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Aneurisma de artéria poplítea como manifestação da doença de Behçet descompensada

A doença de Behçet consiste em uma vasculite sistêmica que acomete veias, artérias e capilares, mas predominantemente pequenos vasos. Raramente há o envolvimento de veias e artérias de médio e grande calibre, sendo as artérias menos acometidas que as veias. No presente trabalho, os autores apresentam um relato de caso de aneurisma da artéria poplítea em um paciente com a doença de Behçet descompensada. Discutem-se os aspectos clínicos e radiológicos e o manejo cirúrgico dos pacientes com essa doença inflamatória sistêmica que apresentam peculiaridades importantes.

Year

2006

Creators

D'Alessandro,Gabriel Salum Machietto,Rafael Forti Silva,Simone Martins da Campos Jr.,Walter Akel,Cláudio Jamil Etchebehere,Renato Murilo Cardoso,Roberta Murasaki Izukawa,Nilo Mitsuru

Endoprótese ramificada de artéria ilíaca interna no tratamento de aneurisma aórtico associado a aneurisma bilateral das artérias ilíacas comuns

A embolização das artérias ilíacas internas é usualmente realizada durante a correção endovascular dos aneurismas aorto-ilíacos, visando prevenir a ocorrência de endoleak. Entretanto, é freqüente a associação desse procedimento com inúmeras seqüelas pós-operatórias, em decorrência da diminuição do fluxo sangüíneo pélvico. Em virtude disso, torna-se necessário o desenvolvimento de dispositivos e estratégias para a preservação das artérias ilíacas internas durante a correção endovascular dos aneurismas aorto-ilíacos. Descrevemos aqui o emprego pioneiro de uma endoprótese ramificada Helical Sidebranch (Cook) para a artéria ilíaca interna, realizado com sucesso técnico imediato e controle pós-operatório satisfatório.

Year

2006

Creators

Ferreira,Marcelo Martins da Volta Capotorto,Luis Fernando Rondon,Giafar Abuhadba Monteiro,Marcelo Wiliams Soares,Cyntia de Moraes Rego Azevedo,Luiz Lanziotti

Identificação pelo eco-Doppler colorido de fístula arteriovenosa na trombose venosa profunda

Os três casos são referentes a pacientes em tratamento para trombose venosa profunda encaminhados ao laboratório vascular para avaliação da recanalização e/ou progressão do processo trombótico. Durante o estudo pelo eco-Doppler colorido, foram identificados sinais ecográficos compatíveis com fístula arteriovenosa no interior do trombo e adjacente à parede venosa.

Year

2006

Creators

Barros,Fanilda Souto Pontes,Sandra Maria Silva,Wanderley de Paula e Prezotti,Bruno Bourguinon Sandri,João Luiz

Push and park: uma opção técnica no tratamento do ateroembolismo agudo dos membros inferiores

A aterotrombose é uma doença multissistêmica associada a elevada morbidade e mortalidade. A manipulação das artérias com fios-guia ou cateteres pode gerar trauma mecânico, com conseqüente deslocamento de material ateromatoso da parede vascular. Um paciente de 82 anos, no qual uma ponte fêmoro-poplítea distal com veia safena in situ havia sido realizada por nós há 10 anos, apresentou dor, palidez, hipotermia, diminuição da sensibilidade e força do pé direito 6 horas após coronariografia com acesso pela artéria femoral direita (classe 2b de Rutherford). Arteriografia diagnóstica evidenciou perviedade do enxerto, com múltiplas irregularidades em seu terço distal, compatíveis com material ateroembólico, além de pobreza extrema de circulação distal. Optamos pela revascularização do membro inferior direito em caráter de urgência, associando técnicas convencionais a métodos endovasculares. Empregando a técnica de push and park, cruzamos a lesão ateroembólica com fio-guia e tratamos todo o eixo arterial acometido com manobras de angioplastia. O paciente apresentou boa evolução, boa perfusão distal, adequado enchimento capilar, eliminação da dor e melhora acentuada imediata do déficit motor e sensitivo.

Year

2006

Creators

Massière,Bernardo Ristow,Arno von Pedron,Cleoni Cury Filho,José Mussa Gress,Marcus Vescovi,Alberto Zucco,Fabrício

Persistência da artéria isquiática: relato de caso

A persistência da artéria isquiática é uma anomalia congênita rara do sistema circulatório, sendo descritos poucos casos na literatura e não existindo, assim, consenso sobre métodos diagnósticos e de tratamento. Os autores apresentam o caso de um paciente masculino, de 59 anos de idade, com história de dor tipo "claudicação intermitente" progressiva em panturrilha direita, associada a uma massa pulsátil em fossa poplítea e ausência de pulsos distais. A angiotomografia da aorta abdominal e dos membros inferiores revelou persistência da artéria isquiática à direita, sendo realizada, ainda, angiografia com subtração digital seletiva da artéria isquiática para o planejamento cirúrgico. O paciente foi submetido à ponte fêmoro-fibular com veia safena magna ipsolateral reversa e ligadura da artéria isquiática na pelve, por acesso retroperitoneal.

