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Neuroprotective effects of diltiazem in rabbits with occluded aorta
OBJECTIVE: In the present study, we aimed to determine the protective effect of the perfusion of the distal aorta with diltiazem and ringer lactate solution on the spinal cord. METHODS: Twenty-seven New Zealand rabbits were used in which spinal cord ischemia was provided by occlusion of the aorta for thirty minutes. Experimental animals were divided into four groups: group A (n=4), the sham operation group; group B (n=8) in which intraaortic balloon occlusion alone was applied; group C (n=7), ringer lactate group in which ringer lactate was perfused into distal aorta at a rate of 40 ml/kg, hr, following intraaortic balloon occlusion; group D (n=8) diltiazem group in which diltiazem 40 mg/kg, hr, in Ringer lactate was perfused into distal aorta following intraaortic balloon occlusion. Motor function of hind limbs was evaluated by Tarlov's scoring system. After observation, spinal cords were removed for histopathological evaluation. RESULTS: The degree of histopathological injury was well correlated with neurological function. The most severe histopathological injury and neurological dysfunction occurred in group B, followed by group C, D and A respectively. No injury or neurological dysfunction occurred in the sham group. CONCLUSIONS: The protective effect of diltiazem on both histopathological injury and neurological function was significant in comparison with control groups.
2022-12-06T14:00:48Z
Saba,Tonguc Manduz,Sinasi Sapmaz,Ismail Tunel,Ali Aker,Handan Dogan,Kasim
O escore de risco ajustado para cirurgia em cardiopatias congênitas (RACHS-1) pode ser aplicado em nosso meio?
OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade do escore de risco ajustado para cirurgia de cardiopatias congênitas (RACHS1) como preditor de mortalidade em uma população pediátrica de um hospital público da região Nordeste do Brasil. MÉTODOS: No período de junho de 2001 a junho de 2004, 145 pacientes foram submetidos à correção de cardiopatia congênita em nossa instituição, dos quais 62% eram do sexo feminino, a idade média era 5,1 anos. Foi utilizado o escore de RACHS-1 para classificar os procedimentos cirúrgicos em categorias de risco de 1 a 6, e a análise de regressão logística para identificar os fatores de risco associados à mortalidade. RESULTADOS: A idade, tipo de cardiopatia, fluxo pulmonar, tipo de cirurgia, tempo de circulação extracorpórea (CEC) e tempo de anóxia foram identificados como fatores de risco para mortalidade (p< 0,001). Houve correlação linear entre as categorias de risco do RACHS-1 e a taxa de mortalidade, entretanto, a mortalidade observada foi maior que a esperada por aquele sistema de escore. CONCLUSÕES: A despeito da facilidade de aplicação do RACHS-1, ele não pode ser aplicado em nosso meio por não contemplar outras variáveis presentes em nossa realidade que podem interferir no resultado cirúrgico.
2022-12-06T14:00:48Z
Nina,Rachel Vilela de Abreu Haickel Gama,Mônica Elinor Alves Santos,Alcione Miranda dos Nina,Vinícius José da Silva Figueiredo Neto,José Albuquerque de Mendes,Vinícius Giuliano Gonçalves Lamy,Zeni Carvalho Brito,Luciane Maria de Oliveira
Caracterização dos cuidadores de candidatos a transplante do coração na UNIFESP
OBJETIVOS: Identificar e caracterizar o principal cuidador dos pacientes candidatos a transplante do coração; comparar as diferenças entre as informações coletadas com os pacientes e cuidadores; e classificar os cuidadores segundo a sua dedicação e eficiência na assistência ao paciente, correlacionando-os aos dados sociodemográficos. MÉTODOS: Estudo descritivo realizado de outubro de 2004 a março de 2005, no ambulatório da UNIFESP, por meio de entrevista estruturada, com amostragem de 21 pacientes e seus cuidadores. RESULTADOS: O principal cuidador era membro da família (95%), na maioria das vezes, o cônjuge, sendo 13 (81%) mulheres e três (19%) homens, com idade variando de 24 a 65 anos (média de 44,3). Declararam-se 56% casados; 43,8% católicos; 29% cursaram o ensino fundamental, 24% completaram o ensino médio e 14% tinham nível superior. Atividade profissional era exercida por 68,8% e 81,4% possuíam renda própria. Todos os cuidadores residiam na mesma casa que o paciente. Estabelecido um escore, classificaram-se os cuidadores em oito (50%) "bons", sete (43,7%) "regulares" e apenas um (6,3%) foi considerado "ruim". Não encontramos correlação estatisticamente significante entre o escore e as variáveis escolaridade, atividade profissional e renda. CONCLUSÃO: É importante determinar os instrumentos para o reconhecimento e caracterização do cuidador. Neste estudo, identificou-se um familiar (cônjuge), do sexo feminino, com idade média de 44,3 anos, renda própria, classificados, na maioria, como "bons" ou "regulares", não havendo correlação com escolaridade, atividade profissional e renda. Novos estudos complementares, com casuística maior, deverão estabelecer a relação entre o papel do cuidador e os resultados do transplante cardíaco.
