RCAAP Repository
Preditores de mortalidade em pacientes acima de 70 anos na revascularização miocárdica ou troca valvar com circulação extracorpórea
OBJETIVO: Identificar fatores de risco em septuagenários e octogenários submetidos à cirurgia cardiovascular com circulação extracorpórea (CEC). MÉTODOS: Avaliadas variáveis peri-operatórias de 265 pacientes com mais de 70 anos; desses, 248 (93,6%) eram septuagenários e 17 (6,4%) eram octogenários. RESULTADOS: Não houve diferença de mortalidade entre eles, com mortalidade global de 22 (8,3%) pacientes. Não houve diferença em relação ao tipo de procedimento (revascularização ou tratamento valvar) (P=0,545). As variáveis pré-operatórias não aumentaram o risco de morte. Enxerto arterial ou venoso (P=0,261) e número de enxertos utilizados por paciente (P=0,131) não aumentaram a mortalidade. O grupo de sobreviventes apresentou tempo médio de CEC de 70 ± 27 minutos e o grupo óbito, 88,8 ± 25,4 minutos, com significância estatística (P<0,001). O tempo de isquemia no grupo de sobreviventes foi de 55,5 ± 20 minutos e no grupo óbito, 64,9 ± 16 minutos, com significância (P=0,014). Na regressão logística multivariada, o tempo de CEC é a variável que se associa a morte, com qui-quadrado de Pearson =0,0056. Tempo de CEC > 75 minutos apresenta 3,2 vezes (IC 95%: 1,3 - 7,9), maior chance de óbito do que os pacientes com tempo de CEC < 75 minutos. Variáveis pós-operatórias: tempo de ventilação mecânica > 12 horas (P< 0,001), tempo de internação na UTI (P=0,033), reoperação (P=0,001), suporte inotrópico > 48 horas (P<0,001) e necessidade de hemoderivados (P<0,001) aumentam a mortalidade. CONCLUSÃO: A mortalidade global justifica a intervenção. CEC > 75 minutos, tempo de ventilação mecânica superior a 12 horas, de internação em UTI, reoperação, suporte inotrópico por período superior a 48 horas e uso de hemoderivados estão associados a maior mortalidade.
2011
Anderson,Alexander John Pessoa Grant Barros Neto,Francisco Xavier do Rêgo Costa,Marcelo de Almeida Dantas,Luciano Domingues Hueb,Alexandre Ciappina Prata,Marcelo Fernandes
Estudo experimental da aplicação do ventrículo artificial eletromecânico pulsátil implantável
OBJETIVO: Apresentar os resultados da aplicação deste dispositivo em animais de experimentação, promovendo auxílio hemodinâmico apenas ao ventrículo esquerdo (VE). MÉTODOS: Entre junho 2002 e outubro 2009, foram implantados em 27 bezerros com idade 2½ a 4 meses e peso 80/100 kg e, por meio de anestesia geral e ventilação controlada e de toracotomia lateral esquerda, era introduzida cânula no ápice do VE e anastomose término/lateral de tubo vascular de politetrafluoretileno (PTFE) com a porção descendente da aorta torácica, ambos interligados ao dispositivo implantado no subcutâneo abaixo do diafragma (24) e intratorácico (três). Em cinco bezerros, o dispositivo foi aplicado com auxílio de circulação extracorpórea (CEC) e, em 22, sem CEC. RESULTADOS: Ocorreram dois óbitos durante o implante e três por causas diversas nas primeiras horas de pós-operatório (PO), sendo um relacionado ao dispositivo. A sobrevivência entre o 1º e 6º dia de PO ocorreu em 17 animais e entre o 8º e 31º dia de PO em cinco, com causas determinantes diversas, não só por problemas clínico/cirúrgicos, mas também relacionados ao dispositivo. O impacto hemodinâmico avaliado pela análise da pressão sistêmica mostrou incremento que variou de 20 a 40 mmHg e os dados laboratoriais analisados demonstraram baixos impactos traumáticos à crase sanguínea e boa biocompatibilidade. CONCLUSÃO: Trata-se de pesquisa árdua e complexa onde a cada experimento são identificados problemas não só de implantabilidade, mas também relacionados ao dispositivo, que vão sendo sistematicamente corrigidos, tornando-o cada vez mais seguro e eficaz.