Year

2006

Creators

Bez,Leonardo Ghizoni Costa-Val,Ricardo Bastianetto,Paulo Oliveira,Tatiana Ferreira de Avelar,Carlos Eduardo Mourad Veloso,Denise Sena Costa,Jovelino Pinheiro Oliveira,Fábio Sales de

Embolização intra-arterial pré-operatória de tumor do corpo carotídeo

Os autores relatam um caso de tumor de corpo carotídeo (paraganglioma) em um paciente de 74 anos de idade, submetido a embolização intra-arterial com micropartículas esféricas, de polivinil acetato, com casca de polivinil álcool (PVAc + PVA), previamente à ressecção do tumor. O estudo angiográfico demonstrou massa altamente vascularizada na bifurcação carotídea esquerda, sendo a embolização pré-operatória utilizada no intuito de diminuir a vascularização e reduzir a perda sangüínea, aumentando a segurança do tratamento cirúrgico. O estudo histopatológico confirmou a presença de trombose e isquemia tecidual.

Year

2006

Creators

Espinosa,Gaudêncio Silva,Luis Felipe da Fernandes,André Luiz Furtado,Roberto Fonseca,Jose Luiz Telles da Marinho,Ana Cristina de Oliveira Chagas,Vera Lucia Antunes Bellizzi,Fabio

O processo aterosclerótico em artérias de coelhos submetidos a dieta suplementada com gema de ovo: modelo experimental de baixo custo

OBJETIVO: Verificar a aterogenicidade do modelo de hipercolesterolemia por suplementação alimentar com gema de ovo em coelhos e seu uso como modelo de aterosclerose experimental de baixo custo. MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados 14 coelhos divididos em dois grupos de sete animais: grupo controle (G1), que recebeu ração comercial ad libitum, e grupo tratado (G2), que foi alimentado com dieta suplementada com gema de ovo. Ambos os grupos foram alimentados por 90 dias. Foram realizadas dosagens do perfil lipídico dos animais nos momentos 0, 30, 60 e 90 dias. Ao término do período experimental, os animais foram submetidos a eutanásia e retirada da aorta e de seus ramos diretos para realização de estudo anatomopatológico. RESULTADOS Apenas no grupo G2 houve aumento significativo nos níveis de colesterol total e frações. Ao exame macroscópico, foram observadas estrias gordurosas no arco aórtico e aorta abdominal e, à microscopia, acúmulos lipídicos discretos na íntima da aorta abdominal, renal, carótida, transição toracoabdominal e femoral. Portanto, a dieta com gema de ovo provocou aterosclerose leve no animal de experimentação e alterações equivalentes àquelas provocadas pelo colesterol purificado comercial quando fornecido em baixa dosagem. Assim sendo, a gema de ovo pode ser utilizada como fonte de colesterol alimentar de baixo custo em modelos de aterosclerose experimental.

Year

2006

Creators

Jaldin,Rodrigo Gibin Falcão Filho,Hênio Arruda Sequeira,Júlio Lopes Yoshida,Winston Bonetti

Estudo prospectivo comparativo entre a endarterectomia e a angioplastia com stent e proteção cerebral no tratamento das lesões ateroscleróticas carotídeas: resultados em 30 dias

OBJETIVO: Analisar comparativamente os resultados, em 30 dias, entre a endarterectomia e a angioplastia com stent auto-expansível e filtro de proteção cerebral, avaliando a incidência de acidente vascular cerebral e óbito, bem como o tempo de permanência hospitalar no tratamento das lesões ateroscleróticas da bifurcação carotídea. MÉTODO: Estudo prospectivo, em que foram tratados 80 pacientes, sintomáticos e assintomáticos, com lesões estenóticas maiores que 60 e 70%, respectivamente, da bifurcação carotídea. Os pacientes foram divididos em dois grupos de 40 pacientes, que foram avaliados quanto a sexo, idade, comorbidades associadas e tabagismo. RESULTADOS: A taxa de acidente vascular cerebral e óbito foi de 5,0% em ambas as técnicas. Ocorreu um caso (2,5%) de ataque isquêmico transitório no grupo endovascular e nenhum na endarterectomia. No que se refere ao tempo de internação, o tratamento endovascular apresentou menor tempo em relação à endarterectomia, sendo estatisticamente significativo (P < 0,002). CONCLUSÕES: Nesta série apresentada, a incidência de acidente vascular cerebral e óbito em 30 dias foi de 5% nas duas técnicas utilizadas. Em relação ao tempo de internação, houve um menor tempo de permanência hospitalar a favor da técnica endovascular, com significância estatística (P < 0,002).

