RCAAP Repository
Manejo da HDL: avanços recentes e perspectivas além da redução de LDL
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2006
Ineu,Marcelo Lemos Manenti,Euler Costa,José Luís Vieira da Moriguchi,Emílio
Uso do doppler transcraniano na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico
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2006
Zétola,Viviane Flumignan Lange,Marcos Christiano
Eventos trombóticos em dois irmãos com trombofilia
Apresentaremos à seguir o caso clínico de dois irmãos com diferentes apresentações de fenômenos trombóticos, nos quais foi constatado a mutação da protrombina.
2006
Silva,Ricardo Pereira Rodrigues,Carlos Roberto Martins
Hematoma da aorta ascendente
É relatado o caso de um paciente do sexo masculino com idade de 71 anos, dando entrada no pronto-atendimento com palidez cutaneomucosa, acompanhada de hipertensão arterial sistêmica e dor torácica. Na investigação diagnóstica não foi evidenciada alteração compatível com isquemia miocárdica aguda. A radiografia de tórax evidenciava alargamento importante do mediastino. Ao ecocardiograma, a aorta ascendente media 47 mm, no nível do tronco pulmonar. Um dia após o eco, o paciente foi submetido a exame de ressonância magnética (RNM), quando se evidenciou aorta ascendente de 62 mm, sem evidenciar fluxo em falsa luz ou "flap" intimal, mas mostrando hematoma intramural da aorta ascendente, estendendo-se da raiz da aorta até um terço proximal do arco aórtico. Procedeu-se a correção cirúrgica, sendo realizada substituição da aorta ascendente e parte do arco aórtico (hemiarco), com preservação da valva aórtica pela suspensão das comissuras. Paciente evolui bem sem intercorrência, recebendo alta no nono dia de pós-operatório. Enfatizamos nesse relato de caso a semelhança do quadro clínico do hematoma intramural da aorta com o quadro de dissecção da aorta, a importância de se estabelecer diagnóstico correto e o melhor tratamento.
2006
Stolf,Noedir Antônio G. Benício,Anderson Judas,Gustavo I. Giraldez,Roberto Rocha Correia Veiga Mathias Júnior,Wilson
Infarto agudo do miocárdio relacionado a trauma fechado torácico
O infarto agudo do miocárdio pós-trauma torácico fechado (IAM pós-TTF) é complicação rara, potencialmente fatal e muitas vezes não reconhecida. A lesão cardíaca é diagnosticada em menos de 10% dos traumas torácicos fechados. A literatura médica é escassa quando se trata de IAM pós-TTF, carecendo de um protocolo fundamentado que oriente na sua identificação. Apresentamos dois casos de IAM pós-TTF em pacientes jovens, previamente hígidos, sem fatores de risco para doença arterial coronariana. Mediante a revisão de literatura, discutimos os meios diagnósticos e a orientação terapêutica. Concluímos que o médico emergencista deve estar atento para a possibilidade de IAM em pacientes vítimas de TTF, independentemente da intensidade do trauma.
2006
Janella,Bruno Laurenti Pinto,Robério Júnior Damasceno Pena,Henrique Patrus Mundim Carneiro,José Guilherme Sousa,Marcos Roberto de Andrade Júnior,Marcos Almeida Magalhães
Ruptura do septo interventricular após trauma torácico fechado
Relatamos a seguir um caso de ruptura do septo interventricular após trauma torácico automobilístico com evolução relativamente benigna a despeito da extensão da lesão anatômica.
