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GÊNERO E REPRODUÇÃO SOCIAL NA AGRICULTURA FAMILIAR
O texto apresenta questões analíticas sobre reprodução social na agricultura familiar, com base na bibliografia existente sobre o assunto. Examinando diferentes perspectivas relativas à reprodução social e na agricultura familiar, o texto dá ênfase a abordagens que consideram a sucessão geracional nesta atividade. Trata dos problemas relativos às articulações entre a sucessão na propriedade familiar e outras estratégias de reprodução social, como o êxodo rural, as migrações, o celibato e o estabelecimento de alianças matrimoniais. Por fim, aborda como a reprodução social na agricultura familiar pressupõe diferenças entre os sexos, em particular a exclusão das mulheres da sucessão na propriedade familiar. O estabelecimento destes problemas de análise permite propor uma agenda de pesquisa sobre a permanência de jovens e sobre a condição feminina na agricultura familiar.
BRÉSIL : L’ENJEU DES BIOCARBURANTS
Cet article aborde trois questions : comment se pose, dans un pays comme le Brésil, le défi de l’autonomie énergétique à partir d'une ressource renouvelable agricole ? Comment s'opère la progression spatiale et la concentration industrielle et régionale de l’agro-industrie de la canne à sucre dans un pays marqué par des structures de production très différenciées et inégales? Enfin, comment le modèle productiviste qui relance les problèmes écologiques et technologiques répond, en partie, aux défis de la modernisation conservatrice et du développement territorial ?
COOPERAÇÃO, COMPETIÇÃO E RESISTÊNCIA NAS ASSOCIAÇÕES DE MUNICÍPIOS: A AMNAP E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL DA NOVA ALTA PAULISTA
As demandas coletivas das comunidades extrapolam a esfera local, promovendo interações intermunicipais. Essas interações constituem-se em relações políticas diretamente vinculadas aos governos estadual e federal, com influência direta sobre o desenvolvimento regional. Uma maneira de as comunidades obterem fortalecimento político é a criação de associações de municípios, composta basicamente por prefeitos, cuja articulação e reivindicação em bloco têm o poder de pressão sobre parlamentares e governantes. O que buscam é a formação de territórios que expressem as particularidades regionais. Essas associações, no entanto, apresentam aspectos contraditórios, revelando conflitos internos que se manifestam nas relações de cooperação e competição, uma vez que o desenvolvimento, espaço-temporalmente, se dá de modo desigual. Em regiões de desenvolvimento contido, uma característica marcante na atuação dessas associações é a resistência que mantêm frente às condições desfavoráveis que vivenciam em relação às regiões de maior poder econômico e político, que detêm a maior parte dos recursos e dos investimentos gerenciados pelos governos centrais.
A ATUALIDADE DO USO DO CONCEITO DE CAMPONÊS
Este artigo defende a atualidade e a pertinência da utilização do conceito de camponês para a análise e compreensão da realidade agrária brasileira, tendo como base uma abordagem dialética sobre seu conteúdo sócio-político e cultural. Inicia-se com a apresentação do conceito de camponês adotado e, em seguida, são feitas algumas considerações sobre como este conceito vem sendo utilizado ao longo do tempo pelas ciências sociais no Brasil e sobre os limites do conceito de agricultura familiar. Finalmente, para exemplificar a atualidade do uso do conceito de camponês, são apresentadas evidências encontradas em estudos sobre a luta pela terra e a reforma agrária sobre a predominância de referências camponesas entre os valores que orientam essa luta e a forma de organização social e territorial estabelecida nos assentamentos rurais.
E A POLÍTICA AGRÍCOLA TRANSFORMA-SE EM INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...
O presente trabalho tem por objetivo analisar algumas políticas públicas ambientais e socioambientais, lato sensu, em função da atuação do Estado na promoção do desenvolvimento sustentável. O primeiro passo é uma contextualização das transformações que o Estado sofreu a partir dos anos 1990, envolvendo a analise das políticas ambientais (de conservação, controle e de recursos naturais) e de seus mecanismos financeiros como os fundos, ambientais e constitucionais. Complementa-se a análise de algumas políticas entendidas como socioambientais a partir da compreensão de programas oriundos ou ampliados pelo movimento social, como o Pronaf e algumas linhas como a destinadas aos pequenos produtores florestais.