Year

2006

Creators

Tinoco,Eugênio Carlos de Almeida Silva,Luis Felipe da Luquini,Bruno Baião Campanha,Rafael Nascimento,Marcelo Horta,Luciana

Seqüência de fluxo de gás fresco para início da anestesia com baixo fluxo: aplicação clínica do estudo teórico de Mapleson

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em estudo teórico, Mapleson utilizando um modelo farmacocinético multicompartimental, com um homem padrão de 40 anos e 70 kg, demonstrou que, com fluxo de gás fresco (FGF) inicial igual à ventilação pulmonar total, sendo depois reduzido até 1 L.min-1 e concentração (Fracional) administrada do anestésico (Fadm) igual a 3 CAM, a fracional expirada final, também expressa como alveolar (F E’=F A), pode atingir 1 CAM em poucos minutos, de acordo com a solubilidade do agente inalado. O objetivo do presente trabalho foi realizar a aplicação clínica deste modelo teórico. MÉTODO: Foram incluídos neste estudo 28 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 55 anos, submetidos à anestesia geral, divididos aleatoriamente em 4 grupos de 7 pacientes de acordo com anestésico utilizado (halotano, isoflurano, sevoflurano e desflurano). A indução foi venosa com propofol, fentanil e vecurônio e a manutenção com o agente inalatório diluído em oxigênio, sob ventilação pulmonar mecânica. Os parâmetros foram os seguintes, de acordo com o agente utilizado: Grupo do halotano: FGF inicial de 5 L.min-1 até 4 minutos, seguido por 2,5 L.min-1 até 10 minutos e 1,5 L.min-1 até 20 minutos, Fadm igual a 3 CAM durante os 20 minutos iniciais da anestesia. Grupo do isoflurano: O FGF inicial foi de 5 L.min-1 por 1,5 minuto, seguido por 1,5 L.min-1 até 7 minutos e 1 L.min-1 até 20 minutos. A Fadm foi de 3 CAM até 7 minutos e 2,5 CAM até o vigésimo minuto. Grupo do sevoflurano: O FGF inicial foi de 5 L.min-1 por 1 minuto e 1 L.min-1 até o vigésimo minuto e a Fadm de 3 CAM por 1 minuto, depois 2,5 CAM até 7 minutos e 1,8 CAM até 20 minutos. Grupo do desflurano: O FGF inicial foi de 3,5 L.min-1 por 1 minuto e 1 L.min-1 até completar os 20 minutos e a Fadm de 3 CAM por 1 minuto, seguido de 1,5 CAM até 10 minutos e 1,2 CAM até 20 minutos. Além da monitorização rotineira das variáveis fisiológicas (cardiovasculares e respiratórias) foram medidas FI, e FE’ (FA) dos agentes utilizados. RESULTADOS: Grupo do halotano: a FA atingiu 1,15 CAM em 2 minutos e variou de 1,21 a 1,47 CAM até 20 minutos. Grupo do isoflurano: a FA foi de 1,03 CAM em 1 minuto, variando de 1,11 a 1,21 CAM até 20 minutos. Grupo do sevoflurano: a FA de 1,53 CAM foi atingida em 1 minuto, variando de 1,10 a 1,34 CAM até 20 minutos restantes. Grupo do desflurano: a FA foi de 0.94 CAM em 1 minuto, variando de 1,07 até 1,14 CAM até o vigésimo minuto. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos comprovam a aplicabilidade clínica do modelo teórico de Mapleson. Deste modo, conseguiu-se um rápido aumento da FA do agente inalatório que atingiu 1 CAM, em 1 a 2 minutos, mantendo-se neste valor com pequenas oscilações e baixo consumo de anestésico.

