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Influência da técnica de anestesia no tempo de ocupação de sala cirúrgica nas operações anorretais
INTRODUÇÃO: atualmente cerca de 90% das operações anorretais são realizadas em regime ambulatorial. A técnica anestésica é fator fundamental na busca de reduzido tempo de internação, agilidade no ambiente cirúrgico e redução de custos nestes procedimentos. Não há consenso na literatura sobre qual o melhor tipo de anestesia para essas operações. OBJETIVO: comparar o tempo de ocupação de sala cirúrgica em pacientes submetidos a operações anorretais através da técnica de raquianestesia com bupivacaína 0,5% isobárica comparada com a técnica de anestesia venosa com propofol associada ao bloqueio perianal local com lidocaína a 2% e bupivacaína 0,5%. MÉTODOS: Foram incluídos 99 pacientes divididos em 2 grupos: grupo I (raquianestesia), composto por 50 pacientes e grupo II (anestesia combinada), composto por 49 pacientes. Foram estudados os procedimentos cirúrgicos e o tempo de procedimento anestésico-cirúrgico, e medida indireta da ocupação da sala cirúrgica. RESULTADOS: Não houve diferença estatística significativa entre os grupos estudados em relação ao tipo de procedimento cirúrgico, sexo e idade. O tempo médio do procedimento anestésico-cirúrgico, no grupo I foi de 53,1 min e de 44,08 min no grupo II (p=0,034). CONCLUSÕES: As duas técnicas estudadas foram eficazes. Houve menor tempo de procedimento anestésico-cirúrgico nos pacientes operados com anestesia combinada, com significância estatística.
2008
Kotze,Paulo Gustavo Tambara,Elizabeth Milla Von Bahten,Luiz Carlos Silveira,Fábio Wietzikoski,Eduardo
Linfangioma perineal: relato de caso
O linfangioma é uma neoplasia benigna que pode se manifestar em qualquer local do corpo, sendo a localização perineal ou retrorretal bastante incomuns. Apresenta sintomatologia inespecífica, podendo manifestar-se de diversas formas, como o abaulamento perineal e compressão de estruturas pélvicas. Relata-se um caso de linfangioma perineal com ênfase em seu tratamento já que esta entidade clínica, apesar de benigna, tem potencial de malignização.
2008
Borges,Alline Maciel Pinheiro Balsamo,Flávia Lopes,Juliana Magalhães Carvalho,Rodrigo Britto de Pincinato,André Luigi Formiga,Galdino José Sitonio
Pneumatose cística intestinal
Pneumatose cística intestinal é uma doença rara caracterizada pelo acúmulo de gás na parede intestinal estando associada a uma variedade de doenças e procedimentos. Não existe uma história específica, achados de exame físico ou laboratorial que auxiliam no diagnóstico. O tratamento conservador utilizando-se a oxigenioterapia hiperbárica é efetivo, ficando a abordagem cirúrgica indicada quando há complicações.
2008
Salles,Valdemir José Alegre Saba,Eduardo Cauduro,Antonio Baptista Salgado,Felipe Cauduro
Colectomias no tratamento cirúrgico da constipação intestinal crônica: report of four cases
INTRODUÇÃO: A constipação intestinal é um distúrbio do trato digestório em que a atividade intestinal está reduzida, assim como a freqüência de evacuações; associada a fezes secas e endurecidas, acumuladas devido ao longo tempo de permanência no cólon. OBJETIVO: Avaliar quatro pacientes submetidos à colectomia total para o tratamento da constipação intestinal. MÉTODO: Estudo retrospectivo realizado por meio do levantamento de prontuários de pacientes submetidos à ressecção cirúrgica do cólon no tratamento da constipação intestinal crônica no período de 1998 a 2006. RESULTADOS: Em nossa casuística, que envolve o HUT e uma paciente operada no Hospital São Lucas de Taubaté, quatro pacientes foram submetidos à colectomia total para o tratamento da constipação intestinal crônica. Todos eram do sexo feminino, com mais de 30 anos de idade e apresentavam uma evolução do quadro há mais de 10 anos. Os resultados obtidos foram considerados satisfatórios por três pacientes, apesar de uma delas evacuar seis ou mais vezes ao dia. A quarta paciente referiu permanência do quadro, evacuando uma vez a cada sete dias, em média. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico é uma alternativa nos casos crônicos incapacitantes, refratários a outras formas de tratamento. Os pacientes com indicação cirúrgica devem antes ser submetidos a uma evolução fisiológica e investigação clínica completa, para confirmação do quadro de inércia colônica.
