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Cirurgia de troca valvar em gestante
Trata-se de uma gestante de 20 semanas submetida à retroca de prótese de valva atrioventricular esquerda e troca da valva da aorta, ambas por prótese biológica, valvuloplastia de tricúspide e trombectomia de átrio esquerdo. O tempo de circulação extracorpórea foi de 105 minutos. A paciente recebeu alta do hospital em boas condições gerais e o recémnascido permanece estável em Unidade de Terapia Intensiva. Por ser um procedimento de considerável complexidade e de alta mortalidade materna e fetal, este caso é de importante relevância no tratamento das doenças valvares durante o período gestacional, bem como a condução nos períodos intra e pós-operatório.
2007
Cunha,Claúdio Ribeiro da Santos,Paulo Cesar Castineira,Carolina Pastorin Pereira,Flávia Souza Fernandes
Coarctação de aorta no adulto: a respeito de um caso e sobre desvios extra-anatômicos
Os autores relatam a técnica operatória empregada e a evolução clínica de um paciente adulto portador de coarctação de aorta (CoAo), no qual a correção tradicional com anastomose término-terminal com interposição de enxerto não foi possível. Durante o ato operatório, foi necessário mudar o planejamento e fazer um desvio extra-anatômico aorta ascendente-aorta descendente (Aoasc-Aodesc), via toracotomia póstero-lateral esquerda ampliada. Além disso, os autores fazem uma revisão sintética das várias abordagens possíveis usadas para os desvios extra-anatômicos e suas vantagens e desvantagens.
2007
Carvalho,Marcus Vinicius Henriques de Pereira,Wilson Lopes Gandra,Sylvio Matheus de Aquino Rivetti,Luiz Antônio
Revascularização do miocárdio em origem anômala da artéria coronária direita: relato de caso
O objetivo deste artigo é mostrar o caso de um paciente de 21 anos com episódio de angina e lipotímia relacionados com alteração isquêmica do miocárdio decorrente de origem anômala da artéria coronária direita a partir do seio da aorta (seio de Valsalva) esquerdo. O paciente foi submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio, com artéria torácica interna direita para artéria coronária direita. É realizada também uma revisão da literatura desta rara doença cardíaca congênita.
2007
Martins,Marcelo Sávio da Silva Bastos,Eduardo Sérgio Annibal,Jorge Viana Bezerra,Alvaro Barde
MAPA em portadores de DPOC com dessaturação no sono
FUNDAMENTO: A hipoxemia no período de sono pode, por mecanismo de ativação simpática, alterar a pressão arterial. Poucos estudos demonstram os parâmetros pressóricos em portadores de DPOC, que não têm apnéia do sono, mas que dessaturam nesse período. OBJETIVOS: Analisar os parâmetros pressóricos em pacientes com DPOC e dessaturação no sono, não causada por apnéia. MÉTODOS: Treze pacientes com DPOC foram submetidos à espirometria, gasometria arterial, polissonografia e MAPA para avaliação pressórica. Quatorze pacientes sem DPOC foram submetidos à espirometria, oximetria e MAPA. As análises pressóricas foram feitas tanto na vigília quanto no sono. Os dois grupos foram constituídos por pacientes sem antecedentes hipertensivos. RESULTADOS: Os dois grupos eram semelhantes em relação à idade, altura, peso e índice de massa corporal. Houve diferença significativa (p < 0,05) entre os parâmetros pressóricos nos períodos de vigília, sono, 24 horas e descenso do sono. Observou-se valores pressóricos maiores nos portadores de DPOC, exceto em níveis diastólicos em vigília, máximos valores ao sono e nas 24 horas. O descenso do sono no grupo DPOC foi atenuado, enquanto no grupo controle foi fisiológico, com menores valores pressóricos. CONCLUSÕES: Os resultados da pressão arterial sistólica e diastólica se mostraram maiores no grupo DPOC do que no grupo controle. A significância dessa afirmação ocorreu em todos os períodos aferidos, exceto em vigília e nas 24 horas para níveis de pressão diastólica. Pode-se concluir que, o grupo portador de DPOC com dessaturação no sono possui níveis de pressão arterial significativamente maiores do que o grupo controle.