2022-12-06T14:00:48Z
Machado,Regimar Carla Branco,João Nelson Rodrigues Michel,Jeanne Liliane Marlene Gabriel,Edmo Atique Locali,Rafael Fagionato Helito,Renata Almeida Barros Buffolo,Enio
Há espaço para o tratamento endovascular nas dissecções crônicas da aorta descendente?
OBJETIVO: Questões relativas a quais pacientes/doenças que efetivamente deveriam ser submetidos ao tratamento endovascular ainda geram controvérsias. O objetivo deste trabalho visa a questionar o tratamento endovascular nas dissecções crônicas tipo B de Stanford. MÉTODOS: No período de 2003 a 2006, 11 pacientes portadores de dissecção crônica da aorta tipo B de Stanford com dilatação somente no tórax (diâmetro > 5,5cm), foram submetidos à colocação de prótese endovascular autoexpansível pela artéria femoral. Todos os pacientes foram submetidos à angiotomografia de controle com 6 meses, 1 ano e após, anualmente, com o intuito de avaliar a presença de fluxo na falsa luz e estudar a evolução dos diâmetros da aorta torácica descendente e abdominal no decorrer do tempo. Para esta análise foram utilizados os testes Anova de duas vias para medidas repetidas e o qui-quadrado com o programa SPSS 13. RESULTADOS: Não houve mortalidade hospitalar. Nenhum paciente apresentou endoleak imediatamente após a operação. Durante o período de seguimento médio de 28 meses/paciente, não houve óbitos, um paciente foi submetido à substituição da aorta tóraco-abdominal e dois aguardam esta mesma intervenção. A endoprótese interrompeu o fluxo na falsa luz no tórax em 72,7% dos pacientes e, no abdome, somente em 18,2%, porém isto não implicou na redução dos diâmetros da aorta torácica nem abdominal. CONCLUSÃO: O tratamento endovascular nas dissecções crônicas tipo B de Stanford parece não ser suficiente para tratar esses pacientes no curto/médio prazo, apesar do tamanho reduzido da amostra estudada.
2022-12-06T14:00:48Z
Dias,Ricardo Ribeiro Judas,Gustavo Oliveira,Marco A. P. Malbouisson,Luiz M. S. Fiorelli,Alfredo I. Stolf,Noedir A. G.
Plastia da valva mitral com a técnica do "Duplo Teflon": resultados de 10 anos
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados clínicos tardios da plástica da valva mitral com a técnica do "Duplo Teflon". MÉTODOS: A plástica de "Duplo Teflon" consiste em técnica de reparo mitral com ressecção quadrangular da cúspide posterior, anuloplastia segmentar com plicatura do anel com de fios com "pledgets" sobre uma tira de Teflon, e sutura borda a borda da cúspide. Entre abril de 1994 e dezembro de 2003, 133 pacientes com diagnóstico de insuficiência mitral degenerativa com alongamento ou rotura de cordas da cúspide posterior foram submetidos à plástica com esta técnica. A idade média foi de 60,4 anos e 60,9% eram do sexo feminino. Quanto à avaliação clínica no pré-operatório, 29,3% dos pacientes estavam em classe funcional IV, 55,7% em classe III e 15,0% em classe II. Técnicas associadas de plástica mitral foram utilizadas em 15,2% dos pacientes, sendo a mais comum o encurtamento de cordas. Vinte e seis (19,5%) pacientes foram submetidos a operações associadas. RESULTADOS: Houve um (0,75%) óbito hospitalar. No período pós-operatório tardio, 95,5% dos sobreviventes estavam em classe funcional I. As taxas linearizadas de tromboembolismo, reoperação e óbito foram 0,9%, 0,3% e 0,6% pacientes/ano, respectivamente. A sobrevida atuarial em 10 anos foi de 94,1% ± 3,6%. As sobrevidas atuariais livre de tromboembolismo e reoperação foram de 97,3 ± 1,5% e 99,2 ± 0,8%, respectivamente. Não houve casos de endocardite ou hemólise. CONCLUSÃO: A plástica da valva mitral com a técnica do "Duplo Teflon" apresenta baixa morbi-mortalidade e boa evolução clínica tardia.
