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A QUESTÃO DE GÊNERO NA GEOGRAFIA AGRÁRIA: ENTREVISTA COM ROSA ESTER ROSSINI/ The gender question in Agrarian Geography: Interview with Rosa Ester Rossini/ La cuestión de género en la Geografía Agraria: entrevista a Rosa Ester Rossini
A Professora Rosa Ester Rossini dispensa comentários no que se refere à sua importância nos estudos da questão de gênero na geografia brasileira, sobretudo, com relação à trabalhadora rural dos canaviais paulistas. Nessa entrevista, ela nos mostra como sua trajetória pessoal permitiu que chegasse à graduação em Geografia na USP (Universidade de São Paulo), onde desenvolveu sua carreira de docente e pesquisadora, permanecendo ainda ativa, por meio de orientações, publicações, participação em eventos, entre outros. Também mostra a importância da escolha metodológica nas pesquisas sobre gênero, o machismo no meio acadêmico e as transformações dessas mulheres, ao longo de seus mais de 50 anos de pesquisas. Essa entrevista foi realizada em 11 de junho de 2019, quando ele participou de uma mesa redonda no V Simpósio Nacional de Geografia Política, Território e Poder e o III Simpósio Internacional de Geografia Política e Territórios Transfronteiriços, na UNIFAL-MG. Como citar esta entrevista:VALE, Ana Rute do. A questão de gênero na Geografia Agrária: Entrevista com Rosa Ester Rossini. Revista NERA, v. 23, n. 55, p. 409-426, set.-dez., 2020.
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Vale, Ana Rute do
A PRODUÇÃO CAMPONESA NO PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES: DESAFIOS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS / Peasant production in the Lençóis Maranhenses National Park: challenges and socio-environmental conflicts / La producción campesina en el Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: desafios e conflictos socioambientales
As atividades camponesas sempre estiveram diretamente ligadas ao modo de vida das comunidades tradicionais, que o têm pautado, sobretudo, na agricultura de subsistência, de forma que o território camponês serve não somente como subsídio econômico, mas também para a valorização das territorialidades presentes nesses espaços. No final do século XIX, as discussões sobre a conservação ambiental se acirraram, promovendo a territorialização dos órgãos ambientais responsáveis pela demarcação de áreas e a criação de legislação, os quais nem sempre consideram as especificidades socioespaciais das áreas a serem preservadas. Este artigo objetiva analisar os principais desafios da produção e reprodução camponesa frente à política restritiva do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que limita as atividades das comunidades instaladas em seu interior, e os conflitos socioambientais que emergem nesse cenário. Pautados em metodologias ativas, buscamos compreender a dinâmica socioespacial dos camponeses, bem como suas estratégias de manejo e sobrevivência nessa Unidade de Conservação. Como citar este artigo:TERRA, Ademir; VIANA, Francisco de Oliveira. A produção camponesa no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: desafios e conflitos socioambientais. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 125-145, mai.-ago., 2021.
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Terra, Ademir Viana, Francisco de Oliveira
OBTENÇÃO E TROCA DE SEMENTES CRIOULAS PELOS GUARDIÕES E GUARDIÃS DO TERRITÓRIO PROF. CORY/ANDRADINA (SP) E O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS / Obtaining and exchanging Landraces by the guardians of Território Prof.Cory/Andradina (SP) and the role of public institutions / Obteniendo e intercambiando semillas criollas por los Guardianes del Território Prof. Cory/Andradina (SP) y el papel de las instituciones públicas
As sementes crioulas têm sido utilizadas pelos agricultores familiares como uma forma de ampliar sua autonomia produtiva e segurança alimentar, além de contribuírem para o fortalecimento da resistência e permanência na terra. As entidades de pesquisa e extensão rural podem ser grandes aliadas nessa questão. O presente trabalho buscou identificar como ocorre a obtenção e a troca dessas sementes entre os guardiões(ãs) nos assentamentos rurais do Território Prof. Cory/Andradina (SP); e o papel que as instituições públicas vêm exercendo nessa questão. Para tanto, foi aplicado um questionário semiaberto na forma de entrevista, junto a 55 guardiões(ãs), e entrevistados três profissionais de instituições públicas de pesquisa e extensão atuantes no Território. Verificou-se que os guardiões adquirem as sementes crioulas por doações, troca, herança e pela compra. Porém, a maioria encontra dificuldades para adquiri-las, sobretudo pela pouca oportunidade de interagirem entre si. Os projetos de conservação de sementes crioulas no Território são recentes e, embora dependam de apoio de políticas públicas, mostram-se promissores, no sentido de articular os guardiões(ãs) e reforçar essa estratégia do agricultor familiar para enfrentar contextos adversos.Como citar este artigo:SILVA, Débora Pavani; SANT’ANA, Antonio Lázaro. Obtenção e troca de sementes crioulas pelos Guardiões e Guardiãs do Território Prof. Cory/Andradina (SP) e o papel das instituições públicas. Revista NERA, v. 24, n. 60, p. 97-122, set.-dez., 2021.
