Repositório RCAAP

Um Abaporu, a feiúra e o currículo: pesquisando os cotidianos nas conversas complicadas em uma escola pública do Rio de Janeiro

Neste artigo, partindo indiciariamente da narrativa de uma professora sobre o presente trazido pelo mau estudante Jorge discutimos a cartografia do pensamento abissal e o papel do feio no sentido de refletir sobre a importância da ecologia das diferenças em práticas curriculares que se identificam com a luta processual e cotidiana pela justiça cognitiva. Nesse sentido e no contexto da crise paradigmática corrente, como pesquisadores e professores que pensam o cotidiano como criação permanente, sugerimos que o currículo pode ser entendido como uma conversa complicada e ecológica potencializando a desvisibilização de situações de valorização da diferença. Concluímos que as políticas de unificação curriculares são abissalizadoras do trabalho docente e do aprendizado dos estudantes e sufocam as diferenças nas conversas de sala de aula e, sobretudo, que as narrativas, conversas e práticas curriculares baseadas na ecologia e justiça cognitivas permitem a desconstrução de hierarquias, exclusões e invisibilidades.

Ano

2016

Creators

Süssekind, Maria Luiza Santos, Wilza Lima

Amazonas: mulheres e formação docente no Parfor

Os escritos aqui apresentados têm como objetivo principal fazer uma reflexão sobre relações de gênero e a formação docente realizada no estado do Amazonas, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), dentro do Plano Nacional de Formação de Professores (PARFOR). O PARFOR é um programa do Governo Federal oferecido na modalidade presencial, este é um Programa emergencial instituído para atender o disposto no artigo 11, inciso III do Decreto nº 6.755, de 29 de Janeiro de 2009 e implantado em regime de colaboração entre a Capes, os estados, municípios e as Instituições de Educação Superior (IES). O objetivo deste programa é realizar a formação superior de docentes que já atuam na Educação Básica e não possuem curso de ensino superior. Aqui será debatida a experiência de orientação de 21 estudantes docentes do PARFOR entre os meses de Junho a Outubro de 2015 no município de Tefé, localizado no Médio Solimões, no Estado do Amazonas. Articulando gênero e Educação popular este texto faz uma discussão sobre a questão de gênero neste contexto.

Ano

2019

Creators

Castro, Amanda Motta

Os livros de leitura ¿quieres leer? e queres ler?: do URUGUAI para o RIO GRANDE DO SUL

O objetivo deste artigo é fazer uma comparação entre a obra didática para ensino da leitura e da escrita ¿Quieres Leer?, do professor uruguaio José Henriques Figueira e a adaptação Queres Ler?, feita pelas professoras gaúchas Olga Acauan e Branca Diva Pereira e publicada pela Editora Selbach, do Rio Grande do Sul (Brasil). Tratava-se de um livro cujo método era caracterizado como “intuitivo analítico-sintético de leitura e escrita corrente de palavras e frases básicas ou normais”. Com o intuito de identificar similaridades e diferenças utilizamos, para essa análise comparativa, três exemplares: uma edição uruguaia (s/d) e duas edições gaúchas – 3ª ed. (1929) e 32ª ed. (s/d). Foram cotejados tanto aspectos referentes à proposta didático-pedagógica como gráfico-editorial.

Ano

2016

Creators

Michel, Caroline Braga Peres, Eliane Arriada, Eduardo

Traços do cotidiano, essa vida de "pouco caso"

O artigo, de natureza ensaística, objetiva agregar à defesa da relevância dos estudos em cotidianos, uma modesta contribuição. A princípio, é estabelecido diálogo entre teóricos que se dedicaram aos estudos da vida cotidiana, e a literatura – compreendida enquanto possibilidade de conexão entre a vida comum e a ciência. Na segunda seção é estabelecida conversação com algumas tentativas de “menorização” da vida cotidiana, o que tem sido feito, continuamente, por meio da alegação de que esta esfera seria, tão somente, a repetição diária de si, alimentada por conhecimentos que não são oriundos do campo científico. A seguir, é inserido uma narrativa de forma a vitalizar esta conversação, buscando na memória, um pouco da escola. Por fim, a conclusão do ensaio conduz o leitor a aproximar-se deste estranho, o pesquisador em cotidianos.

