Repositório RCAAP
Dissecção aguda de aorta como apresentação de emergência hipertensiva
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2022-12-06T14:00:48Z
Melo,Renan Oliveira Vaz de Martin,José Fernando Vilela Toledo,Juan Carlos Yugar Braile,Domingo Marcolino
Fechamento de comunicação interventricular muscular de via de entrada do ventrículo direito
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2022-12-06T14:00:48Z
Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Oliveira,Marcos Aurélio Barboza de Guimarães Filho,Fábio Villaça
Results of beating heart mitral valve surgery via the trans-septal approach
OBJECTIVE: Mitral valve surgery can be performed through the trans-atrial or the trans-septal approach. Although the trans-atrial is the preferred method, the trans-septal approach has also been used recently and has a particular value in beating-heart mitral valve surgery. Herein we report our experience with beating-heart mitral valve surgery via trans-septal approach, and discuss its advantages and pitfalls. METHODS: Between 2000 and 2007, 214 consecutive patients were operated upon utilizing beating heart technique for mitral valve surgery. The operation was performed via transseptal approach with the aorta unclamped, the heart beating, with normal electrocardiogram and in sinus rhythm. RESULTS: Mean age was 56.03 ± 13.93 years (range: 19-86 years; median: 56 years). There were 131 (61.2%) males and 83 (38.8%) females. Of the prostheses used, 108 (50.5%) were biological, and 39 (18.2%) were mechanical. Mitral repairs were performed in 67 (31.3%) patients. Mean hospital stay was 17.4 ± 20.0 days (range: 3-135 days; median: 11 days). Intra-aortic balloon pump (IABP) utilization was required in 12 (5.6%) of 214 patients. One-month mortality was 7.4%, and re-operation for bleeding was needed in 15 (7%) patients. CONCLUSIONS: Beating-heart mitral valve surgery is an option for myocardial protection in patients undergoing mitral valve surgery. This technique is facilitated by the trans-septal approach due to reduced aortic insufficiency and improved visualization of the mitral apparatus.
2022-12-06T14:00:48Z
Salerno,Tomas A Suarez,Maria Panos,Anthony L Macedo,Francisco Igor Alba,Julia Brown,Michael Ricci,Marco
Importância da troponina I no diagnóstico do infarto do miocárdio no pós-operatório de cirurgia de revascularização
OBJETIVO: Estabelecer um valor de corte para a troponina I, correlacionando-a com a ocorrência de infarto do miocárdio pós-cirúrgico (IAMPC). MÉTODOS: Foram incluídos 180 pacientes consecutivos portadores de coronariopatia obstrutiva com indicação cirúrgica. A idade média dos pacientes foi de 60,6 ± 9,3 anos, sendo 119 (66,1%) do sexo masculino e 61 (33,9%), do feminino. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo sem infarto (A) - 170 pacientes - e infartado (B) - 10 pacientes. Foram coletados de cada um troponina I, ao momento da indução anestésica e ao segundo dia do pósoperatório, e correlacionada com a presença ou não de IAMPC. A análise estatística foi feita com a ajuda do programa StatsDirect 1.6.0 para Windows. RESULTADOS: A troponina I pré-operatória apresentou uma média de 1,0 ± 6 ng/ml. A regressão logística univariada mostrou correlação da troponina I do segundo dia de pós-operatório com IAMPC com P=0,0005. A curva ROC determinou um valor de corte de 6,1 ng/ml, sensibilidade = 90,0% e especificidade = 82,1%, OR = 49,8 (IC 95% 6,1-410,4) com P<0,0001. CONCLUSÃO: A chance de um paciente com infarto pósoperatório apresentar troponina igual ou superior a 6,1 ng/ml é 49,8 vezes maior do que a de um paciente que não infartou apresentar troponina acima desse nível.