2011
Dinkhuysen,Jarbas Jakson Andrade,Aron Conteras,Carlos Paulista,Paulo Paredes Leme,Juliana Manrique,Ricardo
Resultados a longo prazo da miectomia septal no tratamento da cardiomiopatia hipertrófica
OBJETIVO: Avaliação clínica e ecocardiográfica tardia da miectomia septal cirúrgica de pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (CMHO). MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, 34 pacientes adultos (média de 55,7±15,2 anos) portadores de CMHO operados consecutivamente na instituição entre 1988 e 2008. Apenas quatro (11,8%) pacientes tinham conhecimento de história familiar para CMHO. Nove (26,5%) pacientes apresentavam insuficiência cardíaca (NYHA) classe funcional IV. Trinta (88,2%) pacientes apresentavam CMHO isolada e, em quatro (11,8%), a CMHO estava associada à insuficiência coronária. A técnica cirúrgica utilizada em todos os casos foi a miectomia septal transaórtica. RESULTADOS: Em 26 (76,5%) pacientes, a insuficiência mitral decorrente do movimento anterior sistólico regrediu após a miectomia. Em oito (23,5%) pacientes, houve necessidade de abordagem da valva mitral. Houve um (2,9%) óbito hospitalar. Dois (5,9%) pacientes necessitaram de marcapasso definitivo no pós-operatório. Em média, o gradiente de pico pré-operatório na via de saída do ventrículo esquerdo, que era de 84,9±29,0 mmHg, diminuiu para 27,8±12,9 mmHg no pós-operatório inicial e caiu para 19,2±11,2 mmHg no pós-operatório tardio (49,0±33,0 meses). A classe funcional (NYHA) que, em média, era de 3,1±0,8 passou para 1,4±0,5 no pós-operatório. Com seguimento médio de 9,6±8,4 anos, a sobrevida foi de 87,9% e a sobrevida livre de eventos cardiovasculares foi de 77,7%. CONCLUSÃO: A miectomia septal cirúrgica pode ser realizada de modo seguro, com excelente sobrevida, melhora dos sintomas e alívio da obstrução na via de saída do ventrículo esquerdo em pacientes com CMHO. Os benefícios iniciais se mantiveram a longo prazo.
2011
Lisboa,Luiz Augusto Ferreira Dallan,Luís Alberto Oliveira Pomerantzeff,Pablo Maria Alberto Oliveiras,Sérgio Almeida de Jatene,Fabio Biscegli Stolf,Noedir Antonio Groppo
Riscos cardiovasculares do bloqueio androgênico
O adenocarcinoma de próstata é o câncer mais comum no sexo masculino após o câncer de pele. Entre as várias formas de tratamento do câncer de próstata, a terapia de bloqueio androgênico é uma modalidade consagrada nos pacientes com doença metastática ou localmente avançada, que provavelmente resulta em aumento de sobrevida. No entanto, o bloqueio androgênico é causador de uma série de consequências adversas. Complicações como osteoporose, disfunção sexual, ginecomastia, anemia e alterações na composição corporal são bem conhecidas. Recentemente, uma série de complicações metabólicas foi descrita como aumento da circunferência abdominal, resistência à insulina, hiperglicemia, diabete, dislipidemia e síndrome metabólica com consequente aumento do risco de eventos coronarianos e mortalidade cardiovascular nessa população específica. Este artigo de atualização apresenta uma revisão bibliográfica realizada no MEDLINE de toda literatura publicada em inglês no período de 1966 até junho de 2009, com as seguintes palavras-chave: androgen deprivation therapy, androgen supression therapy, hormone treatment, prostate cancer, metabolic syndrome e cardiovascular disease, no intuito de analisar quais seriam os reais riscos cardiovasculares da terapia de deprivação androgênica, também chamada bloqueio androgênico, nos pacientes com câncer de próstata.
2010
Ribeiro,Adriano Freitas Camara,César Segre,Carlos Alexandre Srougi,Miguel Serrano Jr,Carlos V.
Caso 5/2010 - Criança de 7 anos, do sexo feminino, com tetralogia de fallot e agenesia da valva pulmonar
No summary/description provided
2010
Atik,Edmar Passos,Fabiana M. Andrade,José L.
