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Uma dama na cena livre (Entrevista com Eva Wilma)
Entrevista com Eva Wilma trata da trajetória profissional dessa atriz que, desde a década de 50, trabalha no teatro, no cinema e na televisão. Eva Wilma trabalhou ao lado de José Renato, fundador do Teatro de Arena; ao lado de Cassiano Gabus Mendes, em Alô, doçura!, primeiro seriado da TV brasileira, pela TV Tupi, que, ao longo de seus dez anos, se tornou um dos precursores de nossa teledramaturgia. No cinema, ganhou muitos prêmios em trabalhos importantes como: Chico Viola não morreu, São Paulo S/A, Cidade ameaçada, entre outros. Como artista e como cidadã, tem clareza do papel importante que jogam os meios de comunicação na conquista do direito à cidadania e fala sobre a necessidade de a TV aberta encarar o desafio da disputa pela audiência, melhorando a qualidade da programação, a exemplo do que significa o seu novo seriado Mulher para o público jovem e feminino.
1999
Paulino, Roseli Aparecida Fígaro
Novo cinema brasileiro
O artigo trata da retomada das produções cinematográficas brasileiras, o que a autora denomina de Novo Cinema Brasileiro. Destaca a pluralidade de temas e abordagens dessas produções, que buscam aperfeiçoamento técnico e acesso ao mercado internacional sem descuidar da qualidade do conjunto da obra. Discute e faz sua crítica a duas recentes premiadas produções: O que é isso, companheiro?, de Bruno Barreto, filme falado em inglês, que segundo a autora, deturpa um recente fato da História do país; e Central do Brasil, de Walter Salles Jr., destacando este último como um filme que fala da busca da identidade e que olha o Brasil com olhos menos indiferentes.
Jornalismo: uma opção
Ricardo Kotscho trata do jornalismo como serviço essencial, que deveria ser independente de interesses particulares e comerciais. Fala de sua opção profissional como opção de vida pois, para ele, o jornalismo é como um sacerdócio, tem função social. Em 34 anos de carreira foi repórter, correspondente internacional, assessor de imprensa e, atualmente, é diretor de jornalismo na TV Bandeirantes –SP e no Canal 21.
Tema do aborto nas aulas de Sociologia
Relato de experiência de uma professora do Ensino Médio, desenvolvida em uma escola pública da região Leste da Capital paulista que, a partir dos conceitos básicos de Durkheim, introduz pesquisa e debate sobre o tema do aborto nas aulas de Sociologia. A professora orienta pesquisa dos alunos em diversas fontes: desde jornais e revistas da grande imprensa, páginas na Internet, livros didáticos, artigos científicos até entrevistas com médicos, advogados e com mulheres que já tenham praticado aborto. O objetivo deste trabalho é o de propiciar aos alunos a formulação de opinião baseada em fatos e dados científicos, fazendo com que eles extrapolem o senso comum e a visão dogmática.
Assim passei o tempo que me deram na Terra
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Cibernética e educação
The article explains the meaning of Cybernetics as well as its use and applications in the globalized world, most especially in education, via Pedagogical Cybernetics. The Center for Pedagogical Cybernetics of ECA-USP's Department of Communications and Arts, coordinated by Prof. Dr. Oswaldo Sangiorgi, develops research in the area and is currently involved in the study of quantitative measurements of the human intelligence. It also deals with the regimental dispositions of the Center for Pedagogical Cybernetics.
Editorial
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Comunicação/Educação e transdisciplinaridade: os caminhos da linguagem
O artigo discute como se constitui o discurso da comunicação a partir da transdisiciplinaridade. Ou seja, as fronteiras entre os campos de conhecimento são cada vez mais fluidas e, embora mantenham sua especificidade, é preciso vê-las na dinâmica do intercâmbio de saberes, pois a realidade não é compartimentada. Dessa forma, o discurso da comunicação, basicamente construído com a linguagem verbal, constiui-se da conjunção dos discursos da história e da literatura. Com tais características, o discurso da comunicação seleciona, edita e interpreta os fatos do cotidiano, dando um determinado sentido às coisas do mundo. A democratização desse discurso e, portanto, desse ponto de vista passa pela escola que, se ressignificada, pode ser o espaço da transformação da informação fragmentada em conhecimento, o que implica reelaboração e capacidade de seleção. É essa a contribuição que o campo da comunicação/educação pode dar à escola.