2008
César,Maria Auxiliadora Prolungatti Uemura,Lívia Alkmin Passos,Mariah Prata Soldi Bassi,Deomir Germano Paula,Pedro Roberto De
Linfoma ileal primário como uma causa de intussuscepção ileocecal recorrente
INTRODUÇÃO: A intussuscepção ocorre quando um segmento proximal do intestino invagina para dentro do lúmen do segmento distal adjacente. Esta patologia é relativamente comum em crianças, sendo geralmente idiopática, diferentemente do que é evidenciado em adolescentes e adultos, os quais apresentam uma causa orgânica comprovada na maioria dos casos. O linfoma intestinal como etiologia desta patologia é extremamente raro. RELATO DE CASO: Um paciente de 16 anos, masculino, referindo dor abdominal em quadrante inferior direito há 36 horas associada a vômitos e fezes com sangue vivo compareceu em nosso serviço. O exame físico se apresentava dentro da normalidade exceto por uma massa palpável no quadrante inferior direito. A ultra-sonografia abdominal revelou intussuscepção ileocecal. A colonoscopia demonstrou uma massa protuberante proveniente do orifício da válvula ileocecal que foi reduzida, tendo o paciente um alívio completo dos sintomas. Três semanas após, o paciente retornou ao nosso hospital com recorrência dos sintomas. Uma laparotomia exploradora foi realizada evidenciando uma massa polipóide no íleo terminal com intussuscepção para dentro do ceco. Uma colectomia direita ampliada foi realizada. Após exame patológico da peça e estadiamento tumoral, um linfoma de Burkitt primário foi diagnosticado. A recuperação pós-operatória não apresentou intercorrências e o paciente foi encaminhado para quimioterapia adjuvante.
2008
Torricelli,Fábio César Miranda Lopes,Roberto Iglesias Dias,André Roncon Marchini,Giovanni Scala Bonafé,Wanderley Wesley Lopes,Juliana Magalhães Borba,Marcelo Rodrigues
Experiência inicial no tratamento das hérnias paraestomais
O surgimento da hérnia paraestomal é uma conseqüência direta da confecção do estoma. Apesar de todos os esforços empregados na sua prevenção, a freqüência é bastante elevada e aumenta com o tempo. As alternativas de cura dessa afecção são todas cirúrgicas e várias técnicas foram propostas. Nesse artigo apresentamos uma breve revisão das alternativas operatórias que já foram apresentadas e apresentamos a técnica que empregamos. Desenvolvemos uma abordagem por videolaparoscopia com a colocação de uma tela intraperitoneal denominada nó de gravata. Em nossa série de 17 pacientes observamos bons resultados sem nenhuma recidiva até o momento.
2008
Carvalho,César Guerreiro de Vale,Carlos Eduardo Pereira do Castro Jr.,Paulo César de
Resultados do tratamento do câncer colorretal (T4) perfurado: análise de 14 pacientes operados
OBJETIVO: Relatar série de 14 casos de câncer colorretal T4 complicado (perfuração) submetidos à cirurgia curativa, analisando a morbidade, mortalidade e sobrevida dos doentes. MÉTODOS: Os dados completos de 14 pacientes submetidos a esse tipo de operação por adenocarcinoma colorretal T4 complicado entre 1999 e 2007 foram avaliados. Foram analisados os achados epidemiológicos e cirúrgicos. A sobrevida em longo prazo também foi avaliada. RESULTADOS: A mortalidade pós-operatória foi de 14 % (n=2). A morbidade global foi de 50 % (n=7). Dez ressecções foram R0 (71 %). Seis doentes apresentaram linfonodo comprometido (43%) e todos faleceram de recurrência do tumor (4 - 19 meses). Seis doentes (n=6) estavam vivos sem recidiva (entre 18 e 70 meses/seguimento). A sobrevida global em cinco anos foi de 25% (n=3). CONCLUSÃO: A ressecção radical (R0) do câncer colorretal perfurado apresenta altos índices de morbidade e mortalidade. A despeito de uma elevada recurrência tumoral, esse procedimento pode oferecer controle da doença em longo prazo.