2021
Silva, Débora Pavani Sant'Ana, Antonio Lázaro
TERRITÓRIO E MEMÓRIAS DO TRABALHO: A PRODUÇÃO AGRÍCOLA NAS MARGENS DO RIO DE CONTAS NO DISTRITO DE SUÇUARANA - TANHAÇÚ - BAHIA / Territory and memories of work: an agricultural production in margins of the Rio de Contas in the Suçuarana district - Tanhaçú - Bahia / Territorio y memorias de trabajo: producción agrícola en los ríos de Río de Contas en el distrito de Suçuarana - Tanhaçú - Bahia
Este artigo analisa as configurações territoriais das memórias do trabalho na produção agrícola das margens do Rio de Contas, no trecho do distrito de Suçuarana, Tanhaçú – Bahia, nas duas últimas décadas. Para tanto, entende o território, a memória e o trabalho como uma unidade dialética contraditória que se vincula ao processo geral da acumulação capitalista. Nesta perspectiva teórica, utilizou-se das contribuições de Harvey (2006), Smith (1988), Oliveira (1997-99), Marx (1985), Hobsbawm (2014), Pollak (1989), Carvalho (2013) Coca (2013), dentre outros. A análise dos dados e das narrativas dos trabalhadores e trabalhadoras evidenciam as transformações ocorridas, simultaneamente, na produção, na distribuição, na circulação e no consumo dos mais diferentes tipos de cultivos e nas configurações territoriais. Ademais, desnudam as contradições e as disputas de classe e poder travadas entre agricultores familiares camponeses, atravessadores, consumidores, Sindicato e o Estado. Como citar este artigo:ALMEIDA, Miriam Cléa; MENEZES, Sônia de Souza Mendonça. Território e memórias do trabalho: a produção agrícola nas margens do rio de Contas no Distrito de Suçuarana – Tanhaçú – Bahia. Revista NERA, v. 24, n. 56, p. 51-71, jan.-abr., 2021.
2021
Almeida, Miriam Cléa Coelho Menezes, Sônia de Souza Mendonça
O LIVRO DIDÁTICO DE GEOGRAFIA DO PNLD CAMPO E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA LUTA PELA TERRA / Rural schools, the education for and by the countryside and geography textbook / Escuelas rurales, educación del campo y el libro didáctico de geografía
A luta pela terra é realizada por meio de várias frentes. A Educação do Campo é uma delas e resultou em vários marcos legais que definem suas especificidades em defesa das populações rurais. Dentre esses marcos destacamos o Programa Nacional do Livro Didático do Campo, que possibilitou às escolas rurais acesso a livros didáticos adequados aos modos de vida e trabalho do campo. O objetivo deste artigo é a análise dos conteúdos de geografia presentes no material do Ensino Fundamental I do ano de 2016, buscando apontar se os conteúdos estão adequados à proposta de construção da Educação do Campo. A análise da política que resultou no livro didático pautou-se no Ciclo de Política de Ball e Bowe, e a análise do conteúdo do livro na perspectiva da Geografia Crítica. A pesquisa embasou-se em revisão bibliográfica e de leis e análise do material dos livros que compõem a coleção adotada no município de Alfenas - MG. A pesquisa diagnosticou que o conteúdo dos livros didáticos de geografia do PNLD Campo atende à proposta de Educação do Campo, evidenciando assim a potencialidade dessa política e indica também possíveis adequações dos conteúdos de forma a fortalecer a proposta e endossar que o conteúdo de geografia pode contribuir de forma fundamental à emancipação dos sujeitos. Como citar este artigo:MOURA, Felipe Moretto; AZEVEDO, Sandra de Castro de. O livro didático de geografia do PNLD Campo e suas contribuições na luta pela terra. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 56-80, mai.-ago., 2021.