2006
Mello,Ronaldo Peixoto de Santana,Maria Virginia Silva,Maria Aparecida de Paula Esteves,César Pedra,Carlos Thom,Anneliese Chaccur,Paulo Miaira,Marly Akiko Andrade,Pedro Beraldo Rodrigues,Alejandra Borges
Utilização de endoprótese expansível ("stent") introduzida através da artéria femoral para tratamento da dissecção da aorta descendente
Este trabalho tem como objetivo a apresentação do caso de uma paciente submetida à correção da dissecção da aorta descendente utilizando "stent" recoberto com Dacron introduzido através da artéria femoral na sala de hemodinâmica. Para este fim, a paciente foi submetida a sedação, anestesia local de ambas regiões inguinais e heparinização sistêmica. O cateter contendo o "stent" foi introduzido através da artéria femoral comum esquerda previamente dissecada até a aorta descendente no seu terço médio. A expansão do "stent" foi realizada no local onde existia a lesão da íntima diagnosticada previamente por arteriografia, com oclusão imediata da falsa luz. O tempo do procedimento foi de 1h30 min. A alta hospitalar ocorreu, sem complicações, 48 horas após o procedimento. Acreditamos que este procedimento poderá proporcionar uma melhora substancial nos resultados do tratamento das dissecções da aorta descendente.
1997
PALMA,José Honório ALMEIDA,Dirceu de CARVALHO,Antônio Carlos GEISTHÖVEL,Nikolaus GOMES,Walter José SOUZA,José Augusto Marcondes BUFFOLO,Ênio
Mixoma do átrio esquerdo: relato de 3 casos
Entre outubro de 1987 e julho de 1994, foram operados, em nosso Serviço, (Clínica Cárdio-Cirúrgica de Juiz de Fora) 3 pacientes portadores de mixoma do átrio esquerdo. A idade variou de 20 a 35 anos, com média de idades de 29,6 anos, e o sexo feminino representou 66,6% dos casos. A ocorrência de palpitações taquicárdicas foi relatada por todos os pacientes (100%), seguindo-se dispnéia de esforço, desconforto precordial e episódios de tontura em 2 casos (66,6%). Manifestações inespecíficas como mal-estar, adinamia, anorexia e emagrecimento foram relatados por 1 paciente (33,3%). Nenhum paciente apresentou acidente embólico prévio. O diagnóstico da tumoração cardíaca foi realizado com auxílio da ecocardiografia bidimensional e do estudo hemodinâmico e a confirmação de mixoma foi dada pelo estudo histopatológico. Nas operações utilizou-se circulação extracorpórea e a atriotomia esquerda como via de acesso. Não houve complicações durante o ato cirúrgico e no pós-operatório os pacientes evoluíram de forma satisfatória; todos receberam alta hospitalar assintomáticos.
1997
MOTTA,Antônio Augusto R. COLEN FILHO,Eloi COLEN,Eloízio A. VIEIRA,José Antônio S. ALVES,Marcus Augusto P. BORGES,Márcio Fernando ARAÚJO,Humberto C.
Pseudo-aneurisma de artéria subclávia pós fratura de clavícula: relato de caso
Os autores descrevem a formação de um pseudo-aneurisma de artéria subclávia esquerda após trauma contuso seguido de fratura de clavícula esquerda. Comentários e uma breve revisão da literatura são mencionados
1997
ROSÁRIO,Ricardo Costa Val RIOS,Adriana Vaggiani FIGUEIREDO JÚNIOR,Fernando de Assis CHRISTO,Sérgio Figueiredo Campos SIMÃO FILHO,Charles CHRISTO,Marcelo Campos
Cirurgia de Bentall - De Bono associada a revascularização direta do miocárdio: relato de caso
A cirurgia preconizada para correção de ectasia ânulo âortica é a operação de Bentall e De Bono. A associação desta doença com aterosclerose coronária é infreqüente. Os autores relatam o caso de uma paciente de 57 anos portadora dessa associação, que foi submetida à cirurgia de Bentall e De Bono com concomitante revascularização do miocárdio. Com auxílio de circulação extracorpôrea e proteção miocárdica com retroplegia sangüínea gelada, realizaram a troca valvar aórtica e a porção ascendente da aorta por tubo valvulado de pericárdio bovino e a revascularização do miocárdio utilizando a anastomose da artéria torácica interna com a artéria interventricular anterior e de um segmento de veia safena saindo em ipsilon da artéria torácica interna para o ramo marginal da circunflexa. Tanto a operação como o pós-operatório transcorreram sem intercorrências.