2022-12-06T14:00:48Z
Oliveira,Marcos Aurélio Barboza de Botelho,Paulo Henrique Husseni Brandi,Antônio Carlos Santos,Carlos Alberto dos Soares,Marcelo José Ferreira Zaiantchick,Marcos Machado,Maurício de Nassau Godoy,Moacir Fernandes de Braile,Domingo Marcolino
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Ánalise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos
Realizado pelo Grupo de Estudos de Eletrocardiografia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, este novo trabalho atualiza a primeira diretriz do eletrocardiograma de repouso, de 2003, com o resultado da reunião de especialistas de todo o Brasil em Pouso Alegre (MG), em novembro de 2008. Visando agregar mais conhecimento a esta centenária e fiel ferramenta, sempre presente nos consultórios dos clínicos e cardiologistas do Brasil e do mundo, são trazidas para esta versão as muitas novidades surgidas desde então. O descobrimento da eletrofisiologia, facilitando o diagnóstico das arritmias mais sofisticadas, o estudo pormenorizado das funções dos canais iônicos e suas repercussões na repolarização ventricular e, finalmente, o papel do ECG na prevenção da morte súbita cardíaca, foram alguns dos ganhos obtidos nestes últimos anos, além da transmissão dos exames eletrocardiológicos (ECG, holter, ergometria) através da internet, que possibilitou a difusão dos exames por todo o país.
2022-12-06T14:00:48Z
Pastore,CA Pinho,C Germiniani,H Samesima,N Mano,R
II Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Aguda
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2022-12-06T14:00:48Z
MW,Montera RA,Almeida EM,Tinoco RM,Rocha LZ,Moura Réa-Neto,A
III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica
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2022-12-06T14:00:48Z
Bocchi,Edimar Alcides Braga,Fabiana Goulart Marcondes Ferreira,Silvia Moreira Ayub Rohde,Luis Eduardo Paim Oliveira,Wilson Alves de Almeida,Dirceu Rodrigues de Moreira,Maria da Consolação Vieira Bestetti,Reinaldo Bulgarelli Bordignon,Solange Azevedo,Clério Tinoco,Evandro Mesquita Rocha,Ricardo Mourilhe Issa,Victor Sarli Ferraz,Almir Cruz,Fátima das Dores Guimarães,Guilherme Veiga Montera,Vanessa dos Santos Pereira Albuquerque,Denilson Campos Bacal,Fernando Souza,Germano Emilio Conceição Rossi Neto,João Manoel Clausell,Nadine Oliveira Martins,Silvia Marinho Siciliano,Alexandre Souza Neto,João David de Moreira,Luis Felipe Teixeira,Ricardo Alkmim Moura,Lídia Zytynski Beck-da-Silva,Luís Rassi,Salvador Azeka,Estela Horowitz,Estela Ramires,Felix Simões,Marcus Vinicius Castro,Renato Barroso Pereira de Salemi,Vera Maria Cury Villacorta Junior,Humberto Vila,José Henrique Simões,Ricardo Albanesi,Francisco Montera,Marcelo Westerlund
Diferentes aferições do diâmetro abdominal sagital e do perímetro da cintura na predição do HOMA-IR
FUNDAMENTO: A correlação entre aumento de gordura visceral e de resistência à insulina coloca o diâmetro abdominal sagital e o perímetro da cintura como instrumentos potenciais para a predição de resistência à insulina. OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade de diferentes aferições do diâmetro abdominal sagital e do perímetro da cintura e analisar o poder discriminante dos mesmos para predizer resistência à insulina. MÉTODOS: Foram avaliados 190 homens adultos. O diâmetro abdominal sagital (menor cintura, maior diâmetro abdominal, nível umbilical e ponto médio entre as cristas ilíacas) e o perímetro da cintura (nível umbilical, menor cintura, imediatamente acima da crista ilíaca e ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela) foram aferidos em quatro locais diferentes. A resistência à insulina foi avaliada pelo índice HOMA-IR. RESULTADOS: Todas as medidas apresentaram correlação intraclasse de 0,986-0,999. Tanto o diâmetro abdominal sagital aferido na menor cintura (r=0,482 e AUC=0,739±0,049) como o perímetro da cintura aferido no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca (r=0,464 e AUC=0,746±0,05) apresentaram maiores correlações com o HOMA-IR, bem como um melhor poder discriminante para o HOMA-IR segundo a análise ROC (p<0,001). CONCLUSÃO: O diâmetro abdominal sagital e o perímetro da cintura mostraram-se altamente reprodutíveis. O diâmetro abdominal sagital (menor cintura) e o perímetro da cintura (ponto médio crista ilíaca e última costela) apresentaram melhor desempenho em predizer o HOMA-IR. Investigações em outros grupos da população brasileira devem ser realizadas para viabilizar a utilização desses indicadores de resistência à insulina na população como um todo de forma padronizada.