Year

2002

Creators

Borges,Marisa Miziara Jreige Saraiva,Renato Ângelo

Ropivacaína em bloqueio peridural torácico para cirurgia plástica

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio peridural torácico constitui técnica de anestesia hipotensiva, capaz de reduzir o sangramento no campo operatório. O presente estudo não-comparativo tem por finalidade observar os resultados do bloqueio peridural torácico com ropivacaína a 0,5% associado a sedação com infusão contínua de propofol em cirurgia plástica. MÉTODO: Participaram do estudo sessenta pacientes do sexo feminino com idades entre 18 e 62 anos, estado físico ASA I ou II, submetidas a cirurgias plásticas combinadas envolvendo mama, abdômen, glúteos, lipoaspiração. Após punção peridural em T9-T10 ou T10-T11, receberam 40 ml de solução de ropivacaína a 0,5% e sufentanil 15 µg. Doses subseqüentes do anestesia local foram administradas através de cateter quando necessárias. Sedação foi obtida com infusão venosa contínua de propofol 40 a 50 µg.kg-1.min-1. Foram avaliadas as características de instalação e regressão do bloqueio, a evolução dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios, a incidência de eventos adversos. RESULTADOS: O nível superior de bloqueio sensorial foi T2 em 52 pacientes (86,6%), C4 em 4 (6,6%) e T3 em 4 (6,6%). A média para o tempo de latência foi 9,1 ± 8,2 minutos. Obteve-se bloqueio motor grau 2 em 61,7% das pacientes e grau 1 em 38,3%. A média para o tempo de regressão completa do bloqueio motor foi 377,9 ± 68,5 minutos. A média para o tempo da primeira queixa espontânea de dor foi 965,1 ± 371,3 minutos. Os valores médios de PAS, PAD, PAM e FC decresceram significativamente em relação ao controle a partir dos 15 min após a injeção do anestésico local, caracterizando anestesia hipotensiva. Treze pacientes (21,7%) que apresen- taram PAS < 65 mmHg e/ou PAM < 50 mmHg receberam vasopressor (etilfedrina) e 4 (6,7%) que apresentaram FC < 50 bpm receberam atropina. Não foi necessária transfusão sangüínea em nenhum paciente. CONCLUSÕES: O bloqueio peridural torácico com ropivacaína a 0,5% e sufentanil 15 µg, associado à sedação com propofol em infusão contínua, constitui método de anestesia hipotensiva de boa qualidade para cirurgias plásticas combinadas envolvendo mama, abdômen, glúteos e lipoaspiração. A monitorização contínua dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios e o controle dos efeitos do bloqueio sobre estes parâmetros são indispensáveis para o sucesso e a segurança da técnica.

Year

2002

Creators

Nociti,José Roberto Serzedo,Paulo Sérgio Mateus Zuccolotto,Eduardo Barbin Gonzalez,Raul

Analgesia controlada pelo paciente com fentanil e sufentanil no pós-operatório de reconstrução de ligamentos do joelho: estudo comparativo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os opióides têm sido utilizados por via peridural associados ou não a anestésicos locais para analgesia pós-operatória de forma contínua e/ou em bolus controlado pelo paciente. O objetivo deste estudo foi comparar a analgesia pós-operatória entre o fentanil e sufentanil em infusão contínua e em bolus por via peridural, em pacientes submetidos à reconstrução de ligamento do joelho. MÉTODO: Participaram do estudo 70 pacientes com idades entre 16 e 47 anos, estado físico ASA I e II, divididos aleatoriamente em dois grupos: Grupo F (fentanil) e Grupo S (sufentanil). Todos os pacientes foram submetidos à anestesia peridural com bupivacaína a 0,5% (100 mg) com epinefrina 1:200.000 associada a fentanil (100 mg). Ao final da cirurgia, os pacientes receberam fentanil (Grupo F) ou sufentanil (Grupo S) por via peridural em regime de infusão contínua mais bolus liberados pelo paciente. No Grupo F foi utilizada solução fisiológica (85 ml) contendo fentanil 500 µg (10 ml) e bupivacaína (5 ml a 0,5%). No Grupo S foi utilizada solução fisiológica (92 ml) contendo sufentanil 150 µg (3 ml) e bupivacaína (5 ml a 0,5%). Para os dois grupos a bomba de infusão foi programada inicialmente em 5 ml.h-1, com dose de 2 ml em bolus liberado pelo paciente num intervalo de 15 minutos. Foram comparados os seguintes parâmetros: dor, número de bolus acionados, consumo de opióides, bloqueio motor, sedação e efeitos colaterais. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos quanto à qualidade da analgesia, sendo a maioria de boa qualidade (EAV 0 a 2). Houve diferença quanto ao número de bolus liberados. No Grupo F solicitou mais bolus que o Grupo S. Não houve diferença quanto ao volume total e tempo de infusão total. Não houve bloqueio motor após a instituição da analgesia controlada pelo paciente. A incidência de vômitos e retenção urinária foi maior no Grupo S e quanto à sedação e ao prurido, não houve diferença entre os grupos. CONCLUSÕES: O fentanil ou o sufentanil contínuos em bolus acionados pelo paciente, por via peridural, nas doses utilizadas neste estudo, apresentaram excelente analgesia pós-operatória. No entanto, o sufentanil apresentou efeitos colaterais mais intensos que o fentanil.