Sociedade informacional
The text aims at reconstructing the trajectory of electronic multimedia ever since the first automation and numerical calculation discoveries in the 18th Century, in Europe, going through the creation of coded information world networks, during the Cold War, and finally arriving at the North American innovations, in the 70's, that resulted in the appearance of the Personal computer. The development of this technological universe confronts us with an informational society that spreads regardless of our wish or of our initiative. Thus, our best option is to know and dominate its technique and language, so we become less naive in this universe in which, whether we like it or not, we already participate.
1999
Costa, Maria Cristina Castilho
Tratamento das imagens na formação do pedagogo
O artigo analisa o percurso da produção social da imagem, relacionando as práticas do olhar com a História da Cultura. Defende a necessidade da análise e compreensão da imagem a partir de sua contextualização sócio-histórica. Propõe a incorporação na formação de pedagogos de conteúdos que discutam o campo e a Pedagogia da imagem, tendo em vista o crescente papel da escola como mediadora na apropriação das linguagens verbo-visuais.
1999
Barros, Armando Martins de
Programas educativos na TV
O artigo trata da reflexão sobre a possibilidade de articulação entre a intencionalidade educativa e os formatos de narrativa ficcional de televisão na programação infantil. Discute o modelo clássico de estruturação de programa educativo em função de uma intenção didática. Reexamina o modelo educativo proposto por Vila Sésamo, criado nos EUA, e analisa o programa Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura de São Paulo, como superação do conceito clássico. Conclui pela viabilidade de se adequar o educativo à linguagem televisual e narrativa.
1999
Carneiro, Vânia Lúcia Quintão
Educação, cultura e cidadania: comunicações da periferia
O artigo discute a compreensão e o tratamento equivocado que se tem dado às políticas culturais no Brasil. Oscila-se do descaso e do desconhecimento completo ao mecenato e protecionismo do Estado, elitista e autoritário. Destaca a região do ABC paulista como espaço cultural concreto no qual as manifestações da população são interstício de resistência, na continuidade de serem tratados como mão-de-obra para exploração capitalista e consumidores de segunda classe. Critica os discursos ditos progressistas e de esquerda que tratam a cultura como projeção superestrutural ou então como expressão da infra-estrutura. Ressalta que a cultura é um valor de mediação, uma base de motivos, valores e estímulos à ação criativa e diferenciadora dos grupos que se organizam como comunidade. Faz proposições para uma política cultural conseqüente.
Entre o Mediterrâneo e o Atlântico, uma aventura teatral
Esta é uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido pela autora como coordenadora de uma pesquisa-ação com oficinas de jogos e práticas teatrais, com estudantes universitários marroquinos, na cidade de Tetuán. O trabalho tem por objetivo demonstrar a conveniência da experimentação e avaliação de práticas teatrais que articulam jogos e textos narrativos, e como eles resultam positivamente na formação de alunos e professores. A pesquisa-ação considerou o ambiente cultural do mundo árabe e procurou a articulação das práticas e jogos teatrais com a tradição cultural dos provérbios, levando os grupos de alunos a apropriarem-se do texto e estabelecerem relações significativas com ele e a partir dele. O resultado mostrou a conveniência da linguagem teatral na formação dos estudantes, mas também demonstrou como a linguagem teatral é importante para o respeito e o intercâmbio cultural.
1999
Pupo, Maria Lúcia de Souza Barros
Comunicação/educação na formação profissional
O trabalho propõe a articulação da Comunicação e da Educação como um campo problemático, tratando de identificar algumas das questões que o caracterizam com vistas a contribuir para a sua construção teórica. Considerar que não se conseguiu transcender a perspectiva da análise de experiências, o que limita a reflexão e a incorporação destas temáticas no âmbito acadêmico com o status teórico que lhe corresponde. Isto, por sua vez, dificulta sua definição como conteúdos com vistas à formação tanto de comunicadores como de educadores. Respondendo a esta questão, o trabalho procura identificar alguns dos eixos que poderiam considerar-se fundamentais com o objetivo de incorporação dessas temáticas nos âmbitos de formação e ressignificação no contexto da sociedade midiática, com o impacto das novas tecnologias da comunicação e da informação, na cultura e nos modos de conhecer.
Sujeito, comunicação e cultura (Entrevista com Jesús Martín-Barbero)
Em entrevista a Comunicação & Educação, Jesús Martín-Barbero fala de sua trajetória intelectual na Espanha e depois na Colômbia. Fala de sua opção pela América Latina e de como hoje ele se sente um latino-americano. Trata da necessidade de a Comunicação ser pensada não só a partir dos meios, mas como uma problemática fundamental para se compreender a sociedade contemporânea. Trata da importância do campo comunicação e educação como perspectiva que pode ajudar a escola e o professor a superar a visão linear e compartimentada que se tem do saber, potencializando mudanças que atendam futuramente às novas sensibilidades e às formas de conhecimento que os jovens estão desenvolvendo. Bem como, destaca a cultura e a comunicação como categorias importantes na conquista da cidadania.