1997
PIRES,Adilson Casemiro Saporito,Wladmir Faustino Filho,Roberto Álvaro Ramos Castelo Jr.,Hélio José Almeida,Dirceu Rodrigues
História da cirurgia cardíaca brasileira
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1998
COSTA,Iseu Affonso da
Tratamento de aneurismas da parte torácica da aorta pela introdução de "stents" sob visão endoscópica
Tratamento de paciente com dois aneurismas saculares da aorta descendente, utilizando dois "stents" distintos, manufaturados sob medida tanto em comprimento quanto em diâmetro. Inseridos sob visão endoscópica com aparelho da marca "Olimpus" esterilizado com óxido de etileno, através de abertura na croça da aorta. O procedimento foi realizado por esternotomia mediana, com circulação extracorpórea, em hipotermia profunda e parada circulatória total. A manipulação endoscópica da aorta descendente, sem sangue, permitiu a identificação dos dois aneurismas, assim como a visão dos ramos principais da aorta e a inserção com expansão , na posição exata, dos dois "stents". A evolução pós- operatória foi satisfatória, sendo que este procedimento, inédito, abre uma nova perspectiva no tratamento dos aneurismas torácicos, toracoabdominais e abdominais.
1998
PALMA,José Honório GEISTHÕVEL,Nikolaus BRASIL,Luiz Antonio FERRARI Jr.,Angelo CARVALHO,Antonio Carlos GOMES,Walter José BUFFOLO,Ênio
Aneurismas e dissecções da aorta: progresso nos resultados imediatos do tratamento cirúrgico
Após 1989, introduzimos algumas alterações no tratamento cirúrgico dos aneurismas e dissecções da aorta, em nosso Serviço, entre elas maior rapidez no diagnóstico, uso de parada circulatória, hipotermia profunda, parada circulatória total, monitorização hemodinâmica, controle dos distúrbios de coagulação, controle da pressão liquórica, implantação das artérias intercostais. Entre janeiro de 1980 e julho de 1994, 520 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico de aneurismas ou dissecções da aorta, de forma consecutiva e não selecionados. Os pacientes foram divididos em três grupos, de acordo com o diagnóstico: Aneurisma de aorta ascendente (AAAS) Aneurisma de arco aórtico (AAAO) Dissecção aguda da aorta tipos I e II (DAAO I e II) Nos três grupos, a mortalidade foi significativamente inferior para pacientes operados no período após 1989. Variáveis preditivas de mortalidade para AAAS foram: complicações pulmonares (p = 0,0210), renais (p = 0,0310), neurológicas (p < 0,0001). Para DAAO I e II, a hipertensão arterial (p < 0,0001), complicações cardíacas (p < 0,0001), neurológicas (p < 0,0001), renais (p < 0,0001) e a rotura (p < 0,0001) foram preditivas de óbito, e para AAAO foram as variáveis: idade (p = 0,0001) e complicações renais (p = 0,0015). Os autores concluem que as modificações introduzidas no método de tratamento cirúrgico dos aneurismas e dissecções da aorta contribuíram significativamente para a melhora dos resultados.
1998
FONTES,Ronaldo D. STOLF,Noedir A. G. MADY,Charles HUEB,Alexandre PARRAS,Cinthia SANCHES,Renata SANTOS,Roberto V. JATENE,Adib D.