2008
Costa,Sergio Renato Pais Lupinacci,Renato Arioni
Alterações lipídicas em pacientes com câncer colorretal em fase pós-operatória: ensaio clínico randomizado e duplo-cego com fungos Agaricus sylvaticus
INTRODUÇÃO: Alterações no metabolismo lipídico são comuns em pacientes com câncer. Fungos medicinais podem exibir atividade hipolipidêmica. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da suplementação dietética com fungos Agaricus sylvaticus no perfil lipídico de pacientes com câncer colorretal em fase pós-operatória. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, realizado no Hospital de Base do Distrito Federal por seis meses. Amostra constituída por 56 pacientes, estádios I, II e III, separados em dois grupos: placebo e suplementado com Agaricus sylvaticus (30mg/kg/dia). Resultados analisados pelos programas Microsoft Excel 2003 e SPSS 14.0 com p = 0.05. RESULTADOS: O grupo Agaricus sylvaticus apresentou níveis séricos iniciais de colesterol total de 207.36±52.67mg/dL, lipoproteína de baixa densidade de 120.79±44.02mg/dL e triglicérides de 181.64±187.52mg/dL. Após seis meses de suplementação, observou-se redução para 191.11±39.72mg/dL (p = 0.01), 103.08±39.20mg/dL (p = 0.0001) e 168.04±146.91mg/dL (p = 0.18), respectivamente. No grupo placebo, observou-se aumento não-significativo de colesterol total (p = 0.08) e aumento significativo de lipoproteína de baixa densidade (p = 0.01) e triglicérides (p = 0.0001). Não foram observadas, em ambos os grupos, alterações significantes nos níveis de lipoproteína de alta densidade e lipoproteína de muito baixa densidade. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a suplementação dietética com Agaricus sylvaticus pode melhorar significativamente o perfil lipídico de pacientes com câncer colorretal em fase pós-operatória.
2008
Fortes,Renata Costa Melo,Andresa Lima Recôva,Viviane Lacorte Novaes,Maria Rita Carvalho Garbi
Infliximabe no tratamento inicial da retocolite ulcerativa moderada e grave. Terapia top down: relato preliminar
OBJETIVO: A primeira opção para o tratamento da retocolite ulcerativa inespecífica (RCU) se resume em: salicilatos (mesalazina e sulfassalazina) nos casos leves, e corticóides nos casos mais graves. Recentemente, em novembro de 2006, o Ministério da Saúde aprovou o infliximabe (REMICADE ® - Mantecorp - Brasil), anticorpo monoclonal murino contra o fator de necrose tumoral / TNF, para o tratamento da RCU (Escore de Mayo acima de 7). Entretanto, a droga somente tem sido usada como última opção naqueles pacientes refratários ao tratamento convencional ou que sejam corticodependentes. O objetivo desse estudo foi relatar o uso do infliximabe como primeira opção para o tratamento de dois pacientes portadores de RCU tratados no Hospital UNIMAR e no ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais da FME-UNIMAR. MÉTODOS E RESULTADOS: Paciente 1: AZF, 52 anos, sexo feminino, foi diagnosticada primeiramente com o RCU baseado na história e no exame clínico; Colonoscopia compatível com pancolite e biópsia positiva para RCU (microabscesso de cripta). O escore de Mayo era 10 (escala: 0 a 12 / 0 = assintomática 12 colite grave). Recebeu infusão intravenosa de infliximabe (5mg / Kg de peso) nas semanas 0, 2, 6 e 14 (indução). Posteriormente, foi introduzido mesalazina 4,5 g/dia como terapia de manutenção. Observou-se resposta clínica significativa baseada no escore de Mayo analisado após as doses de indução (escore de 10 para 7 - redução de 7 pontos) Atualmente, a paciente está assintomática. Paciente 2: MLA, 45 anos, sexo feminino, com queixa de diarréia muco-sanguinolenta; colonoscopia compatível com colite de cólon esquerdo; biópsia positiva; escore de