2022-12-06T14:00:48Z
Vasques,Ana Carolina Junqueira Rosado,Lina Enriqueta Frandsen Paez de Lima Rosado,Gilberto Paixão Ribeiro,Rita de Cassia Lanes Franceschini,Sylvia do Carmo Castro Geloneze,Bruno Priore,Silvia Eloiza Oliveira,Dirce Ribeiro de
Mortalidade por doenças do aparelho circulatório no município de Ribeirão Preto - SP, de 1980 a 2004
FUNDAMENTO: No âmbito da transição epidemiológica, estudos de tendência secular podem subsidiar a formulação de hipóteses para o gerenciamento em Saúde. OBJETIVO: Identificar o padrão de mortalidade por doenças do aparelho circulatório (DAC) no município de Ribeirão Preto, SP, no período de 1980 a 2004. MÉTODOS: Os óbitos por DAC foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). As estimativas populacionais para o município, segundo sexo, faixa etária e anos-calendário, foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os coeficientes específicos de mortalidade foram calculados, anualmente, segundo sexo e faixa etária classificada em intervalos de 10 anos, a partir dos 30 anos de idade. O estudo de tendência foi realizado por meio da construção de modelos de regressão polinomial para séries históricas, adotando-se nível de significância < 0,05. RESULTADOS: Os coeficientes específicos de mortalidade por DAC aumentaram com a idade, em ambos os sexos, sendo mais elevados no sexo masculino até a faixa etária de 40 a 49 anos, quando ocorreu aproximação em magnitude, sendo que, na faixa etária de 80 anos ou mais, esses indicadores, no sexo feminino e em alguns anos da série, ultrapassaram os do sexo masculino. Ao longo do período estudado, em ambos os sexos e em todas as faixas etárias, ocorreu declínio significante das taxas de mortalidade por esse grupo de causas (p<0,001). CONCLUSÕES: O padrão de mortalidade por DAC no município de Ribeirão Preto foi similar ao encontrado em regiões desenvolvidas, permitindo a formulação de hipóteses sobre possíveis fatores de proteção que podem explicar o declínio observado.
2022-12-06T14:00:48Z
Moraes,Suzana Alves de Suzuki,Cláudio Shigueki Freitas,Isabel Cristina Martins de Costa Júnior,Moacyr Lobo da
Doenças cardiovasculares antes e após o programa saúde da família, Londrina, Paraná
FUNDAMENTO: A redução da morbi-mortalidade pelas doenças do aparelho circulatório (DAC) é um dos maiores desafios da atenção básica, e a atuação da Saúde da Família possibilita o acesso às medidas multissetoriais e integrais que a abordagem dessas doenças exige. OBJETIVO: Analisar a mortalidade e a internação hospitalar, por DAC, antes e após a implantação da Saúde da Família em Londrina-PR. MÉTODOS: Estudo de agregados, comparando-se os coeficientes de mortalidade e de internação hospitalar pelo SUS, por DAC, doença cerebrovascular (DCbV) e doença isquêmica do coração (DIC), de residentes em Londrina, em dois quadriênios: 1997 a 2000 e 2002 a 2005. Os dados foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade e no Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Foram calculadas razões entre as taxas nos dois períodos e os respectivos intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS: As DAC mantiveram-se como a primeira causa de morte no município nos dois quadriênios. As DCbV e as DIC responderam por mais de 63% das mortes por DAC. Na comparação dos dois quadriênios, observou-se a redução das taxas de mortalidade por DCbV, significativa apenas em maiores de 59 anos, em ambos os sexos, e o aumento da internação em 10%. Para as DIC não houve alteração significativa na mortalidade e ocorreu um aumento de 40% na taxa de internação. CONCLUSÃO: A redução significativa apenas na mortalidade por DCbV em idosos sugere a necessidade de ampliar a cobertura assistencial aos diferentes grupos populacionais e o desenvolvimento de ações de caráter preventivo e de promoção à saúde.
2022-12-06T14:00:48Z
Carvalho,Brígida Gimenez Souza,Regina Kazue Tanno de Soares,Darli Antonio Yagi,Mara Cristina Nishikawa
O grande desafio de uma nova realidade
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2022-12-06T14:00:48Z
Moreira,Luiz Felipe P.