Prótese de carbono de disco basculante com revestimento de material biológico em posição mitral com baixa dose de anticoagulante oral: 3 anos de experiência
Introdução: Análise clínica após três anos de observação com a válvula de disco Magalhães - HP. Casuística e métodos: Receberam alta hospitalar, a partir de 1994, um total de 34 pacientes. Todos os sobreviventes foram contatados nos últimos três meses e o tempo médio de observação foi de 24,5 meses (variação de 2 a 35 meses), somando 834 meses-paciente (69,5 anos-paciente). Resultados: A curva atuarial de sobrevida foi de 85,3%. Houve uma complicação fatal não relacionada com a válvula (insuficiência renal) (0,98 por 100 pacientes-ano) (PCPA) e três complicações fatais relacionadas com a válvula (trombose - 2,9 PCPA) (1 caso em outro hospital, 1 caso reoperado e 1 caso tratado por estreptoquinase com bom resultado inicial evoluindo com complicação pulmonar). Houve três complicações hemorrágicas (2,94 PCPA) de importância, sendo uma fatal (0,98 PCPA), uma complicação de grau moderado (0,98 PCPA) e 8 casos de menor importância (7,8 PCPA). Houve nove complicações não fatais relacionadas com a válvula (8,8 PCPA): sopros, 6 casos (5,8 PCPA); Tromboembolismo sem seqüela, 2 casos (1,96 PCPA); trombose, 1 caso (0,98 PCPA), reoperado com boa evolução. Conclusão: O revestimento da válvula de disco com material biológico heterólogo com uso de menor dose de anticoagulante parece reduzir após o 1º ano a incidência de trombose, tromboembolia e acidentes hemorrágicos. Nos três primeiros meses houve maior incidência de trombose e acidentes hemorrágicos devido a desvios no protocolo de anticoagulação, quando há necessidade de anticoagulação plena e efetiva para propiciar mínima deposição de fibrina e cicatrização lenta e fina. A dose média semanal segura de fenprocumona foi de 4,5 comprimidos (mínimo de 2,5 e máximo de 7 comprimidos). O excelente resultado nos três últimos anos de observação clínica justifica plenamente o uso da válvula, porém redobrada atenção deve ser tomada nos três primeiros meses para proteção anticoagulante efetiva.
1998
MAGALHÃES,Hélio Pereira de MACHADO,Ana Lúcia RAOUL,Artur J. SOUTELLO FILHO,Ary Fernandes VAIDERGORN,Jairo
Correção total da tétrade de Fallot no primeiro ano de vida
De janeiro de 1996 a novembro de 1997, 15 crianças com idade variando de 3 a 11 meses (média: 6 meses) e pesando entre 5 kg a 9 kg (média: 7,2 kg) foram eletivamente submetidas à correção total de tétrade de Fallot. Treze tinham sintomas de hipoxemia, e 2 eram acianóticos. O diagnóstico definitivo foi obtido em todos os casos por ecocardiografia bidimensional. Utilizou-se circulação extracorpórea convencional e hipotermia moderada. Obteve-se proteção miocárdica com infusão na aorta de solução cardioplégica cristalóide gelada e hipotermia tópica do coração. O tempo de CEC variou de 50 min a 125 min (média: 56 min) e o de pinçamento aórtico de 32 min a 86 min (média: 56 min). A correção foi realizada por via transventricular em 14 e por via transatrial em 1. Em 11 casos, utilizou-se enxerto de pericárdio bovino para ampliar a via de saída do ventrículo direito, sendo que em 4 a ampliação foi transanular. Após a correção, o gradiente entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar variou de 2 a 25 mmHg (média: 12 mmHg). Não ocorreram óbitos ou complicações significativas nesta série. Conclui-se que a correção total da tétrade de Fallot no primeiro ano de vida pode ser realizada com baixa mortalidade, podendo essa conduta ter vantagens sobre a correção em dois tempos.
1998
MORAES NETO,Fernando LAPA,Cleuza MORAES,Carlos R. HAZIN,Sheila GOMES,Cláudio A. TENÓRIO,Euclides MATTOS,Sandra
Reconstrução da continuidade ventrículo-pulmonar (conexão VD-TP): técnicas e táticas cirúrgicas
Os autores revisam as técnicas cirúrgicas utilizadas para a reconstrução da continuidade ventrículo direito (VD) e o tronco pulmonar (TP), dando ênfase às diferentes técnicas e associação, dependendo das formas anatômicas de cada lesão. Apresentam, para ilustração, 2 casos, operados com o uso de um novo conceito de prótese biológica produzida com a valva pulmonar e o tronco pulmonar suíno, preservados em glutaraldeído mediante dois modelos: retalho bivalvulado e tubo valvulado na experiência atual. No período de maio/91 e junho/95, foram operados 48 pacientes, em 43 foi usado retalho bivalvulado e, em 5 casos, prótese tubular valvulada. Houve 5 (10,4%) óbitos imediatos e 2 (4,6%) tardios. Este novo conceito de reconstrução da valva pulmonar e via de saída do ventrículo direito, usando heteroenxertos valvulados evita a insuficiência pulmonar significativa e apresenta baixa incidência de calcificação. É uma técnica facilmente reprodutível.