Mayo de 9 pontos. A paciente recebeu infliximabe EV (5mg/Kg de peso) nas semanas 0, 2, 6 e 14. Após a indução foi introduzido a mesalazina 4.2 g/dia. Atualmente, a paciente está assintomática com escore de Mayo de 2 pontos. CONCLUSÕES: Após extensa revisão bibliográfica, acreditamos que esse seja o primeiro relato em língua Portuguesa do uso de um agente biológico como primeira opção no tratamento da RCU. No entanto, mesmo com o sucesso obtido, esse relato inicial deve ser analisado com cautela. A pergunta se o uso do infliximabe seria a melhor opção na terapia inicial das formas graves da RCU, ainda precisa ser respondida por meio de estudos randomizados e controlados.
2008
Teixeira,Fabio Vieira Saad-Hossne,Rogério Carpi,Maurício Rampinelli Teixeira,Ana Claudia de Aquino Teixeira Júnior,Paulo
Avaliação do preparo intestinal para colonoscopia comparando o uso do manitol e do polietilenoglicol: estudo prospectivo
Com o objetivo de estudar comparativamente o preparo intestinal para colonoscopia, 55 pacientes foram distribuídos aleatoriamente em grupos submetidos a preparo com polietilenoglicol (PEG) e solução de manitol. A qualidade do preparo do cólon no grupo que utilizou o PEG foi considerada excelente em 12 pacientes (44,4%), bom em 15 (55,6%) e ruim em nenhum caso, enquanto que naqueles indivíduos preparados com manitol a 20% a qualidade foi, respectivamente, de oito (28,6%), 12 (42,9%) e oito (28,6%) indivíduos, sendo a diferença estatisticamente significante (p=0,010). Não houve diferença estatística entre os grupos quando comparamos o grau de satisfação dos pacientes, ou a quantidade de líquido no cólon durante o exame. Conclui-se que a qualidade do preparo intestinal com PEG para colonoscopia é superior ao manitol.
2008
Nunes,Benicio Luiz Bulhões Barros Paula Belo,Sandra Gico Lima Pessoa,Marcos Holanda Lins Neto,Manoel Álvaro
Análise dos pólipos colorretais em 3.491 videocolonoscopias
INTRODUÇÃO: A ressecção dos pólipos do intestino grosso é uma medida importante na diminuição da incidência do câncer colorretal. O objetivo do presente estudo é verificar a incidência dos pólipos colorretais, seu tipo histológico, o índice de malignização e de ocorrência de novas lesões nos pacientes submetidos a exame colonoscópico por indicações diversas no Serviço de Coloproctologia do Hospital de Caridade de Florianópolis - SC. MÉTODO: Realizado estudo retrospectivo de 3491 pacientes submetidos à videocolonoscopia no período de janeiro de 1992 a outubro de 2006. Foi avaliada a incidência dos pólipos colorretais de acordo com sexo e idade, tipo histológico e a presença de adenocarcinoma. Foram excluídos deste estudo as síndromes polipóides genéticas e os pólipos não ressecados ou com exames anatomopatológicos incompletos ou extraviados. RESULTADOS: Dos 3491 exames realizados, foram encontrados pólipos em 1046 (29,96%), totalizando 1899 lesões em 865 pacientes. Destes 53,94% eram do sexo masculino, 46,06% feminino e 58,46% tinham mais de 60 anos. Foram avaliados 1579 pólipos colorretais, cujo estudo histopatológico mostrou 31,54% adenomas tubulares, 14,19% adenomas túbulo-vilosos, 1,65% adenomas vilosos, 36,03% pólipos hiperplásicos, 7,85% pólipos inflamatórios e 7,85 % de outros tipos histológicos. Foram observados 24 (1,52%) adenocarcinomas polipóides e 18 (1,14%) adenomas com focos de adenocarcinoma. CONCLUSÃO: A incidência de pólipos nos pacientes estudados foi bastante alta, sendo os adenomas o tipo histológico mais freqüente, com risco de malignização de 1,14% e os adenocarcinomas polipóides 1,52%. Os pacientes portadores de adenomas colorretais devem ser submetidos a exames de controle, devido ao alto índice de ocorrência de novas lesões.