Eletrodo de marca-passo mal posicionado no ventrículo esquerdo
Relatamos caso de implantação anômala de eletrodo de marca-passo VVI no ventrículo esquerdo (VE), diagnosticada durante avaliação de rotina, dois anos pós-implante. Trata-se de mulher de 65 anos e soropositiva para doença de Chagas. O eletrocardiograma (ECG) apresentava padrão de bloqueio do ramo direito. A radiografia de tórax em perfil mostrou trajeto com curvatura posterior do eletrodo. No ecocardiograma transtorácico, o diagnóstico final mostrou cateter que penetrava o átrio direito, atravessava o septo interatrial e descia pelo átrio esquerdo e orifício valvar mitral para se implantar na parede lateral do VE. Abordam-se os seguintes aspectos relacionados: possíveis trajetos de implantação, quadro clínico, radiológico, eletrocardiográfico, ecocardiográfico, complicações e opções terapêuticas.
2010
Almeida,André Luiz Cerqueira de Cavalcante,Viviane Machicado Teixeira,Márcio Diego Castro Freitas,Gustavo Rocha Costa de
Endocardite infecciosa por Streptococcus bovis em paciente com carcinoma colônico
Descrevemos o caso de uma paciente de 66 anos de idade, com endocardite infecciosa por Streptococcus bovis e adenocarcinoma colônico, que desenvolveu insuficiência aórtica grave aguda. Foi submetida à cirurgia de troca valvar aórtica e posteriormente à ressecção tumoral (hemicolectomia direita). É importante ressaltar a necessidade de complementação do estudo do cólon, mesmo em indivíduos assintomáticos, quando diagnosticamos endocardite infecciosa por S. bovis.
2010
Barcelos,Alexandre Maulaz Teixeira,Marco Antônio Alves,Lidianny Silva Vieira,Marcelo Antunes Bedim,Marcus Lima Ribeiro,Noely A.
Estenose aórtica grave em pacientes assintomáticos: o dilema do tratamento clínico versus cirúrgico
A estenose valvar aórtica é cada vez mais prevalente concordante com o envelhecimento populacional. Por conseguinte, torna-se mais comum o atendimento de pacientes assintomáticos com estenose aórtica grave. Embora os pacientes com estenose aórtica grave sem sintomas façam parte de um mesmo grupo, são heterogêneos sob o ponto de vista clínico, laboratorial e ecocardiográfico. A abordagem desses pacientes traz à tona o dilema do tratamento clínico versus cirúrgico: submeter o paciente aos riscos da cirurgia ou mantê-lo em observação clínica sob o perigo do dano miocárdio irreversível ou mesmo da morte súbita? Sob esta perspectiva, baseando-se na literatura atual, este artigo fornece ferramentas que auxiliam na estratificação dos pacientes. A área valvar, grau de calcificação, velocidade de fluxo transvalvar aórtico, hipertrofia ventricular esquerda e teste de esforço alterado são os fatores que colocam os portadores de estenose aórtica grave assintomáticos em um grupo denominado de muito alto risco, em que a estratégia cirúrgica passa a ser considerada.
2010
Katz,Marcelo Tarasoutchi,Flávio Grinberg,Max
Tratamento cirúrgico da persistência do canal arterial na população adulta
OBJETIVO: Analisar uma série de 34 pacientes adultos submetidos ao tratamento cirúrgico da persistência do canal arterial. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, com coleta de dados dos prontuários de 34 pacientes consecutivos, com idade superior a 18 anos, com persistência do canal arterial submetidos a correção cirúrgica, no período de 1997 a 2008, no Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. RESULTADOS: A idade média foi de 28,7 (18 a 53) anos e 22 (64,7%) pacientes eram do sexo feminino. O sintoma mais frequente foi dispneia (76,5%). A toracotomia lateral esquerda foi utilizada em 33 (97,1%) pacientes e o canal arterial foi seccionado e suturado em 25 (73,5%). A circulação extracorpórea (CEC) foi necessária em um paciente. Observou-se calcificação em oito (23,5%) pacientes e 12 (35,3%) haviam sido submetidos à tentativa de fechamento percutâneo. A incidência de complicações foi de 32%, sendo uma permanente, com paralisia de corda vocal (2,9%). Dois (5,8%) pacientes permaneceram com shunt residual e três (8,8%) apresentaram paralisia de corda vocal esquerda transitória. A cirurgia realizada efetivamente levou à melhora da classe funcional (P< 0,0001). Não houve óbitos. CONCLUSÃO: Nesta série de pacientes, o tratamento cirúrgico do canal arterial com técnica convencional em adultos pode ser realizado com baixa morbidade e baixa incidência de complicações.