Year

2002

Creators

Lutti,Marcelo Negrão Vieira,João Lopes Eickhoff,Dante Roberto Carli,Daniel de Carvalho,Marcelo Antônio de

Analgesia pós-operatória em pacientes pediátricos: estudo comparativo entre anestésico local, opióides e antiinflamatório não esteróide

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O tratamento da dor pós-operatória em crianças tem merecido atenção especial nas últimas décadas. O propósito deste estudo foi analisar a analgesia pós-operatória de crianças no que se relaciona à qualidade e à duração da analgesia, à confiabilidade dos métodos de avaliação e à incidência de efeitos colaterais decorrentes das diferentes técnicas de analgesia utilizadas. MÉTODO: Participaram do estudo 100 crianças com idades entre 2 e 12 anos alocadas em 5 grupos de 20 crianças cada, que receberam, logo após a indução da anestesia, os seguintes tratamentos de analgesia: grupo B, bupivacaína a 0,25%, com vasoconstritor, 0,5 a 1 ml.kg-1; grupo F, fentanil, 1,5 µg.kg-1; grupo M, morfina, 30 µg.kg-1, grupo S, sufentanil, 0,3 µg.kg-1, todos por via peridural caudal e o grupo D, que recebeu diclofenaco potássico (1 mg.kg-1) por via retal. A dor foi avaliada por 2 métodos distintos: um predominantemente comportamental, objetivo e o outro de auto-avaliação, subjetivo, durante as primeiras 4 horas e a partir deste momento até a 24ª hora. Efeitos colaterais foram observados e tratados. RESULTADOS: Nas primeiras 4 horas os pacientes dos grupos B, F, M e S apresentaram comportamentos semelhantes, com mínimas necessidades de analgesia complementar. Nas 20 horas restantes o maior tempo de analgesia foi o observado no grupo S, não diferindo dos grupos F e M, mas sendo significativamente superior ao tempo dos grupos B e D. Diclofenaco retal não promoveu alívio efetivo da dor. Maior incidência de efeitos colaterais ocorreu no grupo M que não diferiu do grupo S, mas foi significativamente superior aos grupos F, B e D. Houve correlação positiva e significativa entre os escores das 2 escalas de avaliação de dor. CONCLUSÕES: Os opióides espinhais mostraram-se seguros e efetivos na analgesia pós-operatória em crianças, porém quando comparados à bupivacaína não apresentaram diferenças relevantes e apresentaram maior incidência de efeitos colaterais. O diclofenaco por via retal não se mostrou efetivo como analgésico único quando comparado às outras técnicas.

Year

2002

Creators

Menezes,Miriam Seligman Gozzani,Judymara Lauzi

Tempo de latência e duração do efeito do rocurônio, atracúrio e mivacúrio em pacientes pediátricos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os bloqueadores neuromusculares (BNM) são freqüentemente utilizados em anestesia pediátrica e não existe aquele considerado ideal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o rocurônio, o atracúrio e o mivacúrio, em crianças, quanto ao tempo de latência e de recuperação, à interferência sobre as variáveis hemodinâmicas e às condições de intubação traqueal. MÉTODO: Sessenta e sete crianças, estado físico ASA I e II, com idade variando de 2 anos e 6 meses a 12 anos, foram anestesiadas com alfentanil (50 µg.kg-1), propofol (3 mg.kg-1), sevoflurano e N2O/O2 e divididas em três grupos: G1 = rocurônio 0,9 mg.kg-1 (n = 22); G2 = atracúrio 0,5 mg.kg-1 (n = 22) e G3 = mivacúrio 0,15 mg.kg-1 (n = 23). A monitorização do bloqueio neuromuscular foi realizada com o método de aceleromiografia no trajeto do nervo ulnar. Foram estudados: o tempo de latência (TL), a duração clínica (T25), o tempo de relaxamento (T75) e o índice de recuperação (T25-75). A pressão arterial média (PAM) e a freqüência cardíaca (FC) foram registradas em seis momentos, bem como as condições encontradas no momento da intubação traqueal. RESULTADOS: A mediana do TL foi de 0,6 minutos em G1, 1,3 minutos em G2 e 1,9 minutos em G3. A mediana do T25 foi em G1 = 38 minutos, G2 = 41,5 minutos e G3 = 8,8 minutos. A mediana do T75 foi em G1 = 57,7 minutos, G2 = 54,6 minutos e G3 = 13,6 minutos. A mediana do índice de recuperação (T25-75) foi em G1 = 19,7 minutos, G2 = 13,1 minutos e G3 = 4,8 minutos. As condições de intubação traqueal foram consideradas excelentes na maioria dos pacientes de ambos os grupos. Não houve modificações clínicas importantes da PAM e da FC. CONCLUSÕES: O rocurônio, 0,9 mg.kg-1, teve o menor tempo de latência e o mivacúrio, 0,15 mg.kg-1, o menor tempo de recuperação nos pacientes pediátricos anestesiados com sevoflurano. Também, o rocurônio, o mivacúrio e o atracúrio não determinaram alterações hemodinâmicas de importância clínica relevante e proporcionaram excelentes condições de intubação traqueal.