2008
Santos,José Mauro dos Felício,Felipe Lyra Junior,Humberto Fenner Martins,Maria Roberta Cardoso Cardoso,Fernão Bittencourt
Influência da irrigação de soluções nutricionais no colo excluso de trânsito intestinal: estudo experimental em ratos
A colite por exclusão é descrita como processo inflamatório que ocorre nos segmentos colorretais desprovidos do trânsito fecal. A deficiência dos ácidos graxos de cadeia curta vem sendo considerada como principal fator causal. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar, em modelo experimental de colite de exclusão, a importância da irrigação do segmento desprovido de trânsito com soluções nutricionais na prevenção e tratamento do processo inflamatório. MÉTODO: Foram utilizados trinta ratos Wistar, machos, com peso inicial variando entre 350 e 500 gramas, submetidos à derivação do trânsito intestinal através da realização de colostomia proximal e fístula mucosa distal. Os animais foram divididos em três grupos de 10 animais segundo a irrigação do segmento excluso de trânsito ter sido realizada, empregando-se: Grupo SF: solução fisiológica a 0,9%; Grupo GH: solução de glicose a 50%; e Grupo AG: solução de ácidos graxos de cadeia curta. Em todos os animais, a irrigação do colo excluso foi realizada em intervalos de quatro dias sendo sacrificados sempre no 21º pós-operatório. Os fragmentos removidos dos segmentos intestinais foram corados pelas técnicas da hematoxilina-eosina e tricrômio de Masson. As variáveis histológicas estudadas foram: espessura da túnica mucosa, congestão vascular; infiltrado inflamatório e a deposição de colágeno. Os resultados encontrados foram submetidos a estudo estatístico considerando nível de significância de 5% (p< 0,05). RESULTADOS: Verificou-se que no grupo onde se irrigou o cólon excluso com solução de ácidos graxos de cadeia curta houve menor congestão vascular, menor infiltrado inflamatório e menor deposição de colágeno quando comparado aos demais grupos experimentais. CONCLUSÃO: Os resultados do presente trabalho mostram que a irrigação de segmentos desprovidos de trânsito fecal com ácidos graxos de cadeia curta, encontra-se relacionada à melhora no processo inflamatório decorrente visto na colite de exclusão.