FLORESTA, PARA QUE TE QUERO? DA TERRITORIALIZAÇÃO CAMPONESA A NOVA TERRITORIALIDADE DO CAPITAL
Nas últimas três décadas do século XX, no Acre e áreas circunvizinhas, foram marcadas pela luta sociais na disputa por terras de trabalho, perante retomada da terra de negócios no âmbito da fronteira amazônica. A transferência do domínio privado do seringal para fazendeiros mexia com as condições de territorialização camponesa. Esse processo de lutas e disputas socioterritoriais passa a ser fortemente influenciado pelo ambientalismo a partir da década de 1980. As políticas e estratégias adotadas pelo Estado no sentido de amenizar os conflitos, produziram quatro modalidades distintas de regularização fundiária: a) assentamentos agrícolas; b) assentamentos agroextrativistas; c) assentamentos agroflorestais; d) unidades de conservação. Neste trabalho estamos buscando analisar as peculiaridades desse “arranjo” perante a seguinte indagação: qual o significado da incorporação de parte das demandas do campesinato e das bandeiras dos movimentos ambientalistas no reordenamento da estrutura fundiária e nas formas de uso da terra nessa porção do território amazônico? A nossa conclusão é a de que há sim formas de promoção de acesso a terra de trabalho, mas também de geração de mecanismos de espoliação e expropriação que mantém a lógica destrutiva e predatória do capital intocadas.
2012
Paula, Elder Andrade de Silva, Sílvio Simione da
MUITO ALÉM DE GIZ E LOUSA: ANÁLISE DO LITÍGIO DISCURSIVO EM TORNO DA QUESTÃO AGRÁRIA
Tomar o discurso como objeto de análise, tendo como fundamentação teórica a Análise do Discurso (AD) de Michel Pêcheux, abre-nos um leque de interpretações para os textos, pois segundo a AD, o sentido não está pronto nem predeterminado, assim, sempre pode vir-a-ser outro. Nesse trabalho, analisaremos um corpus de dados colhidos na rede eletrônica e constituído por notícias, artigos e textos institucionais, marcando a emergência de duas formações discursivas. De um lado, o discurso sobre o curso de Direito de uma Universidade Federal e sobre um livro didático de História distribuído pelo MEC; de outro, o discurso de um programa institucional da Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto para todo o Estado de São Paulo. Buscamos investigar como são produzidos sentidos sobre o que consideramos ser um litígio discursivo que se dá muito além de giz e lousa.
2012
Romão, Lucília Maria Souza Pacífico, Soraya Maria Romano
GEOTECNOLOGIAS NO PLANEJAMENTO DE ASSENTAMENTOS RURAIS: PREMISSA PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
Os assentamentos rurais em áreas de reforma agrária devem apresentar, na ordenação interna do espaço físico, os princípios básicos para as ações promotoras do desenvolvimento rural sustentável, ou seja, de adequação dos interesses ambientais, sociais e econômicos. O parcelamento desordenado ou locação inadequada da infraestrutura pode inviabilizar as atividades econômicas e sociais de um projeto de assentamento, além dos danos ambientais que podem causar. O presente estudo aborda aspectos relacionados à aplicação da geociência na implantação de projetos de reforma agrária, com o propósito de direcionar as discussões para a importância das geotecnologias na preparação de ambiente favorável ao desenvolvimento rural sustentável. Discutem-se as perspectivas da geotecnologia no contexto dos assentamentos rurais, uma vez que são expressivos os recursos humanos e financeiros aplicados no processo, e os resultados nem sempre satisfatórios.