2009
Aidar,Neila Anders Silva,Márcio Alberto Carvalho da Silva,César Augusto Melo e Ferreira Júnior,Pedro Nery Tavares,Paulo
Evolução pós-operatória de pacientes com refluxo protético valvar
FUNDAMENTO: O refluxo de prótese valvar é uma possível complicação da cirurgia de troca valvar. Embora raro, suas consequências podem ser graves. Há poucos estudos que correlacionam o grau do refluxo de prótese valvar com os eventos clínicos dos pacientes. OBJETIVO: Comparar a evolução pós-operatória de pacientes com refluxo de prótese valvar discreto/moderado (D/M) ou importante (Imp). MÉTODOS: Dentre 1.350 pacientes submetidos a cirurgia valvar entre 1999 e 2001, foram selecionados 185 pacientes com refluxo de prótese valvar. Desses pacientes, foram avaliados retrospectivamente dados clínicos, laboratoriais e ecocardiográficos de uma amostra de 58 pacientes (37 homens) com refluxo de prótese valvar no pré e/ou no pós-operatório de troca valvar com dados completos em prontuários, sendo 36 com refluxo D/M versus 22 com refluxo Imp. RESULTADOS: A incidência de reoperação foi de 11,1% no Grupo D/M versus 22,7% no Grupo Imp (odds ratio = 2,35 [IC95% 0,56-9,94]). Endocardite foi a causa de reoperação em 75% dos pacientes do Grupo D/M e em 60% do Grupo Imp. As biopróteses aórticas foram as mais acometidas por refluxo (55,8% no Grupo D/M e 57,7% no Grupo Imp). Evoluíram sem refluxo de prótese valvar no segundo pós-operatório 40% dos pacientes com refluxo prévio D/M versus 21,4% dos pacientes com refluxo de prótese valvar Imp. Não houve diferenças significantes nas variáveis laboratoriais. CONCLUSÕES: (1) Os portadores de refluxo importante têm maior probabilidade de reoperação. (2) Endocardite foi a causa mais frequente de reoperação para qualquer grau de refluxo. (3) O refluxo de prótese valvar importante é de mais difícil resolução completa após tratamento cirúrgico.
2009
Sampaio,Roney Orismar Silva Jr.,Francisco Costa da Oliveira,Iraí Santana de Padovesi,Celso Madeira Soares,Joyce Aparecida Silva,William Manoel da Samorano,Luciana de Paula Tarasoutchi,Flávio Spina,Guilherme Sobreira Grinberg,Max
Substituição valvar isolada com próteses metálicas St. Jude Medical em posição aórtica ou mitral: seguimento de médio prazo
FUNDAMENTO: Em nosso meio as próteses valvares biológicas predominam, considerando-se as dificuldades relacionadas à anticoagulação, mesmo em pacientes jovens, a despeito da necessidade de repetidas operações devido à degeneração das próteses biológicas. OBJETIVO: Apresentar a evolução em médio prazo de pacientes submetidos à substituição da valva mitral ou aórtica por prótese valvar mecânica St. Jude. MÉTODOS: Foi analisada retrospectivamente a evolução dos pacientes operados entre janeiro de 1995 e dezembro de 2003 e seguidos até dezembro de 2006. RESULTADOS: Cento e sessenta e oito pacientes receberam prótese valvar mitral e 117, aórtica. A idade média de ambos os grupos foi de 45 anos. Entre os mitrais, 75% tinham até 55 anos e 65% eram mulheres. Entre os aórticos, 66% tinham até 55 anos e 69% eram homens. Considerando-se apenas mortes relacionadas às próteses valvares, a sobrevida foi de 85,6% para os mitrais e de 88,7% para os aórticos (p=0,698). Entre os mitrais, 97% estavam livres de reoperação, e entre os aórticos 99% (p=0,335). Quanto aos eventos tromboembólicos, a porcentagem de pacientes livres foi de 82% entre os mitrais e de 98% entre os aórticos (p=0,049), e para os eventos hemorrágicos foi de 71% e 86% respectivamente (0,579). Quanto à ocorrência de endocardite, 98 % entre os mitrais e 99% entre os aórticos estavam livres ao final de 10 anos (p=0,534). CONCLUSÃO: Nossa experiência com próteses metálicas St. Jude em uma população predominantemente jovem confirma o bom desempenho desta prótese, em acordo com outras experiências publicadas.
2009
Rodrigues,Alfredo José Évora,Paulo Roberto Barbosa Bassetto,Solange Alves Jr.,Lafaiete Scorzoni Filho,Adilson Vicente,Walter Villela A.