2008
Nassri,Carlos Guilherme Giazzi Nassri,Adriana Bassani Favero,Emerson Rotta,Carlos Mateus Martinez,Carlos Augusto Real Margarido,Nelson Fontana
Modificação no posicionamento do paciente para o procedimento para prolapso e hemorroidas (PPH): decúbito ventral com coxim e membros inferiores afastados
OBJETIVO: A doença hemorroidária(DH) é prevalente em cerca de 5% da população brasileira. Os casos mais avançados da DH são tratados com ressecção dos mamilos prolapsados (hemorroidectomia) e fechamento(técnica de Ferguson) ou não da ferida operatória(Miligan Morgan). No entanto, a dor no pós-operatório e o longo período de recuperação dos pacientes submetidos a hemorroidectomia convencional são os principais inconvenientes das técnicas. O método da hemorroidopexia ou procedimento para prolapso e hemorróidas(PPH) vem sendo realizado desde 1998, e tem como principal vantagem a resolução da DH com menos dor e recuperação mais rápida do paciente. Nosso objetivo é apresentar uma modificação técnica no posicionamento do paciente com DH que será submetido ao PPH. MÉTODOS E PACIENTES: Desde Janeiro de 2008 foram operados 5 pacientes no Hospital UNIMAR, Marília, São Paulo. Todos eram portadores de doença hemorroidária avançada - Grau III e IV. Os procedimentos foram realizados com bloqueio raqui-medular em sela com sufentanil associado à bupivacaína. Os pacientes foram posicionados em decúbito ventral com coxim de cerca de 20 cm de altura colocada na altura da espinha ilíaca ântero-superior. Foram usadas fitas adesivas para afastar lateralmente a região glútea. O cirurgião ficou posicionado no centro, no vão entre os membros inferiores do paciente. O primeiro auxiliar posicionando à direita e a instrumentadora à esquerda. O canal anal foi dilatado manualmente e fixado o dilatador do PPH. Em todos os pacientes a linha pectínea foi facilmente identificada, e obteve-se a exposição de 3 a 4 cm do reto acima da linha pectínea. A bolsa foi realizada com fio de polipropileno (Prolene ® 0 com agulha de 1,5 cm) sem a necessidade de utilização do afastador de 2 canas. Os pontos compreenderam a mucosa retal tomando-se cuidado em não incluir a camada muscular do reto. Após o disparo e retirada do aparelho, identificou-se com facilidade a linha de grampos sem a necessidade de colocar qualquer tipo de afastador auxiliar. Em nenhum dos casos foi necessário hemostasia adicional, com pontos aplicados sobre a linha de grampos. CONCLUSÕES: Pudemos observar que com esse posicionamento a exposição do canal anal fica mais fácil, sem a necessidade de utilizar qualquer tipo de afastador (tipo 2 canas) quando da confecção da sutura em bolsa. Além disso, com o decúbito ventral, o cirurgião opera em pé e a equipe cirúrgica tem maior mobilidade, o que não acontece quando o paciente está posicionado em litotomia. Ademais, o posicionamento do cirurgião de frente para a região anal facilita a confecção da bolsa, a atadura do nó, o disparo do aparelho e a revisão da linha de grampos.
2008
Teixeira,Fabio Vieira Saad-Hossne,Rogério Teixeira Júnior,Paulo
Visibilidade em coloproctologia está correlacionada com atividade em pesquisa
INTRODUÇÃO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a influencia da atividade médica em pesquisa, com a exposição que o coloproctologista tem nos congressos da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). MÉTODOS: Comparamos o número de publicações em revistas indexadas ao Medline e Lilacs de cada palestrante dos últimos cinco congressos da SBCP, com o número de publicações de médicos sócios não palestrantes, selecionados aleatoriamente. A pesquisa incluiu o ano de 1965 até 2005, respeitando o mesmo tempo de formado e estado de atuação profissional. RESULTADOS: Foram selecionados um total de 13 conferencistas e 88 palestrantes dos últimos 5 congressos da SBCP, que foram comparados com 102 médicos sócios não palestrantes da SBCP. Os palestrantes publicaram mais trabalhos científicos que os não palestrantes (p<0,0009), e os conferencistas produziram estatisticamente mais publicações (p<0,0009). Maior visibilidade foi observada em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (71,8%, 6,5% e 6,5% dos palestrantes respectivamente), e maior atividade científica foi observada entre 20 e 40 anos de atividade profissional. A grande maioria das publicações foi em revistas nacionais, especialmente na revista da SBCP (aproximadamente 45%). CONCLUSÃO: A exposição do médico como convidado nos congressos da SBCP e o volume de produção científica estão correlacionados.