1998
ANIJAR,Alberto Mauro MALUF,Miguel Angel BUFFOLO,Ênio
Parada circulatória total em cirurgia cardíaca pediátrica: relato de 130 casos
A hipotermia profunda com parada circulatória total (PCT) apresentou um aumento importante nos pacientes operados em nosso Serviço e é de grande utilidade para a correção de alterações cardiovasculares complexas. Estudamos 130 pacientes de janeiro de 1995 a junho de 1996. A idade dos pacientes variou de 2 dias a 16 anos. As doenças mais freqüentes foram o defeito do septo ventricular (DSV) (26%), tetralogia de Fallot (TF) (13%), transposição das grandes artérias (TGA) (10%) e defeito do septo atrioventricular (DSAVT) (10%). Em todos os pacientes foi usado o oxigenador de membranas, a temperatura retal em PCT foi mantida em média de 15°C. O tempo médio em perfusão foi de 45 minutos e o de PCT de 27 minutos. No pós-operatório imediato, a complicação mais freqüente foi a síndrome de baixo débito (49 casos - 38%). Alterações neurológicas ocorreram em 27 (20%) pacientes: 13 (10%) convulsões, 8 (6,1%) disfunções neuropsicológicas, 5 (3,8%) sinais extrapiramidais, 4 (3%) déficits neurooftálmicos, 4 (3%) comas. Cinco destes sintomas iniciaram precocemente no POI e podem ser atribuídos à PCT (3,8%). Ocorreram 20 (15%) óbitos, 3 pacientes apresentaram déficit neurológico na alta hospitalar (2 disartrias - 1 hipertonia muscular). Concluímos que a hipotermia profunda com PCT é útil na correção de anomalias cardíacas complexas e que apresenta baixo risco de complicações neurológicas permanentes. O nosso seguimento tardio é pequeno para avaliar com precisão o desenvolvimento psicomotor dos pacientes.
1998
GIFFHORN,Hélcio MARTINS,Ziliane FERREIRA,Wanderley SALLUM,Fábio S. COSTA,Iseu Affonso da
Enxertos valvares aórticos homólogos: estudo experimental em cães
Vinte cães foram divididos em dois grupos de dez, sendo um o grupo doador (Grupo 1) e o outro, o receptor (Grupo 2). Todos os animais do grupo 1 foram submetidos a uma toracotomia mediana e sacrificados, para a retirada do coração e da valva aórtica; os cães do grupo 2 foram submetidos a uma laparotomia mediana para o implante das valvas aórticas homólogas na aorta abdominal infra-renal. O peso médio dos cães do grupo 1 era de 5,5 ± 1,7 kg e o diâmetro médio da aorta descendente de 11,8 ± 1,4 mm. No grupo 2 o peso médio era de 11,9 ± 2,3 kg e o diâmetro da aorta abdominal, de 8,8 ± 1,2 mm. A operação no grupo 2 teve como intercorrência a lesão do conduto linfático, em 4 casos, sendo o tempo médio de isquemia, durante o implante do enxerto homólogo, de 37,6 ± 13,3 min. Os animais foram acompanhados por um período de trinta dias, à exceção de 3. Um cão faleceu no décimo dia de pós-operatório por infarto da artéria mesentérica inferior; um segundo foi sacrificado no décimo quarto dia, por apresentar deiscência parcial da ferida cirúrgica, e o terceiro se evadiu no vigésimo quinto dia de pós-operatório. Dois animais apresentaram deiscência da incisão cirúrgica, levando a uma morbidade de 20%. No trigésimo dia, todos os animais sobreviventes foram submetidos a nova laparotomia, quando foram analisados as aderências da cavidade abdominal e o hematoma em torno do enxerto homólogo, e foram aferidas e registradas as pressões proximal e distal ao enxerto valvar (gradiente médio de 25 mmHg). Após o sacrifício do animal, os enxertos foram explantados para a análise das válvulas que eram normais, à excepção de dois, que apresentavam trombos e retração com fibrose, porém, sem significação clínica. Conclui-se que o modelo é viável para estudos futuros sobre valvas aórticas homólogas.