Year

2002

Creators

Módolo,Norma Sueli Pinheiro Nascimento Júnior,Paulo do Croitor,Lorena Brito da Justa Vianna,Pedro Thadeu Galvão Castiglia,Yara Marcondes Machado Ganem,Eliana Marisa Braz,José Reinaldo Cerqueira Takito,Daniela Suemi Takaesu,Luciano Akira

Temperatura e alterações no equilíbrio ácido-base de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea, sob normotermia e hipotermia

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A circulação extracorpórea (CEC) associa-se a várias mudanças na fisiologia normal. As múltiplas causas destas alterações interagem e representam um número de rotas potenciais para a disfunção orgânica pós-operatória. O objetivo deste trabalho é investigar as alterações de seus parâmetros indicadores durante a circulação extracorpórea em hipotermia e compará-las àquelas ocorridas em normotermia. MÉTODO: Foram selecionados 30 pacientes adultos, de ambos os sexos, com idades entre 41 e 78 anos, indicados para revascularização cirúrgica do miocárdio, operados com auxílio de CEC, sob normotermia ou hipotermia. Foram avaliados os seguintes parâmetros: concentração de hemoglobina e dos gases sangüíneos, pH, bicarbonato, excesso de bases, hiato aniônico, íon lactato, parâmetros de oxigenação tecidual e os índices de fluxo e de resistência vascular sistêmica. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos normotermia e hipotermia, em relação ao pH arterial, ao bicarbonato arterial, às concentrações plasmáticas dos íons sódio e cloreto, ao "anion gap", à pressão parcial de gás carbônico e ao conteúdo arterial de oxigênio. Houve efeito de tempo em todas essas variáveis exceto para as variáveis excesso de bases e "anion gap". O excesso de bases e a concentração de potássio mostraram valores inferiores no grupo hipotérmico. O lactato sérico aumentou nos dois grupos do tempo antes para o após a CEC sendo que o grupo hipotermia apresentou valores mais elevados. CONCLUSÕES: Hipotermia leve parece não modificar substancialmente o equilíbrio ácido-base, quando comparado a valores normais de temperatura, durante a CEC. Entretanto, o íon lactato elevou-se significativamente nos pacientes operados sob hipotermia, sugerindo que o transporte de oxigênio para a periferia não foi adequado durante o período de observação proposto. A diminuição da temperatura, embora discreta, parece não ter conferido o grau de proteção celular esperada ao fluxo sangüíneo da CEC.

Year

2002

Creators

Luz,Hugo Leonardo de Moura Auler Junior,José Otávio Costa

Hipotensão arterial em cirurgia de revascularização do miocárdio: influência dos inibidores da enzima conversora de angiotensina

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) são drogas muito utilizadas em estados hipertensivos e insuficiência cardíaca. Seu uso prolongado pode acarretar instabilidade hemodinâmica com episódios hipotensivos durante a indução anestésica. O objetivo deste estudo é comparar a incidência de hipotensão arterial em pacientes cronicamente tratados com IECA com pacientes não tratados com IECA, quando submetidos à anestesia para cirurgia de revascularização do miocárdio. MÉTODO: Participaram do estudo 50 pacientes, estado físico ASA II, III e IV, divididos em dois grupos: Grupo 1 - pacientes tratados com IECA por mais de dois meses e Grupo 2 - pacientes que não fazem uso de IECA. Os parâmetros avaliados foram pressão arterial média (PAM), freqüência cardíaca (FC), sendo anotados os menores valores da PAM e FC verificados em diferentes períodos da anestesia, e análise do segmento ST em D II e V5. Durante a CEC, foi determinada a resistência vascular sistêmica. RESULTADOS: A incidência de hipotensão arterial em pacientes anestesiados em uso de IECA foi maior do que no grupo controle em vários períodos da anestesia, mas principalmente na indução anestésica. Neste grupo foi necessário o uso de dopamina por tempo mais prolongado. Dos 26 pacientes tratados previamente com IECA, 23% necessitaram de drogas para correção da hipotensão desde a indução até a CEC e 19,1% em outros períodos da anestesia, perfazendo um total de 42,3%. No grupo controle nenhum paciente necessitou infusão contínua de drogas para aumentar a pressão arterial sistêmica, da indução até a CEC. Porém, 21% dos pacientes deste grupo necessitaram dopamina ou araminol em um ou mais períodos da anestesia. CONCLUSÕES: Neste estudo, os pacientes tratados com IECA, por tempo prolongado, apresentam maior incidência de hipotensão arterial na indução anestésica, necessitando, com maior freqüência, de drogas para manter a pressão arterial sistêmica em níveis adequados.