Ano

2017

Creators

Lacerda, Mitsi Pinheiro de

A constituição da psicologia social e sua diversidade epistemológica

O texto enfatiza um preâmbulo sobre a diversidade epistemológica no campo da Psicologia Social, pois, diferentemente da resposta dos positivistas, é a resposta dada pelos psicólogos sociais do movimento construcionista social que nosso conhecimento do mundo consiste em uma construção social, uma vez que, que tal conhecimento é limitado pela linguagem do contexto em que se produz, bem como pela nossa concepção de realidade. Nessa esteira, não podemos falar de verdade dos fatos, e sim de versão dos fatos. Fatos estes que estão impregnados de nossos valores. É por acreditar que os conhecimentos produzidos envolvem decisões éticas e políticas feitas pelo pesquisador, frente às vicissitudes de seu tempo, que a produção do conhecimento extrapola o domínio da técnica. Precisamos levar em conta principalmente o impacto social do conhecimento que produzimos. Concluímos que um aprofundamento das discussões sobre a história, embora na condição de preâmbulo, constitui-se num desejo de rememorar um compromisso ético e político, sendo oportuno e viável através do estudo da epistemologia.

Ano

2017

Creators

Montes D’Oca, Karen Nunes Grecco dos Santos, Rejane Rosaria Grecco dos Santos, Rita de Cássia

A educação paraense na primeira metade do século xix: com a palavra, Antônio Ladislau Monteiro Baena

Este artigo prima pela análise da educação paraense na primeira metade do século XIX, justificando-se principalmente pela carência de estudos na área de história da educação na Província do Grão-Pará no referido período. Utiliza-se, para isso, basicamente a obra “Ensaio Corográfico sobre a Província do Pará”, de Antônio Ladislau Monteiro Baena, além de documentos oficiais da referida Província (exposições, relatórios, discursos, etc.) e bibliografia acadêmica sobre a Província do Grão-Pará. Ao longo do texto é possível perceber, ainda que em fragmentos, o processo de formação da educação formal em nível local, bem como as continuidades e descontinuidades em relação á historiografia educacional brasileira.

Ano

2017

Creators

Cardoso, Sergio Ricardo Pereira

As memórias de vida na América Latina

Neste ensaio, almejamos expor os diversos usos do método alcunhado “História Oral” com enfoque direcionado para a América Latina. Assim sendo, primeiramente é necessário realizarmos uma reconfiguração histórica das primeiras memórias de vida, que se tem conhecimento, neste continente. A justificativa por está temática é porque concatenou com a proposta metodológica da minha investigação de mestrado alcunhada de "A formação de professores de história na pós-redemocratização 1980-2013: um estudo de educação comparada Brasil e Uruguai", pois, me alicercei das narrativas de professores de História de ensino terciário/universitário, de forma comparada. Assim sendo, foi necessário um estudo profícuo para compreender os processos instaurados nos países latinos para dar embasamento para a consecutividade do estudo. Partindo desta premissa este estudo não tem pretensão de esgotar informações, posto que, versar ao redor do surgimento, e dos modos em que se manifestou e se manifesta as memórias de vida em um continente exige muito tempo para análise dos dados. Desta forma, o escopo central deste é o levantar premissas do porquê o método levou tanto tempo para calcar certa posição dentro dos ambientes acadêmicos findando com a exposição de perspectivas futuras para a consolidação do método.

Ano

2017

Creators

de Faria, Simone Gomes de Senna, Adriana Kivanski

Colégio Regina Coeli: sujeitos do ensinar e do aprender de uma escola confessional católica

O presente artigo apresenta aspectos da cultura escolar que dizem respeito aos sujeitos do ensinar e do aprender do Colégio Regina Coeli, situado em Veranópolis/RS. Baseado nos pressupostos teóricos da História Cultural utilizou-se, como metodologia, a análise de documentos, principalmente de relatórios e fotografias, produzidos e arquivados pela instituição objeto de estudo, além de entrevistas com os sujeitos escolares. O recorte temporal contempla o período de 1948 a 1969, em que a escola mantinha o estatuto de confessional católica. A partir da análise de dados foi possível depreender que as Irmãs de São José eram reconhecidas como “exímias educadoras” e tornaram-se referencia em educação no município e na região. A relação entre educadores e educandos era marcada pela disciplina, no entanto, sempre permeada pelo afeto, especialmente na educação de crianças.

