Repositório RCAAP
                            
                            
                        
                    Tratamento cirúrgico da endocardite em valva tricúspide por ressecção valvar
O tratamento cirúrgico da endocardite de valva tricúspide é controverso. Arbulu & Asfaw (7) indicam a exérese simples da valva tricúspide, podendo se optar ou não pelo implante da prótese em um segundo tempo. Outros autores, como Frater (8), indicam troca no mesmo tempo operatório e Évora et al. (9) a vegetectomia com plastia valvar. O objetivo do nosso trabalho é apresentar a evolução de 3 pacientes operados no período de 9/90 a 4/98, vítimas de endocardite isolada de valva tricúspide, através da técnica de exérese sem substituição valvar. Nenhum dos pacientes fazia uso de drogas injetáveis e foram operados em franca sepse. Um paciente faleceu devido a grave quadro de choque séptico e os outros 2 estão evoluindo em classe I e II da NYHA.
2022-12-06T14:00:36Z
SANTIAGO,Ricardo L. A. BERNARDES,Rodrigo de Castro GOMES,Maurício de C. REIS FILHO,Fernando A. Roquete LIMA,Luiz Cláudio M. RABELO,Walter
Cirurgia de Ross em crianças
Objetivo: Os substitutos valvares atuais não preenchem os requisitos de uma prótese ideal. A técnica de Ross tenta oferecer, principalmente às crianças, um auto-enxerto em posição aórtica, livre de eventos tromboembólicos, hemólise e com excepcional durabilidade. O homoenxerto em posição pulmonar também tem mostrado bom desempenho a longo prazo. Nosso objetivo é demonstrar a viabilidade da técnica e os resultados da experiência inicial com o procedimento. Casuística e Métodos: Foram operados entre jan/97 e dez/98, 12 pacientes. Insuficiência aórtica - 5 casos, insuficiência aórtica e mitral - 3 casos, insuficiência aórtica e membrana subaórtica - 2 casos, estenose aórtica - 1 caso, reoperação de plastia da valva aórtica - 1 caso. O sexo predominante foi o masculino (75%). A idade variou de 8 a 15 anos (M = 12,17±2,04). A classe funcional III representou 58,3% e II 41,7%. A avaliação pré-operatória foi realizada com auxílio do ecocardiograma e pós-operatória com ecocardiograma e cateterismo cardíaco. Os homoenxertos utilizados foram mantidos em solução preservante antibiótica. Os procedimentos foram realizados com circulação extracorpórea e cardioplegia cristalóide gelada. Resultados: As intercorrências foram: febre 75%, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 25%, hipertensão arterial sistêmica (HAS) 33,3%, sangramento 8,33%, hipersecreção pulmonar 8,33% e isquemia miocárdica 8,33%. Ecocardiograma pós-operatório demonstrou insuficiência aórtica discreta em 4 casos. Angiocardiografia evidenciou ausência de insuficiência aórtica ou pulmonar, gradiente VE-Ao em 2 casos (16 mmHg e 9 mmHg) e gradiente VD-TP em 2 casos (13,5 mmHg e 9,5 mmHg). Encontram-se em classe funcional I (91,6%) e II (8,4%). Conclusões: A técnica é eficaz, reprodutível e de baixa mortalidade. É necessário maior tempo de acompanhamento para avaliação dos enxertos.
2022-12-06T14:00:36Z
PINTO Jr,Valdester Cavalcante CARVALHO Jr,Waldomiro BARROSO,Haroldo B. MESQUITA,Fernando A. de MEJIA,Juan A. C. MOREIRA,Jane E. M. CIRINO,Célia M. F. ROCHA,Marilena G. BRANCO,Klébia C. MAIOR,Maria M. S. SARDENBERG,Ricardo F. TORRES,João M. S.
Avaliação inicial de homoenxertos em posição pulmonar em crianças e adolescentes
Objetivo: Os homoenxertos valvares, a fresco e criopreservados, representam um bom substituto valvar para crianças e adolescentes por não necessitarem de anticoagulação, possuir maior resistência à infecção e por apresentarem bom desempenho hemodinâmico. O objetivo deste trabalho é avaliar os resultados iniciais pós-operatório (PO) dos pacientes pediátricos após o implante de homoenxertos (Hx) em posição pulmonar. Casuística e Métodos: No período de Setembro/1995 a Dezembro/1997, foram implantados 14 Hx em posição pulmonar. Destes, 4 (28,6%) eram a fresco e 10 (71,4%) criopreservados. A idade dos pacientes variou de 10 meses a 17 anos, sendo 9 (64%) do sexo masculino e 5(36%) do feminino. Os pacientes foram divididos em 2 Grupos: A - Valvopatia aórtica (Operação de Ross) e B - Cardiopatias congênitas. O diâmetro dos Hx variou de 16 a 26 mm. O tempo de circulação extracorpórea (CEC) variou de 74 a 303 minutos e o de oclusão aórtica de 49 a 160 minutos. Resultados: Houve 1 óbito hospitalar. Todos os sobreviventes foram acompanhados clínica, radiológica, eletrocardiográfica e ecocardiograficamente. Treze pacientes estão em NYHA I e 1 em NYHA II. As complicações mais freqüentes foram síndrome de baixo débito, derrame pericárdico e anormalidades eletrocardiográficas, que ocorreram em 2 pacientes, todos evoluindo favoravelmente. Estenose de via de saída do VD foi observada precocemente em 2 pacientes com gradientes de 44 e 23 mmHg. Um paciente portador de Hx pulmonar em posição pulmonar foi submetido à valvoplastia por balão com sucesso por apresentar estenose importante. Os pacientes cuja etiologia era reumática continuam com profilaxia antibiótica e não houve recidivas. Conclusões: A evolução hemodinâmica dos Hx em posição pulmonar foi satisfatória. Um paciente apresentou estenose importante, que após a valvoplastia teve diminuição do gradiente e 1 paciente manteve-se na classe funcional pré-operatória. O óbito não foi relacionado ao Hx (distúrbio de coagulação). Acreditamos que o uso dos Hx a fresco ou criopreservados é uma solução satisfatória para a correção de lesões valvares congênitas ou adquiridas valvares em crianças e adolescentes.