Year

2002

Creators

Jordão,Míriam Gomes Santos,Ari Tadeu Lírio dos

Problemas clínicos pré-anestésicos de pacientes morbidamente obesos submetidos a cirurgias bariátricas: comparação com pacientes não obesos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A obesidade mórbida associa-se a problemas clínicos, responsáveis por diminuição da expectativa de vida. Pacientes obesos mórbidos são candidatos a cirurgias bariátricas, impondo novos desafios ao anestesiologista. Este estudo comparou a prevalência de problemas clínicos entre pacientes morbidamente obesos submetidos a cirurgias bariátricas e não obesos submetidos a outros procedimentos eletivos. MÉTODO: Foram estudados, retrospectivamente, os registros eletrônicos de 2986 pacientes divididos em grupo 1, obesos mórbidos submetidos a cirurgias bariátricas e grupo 2, com índice de massa corporal menor que 30, submetidos a outros procedimentos eletivos, relacionados ao grupo 1 pela idade, sexo e estado físico (ASA). Os problemas pré-anestésicos do grupo 1 foram pesquisados no grupo 2 e as prevalências comparadas. As razões de chance (RC) e respectivos limites de 95% de confiança (LC 95%) foram calculados. RESULTADOS: Os problemas identificados nos grupos 1 e 2 e suas respectivas prevalências foram: refluxo gastroesofágico (16,67% e 0,48%), hipertensão arterial sistêmica (50% e 3,06%), diabete melito tipo II (6,25% e 0,31%), hipotireoidismo (6,25% e 0,31%), asma brônquica (10,42% e 1,43%) e pneumopatia restritiva (10,42% e 0,03%). As prevalências foram significativamente mais altas no grupo 1. Foram ainda identificados, no grupo 1, os seguintes problemas que não foram encontrados no grupo 2: epilepsia (2,08%), esteatose hepática (12,5%), colecistopatia calculosa (6,25%), dislipidemia (20,83%) e hipopituitarismo (2,08%). CONCLUSÕES: A prevalência de problemas clínicos é significativamente mais alta em pacientes portadores de obesidade mórbida do que em não obesos de mesma idade, sexo e estado físico.

Year

2002

Creators

Oliveira Filho,Getúlio Rodrigues de Nicolodi,Tânia Helena Carnieleto Garcia,Jorge Hamilton Soares Nicolodi,Marcos Antônio Goldschmidt,Ranulfo Dal Mago,Adilson José

Estudo histopatológico do efeito do tenoxicam com água bidestilada ou com cloreto de sódio a 0,9% no endotélio venoso de coelhos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em estudo com células endoteliais de veias umbilicais humanas expostas à indometacina, foi observado aumento da atividade pró-coagulante. Estudo em coelhos comprovou a presença de trombose nas veias auriculares após administração de tenoxicam com seu diluente ou de seu diluente isolado. Não foram encontrados estudos na literatura consultada que tenham avaliado o endotélio venoso após a administração do tenoxicam, em seres humanos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar se o tenoxicam com cloreto de sódio a 0,9% (NaCl a 0,9%) provoca alterações no endotélio venoso de coelhos, como as observadas quando associado ao seu diluente (água bidestilada). MÉTODO: Noventa coelhos (2.000 - 3.500 g) foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: Controle, com administração de NaCl a 0,9%; Experimento, com tenoxicam (20 mg) associado à água bidestilada ou ao NaCl a 0,9%. O volume injetado nos dois grupos foi constante de 2 ml. A anestesia foi induzida com maleato de acepromazina, cloridrato de cetamina e cloridrato de xilazina, sendo a punção das veias auriculares caudais direita e esquerda realizada com agulha tipo borboleta 27G. Os animais foram mantidos no biotério por 6 h, 12 h e 24 h, novamente anestesiados e submetidos à eutanásia, sendo então realizada exérese das aurículas em sua base e posterior avaliação microscópica das veias. RESULTADOS: Observou-se trombose no grupo Experimento, numa porcentagem de 19,4% após administração do tenoxicam com água bidestilada e 22,2% após administração do tenoxicam com NaCl a 0,9%. No grupo Controle, em que foi injetado somente NaCl a 0,9%, nenhuma das veias apresentou trombose. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados permitem concluir que o tenoxicam, com água bidestilada ou com solução de cloreto de sódio a 0,9%, produziu trombose nas veias em que foi injetado.