Ano

2017

Creators

Matiello, Marina Luchese, Terciane Ângela

História oral e memória: construindo novas fontes de pesquisa sobre a Faculdade Católica de filosofia de Rio Grande (1960 - 1969)

Este trabalho busca apresentar as contribuições da História Oral e da memória na pesquisa realizada sobre a Faculdade Católica de Filosofia de Rio Grande (1960 - 1969), cuja criação marcou o início dos cursos superiores voltados à formação docente na cidade. Para tanto, ressalta as diferentes fases do trabalho com História Oral e o embasamento sobre a memória. Nesse sentido, tem como base os caminhos abertos pela História Cultural, os quais vêm propiciando a ampliação de problemas, objetos e temas de pesquisa histórica. Constata que a multiplicidade de histórias e memórias sobre a mencionada instituição educacional só foi descortinada devido à ampliação do olhar sobre as novas fontes de pesquisa.

Ano

2017

Creators

da Silveira, Josiane Alves Grecco dos Santos, Rita de Cássia

Ler, escrever, contar, rezar ou muito além? Saberes prescritos e praticados em escolas étnicas italianas no Brasil (1875 – 1942)

A emergência de escolas marcadamente étnicas por imigrantes saídos da península itálica e estabelecidos no Brasil entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX, sensibiliza para pesquisar o que se ensinava nesses espaços de escolarização, quais saberes eram prescritos e quais foram trabalhados pelos professores. O recorte temático do presente texto é parte de projeto de pesquisa intitulado “História das Escolas Étnico-Comunitárias Italianas no Brasil (1875 – 1945)”. As formas de organização das escolas étnicas variaram no tempo e no espaço e compreender os saberes prescritos e aqueles realmente trabalhados nas aulas é possível considerando-se uma diversificação da base documental constituída por materiais didáticos, como livros, além de fotografias, correspondências, relatórios, livros de atas, jornais, dentre outros. Esse corpus documental é analisado à luz dos referenciais da História Cultural. O texto procura contribuir para a compreensão da multiplicidade de processos de escolarização no Brasil, atentando especialmente para os saberes, considerando sua diversidade étnica e cultural.

Ano

2017

Creators

Luchese, Terciane Ângela

Memória e história do ensino das humanidades: do nascimento do conceito de disciplinas escolares à atual ciências humanas

A escola brasileira na atualidade é marcada em sua organização pela divisão dos saberes específicos das ciências de referência nas chamadas disciplinas escolares. Essa estrutura se organiza na partição do tempo escolar em períodos, as conhecidas horas/aula. Cada professor tem com seus alunos um conjunto de períodos semanais para trabalhar os conhecimentos de sua área de saber, com vistas ao estudo de determinada quantidade de “conteúdos”, pré-estabelecidos pelo que se convencionou compreender como um código disciplinar de seu campo de saber. Nas ciências humanas esse formato organizacional se consolidou de forma quase que inquestionável, contribuindo para o isolamento dos saberes dentro das disciplinas escolares e no distanciamento entre seus atores de forma a impossibilitar os inúmeros diálogos possíveis entre os campos do saber. A partir dessa percepção podemos nos questionar: quando historicamente o campo das humanidades clássicas, como eram ensinados os saberes que hoje entendemos pertencentes as Ciências Humanas, na Idade Moderna, se dividiram em disciplinas escolares? Em qual contexto histórico e por quais motivos se fizera fundamental essa divisão? E como essa divisão impactou na formação dos professores, especificamente os de História, que são o foco de nosso estudo.

Ano

2017

Creators

Matos, Júlia Silveira

Memória, tradição e identidade: o canto coral no município de São Lourenço do Sul - rs

A herança patrimonial alemã está presente em vários aspectos no município de São Lourenço do Sul. Esta herança está representada através do idioma, da arquitetura e da música. Em 31 de outubro de 1857, embarcaram 88 pessoas no porto de Hamburgo para tornarem-se os primeiros colonos de São Lourenço. Ao longo dos anos muitos outros chegaram, predominantemente, Alemães e Pomeranos. Entre as várias manifestações culturais trazidas por estes imigrantes uma, especialmente, se destaca: o Canto Coral. Considerando que o canto coral é uma tradição no município de São Lourenço do Sul que se mantem viva desde a colonização até os dias atuais e também por existirem poucos estudos a este respeito o objetivo deste trabalho foi pesquisar a memória do Canto Coral na região e identificar os que ainda mantem viva esta tradição. Para tanto o estudo está fundamentado em Halbwachs, Nora, Candau, Pollak e Arevalo, entre outros, e foi desenvolvido a partir de um estudo qualitativo, exploratório, bibliográfico e de pesquisa de campo a partir da história Oral.