2012
Soares, Jorge Luís Nascimento Espindola, Carlos Roberto
ENTREVISTA COM MARIA APARECIDA DE MORAES SILVA
Maria Aparecida Moraes Silva tem o título de mestrado e doutorado em Sociologie Du Dévéloppement pelo IEDES (Institut d’Édudes du Dévéloppement Économique et Social) pela Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne), pós-doutorado e livre-docência pela Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, campus de Araraquara. Tem se dedicado à discussão dos problemas relacionados á expropriação camponesa, exploração do trabalho, sob a ótica de gênero/classe/raça/etnia na agricultura. Em 2005 recebeu o Prêmio Érico Vanucci, do CNPQ, pelo teor de suas pesquisas desenvolvidas, desde a década de 1980, acerca do trabalho nos canaviais paulistas. Nessa entrevista procuramos preservar o “tom” de linguagem oral de nossa conversa. Será por meio desta linguagem que o leitor verificará a franqueza e a transparência com que Maria Aparecida nos dirige suas palavras. Ela nos fala da força do acaso no despontar de sua trajetória profissional, de como os estudos rurais passam a ganhar lugar nas Ciências Sociais, da questão da intensificação da exploração do trabalho nos canaviais e dos diversos problemas sociais e ambientais acarretados pela produção do etanol... Por fim, fala das Ciências Sociais como um ofício, da produtividade científica, de importantes polêmicas ao redor da discussão do método e explica a origem do veio literário encontrado em muitos de seus textos. Uma entrevista que é um grande ensinamento.
2012
Ocada, Fabio Kazuo Melo, Beatriz Medeiros de
A RESISTÊNCIA CAMPONESA PARA ALÉM DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Os camponeses têm construído seu lugar social por meio de lutas e resistências e os movimentos sociais tornaram-se paradigmáticas na realização e interpretação destas lutas. Entretanto, os camponeses também têm demonstrado capacidade de resistir a dominação e imposição das relações capitalistas de produção por meio de outras manifestações e práticas sociais não necessariamente hegemonizada pelos movimentos sociais. Neste sentido, o território e as forças locais se erguem como possibilidade de construção da autonomia camponesa.
LAVOURAS E SONHOS: AS REPRESENTAÇÕES CAMPONESAS NOS ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA
A vida no campo se transforma cotidianamente e o camponês – mulheres e homens – convive com essa mudança, em um movimento entre a permanência e a alteração de valores que (re)estruturam a sua identidade. Para analisar o campesinato, é importante valorizá-lo em sua especificidade, considerando o momento histórico vivido. Deve-se ainda, compreendê-lo na sua cultura, na sociabilidade da família e no grupo social mais amplo no qual está inserido. Portanto, as famílias camponesas também se transformam no movimento histórico da sociedade, ou seja, diante da organização produtiva, do mercado, elementos que interferem com intensidade no seu modo de vida. E um novo contexto deve ser considerado como alternativa de recriação da vida camponesa, os assentamentos de reforma agrária. Não apenas como um projeto estatal, mas como um espaço-tempo de lavouras e sonhos, constituído por um leque de representações sociais, criado e recriado cotidianamente pelas famílias, alicerçado nos valores camponeses em busca de permanência na terra de trabalho.
“GRILOS” JURÍDICOS NO PONTAL DO PARANAPANEMA: ADMINISTRANDO OS CONFLITOS AGRÁRIOS
O Pontal do Paranapanema é considerado uma das regiões mais conflituosas do Brasil no tocante a questão de disputa por terras. Sua ocupação e formação são indicadores de tal situação. Além disso, a indefinição dominial das terras vem agravar ainda mais, uma vez que ocupantes que se julgam proprietários, grilaram indevidamente e de má fé (até provem o contrário) mais de 231 mil hectares devolutas e ainda outros milhares a serem discriminados. A discussão que pretendemos levantar remete-se ao lento processo e entraves jurídicos na obtenção e julgamentos dessas áreas griladas por fazendeiros e hoje questionadas pelos mais de 13 movimentos camponeses no Pontal do Paranapanema. O poder judiciário nessa questão não pode ser analisado inconteste, haja vista que grande parte dos que o compõe esse poder na região possui ligação bem estreitas com a classe ruralista, ou então fazem parte direta ou indiretamente. A estrutura fundiária nesse processo mantém-se inalterada, o Estado com discurso de impotência frente ao poder judiciário e os movimentos camponeses acampando e mostrando as mazelas e contradições de nossa sociedade.