Year

2002

Creators

Schnaider,Taylor Brandão Silva,Alcino Lázaro da Engelman,Míriam de Fátima Brasil Juliano,Yara Novo,Neil Ferreira Schnaider,Gabrielle Sormanti Schnaider,Caroline Sormanti

Hipercapnia acentuada durante circulação extracorpórea em cirurgia para revascularização do miocárdio: relato de caso

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A função primordial de desviar o sangue do coração e retorná-lo oxigenado à circulação sistêmica é conseguida às custas de importantes alterações na fisiologia cardiopulmonar. O objetivo deste relato é apresentar uma complicação anestésica que ocorreu durante a CEC e alertar para a necessidade da interação de toda a equipe anestésico-cirúrgica na prevenção de eventos adversos per-operatórios. RELATO DO CASO: Paciente feminina, parda, 56 anos, 95 kg, altura 1,65 m, estado físico ASA IV, portadora de insuficiência renal crônica em hemodiálise, foi admitida para realização de revascularização do miocárdio. A monitorização constou de eletrocardiograma (ECG), medida invasiva da pressão arterial, oximetria de pulso, capnografia, temperatura esofágica, pressão venosa central e análise dos gases anestésicos. A paciente recebeu como medicação pré-anestésica, midazolam (0,05 mg.kg-1), por via venosa. Iniciou-se indução venosa com fentanil (16 µg.kg-1), etomidato (0,3 mg.kg-1) e pancurônio (0,1 mg.kg-1). A manutenção foi feita com oxigênio, isoflurano (0,5 - 1 CAM) e infusão contínua de fentanil. A gasometria arterial colhida após a indução demonstrou: pH: 7,41; PaO2: 288 mmHg; PaCO2: 38 mmHg; HCO3: 24 mmol.L-1; BE: 0 mmol.L-1; SatO2: 100%. A segunda gasometria arterial, colhida logo após o início da CEC, chegou em 30 minutos e apresentou: pH 7,15; PaO2: 86 mmHg; PaCO2 224 mmHg; HCO3: 29 mmol.L-1; BE: -3 mmol.L-1; SatO2: 99%. Foi feita verificação completa e urgente dos equipamentos anestésicos e de perfusão. Foi constatada conexão do misturador de gases de perfusão (blender) à rede de O2 e a um cilindro de dióxido de carbono (CO2), quando deveria estar conectado ao cilindro de ar comprimido. CONCLUSÕES: Falhas mecânicas dos componentes do circuito de extracorpórea podem ocorrer no per-operatório e exigem correções rápidas. Os avanços tecnológicos nos equipamentos de anestesia, monitorização e normatizações de segurança atenuarão a possibilidade de que casos como esse se repitam, porém jamais substituirão a presença vigilante do anestesiologista.

Year

2002

Creators

Nascimento,Maurício Serrano Bernardes,Cassiano Franco Medeiros,Roberta Louro de

Embolia pulmonar na sala de cirurgia: relato de caso

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embolia pulmonar é uma complicação freqüente no período pós-operatório. O objetivo deste relato é apresentar um caso de embolia pulmonar ocorrida na sala de operação e chamar a atenção para a importância da profilaxia de trombose venosa em pacientes cirúrgicos. RELATO DO CASO: Trata-se de um paciente do sexo masculino, 55 anos e 83 kg com diagnóstico de câncer de próstata, submetido a prostatectomia supra-púbica sob anestesia geral. Ao final da cirurgia, o paciente já extubado e logo após sua passagem para a maca de transporte apresentou instabilidade hemodinâmica e diminuição da SpO2 para 80%. Foi reintubado e encaminhado para a UTI. A tomografia computadorizada mostrou imagens com aspecto de embolia pulmonar. O paciente evoluiu para óbito no 5º dia de pós-operatório. CONCLUSÕES: O elevado índice de suspeita não é suficiente para firmar o diagnóstico pois a embolia pulmonar é uma doença silenciosa e a rotina de investigação não possui elevada sensibilidade. A profilaxia precoce e adequada é a melhor estratégia.

Year

2002

Creators

Pimenta,Karina Bernardi Nunes,Beatriz do Céu

Delírio pós-anestésico

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Delírio pós-anestésico (DPA) é um distúrbio mental agudo, que se desenvolve mais freqüentemente em pacientes geriátricos. A fisiopatologia do DPA é pouco compreendida e muitas vezes pode ser confundido com outros distúrbios psiquiátricos. Neste estudo são revistos aspectos importantes dessa complicação anestésica em pacientes geriátricos. CONTEÚDO: São descritos os mecanismos fisiopatológicos, diagnóstico e o tratamento do DPA. CONCLUSÕES: Delírio é uma complicação comum e importante no pós-operatório de pacientes idosos. Tem sido relativamente negligenciado por pesquisadores e poucos estudos prospectivos têm sido conduzidos. Em nosso meio não há estudos epidemiológicos disponíveis, mas a observação clínica diária nas salas de recuperação pós-anestésica e enfermaria nos mostra que a ocorrência de DPA é freqüente, o que nos leva a crer na necessidade de melhor avaliação pré-operatória, adequado cuidado perioperatório e diagnóstico e tratamento precoces.

Year

2002

Creators

Ruiz-Neto,Pedro Poso Moreira,Neli A. Furlaneto,Maria Elizabet