Terapia de ressincronização cardíaca: há algo de novo no front?
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2022-12-06T14:00:48Z
Rodrigues,Ana Clara Tude
Entendimento do termo de consentimento por pacientes partícipes em pesquisas com fármaco na cardiologia
FUNDAMENTO: Em ensaios clínicos, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) é fundamental para preservar a ética, mas pela sua complexidade ele pode não ser entendido completamente. Neste estudo, avaliamos o entendimento do TCLE pelo paciente. OBJETIVO: Abordamos a questão sobre o nível de compreensão dos pacientes em relação aos estudos baseados no Consentimento Informado. MÉTODOS: Convidamos participantes de pesquisa ambulatorial fases II, III e IV, com fármacos, para responder um questionário estruturado com 29 questões, tais como: por que aceitou participar? Leu o TCLE antes de assinar? Ao assiná-lo, estava certo de tê-lo entendido? Oitenta indivíduos (20 mulheres e 60 homens) compareceram, num universo de 106 pacientes. As variáveis de cada questão foram consideradas por frequência de ocorrência. A comparação entre as médias entre os grupos foi realizada pelos testes t de Student ou Wilcoxon; e para associações, o Qui-quadrado ou Razão de Verossimilhança, ou teste exato de Fisher. RESULTADOS: A média das idades foi de 58,7 ± 9,3 anos. Das motivações para participar da pesquisa, 66,2% apontaram seu próprio benefício; 42,5%, o bem da ciência; 25,0% alegaram atender a um pedido de seu médico; 50% não entenderam corretamente o TCLE; e 32,9% sequer o leram, mas o assinaram. Dentre os que receberam placebo após a randomização (n = 47), 66,7% não entenderam o significado deste termo. Houve forte correlação entre o não entender o significado de placebo com a escolaridade (p = 0,02), evidenciando que quanto menor o nível de instrução, menor este entendimento. CONCLUSÃO: O TCLE é pouco compreendido pelos pacientes e para alguns deles a confiança no médico teve impacto na decisão de participar do ensaio clínico com fármaco, havendo também influência do nível de instrução dos sujeitos no entendimento do termo "placebo".
2022-12-06T14:00:48Z
Meneguin,Silmara Zoboli,Elma L. C. P. Domingues,Raquel Z. L. Nobre,Moacyr R. César,Luiz A. M.
Estudo de mutações causadoras de cardiomiopatia hipertrófica em um grupo de pacientes no Espírito Santo, Brasil
FUNDAMENTO: A cardiomiopatia hipertrófica (CH) é a doença cardíaca hereditária mais frequente, causada por mutações nos genes codificadores para proteínas do sarcômero. Embora mais de 430 mutações tenham sido identificadas em vários continentes e países, não há relato de que isso tenha sido estudado no Brasil. OBJETIVO: Conduzir um estudo genético para identificar mutações genéticas que causam a CH em um grupo de pacientes no estado do Espírito Santo, Brasil. MÉTODOS: Usando a técnica SSCP, 12 exons dos três principais genes envolvidos com a CH foram estudados: exons 15, 20, 21, 22 e 23 do gene da cadeia pesada da β-miosina (MYH7), exons 7, 16, 18, 22 e 24 do gene da proteína C ligada à miosina (MYBPC3) e exons 8 e 9 do gene da troponina T (TNNT2). RESULTADOS: 16 alterações foram encontradas, incluindo duas mutações, uma delas possivelmente patogênica no gene MYBPC3 gene (p. Glu441Lys) e a outra patogênica já descrita no gene TNNT2 (p.Arg92Trp); 8 variações de seqüência raras e 6 variações de seqüência com frequência alélica maior do que 1% (polimorfismos). CONCLUSÃO: Com esses dados, é possível concluir que a genotipagem dos pacientes é factível em nosso meio. É possível que a variante p.Glu441Lys no exon 16 do gene MYBPC3 seja patogênica, resultando em um fenótipo mais leve do que o encontrado em associação com outras mutações. A variante p.Arg92Trp no exon 9 do gene TNNT2 não resulta em um fenótipo tão homogêneo como descrito anteriormente e pode levar à hipertrofia grave.