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Moura, Felipe Moretto Azevedo, Sandra de Castro de
RESENHA: A ATUALIDADE DA REFORMA AGRÁRIA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE / Review: The currency of agrarian reform in Latin America and the Caribbean / Reseña: La actualidad de la reforma agraria en América Latina y el Caribe
Como citar esta resenha: MATHEUS, Fernanda Aparecida. Resenha: A atualidade da reforma agrária na América Latina e Caribe. Revista NERA, v. 24, n. 56, p. 213-218, jan.-abr., 2021.
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Matheus, Fernanda Aparecida
RESENHA: CONTINUUM COLONIAL
Como citar esta resenha: SANTOS, Régia Cristina Alves dos; CELERI, Márcio José. Resenha: Continuum colonial. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 229-235, mai.-ago., 2021.
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Santos, Régia Cristina Alves dos Celeri, Márcio José
ACAPARAMIENTO E CONTROLE DE TERRAS: A PRESENÇA CHINESA EM TERRAS BRASILEIRAS E ARGENTINAS / Acaparamiento and control of land: the chinses presence in Brazilian and Argentina land / Acaparamiento y controle de tierras: la presencia china en tierras brasileñas y argentinas
A “febre pela terra”, disputa territorial global que surge partir da convergência de crises de 2008, apresentou consequências diversas. Uma delas é o controle de terras pelo capital transnacional, direcionado à reprodução, valorização e proteção de capitais, produção de commodities, produção de agrocombustíveis ou tão somente a especulação. Esta “corrida pela terra” culminou no surgimento e crescimento do fenômeno de Acaparamiento de Tierras ou apropriações capitalistas transnacionais de terras, também conhecido como Estrangeirização. Neste cenário, a América Latina tem sido um dos principais destinos da busca por terras pelo capital transnacional. Brasil e Argentina são avaliados neste artigo como os países latino-americanos com maior índice de Acaparamiento e Estrangeirização de Terras até 2019. Funcionando como países-chave para o acesso à América Latina, estes países também são avaliados enquanto principais exportadores latino-americanos de commodities como soja e milho. Por fim, toma-se como relevante o papel da China enquanto apropriador capitalista e que busca o controle de terras agricultáveis no Brasil e na Argentina. Para tal, são avaliadas as relações sino-brasileiras e sino-argentinas, os contratos que revelam o controle de terras pela China no Brasil e na Argentina e qual seu grau de sua atuação nestes países enquanto acaparador e estrangeirizador de terras latinas. Como citar este artigo:NASCIMENTO, Monalisa Lustosa; LEITE, Alexandre Cesar Cunha. Acaparamiento e controle de terras: a presença chinesa em terras brasileiras e argentinas. Revista NERA, v. 24, n. 56, p. 162-186, jan.-abr., 2021.
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Nascimento, Monalisa Lustosa Leite, Alexandre Cesar Cunha
O AGRONEGÓCIO NO BRASIL: O DISCURSO DA FRAÇÃO DE CLASSE REINANTE / Agribusiness in Brazil: the prevailing discourse of class fraction / L'agrobusiness au Brésil: le discours d'une fraction de la classe dirigeante
O modelo econômico hegemônico pautado na commoditização do Brasil tem submetido os povos do campo e das florestas a processos de expropriação e violência. Diante da apropriação dos bens comuns, da concentração de terras e da químico-dependência, torna-se fundante desvelar a construção ideológico-conceitual do agronegócio centrada nos indicadores econômicos que se ancora na manutenção de subsídios propiciados por um Estado burguês, facilitador da subsunção da renda da terra e da vida pelas corporações de commodities. Analisamos as estratégias político-discursivas, empreendidas pelo agronegócio, demonstrando as características hegemônicas e a unidade de discurso como campo conceitual de persuasão-convencimento da sociedade. Por fim, demonstramos as estratégias em marcha, no Governo Bolsonaro, para viabilizar a apropriação dos territórios bloqueados ao processo de acumulação ampliada do capital via agronegócio e mineração. Como citar este artigo: CARVALHO, Jéssyca Tomaz de; OLIVEIRA, Adriano Rodrigues de. O agronegócio no Brasil: o discurso da fração de classe reinante. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 28-55, mai.-ago., 2021.