1998
ALMEIDA,Rui Manoel Sequeira de LOURES,Danton R. da Rocha GIFFHORN,Hélcio PIFFER,Katia SANTOS,Ana Cláudia Araújo dos OLIVEIRA,Maureen Aparecida de RIBEIRO,Edison José FERREIRA,Maria João Amorim
Revascularização do miocárdio. Anastomose término-terminal. Ponte intercoronariana: relato de 2 casos
Desde o início do tratamento cirúrgico da doença coronária obstrutiva com Vineberg (1) até os dias atuais com o emprego de vários tipos de enxertos, os cirurgiões procuram aumentar a sobrevida bem como melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Paciente de 60 anos de idade, com angina e síncope, cujo estudo hemodinâmico mostrou lesão de 90% no ramo interventricular anterior (RIA) e 99% na coronária direita (CD) (Figura 1). Foi revascularizado com artéria torácica interna esquerda (ATIE) para o RIA e ressecção da lesão da CD, seguida de anastomose dos cotos (Figura 2). Paciente de 40 anos, com lesão de 80% da CD e de 99% do RIA foi igualmente revascularizado com enxerto livre de ATIE para o RIA e um segmento de 4 cm de ATIE em ponte coronária-coronária sobre o segmento lesado (Figura 3). Ambos os pacientes evoluíram bem na fase hospitalar. Após um ano, permanecem assintomáticos, com teste ergométrico negativo.
1998
BONGIOVANI,Hércules Lisboa BONGIOVANI,Elza Helena F. BIAZOTTI,Lineu João S. Haddad,William T. FREITAS JÚNIOR,João Otávio PANDOLPHI,Pércio P. ROSATTI,Sílvio F. C.
Hérnia intrapericárdica transdiafragmática em trauma contuso: relato de caso e revisão da literatura
Os autores apresentam 1 caso de hérnia intrapericárdica transdiafragmática, resultado de trauma contuso e fazem revisão de 37 casos similares. Os traumas, em 71,05%, foram conseqüentes a acidentes de trânsito, com veículos automotores. Os pacientes apresentaram sintomatologia tardia predominante do coração e, também, queixa do aparelho digestivo. Contudo, a insuficiência cardíaca só foi comprovada duas vezes e os sintomas abdominais, na maioria dos casos, foram confirmados pelos sinais de tração, de distensão ou de oclusão gastrointestinal. Com estudos radiográficos contrastados, o diagnóstico foi conclusivo em 28, 94% e houve suspeita de hérnia diafragmática em 55,26% dos casos. O tratamento cirúrgico foi empregado em todos os pacientes, havendo poucas complicações pós-operatórias e apenas 3 (7,89%) óbitos. A junção entre o centro tendíneo diafragmático e o pericárdio basal foi o local comum das roturas em todos os casos e o colo transverso foi a víscera mais herniada. Em alguns casos, as roturas alcançaram as hemicúpulas diafragmáticas, permitindo hérnias também para os espaços pleurais. Hipóteses de existirem coincidentes pontos de enfraquecimento embrionário nas hemicúpulas diafragmáticas, de haver regiões anatômicas centrais frenopericárdicas adelgaçadas e de ocorrer períodos latentes para as formações herniárias, são levantadas com as devidas argumentações. Detalhes seletivos dos exames complementares são apontados no intuito de facilitar o diagnóstico. São realizadas análises sobre a abordagem cirúrgica empregada e apresentadas sugestões quanto ao uso da via abdominal ou torácica.
1998
PORTO,Antonio Sebastião OSHIRO,Yasuo PONTES,José Carlos Dorsa Vieira MEDEIROS,Carlos Geraldo Sobral de NANDES,Amauri Muniz OVANDO,Luiz Alberto