2022-12-06T14:00:48Z
Marsiglia,Júlia Daher Carneiro Batitucci,Maria do Carmo Pimentel Paula,Flávia de Barbirato,Clara Arteaga,Edmundo Araújo,Aloir Queiroz de
Terapia de resgate com amiodarona em crianças com grave disfunção ventricular esquerda causada por veneno de escorpião
FUNDAMENTO: As crianças picadas por escorpião, pressintam ativação maciça do sistema nervoso simpática com vários graus de disfunção sistólica ventricular esquerda. OBJETIVO: Testar um protocolo de resgate em crianças com grave disfunção ventricular esquerda causada por picada de escorpião. Métodos: Quatro crianças após serem picadas por escorpião foram submetidas a: Encubação endotraqueal e suporte respiratório, eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma e determinação sérica da norepinefrina e troponina I. As análises foram repetidas após 12, 24 e 48 horas. As seguintes medicações intravenosas foram administradas: dobutamina 4-6 μg/kg/min; amiodarona 3 mg/kg durante duas horas, com dose de manutenção de 5 mg/kg/dia; e furosemida 0,5 mg/kg. Amiodarona, dobutamina e furosemida foram administradas durante as primeiras 48 horas. Bloqueadores beta-adrenérgicos e inibidores da enzima conversora da angiotensina foram administrados até 48 após a internação, uma vez que o estado clínico havia melhorado e a fração de ejeção ventricular esquerda encontrava-se acima de 0,35%. RESULTADOS: Na admissão, a dosagem da norepinefrina foi 1.727,50± 794,96 pg/ml, a de troponina I 24,53 ± 14,09 ng/ml e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo foi 0,20 ± 0,056. Após 12 horas, os níveis séricos de norepinefrina e de troponina I diminuíram para a metade dos valores iniciais e a fração de ejeção aumentou para 0,32 ± 0,059. Durante as 24 e 48 horas subseqüentes, a fração de ejeção elevou-se para 0,46 ± 0,045 (p<0,01) e a norepinefrina e de troponina I diminuíram para 526,75 ± 273,73 (p< 0,02) e 2,20 ± 2,36 (p<0,02) respectivamente. CONCLUSÃO: É bem provável que a amiodarona, ao agir como neuromodulador, seja responsável pela redução rápida e progressiva dos níveis séricos de norepinefrina.
2022-12-06T14:00:48Z
Santiago,Justo J. Dávila,Carmen A. Mazzei de Davila,Diego F. Donis,Jose H. Villaroel,Vanesa
A importância de um EGC normal em síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST
FUNDAMENTO: O eletrocardiograma (ECG) de admissão tem um grande impacto no diagnóstico e tratamento de síndromes coronarianas agudas (SCA) sem supradesnivelamento do segmento ST. OBJETIVO: Avaliar o impacto do ECG de admissão no prognóstico da SCA sem supradesnivelamento de ST. População: estudo prospectivo, contínuo, observacional, de 802 pacientes com SCA sem supradesnivelamento de ST de um único centro. MÉTODOS: Os pacientes foram divididos em 2 grupos: A (n=538) - ECG Anormal e B (n=264) - ECG Normal. ECG Normal era sinônimo de ritmo sinusal sem alterações isquêmicas agudas. Um seguimento clínico de um ano foi realizado tendo como alvo todas as causas de mortalidade e a taxa de eventos cardíacos adversos maiores (MACE). RESULTADOS: Os pacientes do Grupo A eram mais velhos (68,7±11,7 vs. 63,4±12,7 anos, p<0,001), apresentavam classes Killip mais altas e pico mais altos de biomarcadores de necrose miocárdica. Além disso, apresentavam menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) (52,01±10,55 vs. 55,34± 9,51%, p<0,001), taxa de filtração glomerular, hemoglobina inicial, e níveis de colesterol total. Os pacientes do Grupo B foram mais frequentemente submetidos à estratégias invasivas (63,6 vs. 46,5%, p<0,001) e tratados com aspirina, clopidogrel, beta-bloqueadores e estatinas. Eles também apresentavam mais frequentemente uma anatomia coronária normal (26,2 vs. 18,0%, p=0,45). Foi observada uma tendência à maior mortalidade hospitalar no grupo A (4,6 vs. 1,9%, p=0,054). A análise de Kaplan-Meyer mostrou que a sobrevivência de 1 mês e um ano (95,1 vs. 89.5%, p=0.012) era mais alta no grupo B e o resultado manteve-se significante em um modelo de regressão de Cox (ECG normal HR 0,45 (0,21 - 0,97). Não houve diferenças em relação à taxa de MACE. CONCLUSÃO: Em nossa população de pacientes com SCA sem supradesnivelamento de ST, um ECG normal foi um marcador inicial para um bom prognóstico.