2022-12-06T14:00:48Z
Brandão,Carlos Manuel de Almeida Guedes,Marco Antonio Vieira Silva,Marcos Floripes da Vieira,Marcelo Luiz Pomerantzeff,Pablo Maria Alberto Stolf,Noedir Antonio Groppo
Operação de Ross com homoenxertos valvares decelularizados: resultados de médio prazo
OBJETIVO: Avaliar os resultados de médio prazo do uso de homoenxertos decelularizados na Operação de Ross. MÉTODOS: Entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2007, 68 pacientes foram submetidos à Operação de Ross com homoenxertos decelularizados. Quarenta e oito pacientes eram do sexo masculino, com idade media de 30,3±11,2 anos. A decelularização foi feita com Ácido Deoxicólico (DOA), em 35 casos, e com Dodecilsulfato de Sódio (SDS), em 33. Para a comparação dos gradientes, foram selecionados 68 pacientes pareados pela idade, e que usaram homoenxertos criopreservados. Todos os pacientes realizaram ecocardiograma antes da alta e estão sendo avaliados anualmente. Oito pacientes tiveram controle por ressonância nuclear. Em dois pacientes reoperados, foi possível fazer análise histológica de um segmento do conduto pulmonar. RESULTADOS: Houve um (1,4%) óbito imediato. Na evolução tardia, houve duas reoperações e um óbito. Os gradientes imediatos variaram de 4 a 29mmHg (m=10,3±5,5), e apresentaram elevação para 16,5± 12,2mmHg (min= 4, max = 45) aos 24 meses. Quando comparados com o grupo criopreservado, não houve diferenças significativas. Entretanto, houve tendência a melhores resultados em homoenxertos decelularizados com SDS após 12 meses de evolução. A análise histológica revelou reendotelização e repovoamento parcial da camada média com células autógenas. Não houve insuficiência pulmonar progressiva. Os dados de ressonância magnética demonstraram menor tendência de retração dos condutos decelularizados. CONCLUSÕES: O uso de homoenxertos decelularizados foi seguro, com bons resultados até quatro anos de evolução. Houve tendência a menores gradientes tardios nos homoenxertos decelularizados com SDS após 12 meses.
2022-12-06T14:00:48Z
Costa,Francisco Dohmen,Pascal Vieira,Eduardo Lopes,Sérgio Veiga Colatusso,Claudinei Pereira,Elaine Welk Lopes Matsuda,Camila Naomi Cauduro,Sanderson
Abordagem da valva do tronco pulmonar por desvio direito e uso de cânula bicaval: estudo experimental
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi reproduzir a cirurgia de abordagem da valva do tronco pulmonar por desvio direito, avaliando-se uma nova cânula venosa bicaval com balonetes insufláveis para uso por miniacesso. MÉTODOS: Utilizaram-se 15 suínos da raça Large-White, sendo cinco para a padronização técnica das vias de acesso e monitorização hemodinâmica, nove submetidos ao experimento por meio de esternotomia, e um animal excluído da amostra, operado por mínimo acesso ao tórax. O desvio direito foi estabelecido pela drenagem bicaval, sendo a cânula introduzida pela veia jugular interna direita e locada nas veias cavas cranial e caudal. Os parâmetros medidos foram: Pressão Arterial Média (PAM); Freqüência Cardíaca (FC); Saturação O2 (SAT O2); Capnografia (PetCO2) e Temperatura (T). A análise estatística foi feita comparando-se os valores antes e durante o desvio direito. RESULTADOS: No momento pré-desvio direito, obtiveramse os seguintes valores médios: PAM = 90,8 mmHg, FC = 101,6 bat/min, SAT O2 = 93,8%, PetCO2 = 28,4 mmHg, T = 36,1ºC. Durante o desvio direito, obtiveram-se os seguintes valores médios: PAM = 88,1 mmHg, FC = 98,0 bat/min, SAT O2 = 93,1%, PetCO2 = 25,3 mmHg e T = 36,9ºC. Comparandose as médias obtidas entre os dois momentos, verificou-se não haver diferenças significantes para a PAM, FC e SAT O2 e diferenças significantes para a PetCO2 e a T. CONCLUSÃO: A cânula bicaval com balonetes promoveu drenagem eficaz de ambas as veias cavas, permitindo a manutenção dos parâmetros hemodinâmicos durante o desvio direito, sendo possível realizar a abordagem da valva pulmonar.