Ano

2017

Creators

Iepsen, Airton Fernando da Silva, Rogério Piva

Memórias de normalistas: uma reflexão sobre a formação de professoras primárias, nas décadas de 1950 e 1960, em Pelotas/RS

Neste artigo realizamos um estudo de abordagem historiográfica, que privilegia a análise de memórias de normalistas, de duas escolas da cidade de Pelotas, uma pública, de cunho laico, e outra privada, de educação confessional. Objetivamos investigar, com o amparo dos pressupostos teóricos metodológicos da História Cultural e da História Oral, algumas narrativas de professoras, que se formaram na Escola Normal Assis Brasil (instituição estadual) e na Escola Normal São José (instituição privada). Acreditamos que pesquisar sobre a formação docente das normalistas contribui na revelação de fatos que não se encontram registrados nos arquivos escolares e que auxiliam na construção da história de trajetórias discentes e docentes.

Ano

2017

Creators

do Amaral, Giana Lange Louzada, Maria Cristina dos Santos

Notas introdutórias sobre a história da educação no município do Rio Grande e a escola da Fábrica Rheingantz

Este trabalho tem por objetivo apresentar alguns resultados de um estudo ainda embrionário sobre a história da educação no município do Rio Grande e a escola da fábrica Rheingantz. Assim, concentrou-se nos métodos bibliográfico e exploratório com abordagem qualitativa. Como primeiro resultado, pode-se afirmar que o limiar do processo educativo no município data do final no século XVIII, com a aula de primeiras letras do professor Manoel Simões Xavier. Entretanto, até meados do século XIX, menos de 2% da população da cidade tinha acesso ao ensino. Por outro lado, em 1881, foi fundada a escola da fábrica Rheingantz, primeira do gênero no Estado, inicialmente para os funcionários menores de idade, posteriormente, permitiu a matrícula dos filhos de funcionários com menos de 13 anos e, à noite, mantinha aulas para os adultos, proporcionando educação a várias gerações.

Ano

2017

Creators

da Silva, Rogério Piva Piva da Silva, Márcia Alonso

O currículo como objeto de observação do historiador

Neste artigo fazemos uma revisão teórica sobre o currículo procurando observá-lo na dimensão diacrônica. Para isso estruturamos o artigo em: As teorias tradicionais do Currículo; As teorias críticas do Currículo; As teorias Pós-críticas do Currículo; O Currículo como objeto da História Cultural. Articulando autores como Tomaz Tadeu da Silva (1999), Alice Cassimiro Lopes (2011), Selva Fonseca (2013) e Circe Bittencourt (2008) percebe-se a contextualização histórica do o conceito de currículo. Multifacetado ele alterou-se historicamente atendendo a realidades sociais de tempos e espaços específicos. Concluímos que o currículo precisa ser compreendido no contexto social em que está inserido.

Ano

2017

Creators

Rodrigues Viana, Herika Paes Pacheco, Ricardo de Aguiar

O desafio das fontes históricas ao tratar da memória feminina estudo do conservatório de música de Rio Grande (1922-1954)

O artigo aborda a relação entre as Fontes Históricas e a Memória Feminina no Conservatório de Música de Rio Grande, ao longo do século XX, que ficou estigmatizada pelas concepções do século XIX. Esta Memória que foi olhada através de documentos e concebida não para eternizar-se na História, mas para o momento, estava atrelada a quem interessava fazer com que fosse lembrada. Importante destacar, o sentido da Memória Feminina que se pretende construir a partir da desconstrução de olhares pré-concebidos das Fontes a partir do Positivismo, o seu ápice de influência, e sua busca pela construção de um novo olhar sobre o grupo, na formação de uma Memória Coletiva na esfera musical, onde deverá haver interação de Fontes Históricas consideradas absolutas, enquanto cultura material e de “novas” fontes, como a História Oral, pretendendo assim ressignificar a objetividade e a subjetividade do conhecimento.