2022-12-06T14:00:48Z
Teixeira,Rogério Lourenço,Carolina António,Natália Monteiro,Sílvia Baptista,Rui Jorge,Elisabete Ferreira,Maria João Monteiro,Pedro Freitas,Mário Providência,Luís A
Influência da cor de pele auto-referida na prevalência da síndrome metabólica numa população urbana do Brasil
FUNDAMENTO: A síndrome metabólica tem uma elevada prevalência em diferentes partes do mundo, com variações entre diferentes grupos étnicos. OBJETIVO: Este estudo pretende explorar a influência da cor de pele auto-referida sobre a prevalência da SM. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado em subgrupo populacional em Salvador, Brasil. Utilizou-se auto-definição de cor de pele (branca, parda e negra) e o critério de SM do ATP-III. Foi usado o quiquadrado para tendência a fim de analisar gradiente das prevalências entre os grupos e a regressão logística para análises de associações. RESULTADOS: A prevalência geral da SM, ajustada por variáveis potencialmente confundidoras, não diferiu entre brancos (23,3%), pardos (23,3%) e negros (23,4%,). A análise por sexo mostrou entre os homens redução da prevalência da SM dos brancos, 26,2% IC95%(20,7-31,7), em comparação aos negros, 17,5% IC95% (12,3-22,8), e uma prevalência intermediária entre os pardos, 21,9% IC95% (18,6 - 25,1), p tend= 0,002. Entre as mulheres, a tendência foi inversa, maior nas negras, 27,0% IC95% (22,2-31,8), e menor nas brancas, 20,5% IC95%(15,6-25,4), p tend= 0,02. Na análise multivariada da associação entre cor de pele e SM (branco=grupo de referência), a cor negra entre os homens foi fator de proteção, razão de prevalência (RP)= 0,60 (0,36 - 0,97), enquanto que nas mulheres tendeu a ser fator de risco, RP= 1,33 (0,94 - 1,78). CONCLUSÃO: A prevalência da SM variou em função da cor de pele de modo inverso entre homens e mulheres. Ser negro foi fator de proteção entre homens e de risco nas mulheres.
2022-12-06T14:00:48Z
Barbosa,Paulo José Bastos Lessa,Ines Almeida Filho,Naomar de Magalhães,Lucélia Batista N. Cunha Araújo,Jenny
Varfarina e femprocumona: experiência de um ambulatório de anticoagulação
FUNDAMENTO: Os anticoagulantes orais são amplamente utilizados na cardiologia. Contudo, uma avaliação sobre o seu uso na prática clínica ainda é necessária. OBJETIVOS: Descrever as diferenças na manutenção do controle da anticoagulação, bem como a incidência de eventos hemorrágicos e tromboembólicos entre os usuários de varfarina e femprocumona. MÉTODOS: Estudo de coorte não concorrente de 127 pacientes em uso de anticoagulação oral. RESULTADOS: A femprocumona foi o anticoagulante mais utilizado em 60% dos pacientes. A prevalência de INR<2 na última consulta era maior entre os usuários de varfarina (46% vs. 19,5%; p<0,001). Durante o seguimento, os usuários da femprocumona estiveram dentro dos níveis terapêuticos em 60,7% do período em comparação com 45,6% dos usuários da Varfarina (OR:1,84;CI95%:1,59-2,13;p<0,001). A incidência de sangramentos foi de 5,3/100 pacientes/ano no grupo da femprocumona contra 18,8/100 pacientes/anos no grupo varfarina (RR:3,5;CI95%:1,87-6,48;p<0,001). CONCLUSÃO: Pacientes que faziam uso da varfarina permaneceram em níveis subterapêuticos por um maior período, contudo também apresentaram mais eventos hemorrágicos. Usuários da femprocumona eram mais jovens e estavam utilizando a anticoagulação oral por um período maior, tendo apresentado menos efeitos adversos dessas medicações.