2008
Brenner,Antonio Sérgio Lima,Vanessa Zeni de Varaschim,Michele Varella,Paola Zarur Lima,Bruno Zeni de Brenner,Sérgio
Perfil epidemiológico dos pacientes portadores de doença inflamatória intestinal do estado de Mato Grosso
Estudos epidemiológicos recentes sugerem que a incidência da doença de Crohn (DC) e da retocolite ulcerativa (RCUI) está aumentando no Brasil, apesar de desconhecermos sua taxa real. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com doença inflamatória intestinal (DII) que residem no estado de Mato Grosso. RESULTADOS: Foram avaliados 220 pacientes com doença inflamatória intestinal, 125 eram do sexo feminino e 95 do sexo masculino. Do total de casos, 117 tinham RCUI, 86 doença de Crohn e 17 colite indeterminada. A doença foi mais freqüente em casados (66,0%), em pacientes de cor parda (48,0%) e em não fumantes (61,8%). A média da idade foi de 39 anos, variando de 6 a 80 anos. Em algum momento da evolução da doença, 77 (35%) pacientes necessitaram de tratamento cirúrgico. A média de anos dos pacientes estudados foi de 9,17 anos, variando de 0 a 20 anos estudados. CONCLUSÃO: Apesar da pouca literatura sobre a doença, os dados deste estudo revelam que os portadores de DII, no estado de Mato Grosso, apresentam características epidemiológicas semelhantes aos portadores de outros estados do Brasil.
2008
Souza,Mardem Machado de Belasco,Angélica Gonçalves Silva Aguilar-Nascimento,José Eduardo de
A presença de retocele interfere nos resultados de exames de fisiologia anal?
INTRODUÇÃO: A retocele é causa comum de constipação por defecação obstruída. Freqüentemente está relacionada com outras causas de defecação obstruída, e os exames de fisiologia anal são importantes para o diagnóstico preciso da causa de constipação intestinal. OBJETIVO: observar a influência da retocele nos exames de fisiologia anal, e a necessidade da realização desses após o diagnóstico da retocele. MÉTODO: Para este trabalho foram estudados 40 pacientes com diagnóstico de defecação obstruída. Todos os pacientes foram submetidos aos exames de manometria, sensibilidade retal, eletromiografia, latência do nervo pudendo e proctografia, e foram separados em 2 grupos: portadores e não portadores de retocele . Foram encontrados 18 pacientes com retocele, e o diagnóstico mais freqüentemente associado foi o anismus . Em relação aos exames foi encontrada diferença significante apenas na proctografia no ângulo ano retal, demonstrando que a presença de retocele não interferiu nos resultados de exames de fisiologia anal quando comparados com outros constipados, mas esteve associada a outras causas de constipação, como anismus que necessita de outro tipo de tratamento. CONCLUSÃO: A retocele não interferiu nos valores dos exames de fisiologia anal, mas esteve associada a outros diagnósticos, sendo importante a realização dos mesmos.
2008
Cesar,Maria Auxiliadora Prolungatti Klug,Wilmar Artur Aguida,Helly Angela Caram Ortiz,Jorge Alberto Bin,Fang Chia Kapelhuchnik,Peretz
Fechamento de colostomias: com ou sem estudo do cólon?
O estudo pré-operatório do cólon para fechamento de colostomias em alça devido a trauma vem perdendo importância nos últimos anos. A necessidade de se avaliar as alterações anatômicas pós-traumáticas do cólon vai de encontro aos custos, desconforto e morbidade dos exames. OBJETIVO: analisar a real necessidade do estudo prévio do cólon no fechamento de colostomia pós-trauma. MÉTODO: foram analisados, retrospectivamente, 98 prontuários de pacientes, no período de janeiro de 2004 a janeiro de 2006, portadores de colostomia em alça confeccionada após traumatismo e que foram alocados em dois grupos: grupo A, composto de 32 casos com estudo do cólon e o grupo B, 66 casos sem estudo colônico prévio. RESULTADOS: 94,9% dos pacientes eram do sexo masculino e a média de idade foi de 27 anos. O tempo de permanência da colostomia foi, em média, 32,8 meses, sendo o flanco esquerdo a localização mais comum em ambos os grupos. A morbidade geral foi de 7,1%, sendo 3,1% de complicações no grupo A e 9,1% no grupo B (p=0,16) e sem mortalidade. A complicação mais freqüente foi hematoma da parede abdominal em cinco casos (5,1%), e apenas um caso de infecção de ferida operatória (1%), e mais um de deiscência de anastomose (1%). CONCLUSÃO: o estudo pré-operatório do cólon para fechamento de colostomia feita após trauma colorretal é dispensável.