Ano

2017

Creators

Atallah, Gianne Zanella Nogueira, Isabel Porto

O ensino profissionalizante salesiano: um estudo sobre as oficinas do Leão XIII na cidade do Rio Grande/RS (1910-1930)

Entre as décadas de 1910 a 1960 o Liceu Salesianos de Artes e Ofícios Leão XIII efetivou na cidade do Rio Grande/RS oficinas profissionalizantes destinadas aos meninos de classes sociais menos favorecidas. O presente trabalho tem como objetivo analisar esta prática de ensino, a partir de um tecido composto pelos aspectos institucionais e pelas raízes educativas da ordem salesiana. Como suporte teórico-metodológico deste estudo, ressalta-se a História Cultural e a análise documental de relatórios, jornais e fotografias.

Ano

2017

Creators

do Valle, Hardalla Santos do Amaral, Giana Lange

“Para uso dos meninos, ou dos que principião o a b c”: orientações e advertências de um pai para o ensino das letras em um dicionário pedagógico que circulou no espaço luso-brasileiro no século xviii

Este artigo tem por objetivo analisar os discursos que orientaram certas prescrições para o ensino das letras presentes na obra Diccionario Pueril para o uso dos meninos, ou dos que principião o A B C, e a soletrar diccções (1784), cuja autoria foi registrada ao pernambucano Luiz Alvares [Alves] Pinto. Publicado em Portugal no século XVIII, estas instruções orientavam práticas educativas para aprender o alfabeto da Língua Latina. A publicação de dicionários, manuais e tratados de cariz pedagógico e de bons costumes teve relativo sucesso editorial no setecentos lusitano. Neste estudo enquadramo-lo na categoria de Literatura de Comportamento Social, pois se constitui como um importante instrumento capaz de promover máximas morais, geralmente católicas, e de guiar condutas sociais que contribuíam eficientemente na manutenção e bom funcionamento da corte portuguesa e da sua principal colônia.

Ano

2017

Creators

do Amaral, Giana Lange Ripe, Fernando

Representações dos gêneros: o ensino de história moderna no livro didático

O campo de pesquisa sobre o ensino de história, mais especificamente a cerca das várias faces dos manuais didáticos já possui discussões consolidadas. Portanto, com base nesse cenário o objetivo do presente texto é refletir sobre as formas de representação dos gêneros e estereótipos presentes no conteúdo e imagens referentes ao período que denominamos de história moderna no manual didático de maior circulação nas redes públicas de ensino, segundo o Plano Nacional do Livro Didático de 2012 – Projeto Araribá, o qual foi organizado pela editora moderna sob a responsabilidade de Maria Raquel Apolinário.

Ano

2017

Creators

Martins, Michele Borges Matos, Júlia Silveira

Sociedade união operária e a educação em Rio Grande/RS

Neste artigo enfatizamos a Sociedade União Operária – SUO por meio de um breve histórico desta sociedade, que foi uma das mais antigas e atuantes associações operárias e do Rio Grande do Sul, desde sua constituição, em 1893, até o fim da hegemonia anarquista nesta sociedade, em 1928. Visando abranger este estudo, demonstramos como a SUO atuava na educação dos operários, através da analise das Atas, Livros Caixas e Relatórios da Presidência produzidos na referida Sociedade e contrastado com outras fontes do mesmo período, como os Relatórios da Intendência Municipal do Rio Grande. Ainda nos debruçaremos em obras sobre o movimento operário e da educação no Rio Grande do Sul. Para o tratamento destes dados colocamos que as produções humanas são produções ideológicas, conforme afirmam Michel de Certau (1982, 70) e Roger Chartier (2001, 115), provenientes de uma cosmovisão. Apontaremos as disputas internas nesta associação, relevando a existências de diferentes grupos que atuavam nesta sociedade. De forma a elucidar essa atuação desta união na educação, mostraremos dados como os salários dos seus professores, os currículos usados pela escola desta guilda operária, a frequência dos estudantes do educandário da SUO, comparando essas informações com de outras instituições formativas deste período. Em movimento contíguo, são feitas observações quanto à hegemonização dos anarquistas nesta sociedade, revelando de que forma este grupo chega a liderança desta instituição. Veremos quais as alterações que ocorrem nesta entidade em decorrência desta nova cosmovisão. E, consequentemente, no âmbito da escola da SUO, quais os impactos, tentativas de mudanças e quais as transformações que foram possíveis e passiveis de implementar junto às práticas pedagógicas.

Ano

2017

Creators

Gomes Riet Vargas, Francisco Furtado Grecco dos Santos, Rita de Cássia Riet Vargas, Gabriela Caceres