2022-12-06T14:00:48Z
Leiria,Tiago Luiz Luz Pellanda,Lucia Miglioranza,Marcelo Haertel Sant'Anna,Roberto Tofani Becker,Lucas S. Magalhães,Eros Lima,Gustavo Glotz de
Síndrome metabólica em ambulatório cardiológico
FUNDAMENTO: No Brasil, a prevalência de síndrome metabólica (SM) é pouco conhecida em várias regiões. OBJETIVO: Analisar a prevalência da SM, seus componentes e a concordância entre dois critérios diagnósticos numa população com idade > 13 anos. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado de junho a outubro de 2007, em 719 pacientes, em ambulatórios cardiológicos de São Luís, MA. Mediu-se a pressão arterial (PA), peso, altura, circunferência abdominal e perfil lipídico. Avaliaram-se os fatores de risco para a SM segundo o critério da International Diabetes Federation (IDF). Razões de prevalência e intervalos de confiança de 95% foram estimados pela regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência da SM foi maior em ambos os sexos pelo conceito da IDF (62,3% em homens e 64,6% em mulheres), em relação ao do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Prevention (NCEP ATPIII) (48,9% em homens e 59% em mulheres). Os componentes da SM mais prevalentes foram: hipertensão arterial sistêmica HAS (87,2% e 86%); hipertrigliceridemia (84,4% e 82,5%); circunferência abdominal alterada (77,8% e 100%); HDL-c baixo (58,1% e 49,9%); e glicemia alterada (59,9% e 51,9%), pelos conceitos NCEP ATPIII e IDF, respectivamente. Após análise ajustada, idade > 60 anos e índice de massa corporal (IMC) > 30 foram associados a um maior risco de SM (p < 0,001). CONCLUSÃO: A prevalência da SM foi bem maior que a população geral; a (HAS) foi o componente mais prevalente. Houve boa concordância entre os dois critérios, sendo ótima no sexo feminino e regular no masculino.
2022-12-06T14:00:48Z
Barbosa,José Bonifácio Silva,Antonio Augusto Moura da Barbosa,Fabrício de Flores Monteiro Júnior,Francisco das Chagas Figueiredo Neto,José Albuquerque de Nina,Vinicius José da Silva Ribeiro,Waston Gonçalves Figuerêdo,Eduardo Durans Melo Filho,José Xavier de Chein,Maria Bethânia da Costa
Mortalidade por insuficiência cardíaca: análise ampliada e tendência temporal em três estados do Brasil
FUNDAMENTO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença crônica de grande prevalência e altas taxas de mortalidade. A mortalidade por IC, no Brasil, tem sido estudada mais frequentemente com dados de internações hospitalares. OBJETIVO: Avaliar as taxas de mortalidade por IC, por sexo e faixa etária, no conjunto dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, de 1999 a 2005. MÉTODOS: As informações foram obtidas dos atestados de óbito examinados nos três estados. A mortalidade por IC foi avaliada em modo restrito (causa básica de morte), modo abrangente (presente em qualquer linha do atestado) e modo ampliado (todos os códigos com presença de IC). RESULTADOS: As taxas específicas de mortalidade apresentaram tendências de quedas nítidas nos grupos de idade, exceto nos de 80 anos ou mais. As taxas aumentaram com a idade, sendo maiores nos homens, de forma clara, até os 80 anos. As taxas de mortalidade por IC foram três vezes maiores no modo abrangente do que no modo restrito. O modo ampliado acrescentou ainda 20% de óbitos em que havia IC. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo demonstram tendências de quedas nas taxas de mortalidade por IC no conjunto dos três estados - cerca de 43% do Brasil -, de 1999 a 2005. A metodologia de causas múltiplas de morte, além das básicas, permite apresentar dimensão mais abrangente da importância da IC como causa de óbito. A seleção adequada dos códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID), que compreendem a totalidade do fenômeno de IC, permanece como desafio para futuros estudos.
2022-12-06T14:00:48Z
Gaui,Eduardo Nagib Klein,Carlos Henrique Oliveira,Gláucia Maria Moraes de