2008
Sobral,Hernán Augusto Centurión Carvalho,Rodrigo Britto de Salem,Juliana Barreto Sarmanho,Letícia Albuquerque,Idblan Carvalho de Formiga,Galdino José Sitonio
Doença de Crohn em recém-nascido
A Doença de Crohn ocorre, principalmente, em adultos jovens. Sua incidência entre membros da mesma família aproxima-se de 10%. Atualmente, os sintomas aparecem cada vez mais precocemente em crianças e adolescentes. No caso que relatamos, um paciente aos três dias de vida iniciou quadro de extensa lesão perianal, desenvolvendo, ulteriormente, outras complicações da Doença de Crohn. Esta criança apresentava, em sua história familiar, dois irmãos com a mesma doença, porém que não sobreviveram às complicações abdominais pós-operatórias. Chamou-nos a atenção a precocidade e a intensidade com que tais manifestações se apresentaram, implicando em sérias conseqüências ao paciente, já na primeira semana de vida.
2008
Silveira,Rodrigo Cardoso Baba,Renata Setsuko Pereira,Ana Carolina S. Paim,Sandra Teixeira,Magaly Gemio Habr-Gama,Angelita
Tumor de Buschke-Lowestein: tratamento com imiquimod para preservação esfincteriana. Relato de caso
O tumor de Buschke-Lowestein, também conhecido como condiloma acuminado gigante é uma lesão de aspecto verrucoso, extensa, envolvendo a região ano-genital. Não representa uma lesão maligna por critérios histológicos, embora exista claramente um potencial de malignização, e tenha um comportamento agressivo. Não existe um consenso sobre o seu tratamento, aventando-se o uso de drogas quimioterápicas aplicadas local ou sistematicamente, uso de imunoterapia, radioterapia e ressecções cirúrgicas amplas isoladas ou em combinação com outras terapias. Relatamos um caso onde a opção de tratamento foi o imiquimod creme 5%. A lesão envolvia musculatura esfincteriana e, sendo assim, a cirurgia acarretaria perda da continência fecal, causando ao paciente o ônus de um estoma definitivo. Após tratamento durante 20 semanas, o tumor apresentou regressão significativa de tamanho, sendo realizado excisão local da lesão residual com preservação esfincteriana.
2008
Coelho,Fernanda Meira Pinto Mano,Aline Landim Bacellar,Melina da Silva Codes,Lina Maria Góes de Souza,Elias Luciano Quinto de Azaro Filho,Euler de Medeiros
Granuloma esquistossomótico gigante do cólon com intussuscepção: relato de caso
A esquitossomose é uma doença parasitária crônica causada por uma espécie de trematódeo, o shistossoma, acometendo 200 milhões de pessosas em todo mundo. No Brasil é provocada pela espécie Shistossoma mansoni, cuja apresentação clínica mais comum é a hepato-intestinal, com sintomas como diarréia, tenesmo, náuseas, meteorismo e hepato-esplenomegalia. Relatamos um caso de paciente masculino de 38 anos com quadro de exteriorização de tumor pelo ânus. A colonoscopia demonstou lesão nodular extra-mucosa em topografia de sigmóide. Submetido a sigmoidectomia, cujo anátomo-patológico mostrou tratar-se de granuloma esquistossomótico gigante, apresentação muito rara da esquistossomose.
2008
Carvalho,Rodrigo Britto de Sobral,Hernán Augusto Centurión Lopes,Juliana Magalhães Todinov,Liliam Ramos Formiga,Galdino José Sitonio