1999
Paulino, Roseli Aparecida Fígaro Baccega, Maria Aparecida
Ciência na programação da TV comercial
Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a presença de temas científicos na televisão comercial brasileira e a linguagem adotada pelo meio para tratar desses temas. Discute as expectativas do telespectador quanto à informação em ciência e tecnologia e a contribuição de programas de divulgação de ciência na formação do jovem. Tem como referencial de análise o programa Globo Ciência, da Rede Globo de Televisão. Questiona, ainda, as formas de abordagem do fato científico e sua atratividade para o público telespectador, levando-se em consideração os índices de audiência compatíveis com os interesses comerciais das emissoras.
Telejornalismo, ética e cidadania
Chico Pinheiro trata do perfil do jornalista, ressalta a necessidade do envolvimento profissional e o compromisso ético e histórico do jornalista com a transformação da realidade de injustiças sociais. Ressalta a importância do acesso à informação para que se possa conhecer e agir sobre a realidade. Vê o jornalismo como construtor da cidadania.
O jornal e a notícia nas aulas de Português
Professora de Português realiza projeto de leitura e criação de textos a partir do desenvolvimento das habilidades comunicativas de estudantes do ensino fundamental. Utiliza como suporte para o seu trabalho pedagógico o jornal e o gênero notícia. Aproximando os jovens dos temas importantes do país, familiariza-os com elementos textuais da notícia, bem como prepara-os para a produção desse tipo de narrativa. A partir do jornal, a professora propicia a seus alunos o desenvolvimento da capacidade de ler, selecionar, interpretar e criticar. Habilidades fundamentais para a formação de cidadãos.
1999
Grigoletto, Rosângela A. da Silva
Trem de ferro, Sapo-cururu e A onda
Manuel Bandeira - Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em 1886, no Recife, filho de Manuel Carneiro Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Vive no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, onde entra para a Escola Politécnica. Emprega-se nos escritórios técnicos da Estrada de Ferro Sorocabana, mas em 1904 adoece dos pulmões, abandona os estudos e volta para o Rio de Janeiro. Em 1912 escreve seus primeiros versos livres. Em 1913, embarca para a Europa para tratamento. Em Coimbra imprime seu primeiro livro de poesia: Poemetos melancólicos. Volta para o Brasil em 1914. Em 1917, publica A cinza das horas, em 1919 Carnaval, edição custeada por seu pai. O volume Poesias, com Cinzas das horas, Carnaval e Ritmo dissoluto, sai em 1924. Entre 1928 e 1930 foi cronista do Diário Nacional, de São Paulo; e depois do jornal A Província, de Recife; e passou a escrever crítica de cinema para o Diário da Noite, do Rio de Janeiro. Em 1930, publica Libertinagem. Em 1940, sai a nova edição de Poesias completas. Mafuá do malungo e Poemas traduzidos são de 1948; e Itinerário de Pasárgada, de 1954. Em 1956, Manuel Bandeira escreve um estudo sobre Versificação em língua portuguesa para a Enciclopédia Larousse; traduz a tragédia Macbeth, de Shakespeare, e La machine infernale, de Jean Cocteau. Nos anos seguintes continua traduzindo obras importantes da literatura internacional; além de continuar colaborando em diversos jornais e escrevendo biografias, tais como as de : Gonçalves dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Falece em 1968.
Museu do Ipiranga
O Museu do Ipiranga ou Museu Paulista da USP é órgão de integração da Universidade de São Paulo e dedica-se ao estudo da História da Cultura Material da sociedade brasileira. O edifício, que o abriga, foi construído como Monumento à Independência. Os acervos tiveram início na coleção do Museu Sertório, que em fins de 1890 foi comprado pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink e por ele doado ao Governo do Estado. Subordinou-se à Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, de 1890 a 1893. Em agosto de 1893, determinou-se o uso do Monumento como sede do Museu, com a transferência das coleções, e autorizou-se a sua reorganização. A 7 de setembro de 1895 foi inaugurado solenemente e aberto ao público. Em 1934, tornou-se um instituto complementar da Universidade de São Paulo, à qual se integrou definitivamente em 1963. O Museu Paulista possui mais de 130 mil peças concentradas em três áreas: Objetos, Documentação Textual e Iconografia, abrangendo o período do século XVI até meados do XX.