico podem ser responsáveis pela proteção da veia contra o espasmo, como também por sua alta perviabilidade imediata.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Rueda,Fabio de Souza,Domingos Lima,Ricardo de Carvalho Menezes,Alexandre Johansson,Benny Dashwood,Michael Thé,Emmanuel Gesteira,Mário Escobar,Mozart Vasconcelos,Frederico

Valvoplastia sem suporte para insuficiência mitral degenerativa: resultados a longo prazo

FUNDAMENTO: As vantagens do reparo valvar para tratamento de insuficiência mitral degenerativa estão bem estabelecidas. O procedimento está associado com baixas taxas de morbimortalidade, e foram relatados baixos índices de reoperação, eventos tromboembólicos e endocardite. Na maior parte das séries, são implantados anéis para anuloplastia, mas algumas instituições preferem valvoplastia sem suporte. OBJETIVO: Avaliar a evolução clínica de pacientes submetidos à valvoplastia sem suporte para tratamento de insuficiência mitral degenerativa. MÉTODOS: Entre janeiro de 1980 e janeiro de 2003, 116 pacientes foram submetidos ao procedimento. Sessenta e dois (53,4%) eram do sexo masculino, e a media de idade era 47,2 ± 16,5 anos. Os procedimentos empregados foram: Anuloplastia tipo Wooler (65,5%), anuloplastia unilateral (15,5%), ressecção quadrangular da cúspide posterior (35,3%), encurtamento de corda tendínea anterior (20,7%), encurtamento de corda tendínea posterior (6,9%) e desbridamento do cálcio (0,9%). O período médio de acompanhamento foi de 6,5 ± 5,1, e o acompanhamento mais longo foi de 24 anos. RESULTADOS: A mortalidade precoce foi de 0,86% (1 paciente), e a mortalidade tardia foi de 6,03% (7 pacientes). A sobrevida atuarial foi de 85,3% em vinte anos. A maioria dos pacientes (55,2%) apresentava classe funcional III no período pré-operatório, enquanto no período pós-operatório a classe funcional I foi mais freqüente (66,4%). Quatro pacientes (3,4%) tiveram complicações tromboembólicas, e não foi observada correlação com fibrilação atrial. A sobrevida livre de eventos tromboembólicos foi de 94,8%, e resultados semelhantes foram observados para endocardite bacteriana. A sobrevida livre de reoperação foi de 79% e 53% aos 5 e 10 anos, respectivamente. CONCLUSÃO: Valvoplastia sem suporte é um procedimento eficaz e seguro para tratamento de insuficiência mitral degenerativa, representando uma alternativa terapêutica adequada para determinados casos.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Balbinot,Alexsandra L. Kalil,Renato A. K. Prates,Paulo R. Sant'Anna,João Ricardo M. Wender,Orlando C. Teixeira Filho,Guaracy Fernandes Abrahão,Rogério S. Nesralla,Ivo A.