ASSENTAMENTOS RURAIS NO TERRITÓRIO DA CANA: CONTROVÉRSIAS EM CENA
A controversa presença da cana nos assentamentos rurais nos últimos anos exige uma cuidadosa reflexão sobre sua interferência no modo de vida dos assentados e na relação dos assentamentos com a dinâmica do desenvolvimento regional. A presença da cana nos assentamentos tem suscitado ao longo desse período conflitos internos, discussões, nada consensuais, sobre o passado/ presente/ futuro dessas experiências. A análise da parceria com as agroindústrias é atravessada, do nosso ponto de vista, pela noção de trama de tensões. Nos termos em que a parceria vem se concretizando, temos discutido a necessidade de desconstrução desse conceito calcado na matriz teórica de capital social e a importância de submeter ao crivo analítico as desigualdades constitutivas desta polêmica integração dos assentados às usinas de açúcar e álcool, bem como a construção de uma agenda de políticas públicas de segurança alimentar, pautada nos princípios da produção agroecológica de alimentos, na valorização da produção regional e na inclusão social de produtores familiares assentados e trabalhadores rurais.
2012
Ferrante, Vera Lúcia Silveira Botta
DE CÓMO SE EVITA HOY LA APLICACIÓN DE LA REFORMA AGRARIA EN EL SUR DE ESPAÑA
La llegada de la democracia a España supuso la aprobación de leyes de reforma agraria en las regiones del Sur: Andalucía y Extremadura. En ambas, la pervivencia de la gran propiedad latifundista, por un lado, y el peso del colectivo de los jornaleros (campesios pobres y sin tierra) que reivindicaba “la tierra para quien la trabaja”, por el otro, justificó la aplicación de la reforma agraria. Sin embargo, en el cuarto de siglo que ha transcurrido desde entonces no se ha repartido ni una sola hectárea entre los jornaleros: la reforma agraria no se ha realizado. Este artículo explica por qué no se ha producido el reparto de la tierra mediante dos hipótesis entrelazadas: la paralización de la propia ley y la articulación por parte del Estado de un sistema de prestación singular (Plan de Empleo Rural – Subsidio Agrario).
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O GEÓGRAFO ANARQUISTA PIOTR KROPOTKIN E A COMUNIDADE RURAL YUBA EM MIRANDÓPOLIS (SP)
O presente trabalho apresenta uma descrição analítica dos ideais anarquistas e suas principais correntes, principalmente, o geógrafo anarquista Piotr Kropotkin que viveu de 1842 a 1921 e suas principais obras, fazendo uma ligação com a comunidade rural Yuba localizada no município de Mirandópolis, interior de São Paulo. As idéias de Kropotkin têm como núcleo fundante a expropriação dos bens da humanidade, onde tudo é de todos; da não propriedade privada, e sim das terras sendo cultivadas em comum; do princípio da não autoridade, e sim da autonomia do homem; do desenvolvimento livre da ciência e das artes para todos; da produção conforme a possibilidade de cada um, e o consumo conforme a necessidade. Em nosso trabalho de campo foi possível identificar na Comunidade Yuba estas práticas citadas, algumas com problemas e outras em plena (co)vivência. Acreditamos que atualmente, neste sistema capitalista que venera o individualismo, as obras de Kropotkin tornam-se necessárias para o contraponto, pois colocadas em prática nos revelam uma nova utopia, contribuindo para pensarmos e lutarmos por uma outra sociedade tendo como base à ajuda mútua. Por outro lado, cabe destacar que esta nova sociedade não é um mero idealismo, ela existe, como pudemos analisar entre os Yubas.