2022-12-06T14:00:48Z
Silva,Ana Maria RochaPinto e Dallan,Luís Augusto Palma Campagnucci,Valquiria Pelisser Caruso,José Gandra,Sylvio M. Aquino Rivetti,Luís Antônio
Controle de qualidade em cirurgia cardiovascular: um paradigma a ser atingido
O objetivo do trabalho é fazer uma revisão da literatura sobre o controle de qualidade em cirurgia cardiovascular. Os autores estudaram os diversos parâmetros necessários para um melhor controle de qualidade em cirurgia cardiovascular: 1. Criação de uma base de dados abrangente, utilizando-se como modelos as bases de dados da Society of Thoracic Surgeons e European Association for Cardiothoracic Surgery; 2. Prever um escore de risco cirúrgico nos moldes do Euroscore; 3. Analisar os fatores que podem contribuir para um mau resultado cirúrgico e apontar meios de corrigi-los; 4. Analisar o impacto do fator humano sobre o resultado cirúrgico, fazendo um paralelo com a metodologia usada em aviação. Por meio de um controle rigoroso da qualidade em cirurgia cardiovascular, é possível se melhorar em muito o resultado cirúrgico.
2022-12-06T14:00:48Z
Murad,Henrique Murad,Felipe Francescutti
Peculiaridades no tratamento da cardiopatia isquêmica no idoso
Considerando que a média de idade da população mundial está aumentando e sendo a faixa etária superior a 80 anos a que cresce mais rapidamente em todo o mundo, novos enfoques de tratamentos e de cuidados se tornaram necessários para estas pessoas. Ante o desenvolvimento de novos produtos farmacológicos e de procedimentos por meio de angioplastia transluminal coronária ou cirurgia de revascularização miocárdica, muitos pacientes prolongaram sua vida e melhoraram a qualidade da mesma. Para indicar os procedimentos mais adequados, segundo as peculiaridades das manifestações clínicas, realizamos uma revisão bibliográfica com o objetivo de buscar evidências quanto ao benefício do tratamento cirúrgico ou da intervenção percutânea para este grupo de pacientes.
2022-12-06T14:00:48Z
Almeida,Adriana Silveira de Manfroi,Waldomiro Carlos
Fatores de risco no desenvolvimento de insuficiência renal aguda após cirurgia de revascularização miocárdica com CEC
OBJETIVOS: Avaliar a incidência, a mortalidade e os fatores de risco no desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA) após cirurgia de revascularização miocárdica com o emprego de circulação extracorpórea (CEC), no serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, de janeiro de 2002 a novembro de 2004. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 74 pacientes submetidos à revascularização miocárdica com circulação extracorpórea, distribuídos em dois grupos segundo o desenvolvimento ou não de insuficiência renal aguda, diagnosticada por critérios laboratoriais. Foram realizadas análises estatísticas bivariada e multivariada, com significância de 5%. RESULTADOS: A incidência de IRA foi de 24,32%, sendo que 5,56% necessitaram de diálise, correspondendo a 1,35% do total de pacientes avaliados. A mortalidade por IRA foi de 5,56%. O uso de drogas inotrópicas ou vasoconstritoras no pós-operatório (p=0,048) e o IMC maior que 25 kg/m² (p=0,004) foram fatores determinantes para o desenvolvimento de IRA. O tempo de circulação extracorpórea foi baixo, não influenciando um aumento significativo de IRA pós-operatória neste estudo. CONCLUSÃO: O tempo de CEC não esteve associado a um aumento estatisticamente significativo da incidência de IRA pós-operatória na cirurgia de revascularização do miocárdio.