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Carvalho, Jéssyca Tomaz de Oliveira, Adriano Rodrigues de
MATO GROSSO DO SUL E SUAS ZONAS CANAVIEIRAS: UMA REGIÃO DE FRONTEIRA (1931-2020) / Mato Grosso do Sul and its sugarcane zones: a frontier region (1931-2020) / Mato Grosso do Sul y sus zonas cañeras: una región fronteriza (1931-2020)
Esta pesquisa analisa o processo de expansão do cultivo de cana-de-açúcar no estado de Mato Grosso do Sul. Há inicialmente um resgate histórico desse processo, realizado a partir de um esforço de periodização da atividade e dos principais estágios da implantação em larga escala desse plantio em solos sul-mato-grossenses. O texto baseia-se numa proposta teórica de regionalização pautada na ideia de “região como arte-fato” (HAESBAERT, 2010). Tem como uma de suas balizas o uso da cartografia temática. Visa salientar como o processo de expansão da atividade canavieira trouxe impactos para a população aí estabelecida, para a fauna e flora, para o modo como ocorre o uso do território e para a classe trabalhadora. Por fim, tece considerações a respeito da territorialização conflituosa dessa lavoura no estado, tendo por base a edificação teórica da disputa paradigmática (FERNANDES, 2005; 2008a; 2008b).Como citar este artigo:SAMPAIO, Mateus de Almeida Prado. Mato Grosso do Sul e suas zonas canavieiras: uma região de fronteira (1931-2020). Revista NERA, v. 24, n. 60, p. 175-201, set.-dez., 2021.
Capa
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Folha de rosto
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Expediente
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Sumário
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DA CENTRALIDADE DA QUESTÃO AGRÁRIA À ATUALIDADE DA LUTA PELA TERRA E REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL/ From the centrality of the agrarian question to the current struggle for land and land reform in Brazil/ De la centralidad de la cuestión agraria a la actual lucha por la tierra y la reforma agraria en Brasil
A questão agrária brasileira é complexa e heterogênea, o que possibilita o despertar de diferentes interpretações - paradigmas, teorias, conceitos, ideologias e, até mesmo, políticas de desenvolvimento. Ao longo dessa apresentação, a questão agrária é interpretada como uma contradição estrutural do modo de produção capitalista que expropria, (re)cria e subordina o trabalho familiar camponês. Com o intuito de romper com as relações de sujeição ao capital, os camponeses, principalmente aqueles organizados em movimentos socioterritoriais, estão construindo práticas socioterritoriais autônomas e emancipatórias. A agroecologia e a proposta de soberania alimentar da Via Campesina são alguns exemplos. Todavia, essas práticas e propostas estão diretamente relacionadas à luta pela terra e reforma agrária. Isso porque elas são fundamentais para a existência e resistência da agricultura camponesa. Como citar este artigo:ORIGUÉLA, Camila Ferracini; COCA, Estevan Leopoldo de Freitas; PEREIRA, Lorena Izá. Da centralidade da questão agrária à atualidade da luta pela terra e reforma agrária no Brasil. Revista NERA, v. 23, n. 55, p. 09-20, set.-dez., 2020.
2020
Origuéla, Camila Ferracini Coca, Estevan Leopoldo de Freitas Iza Pereira, Lorena
Compêndio de autores
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Compêndio de edições
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PROPULSORES DO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL / Propulsors of the socioeconomic development in the agrarian reform settlements in Brazil / Propulsores del desarrollo socioeconómico en asentamientos de reforma agraria en Brasil
Apesar da política de assentamentos ter beneficiado cerca de um milhão de famílias desde 1985, são parcos os estudos que avaliam a sua implementação. Adicionalmente, existem lacunas na avaliação das próprias famílias sobre as suas situações de vida nos assentamentos. Este estudo procura identificar os fatores principais da política de implementação de assentamentos agrários que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico das famílias assentadas. Foram utilizados dados amostrais da “Pesquisa sobre Qualidade de Vida, Produção e Renda nos Assentamentos da Reforma Agrária” para elaborar, por meio de regressão logística, a relação entre o acesso a políticas públicas e a satisfação das famílias assentadas. Os resultados demonstram a existência de diferentes respostas em abrangências nacional e regionais, que podem ser exploradas para o desenvolvimento dos assentamentos. Os principais achados desta pesquisa estão relacionados ao impacto das políticas de apoio técnico, habitação e a relevância do fator tempo no aumento da satisfação das famílias.Como citar este artigo:LEITE, Acácio Zuniga; SAUER, Sérgio; BRASILEIRO, Bruno Portela; LOMBARDI, Araê Claudinei. Propulsores do desenvolvimento socioeconômico em assentamentos de reforma agrária no Brasil. Revista NERA, v. 24, n. 60, p. 48-72, set.-dez., 2021.