2012
Mendes, Eduardo Roberto Almeida, Rosemeire Aparecida de
A GEOGRAFIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO: O MST E O ZAPATISMO
Neste texto comparo dois movimentos sociais que nascem em contextos históricos e culturais específicos, que utilizam a mídia e a Internet para dar visibilidade a sua luta e que se opõem ‘a nova ordem mundial: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil, e o Exercito Zapatista de Libertação Nacional (EZLN ou Zapatismo) no México. Parte do sucesso do Zapatismo e do MST deve-se a suas ações relacionadas às estratégias de comunicação. Ambos utilizam-se da mídia e da Internet para dar visibilidade as suas lutas, divulgá-la para o mundo, bem como buscar apoio nos momentos críticos de suas lutas. A capacidade desses movimentos se comunicarem com o mundo bem como com as sociedades Mexicana e Brasileira, acabou lançando grupos constituídos por populações tradicionais, que possuem lutas localizadas territorialmente, como protagonistas importantes da política mundial a partir de meados dos anos 90 do século XX. A globalização, caracterizada, sobretudo pelo sistema de informação, definido pelas redes de riqueza e poder, possibilitaram a emergência de movimentos sociais, cuja base é composta de camponeses, indígenas e trabalhadores urbanos, subempregados ou desempregados, como àqueles que com suas práticas de resistência e luta pela terra, contestam tanto suas situações de carência e exclusão, quanto à lógica inerente a nova ordem mundial.
2012
Simonetti, Mirian Claudia Lourenção
A SUSTENTAÇÃO FINANCEIRA DE ORGANIZAÇÕES DO PATRONATO RURAL BRASILEIRO
Apesar do discurso corrente da eficiência do grande agronegócio, há um fluxo de recursos públicos – especialmente através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) – que financiam as entidades de representação do setor patronal. Recursos destes Serviços são utilizados para o financiamento de pessoal e das máquinas administrativas, como demonstram várias investigações do Tribunal de Contas da União (TCU).
2012
Sauer, Sérgio Tubino, Nilton Luís Godoy
LA VÍA CAMPESINA: GLOBALIZAÇÃO E O PODER DOS CAMPONESES
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2012
Desmarais, Annette Aurélie
DIMENSÕES DA AÇÃO E NOVAS TERRITORIALIDADES NO CERRADO BRASILEIRO: PISTAS PARA UMA ANÁLISE TEÓRICA
Na contemporaneidade a ciência, a tecnologia e a informação constituem a base da reorganização do espaço e da sociedade. Portanto, é fundamental analisar os impactos das inovações tecnológicas na organização territorial das atividades do país, em um momento de transição paradigmática, no qual podem ser observadas as direções assumidas pela penetração da nova frente tecnológica e científica, com conseqüências acentuadas na divisão territorial e social do trabalho. Essas transformações estão sendo acompanhadas mediante a observação de novos processos que geram mudanças espaciais nas regiões de expansão da soja no cerrado de Mato Grosso. Nesse contexto, coloca-se como objetivo mais amplo uma proposta teórica para avaliação das ações na agricultura moderna e seus efeitos econômicos, políticos, sociais e territoriais. O tema em estudo está sendo desenvolvido a partir de suas relações com a economia mundial, a qual se manifesta através das mudanças científico- tecnológicas.
ECONOMÍA REGIONAL Y EMERGENCIA DE MOVIMIENTOS AGRARIOS. LA REGIÓN CHAQUEÑA DE LOS AÑOS SETENTA
El objetivo de esta ponencia es realizar una caracterización de las relaciones de producción y del desarrollo de la actividad agropecuaria en la región chaqueña, para poder establecer así correlaciones con la emergencia de un importante proceso de movilización social de campesinos y medianos productores en los años setenta (Ligas Agrarias). El accionar de este movimiento agrario se definía explícitamente desde una situación tanto de subsunción en términos de clases sociales como de marginalidad y subdesarrollo regional. Como las Ligas Agrarias inscribían su lucha dentro de una acepción que resaltaba las desigualdades sociales y las desigualdades socioeconómicas espacio-territoriales, es importante entonces estudiar las características estructurales e históricas de la economía regional, para poder entender más cabalmente el origen del movimiento social.