2022-12-06T14:00:48Z
Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Silva,Guilherme Viotto Rodrigues da Benfatti,Ricardo Adala Machado,Natália Pereira Pontelli,Renato Pontes,Elenir Rose Jardim Cury
Troca valvar mitral minimamente invasiva videoassistida
A utilização de técnicas minimamente invasivas em cirurgia cardíaca vem sendo amplamente discutida em nosso meio, visando melhorias não só no aspecto estético, mas também funcional. Neste relato, apresentamos o caso de um paciente portador de estenose valvar mitral grave, submetido à troca valvar mitral minimamente invasiva videoassistida com sucesso.
2022-12-06T14:00:48Z
Poffo,Robinson Bonin,Marcos Selbach,Rafael Armínio Pilatti,Murilo
Tratamento híbrido com endoprótese não recoberta nas dissecções agudas da aorta tipo A
O tratamento da dissecção aguda da aorta tipo A de Stanford, com a utilização de um novo dispositivo (stent de aorta não recoberto) em associação à interposição de tubo supracoronariano para a substituição da aorta ascendente e hemiarco permitem que o arco aórtico e porção da aorta descendente sejam tratados, sem acrescentar complexidade ao procedimento operatório, nem prolongar o tempo de isquemia cerebral ou sistêmica.
2022-12-06T14:00:48Z
Dias,Ricardo Ribeiro Silva,Isaac Azevedo Fiorelli,Alfredo Inácio Stolf,Noedir A G
Cirurgia de troca valvar em gestante
Trata-se de uma gestante de 20 semanas submetida à retroca de prótese de valva atrioventricular esquerda e troca da valva da aorta, ambas por prótese biológica, valvuloplastia de tricúspide e trombectomia de átrio esquerdo. O tempo de circulação extracorpórea foi de 105 minutos. A paciente recebeu alta do hospital em boas condições gerais e o recémnascido permanece estável em Unidade de Terapia Intensiva. Por ser um procedimento de considerável complexidade e de alta mortalidade materna e fetal, este caso é de importante relevância no tratamento das doenças valvares durante o período gestacional, bem como a condução nos períodos intra e pós-operatório.
2022-12-06T14:00:48Z
Cunha,Claúdio Ribeiro da Santos,Paulo Cesar Castineira,Carolina Pastorin Pereira,Flávia Souza Fernandes
Coarctação de aorta no adulto: a respeito de um caso e sobre desvios extra-anatômicos
Os autores relatam a técnica operatória empregada e a evolução clínica de um paciente adulto portador de coarctação de aorta (CoAo), no qual a correção tradicional com anastomose término-terminal com interposição de enxerto não foi possível. Durante o ato operatório, foi necessário mudar o planejamento e fazer um desvio extra-anatômico aorta ascendente-aorta descendente (Aoasc-Aodesc), via toracotomia póstero-lateral esquerda ampliada. Além disso, os autores fazem uma revisão sintética das várias abordagens possíveis usadas para os desvios extra-anatômicos e suas vantagens e desvantagens.
2022-12-06T14:00:48Z
Carvalho,Marcus Vinicius Henriques de Pereira,Wilson Lopes Gandra,Sylvio Matheus de Aquino Rivetti,Luiz Antônio
Revascularização do miocárdio em origem anômala da artéria coronária direita: relato de caso
O objetivo deste artigo é mostrar o caso de um paciente de 21 anos com episódio de angina e lipotímia relacionados com alteração isquêmica do miocárdio decorrente de origem anômala da artéria coronária direita a partir do seio da aorta (seio de Valsalva) esquerdo. O paciente foi submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio, com artéria torácica interna direita para artéria coronária direita. É realizada também uma revisão da literatura desta rara doença cardíaca congênita.