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Leite, Acácio Zuniga Sauer, Sergio Brasileiro, Bruno Portela Lombardi, Araê Claudinei
AGROEXTRATIVISTAS E AS CONTROVÉRSIAS NAS POLÍTICAS SOCIAIS E AMBIENTAIS NO ASSENTAMENTO DE MARACÁ, NO ESTADO DO AMAPÁ / Agroextractivists and controversies in social and environmental public policies in PAE- Maracá, Amapá / Agroextractivistas y las controversias de las políticas sociales y ambientales en el asentamiento de Maracá, en el estado de Amapá
A criação de Projeto de Assentamento de Agroextrativista – PAE – no sul do Amapá permitiu a instalação de uma parcela populacional vivendo de exploração da silvicultura. O Incra, responsável pela reforma agrária, reconheceu a existência de formas diferenciadas de ocupar o solo e de se relacionar com a natureza e criou uma modalidade de gestão conjunta, atribuindo às associações do PAE a participação na gestão. O objetivo deste artigo é analisar se a parceria causou o empoderamento dos assentados ou se foi uma estratégia para o autoritarismo do Incra, estudando o caso do PAE-Maracá. Os procedimentos metodológicos incluíram entrevistas aos gestores de associações e agroextrativistas aos professores, análise de documentos do Incra e da associação principal, complementando com leituras de teses e dissertações pertinentes ao assunto. Pode-se deduzir que desde o início o Incra adotou procedimentos inapropriados, visto que os assentados apresentam dissonância nas intenções, nas ações e mesmo na gestão. O Incra atua com autoritarismo, omissão, e seu descaso empobrece o Plano de Utilização, principal documento para a gestão do Assentamento. Como citar este artigo:ALMEIDA, Maria Geralda de. Agroextrativistas e as controvérsias nas políticas sociais e ambientais no assentamento de Maracá, no estado do Amapá. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 100-124, mai.-ago., 2021.
STATUS OF THE INTERACTION OF ATER'S TECHNICAL-SCIENTIFIC KNOWLEDGE AND THE TRADITIONAL KNOWLEDGE OF FAMILY FARMERS / Status da interação de conhecimentos técnico-científicos da ATER e o conhecimento tradicional dos agricultores familiares / Situación de la interacción entre los conocimientos técnico-científicos de ATER y los conocimientos tradicionales de los agricultores familiares
Resumo:The agricultural modernization, initiated after the Green Revolution, established the agricultural homogenization, helping to transfer technical and scientific knowledge, while neglecting the traditional practices of family farmers. This study aimed to analyze the knowledge interaction between ATER agents and family farmers in order to identify the valorization status of local or traditional knowledge in the practices developed by those farmers. The methods used in the study are characterized as exploratory, qualitative and case study. The research population was formed by family farmers in the municipality of Cascavel/PR, based on data provided by Emater, and 248 family farmers' properties involved in various projects aimed at enhancing local activities were identified. For data collection, 30 families from five different Districts were interviewed. The choice criteria was by convenience. As a result, we identified that the interaction and knowledge sharing between farmers occurs continuously, as farmers usually exchange information about their daily lives and their productive activities in informal conversations and community meetings. The relationship with ATER agents is positive, however it is clear that tacit and explicit knowledge have not been properly socialized. Even though there are economic and knowledge potentialities, commodity crops, which depend on large-scale production, are still predominant and not suitable for family farming.Como citar este artigo:TAGLIAPIETRA, Odacir Miguel; CARNIATTO, Irene; BERTOLINI, Geysler Rogis Flor. Knowledge Interaction between ATER agents and family farmers: status of valuing local or traditional knowledge. Revista NERA, v. 25, n. 62, p. 158-178, jan.-abr., 2022.
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Tagliapietra, Odacir Miguel Carniatto, Irene Bertolini, Geysler Rogis Flor