2011
Jatene,Marcelo Biscegli Abuchaim,Décio Cavalet Soares Tiveron,Marcos G. Tanamati,Carla Miura,Nana Riso,Arlindo Atik,Edmar Lopes,Antonio Augusto Marcial,Miguel Barbero
Anatomical eponyms in Cardiology from to the 60s to the XXI century
BACKGROUND: Eponym from the Greek [epi, "upon"] + [onuma, name], is a person, whether real or fictitious, after whom an item is named or thought to be named. Eponymous terms are used every day in Medicine, in our clinical years, and they have been part of the tradition of Medicine, culture, and history. Despite all the inconvenience, all those who are no against eponym has only one statement: "medical eponyms will continue to be used because there is a sense of history to their use. They are use in contemporary life, eponyms are here to stay". METHODS: The following study aims at to show the presence of current anatomical eponyms on the best well-known Textbooks and Atlas of Human Anatomy, ranging from the oldest to the newest one, comprising a period from 1960 until 2011, regarding the cardiovascular system, particularly the heart. The three International Anatomical Terminologies have been critical as the basis of our study. Exclusion criteria were syndromes, diseases, signs, anomalies, surgical procedures, indexes, tests, grading, and the methods, which are used as eponyms in Cardiology, once they are not considered Anatomical Terms. It has been our intent to show that different eponyms characterize the same anatomical structure. RESULTS: A list with the 25 most common eponyms listed by the three International Anatomical Terminologies is listed in Table1. CONCLUSION: Should eponyms be abandoned? Of course not, once they remain a useful reflection of medical history. We could prove to our journey from 1960 to 2011, that the best well-known Atlas and Textbooks available do not use so many anatomical eponyms in Cardiology. They are only 25 (without including arteries, veins, and nerves of the cardiovascular system) and all the authors use no more than 9 or 12 of them. We just want to alert the Health and Allied Health Sciences Professional and students that we 'strongly recommend' not to use an eponym when it is made at the expense of an anatomical structure.
2011
Werneck,Alexandre Lins Batigália,Fernando
Cystic medial necrosis: pathological findings and clinical implications
Cystic medial necrosis (CMN) is a disorder of large arteries, in particular the aorta, characterized by an accumulation of basophilic ground substance in the media with cyst-like lesions. CMN is known to occur in certain connective tissue diseases such as Marfan syndrome, Ehlers-Danlos syndrome, and annuloaortic ectasia, which usually result from degenerative changes in the aortic wall. The relationships between CMN and congenital heart defects as well as other disorders have been evidenced. The mechanisms are still controversial, even though many molecular studies have been conducted. The aim of the present article is to provide a comprehensive overview of the CMN lesion in terms of pathologic features, clinical implications and etiologies based on molecular research results.
2011
Yuan,Shi-Min Jing,Hua
Recrutamento alveolar em pacientes no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca
Complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca são frequentes, destacando-se a atelectasia e a hipoxemia. As manobras de recrutamento alveolar contribuem significativamente para a prevenção e o tratamento destas complicações. Desta forma, este estudo buscou agrupar e atualizar os conhecimentos relacionados à utilização das manobras de recrutamento alveolar no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca. Observou-se a eficácia do recrutamento alveolar por meio de diferentes técnicas específicas e a necessidade do desenvolvimento de novas pesquisas.
2011
Padovani,Cauê Cavenaghi,Odete Mauad
Ruptured thoracic aortic aneurysm in patient with systemic lupus erythematosus
It is reported a ruptured descending thoracic aortic aneurysm in a 25-year-old systemic lupus erythematosus woman who underwent 19 years steroid therapy. She was treated with 2 endovascular stent-grafts, discharged from hospital 13 days after the procedure in good health. Three months later she returned with hemorrhagic shock due to high digestive hemorrhage secondary to an aortic-esophageal fistula. She underwent to an open emergency surgery, and died during the post-operative period.
2011
Conti,Daniel Oliveira De Dias,Ricardo Ribeiro Fiorelli,Alfredo Inácio Stolf,Noedir A. G.