2022-12-06T14:00:48Z
Martins,Marcelo Sávio da Silva Bastos,Eduardo Sérgio Annibal,Jorge Viana Bezerra,Alvaro Barde
MAPA em portadores de DPOC com dessaturação no sono
FUNDAMENTO: A hipoxemia no período de sono pode, por mecanismo de ativação simpática, alterar a pressão arterial. Poucos estudos demonstram os parâmetros pressóricos em portadores de DPOC, que não têm apnéia do sono, mas que dessaturam nesse período. OBJETIVOS: Analisar os parâmetros pressóricos em pacientes com DPOC e dessaturação no sono, não causada por apnéia. MÉTODOS: Treze pacientes com DPOC foram submetidos à espirometria, gasometria arterial, polissonografia e MAPA para avaliação pressórica. Quatorze pacientes sem DPOC foram submetidos à espirometria, oximetria e MAPA. As análises pressóricas foram feitas tanto na vigília quanto no sono. Os dois grupos foram constituídos por pacientes sem antecedentes hipertensivos. RESULTADOS: Os dois grupos eram semelhantes em relação à idade, altura, peso e índice de massa corporal. Houve diferença significativa (p < 0,05) entre os parâmetros pressóricos nos períodos de vigília, sono, 24 horas e descenso do sono. Observou-se valores pressóricos maiores nos portadores de DPOC, exceto em níveis diastólicos em vigília, máximos valores ao sono e nas 24 horas. O descenso do sono no grupo DPOC foi atenuado, enquanto no grupo controle foi fisiológico, com menores valores pressóricos. CONCLUSÕES: Os resultados da pressão arterial sistólica e diastólica se mostraram maiores no grupo DPOC do que no grupo controle. A significância dessa afirmação ocorreu em todos os períodos aferidos, exceto em vigília e nas 24 horas para níveis de pressão diastólica. Pode-se concluir que, o grupo portador de DPOC com dessaturação no sono possui níveis de pressão arterial significativamente maiores do que o grupo controle.
2022-12-06T14:00:48Z
Aidar,Neila Anders Silva,Márcio Alberto Carvalho da Silva,César Augusto Melo e Ferreira Júnior,Pedro Nery Tavares,Paulo
Evolução pós-operatória de pacientes com refluxo protético valvar
FUNDAMENTO: O refluxo de prótese valvar é uma possível complicação da cirurgia de troca valvar. Embora raro, suas consequências podem ser graves. Há poucos estudos que correlacionam o grau do refluxo de prótese valvar com os eventos clínicos dos pacientes. OBJETIVO: Comparar a evolução pós-operatória de pacientes com refluxo de prótese valvar discreto/moderado (D/M) ou importante (Imp). MÉTODOS: Dentre 1.350 pacientes submetidos a cirurgia valvar entre 1999 e 2001, foram selecionados 185 pacientes com refluxo de prótese valvar. Desses pacientes, foram avaliados retrospectivamente dados clínicos, laboratoriais e ecocardiográficos de uma amostra de 58 pacientes (37 homens) com refluxo de prótese valvar no pré e/ou no pós-operatório de troca valvar com dados completos em prontuários, sendo 36 com refluxo D/M versus 22 com refluxo Imp. RESULTADOS: A incidência de reoperação foi de 11,1% no Grupo D/M versus 22,7% no Grupo Imp (odds ratio = 2,35 [IC95% 0,56-9,94]). Endocardite foi a causa de reoperação em 75% dos pacientes do Grupo D/M e em 60% do Grupo Imp. As biopróteses aórticas foram as mais acometidas por refluxo (55,8% no Grupo D/M e 57,7% no Grupo Imp). Evoluíram sem refluxo de prótese valvar no segundo pós-operatório 40% dos pacientes com refluxo prévio D/M versus 21,4% dos pacientes com refluxo de prótese valvar Imp. Não houve diferenças significantes nas variáveis laboratoriais. CONCLUSÕES: (1) Os portadores de refluxo importante têm maior probabilidade de reoperação. (2) Endocardite foi a causa mais frequente de reoperação para qualquer grau de refluxo. (3) O refluxo de prótese valvar importante é de mais difícil resolução completa após tratamento cirúrgico.