Substituição valvar aórtica percutânea para o tratamento da estenose aórtica: experiência inicial no Brasil
FUNDAMENTO: A substituição percutânea da valva aórtica para o tratamento da estenose aórtica é uma alternativa disponível e eficaz para pacientes com alto risco cirúrgico, especialmente aqueles com idade avançada e comorbidades. OBJETIVO: Os autores relatam a experiência inicial do emprego da endoprótese CoreValve em nosso meio. MÉTODOS: Em janeiro de 2008, dois pacientes foram submetidos à substituição percutânea da valva aórtica por estenose aórtica sintomática. Ambos foram selecionados por terem idade avançada (77 e 87 anos), comorbidades e elevado risco cirúrgico (EuroScore 7,7% e 12,1%). RESULTADOS: Os implantes percutâneos do dispositivo CoreValve foram realizados com sucesso. Observou-se a ampliação da área valvar (de 0,7 para 1,5 cm² e de 0,5 para 1,3 cm²) e a redução do gradiente transvalvar aórtico (de 82 para 50 mmHg e de 94 para 31 mmHg) imediatamente após a intervenção. Durante a internação hospitalar, houve a necessidade de implantar marca-passos definitivos nos dois pacientes, por bloqueio átrio-ventricular. Aos seis meses, observou-se a queda ainda maior do gradiente transvalvar aórtico (gradiente < 20 mmHg), e a remissão dos sintomas de insuficiência cardíaca (NYHA III para NYHA I). CONCLUSÃO: O emprego da endoprótese CoreValve para o tratamento da estenose aórtica mostrou-se factível e com resultados animadores nesta experiência inicial em nosso meio.
2009
Perin,Marco Antonio Brito Jr.,Fábio Sândoli de Almeida,Breno Oliveira Pereira,Marco Aurélio M. Abizaid,Alexandre Tarasoutchi,Flávio Grube,Eberhard
Hipermobilidade articular em pacientes com prolapso da valva mitral
Estudos sobre hipermobilidade têm despertado grande interesse, nas últimas décadas, por estarem associados a disfunções músculo-esqueléticas, bem como a anormalidades em vários sistemas orgânicos - como, por exemplo, o prolapso da valva mitral. Neste contexto, buscou-se agrupar e atualizar os conhecimentos da relação entre a hipermobilidade articular e o prolapso da valva mitral. Segundo a literatura, estudos mostram que alterações genéticas na composição do colágeno parecem ser a principal causa desta relação.
2009
Cavenaghi,Simone Marino,Lais Helena Carvalho Oliveira,Patrícia Pantaleão Lamari,Neuseli Marino
Tronco de coronária esquerda ocluso secundário a Lues terciária
Paciente de 27 anos, portador de sífilis terciária, manifestando isquemia miocárdica, com angina instável, secundária à oclusão do tronco da coronária esquerda. O diagnóstico foi confirmado pelos achados da sorologia e da patologia do fragmento da aorta.
2009
Wang,Ricardo Blume,Gustavo Souza Filho,Newton Fernando Stadler Moura,Lidia Zytynski
Caso 4/2009: homem de 55 anos com cardiomiopatia da doença de Chagas que evoluiu com dispnéia progressiva, dor torácica e infiltrado intersticial pulmonar
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2009
Bolonhez,Angela Cristina Matera Silva,Murilo Capreti da Chate,Rodrigo Caruso Gutierrez,Paulo Sampaio
Cirurgia de revascularização do miocárdio usando apenas tomografia computadorizada como angiograma pré-operatório
A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) é um procedimento bem estabelecido com indicações atuais precisas. O advento e a disseminação dessa técnica foram possíveis após a introdução do angiograma coronário. Embora muitos métodos de avaliação tenham evoluído nos últimos anos, nenhum conseguiu substituir o angiograma coronário invasivo como exame pré-operatório. A tomografia computadorizada (TC) emergiu como uma alternativa ao angiograma coronário invasivo. O presente relato descreve dois casos de CRM realizadas usando-se apenas a TC como técnica de avaliação anatômica das artérias coronárias pré-operatória.
2009
Gaia,Diego Felipe Palma,José Honório Branco,João Nelson Rodrigues Teles,Carlos Alberto Catani,Roberto Buffolo,Enio
Grande fístula bilateral da artéria coronária: a escolha do tratamento clínico
Relatamos o caso de um paciente do sexo feminino, assintomática, com grande fístula bilateral da artéria coronária-artéria pulmonar. O monitoramento clínico foi a opção escolhida para tratamento. Discutimos os pormenores das opções terapêuticas, enfatizando a tendência excessiva de utilizar a abordagem cirúrgica e a grande escassez de acompanhamentos clínicos de longo prazo em pacientes assintomáticos.