Aneurisma infectado de artéria braquial após endocardite infecciosa de valva mitral
Apresentamos um caso de aneurisma infectado de artéria braquial em paciente com endocardite infecciosa por Streptococcus bovis. Homem de 49 anos de idade se apresentou com febre, dispnéia e sopro regurgitativo em foco mitral com irradiação para axila. O ecocardiograma demonstrou vegetação em valva mitral nativa. Após troca valvar mitral com implante de prótese biológica, observou-se massa pulsátil de cinco centímetros de diâmetro em fossa antecubital direita. Foi feito o diagnóstico de aneurisma infectado de artéria braquial, e o tratamento cirúrgico foi realizado com sucesso. O objetivo desse relato de caso é apresentar uma complicação pouco comum após endocardite infecciosa.
2011
Lobo Filho,Heraldo Guedis Carvalho,Eduardo Rebouças Lobo Filho,José Glauco Lobo,Patrícia Leal Dantas
Ressecção de membrana subvalvar aórtica
No summary/description provided
2011
Dearani,Joseph A. Croti,Ulisses Alexandre Price,Theolyn Nan Braile,Domingo Marcolino
Complicação pós-operatória de Fontan: fluxo pulmonar anterógrado
No summary/description provided
2011
Tanamati,Carla Guimarães,Vanessa Alves Penha,Juliano Gomes Barbero-Marcial,Miguel Lorenzo
Iseu Affonso da Costa, pioneiro da cirurgia cardíaca brasileira: meu pai, nosso orgulho!
No summary/description provided
2011
Costa,Francisco Diniz Affonso da
Dimensão fractal na quantificação do grau de rejeição celular miocárdica pós-transplante cardíaco
INTRODUÇÃO: O termo "fractal" é derivado do latim fractus, que significa "irregular" ou "quebrado", considerando a estrutura observada como tendo uma dimensão não-inteira. Há muitos estudos que empregaram a Dimensão Fractal (DF) como uma ferramenta de diagnóstico. Um dos métodos mais comuns para o seu estudo é a "Box-plot counting" (Método de contagem de caixas). OBJETIVO: O objetivo do estudo foi tentar estabelecer a contribuição da DF na quantificação da rejeição celular miocárdica após o transplante cardíaco. MÉTODOS: Imagens microscópicas digitalizadas foram capturadas na resolução 800x600 (aumento de 100x). A DF foi calculada com auxílio do "software ImageJ", com adaptações. A classificação dos graus de rejeição foi de acordo com a "Sociedade Internacional de Transplante Cardíaco e Pulmonar" (ISHLT 2004). O relatório final do grau de rejeição foi confirmado e redefinido após exaustiva revisão das lâminas por um patologista experiente externo. No total, 658 lâminas foram avaliadas, com a seguinte distribuição entre os graus de rejeição (R): 335 (0R), 214 (1R), 70 (2R), 39 (3R). Os dados foram analisados estatisticamente com os testes Kruskal-Wallis e curvas ROC sendo considerados significantes valores de P < 0,05. RESULTADOS: Houve diferença estatística significativa entre os diferentes graus de rejeição com exceção da 3R versus 2R. A mesma tendência foi observada na aplicação da curva ROC. CONCLUSÃO: ADF pode contribuir para a avaliação da rejeição celular do miocárdio. Os valores mais elevados estiveram diretamente associados com graus progressivamente maiores de rejeição. Isso pode ajudar na tomada de decisão em casos duvidosos e naqueles que possam necessitar de intensificação da medicação imunossupressora.
2011
Moreira,Roberto Douglas Moriel,Antonio Roberto Murta Junior,Luiz Otávio Neves,Leandro Alves Godoy,Moacir Fernandes de
A bovine pericardium rigid prosthesis for left ventricle restoration: 12 years of follow-up
BACKGROUND: Myocardial infarction might result in dilated left ventricle and numerous techniques have been described to restore the original left ventricle shape and identify tools for late survival assessment. The aim of this study is to compare our experience with a modified Dor procedure using a rigid prosthesis to the septal anterior ventricular exclusion procedure (SAVE) for left ventricle restoration. The EuroScore index for prediction of late follow up survival was evaluated. METHODS: We evaluated 80 patients who underwent left ventricle restoration between 1999 to 2007 and eight patients were excluded with incomplete data. A modified Dor procedure with rigid prosthesis (MD group) was performed on 53 patients and 19 underwent the septal anterior ventricular exclusion procedure (SAVE group). The patients were classified according their left ventricle shape as type I, II or III. Kaplan-Meier and Cox proportional hazard ratio regressions analysis were performed to assess survival after both techniques and expected surgical mortality using EuroScore index ranking after 12 years of follow up. RESULTS: The operative mortality was comparable in both groups ranked by EuroScore index. The groups were comparable for all clinical data, except the MD group had more patients using intra-aortic balloon pumps before surgery, (5.7% vs. 0; P<0.01). Kaplan Meier analysis by left ventricle shape showed comparable survival for all patients, with slightly higher survival for type I. Kaplan Meier analysis of all death showed equivalent survival curves for both techniques after 12 years of follow up (71.5 ± 12.3 vs. 46.6 ±20.5 years; P=0.08). Kaplan Meier analysis of EuroScore index for all patients showed a difference between the three ranked categories, i.e., 0 to 10%, 11 to 49% and higher than 50% expected surgical mortality after 12 years of follow up (70.9 ± 16.2 vs. 67.5 ± 12.7 vs. 53.0 ± 15.5; P=0.003). CONCLUSION: The MD procedure showed consistent ejection fraction improvements after long term follow up. Survival was comparable for all ventricular types and for the MD and SAVE procedures. The EuroScore index is a useful index for late survival assessment of ventricular restoration techniques.