2022-12-06T14:00:48Z
Sampaio,Roney Orismar Silva Jr.,Francisco Costa da Oliveira,Iraí Santana de Padovesi,Celso Madeira Soares,Joyce Aparecida Silva,William Manoel da Samorano,Luciana de Paula Tarasoutchi,Flávio Spina,Guilherme Sobreira Grinberg,Max
Substituição valvar isolada com próteses metálicas St. Jude Medical em posição aórtica ou mitral: seguimento de médio prazo
FUNDAMENTO: Em nosso meio as próteses valvares biológicas predominam, considerando-se as dificuldades relacionadas à anticoagulação, mesmo em pacientes jovens, a despeito da necessidade de repetidas operações devido à degeneração das próteses biológicas. OBJETIVO: Apresentar a evolução em médio prazo de pacientes submetidos à substituição da valva mitral ou aórtica por prótese valvar mecânica St. Jude. MÉTODOS: Foi analisada retrospectivamente a evolução dos pacientes operados entre janeiro de 1995 e dezembro de 2003 e seguidos até dezembro de 2006. RESULTADOS: Cento e sessenta e oito pacientes receberam prótese valvar mitral e 117, aórtica. A idade média de ambos os grupos foi de 45 anos. Entre os mitrais, 75% tinham até 55 anos e 65% eram mulheres. Entre os aórticos, 66% tinham até 55 anos e 69% eram homens. Considerando-se apenas mortes relacionadas às próteses valvares, a sobrevida foi de 85,6% para os mitrais e de 88,7% para os aórticos (p=0,698). Entre os mitrais, 97% estavam livres de reoperação, e entre os aórticos 99% (p=0,335). Quanto aos eventos tromboembólicos, a porcentagem de pacientes livres foi de 82% entre os mitrais e de 98% entre os aórticos (p=0,049), e para os eventos hemorrágicos foi de 71% e 86% respectivamente (0,579). Quanto à ocorrência de endocardite, 98 % entre os mitrais e 99% entre os aórticos estavam livres ao final de 10 anos (p=0,534). CONCLUSÃO: Nossa experiência com próteses metálicas St. Jude em uma população predominantemente jovem confirma o bom desempenho desta prótese, em acordo com outras experiências publicadas.
2022-12-06T14:00:48Z
Rodrigues,Alfredo José Évora,Paulo Roberto Barbosa Bassetto,Solange Alves Jr.,Lafaiete Scorzoni Filho,Adilson Vicente,Walter Villela A.
Substituição valvar aórtica percutânea para o tratamento da estenose aórtica: experiência inicial no Brasil
FUNDAMENTO: A substituição percutânea da valva aórtica para o tratamento da estenose aórtica é uma alternativa disponível e eficaz para pacientes com alto risco cirúrgico, especialmente aqueles com idade avançada e comorbidades. OBJETIVO: Os autores relatam a experiência inicial do emprego da endoprótese CoreValve em nosso meio. MÉTODOS: Em janeiro de 2008, dois pacientes foram submetidos à substituição percutânea da valva aórtica por estenose aórtica sintomática. Ambos foram selecionados por terem idade avançada (77 e 87 anos), comorbidades e elevado risco cirúrgico (EuroScore 7,7% e 12,1%). RESULTADOS: Os implantes percutâneos do dispositivo CoreValve foram realizados com sucesso. Observou-se a ampliação da área valvar (de 0,7 para 1,5 cm² e de 0,5 para 1,3 cm²) e a redução do gradiente transvalvar aórtico (de 82 para 50 mmHg e de 94 para 31 mmHg) imediatamente após a intervenção. Durante a internação hospitalar, houve a necessidade de implantar marca-passos definitivos nos dois pacientes, por bloqueio átrio-ventricular. Aos seis meses, observou-se a queda ainda maior do gradiente transvalvar aórtico (gradiente < 20 mmHg), e a remissão dos sintomas de insuficiência cardíaca (NYHA III para NYHA I). CONCLUSÃO: O emprego da endoprótese CoreValve para o tratamento da estenose aórtica mostrou-se factível e com resultados animadores nesta experiência inicial em nosso meio.
2022-12-06T14:00:48Z
Perin,Marco Antonio Brito Jr.,Fábio Sândoli de Almeida,Breno Oliveira Pereira,Marco Aurélio M. Abizaid,Alexandre Tarasoutchi,Flávio Grube,Eberhard
Hipermobilidade articular em pacientes com prolapso da valva mitral
Estudos sobre hipermobilidade têm despertado grande interesse, nas últimas décadas, por estarem associados a disfunções músculo-esqueléticas, bem como a anormalidades em vários sistemas orgânicos - como, por exemplo, o prolapso da valva mitral. Neste contexto, buscou-se agrupar e atualizar os conhecimentos da relação entre a hipermobilidade articular e o prolapso da valva mitral. Segundo a literatura, estudos mostram que alterações genéticas na composição do colágeno parecem ser a principal causa desta relação.
2022-12-06T14:00:48Z
Cavenaghi,Simone Marino,Lais Helena Carvalho Oliveira,Patrícia Pantaleão Lamari,Neuseli Marino