2009
Dourado,Luciana Oliveira Cascaes Góis,Aécio Flávio Teixeira de Hueb,Whady César,Luiz Antônio Machado
Homing miocárdico após infusão intrapericárdica de Células Mononucleares de Medula Óssea
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2009
Branco,Érika Fioretto,Emerson Ticona Cabral,Rosa Palmera,Carlos Alberto Sarmento Gregores,Guilherme Buzon Stopiglia,Angelo João Maiorka,Paulo César Lemos,Pedro Alves Campos,Carlos Takimura,Celso Ramires,José Antônio Franchini Miglino,Maria Angelica
Gênero, idade, nível social e fatores de risco cardiovascular: considerações sobre a realidade brasileira
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2009
Scherr,Carlos Ribeiro,Jorge Pinto
Trombose de prótese mecânica
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2009
Lima,Márcio Silva Miguel Vieira,Marcelo Luiz Campos
64º Congresso Brasileiro de Cardiologia é o maior da história da SBC
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2009
Chagas,Antonio Carlos Palandri
Considerações sobre isquemia silenciosa no perioperatório de ressecção transuretral de próstata
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2009
Pinho,Claudio Caramelli,Bruno
O Índice de massa corpórea tem boa correlação com perfil pró-aterosclerótico em crianças e adolescentes
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2009
Bertolami,Marcelo Chiara
Frequência de disfunção diastólica do ventrículo esquerdo pelo doppler mitral em idosos sadios
FUNDAMENTO: Idosos sadios frequentemente apresentam alterações nas velocidades do Doppler mitral, características de disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (VE) do tipo alteração do relaxamento. OBJETIVO: Determinar a frequência de disfunção diastólica do VE pelo Doppler mitral em idosos sadios e identificar características clínicas e ecocardiográficas associadas a esse achado. MÉTODOS: O total de 73 indivíduos aparentemente sadios e rigorosamente selecionados (64% de mulheres), com idade entre 60 e 80 anos, foram submetidos à avaliação clínica, laboratorial e Doppler-ecocardiográfica, com especial atenção às características do fluxo mitral. RESULTADOS: Encontramos 33 pacientes (45%) com padrão diastólico do VE do tipo alteração do relaxamento (grupo 1), caracterizados pela relação entre as velocidades máximas das ondas do fluxo mitral (relação E/A) <0,75 ou pelo tempo de desaceleração da onda E >240 ms. Outros 40 pacientes (55%) apresentaram padrão normal (grupo 2). O grupo/ 1 apresentou maior diâmetro da raiz da aorta (32,1±4,2 vs 30,3±3,3 mm; p=0,044) e intervalo PR mais longo (156±22 vs 139±23 ms; p=0,002). CONCLUSÃO: Uma grande proporção de indivíduos, com idade entre 60 e 80 anos, apresenta função diastólica normal pela análise Doppler-ecocardiográfica do fluxo mitral. Idosos sadios, portadores de disfunção diastólica do VE do tipo alteração do relaxamento, exibem maior diâmetro da raiz da aorta e intervalo PR mais longo.
2009
Alves-Silva,Luiz Sérgio Câmara,Edmundo José Nassri Souza,Carlos Alfredo Marcílio de
Cirurgia vídeo-assistida para a ablação da fibrilação atrial isolada por radiofrequência bipolar
FUNDAMENTO: A prevalência da fibrilação atrial, os gastos com o sistema de saúde e a elevada morbidade e mortalidade associadas a ela, têm justificado a procura por novas abordagens terapêuticas. OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade da técnica cirúrgica, a segurança e os resultados inicias da cirurgia vídeo-assistida para a ablação da fibrilação atrial isolada com radiofrequência bipolar. MÉTODOS: Dez pacientes (90% homens) com fibrilação atrial (50% paroxística) sintomática e refratária à terapia medicamentosa, sem doença cardíaca que requeresse cirurgia concomitante, foram submetidos à ablação da arritmia guiada por toracoscopia, no período de maio de 2007 a maio de 2008. Variáveis clínicas, laboratoriais e de imagem foram prospectivamente coletadas antes, durante e no seguimento pós-operatório. RESULTADOS: A cirurgia foi realizada conforme o planejado em todos os pacientes. Não houve lesão iatrogênica de estruturas intratorácicas ou óbitos. No seguimento médio de seis meses, 80% dos pacientes estão livres de fibrilação atrial. Houve melhora significativa dos sintomas de insuficiência cardíaca classe funcional New York Heart Association (2,4 ± 0,5 para 1,6 ± 0,7; p = 0,011). Não houve evidência de estenose de veias pulmonares à angiotomografia, nesta série. CONCLUSÃO: A cirurgia vídeo-assistida para o tratamento da fibrilação atrial é reprodutível e segura. Há melhora evolutiva dos sintomas de insuficiência cardíaca após a cirurgia.
2009
Colafranceschi,Alexandre Siciliano Monteiro,Andrey José de Oliveira Botelho,Eduardo Souza Leal Canale,Leonardo Secchin Rabischoffsky,Arnaldo Costa,Ieda Prata Cruz Filho,Fernando Eugênio dos Santos Sá,Roberto Luiz Menssing da Silva Boechat,Ana Luiza Dallan,Luis Alberto Oliveira