2011
Silveira Filho,Lindemberg Mota Petrucci,Orlando Vilarinho,Karlos Alexandre de Souza Baker,R. Scott Garcia,Fernando Oliveira,Pedro Paulo Martins de Vieira,Reinaldo Wilson Braile,Domingo Marcolino
Osteopontin expression and its possible functions in the aortic disorders and coronary artery disease
BACKGROUND: Osteopontin (OPN) has been verified to be closely associated with oncogenesis and remodeling processes. But this cytokine was rarely assessed in the presence of aortopathies, especially acute aortic dissection. The aim of the present study was to evaluate the expressions of OPN by way of molecular biological approaches so as to offer a better understanding of the possible mechanisms of the aortopathies. METHODS: Consecutive patients with type A acute aortic dissection (20 patients), aortic aneurysm (nine patients) or coronary artery disease (21 patients) referred to this hospital for surgical operations were enrolled into this study. Blood samples of the surgical patients after systematic heparinization, and control fast morning blood samples drawn from 21 young healthy volunteers who had no evidence of any healthy problems were investigated for enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). The surgical specimens of the aortic tissues collected from the surgical patients during the operations were obtained for quantitative realtime reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR) for OPN mRNA, western blot assay for OPN protein, and for immunohistochemical staining of OPN. Ascending aortic tissues from the autopsies of the healthy individuals dying of accident were obtained as controls of immunohistochemistry. RESULTS: By quantitative RT-PCR, the expressions of OPN mRNA were all upregulated in all three surgical groups. The quantitative results did not reveal any intergroup differences. Western blot assay revealed that OPN was positive with similar intensities of expressions in all three surgical groups. Quantitative western blot analyses of OPN expressions did not show any significance between groups. The OPN expressions by ELISA in the aortic tissue were 3.09311 ± 1.65737, 3.40414 ± 1.15095, and 1.68243 ± 0.31119 pg/mg protein in the aortic dissection, aortic aneurysm, and coronary artery disease groups, respectively. The OPN level of the patients with coronary artery disease was much lower than those with aortic dissection (P = 0.033) or with aortic aneurysm (P = 0.019). By unparametric tests, there were significant differences in the aortic OPN contents among aortic dissection, aortic aneurysm and coronary artery disease groups (P < 0.01). A significant direct correlation was present between plasma OPN concentration and the time interval from the onset to surgery of aortic dissection (Y = 0.1420X + 2.4838, r² = 0.5623, r = 0.750, P = 0.032). By immunohistochemistry, OPN was expressed in the aortic cells: in the intima, it was weaker in all three surgical groups in comparison with the healthy control; in the media, it was weak in the aortic dissection, intense positive in aortic aneurysm, focal positive in the coronary artery disease, but evenly positive in the healthy control groups; and in the adventitia, it was positive in the aortic dissection, coronary artery disease and healthy control groups, but weak positive in the aortic aneurysm group. CONCLUSION: These data may provide evidences that OPN may play a role in the pathogenesis of aortopathies including aortic dissection, aortic aneurysm, and coronary artery disease. OPN might be of potential perspective as a clinically diagnostic tool in the evaluations of the complex remodeling process incorporating vascular injury and repair.
2011
Yuan,Shi-Min Wang,Jun Huang,Hai-Rong Jing,Hua