2022-12-06T14:00:36Z
GIFFHORN,Hélcio FERREIRA,Wanderley S. COSTA,Francisco A. SALLUM,Fábio S. COSTA,Iseu A.
Testes in vitro e in vivo com o Coração Artificial Auxiliar (CAA): um novo modelo de coração artificial totalmente implantável e heterotópico
Um novo modelo de coração artificial está sendo desenvolvido e testado em nossos laboratórios, o Coração Artificial Auxiliar (CAA). Este dispositivo foi projetado com dimensões reduzidas para ser implantado em paralelo ao coração natural do paciente, dentro da cavidade torácica direita de forma heterotópica. Foram realizados testes in vitro, em um circuito simulador do sistema circulatório humano, para verificação do desempenho hidrodinâmico do CAA. Os resultados mostraram que o CAA pode fornecer um fluxo de até 5,8 L/min, com uma pré-carga de 20 mmHg e uma pós-carga de 100 mmHg. A freqüência de batimento do CAA e, consequentemente, o débito cardíaco são dependentes da pré-carga do ventrículo esquerdo, funcionamento semelhante ao coração natural (Lei de Frank Starling). Testes in vivo animal estão sendo realizados para avaliar os resultados obtidos com os testes in vitro e para verificar o comportamento do CAA em ambiente e condições fisiológicas difíceis de serem simuladas. Os testes in vivo estão sendo também importantes para o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas e treinamento dos cirurgiões cardiovasculares envolvidos no projeto. Até o momento, dois estudos agudos in vivo foram realizados, com o CAA funcionando por 5h, implantado na cavidade torácica direta de carneiros adultos (50 ± 5 kg). Os resultados destes estudos in vivo demonstraram que o funcionamento do CAA é sincronizado ao coração natural, sendo possível estudar o comportamento do CAA quando, gradativamente, o coração natural teve sua contratilidade reduzida até sua parada total.
2022-12-06T14:00:36Z
ANDRADE,Aron OHASHI,Yukio LUCCHI,Júlio NICOLOSI,Denys DINKHUYSEN,Jarbas J. BISCEGLI,José ARRUDA,Antônio C. F. CUNHA,Wagner C. NOSÉ,Yukihiko
Drenagem venosa assistida através da utilização controlada de vácuo no reservatório venoso do oxigenador
Nas operações minimamente invasivas o uso de cânula de menor calibre facilita a realização dos procedimentos cirúrgicos, mas, por outro lado, a drenagem venosa pode ser prejudicada. O emprego de vácuo no reservatório venoso do oxigenador é uma maneira simples e de baixo custo na correção do problema. O objetivo deste trabalho é apresentar nossa experiência com um dispositivo que permite além da utilização do vácuo, a sua regulagem conforme a necessidade específica do paciente e cânula empregada. Esse dispositivo consiste de uma válvula reguladora de vácuo, um filtro para a retenção de líquidos do ar aspirado e um manômetro eletrônico de pressão negativa. Os testes de bancada evidenciaram eficiência e segurança na aplicação da pressão negativa no oxigenador até 250 mmHg em temperaturas de até 40oC. O estudo clínico consistiu, inicialmente, na aplicação em 11 pacientes com esternotomia total. Posteriormente, foi utilizado em esternotomias parciais para tratamento da doença isolada da valva aórtica em 5 casos (L invertido) e 4 casos de atriosseptoplastia. Esse dispositivo permitiu a utilização de cânulas de diâmetros menores que as cânulas únicas convencionais, variando de 32 a 26 Fr, com a utilização de pressões negativas de 62,40 ± 11,69 mmHg com drenagem venosa satisfatória, sem evidências indiretas de hemólise. O dispositivo por nós idealizado permitiu a drenagem venosa assistida com a utilização de vácuo de forma controlada, segura e eficiente.
2022-12-06T14:00:36Z
CANÊO,Luiz Fernando LOURENÇO FILHO,Domingos D. ROCHA E SILVA,Roberto JATENE,Fabio B. TURRI,Fabio LEIRNER,Adolfo A.
Desfibrilador cardioversor automático implantável: experiência inicial
Este estudo tem por objetivo demonstrar o protocolo de implante, técnica utilizada, avaliação dos parâmetros iniciais do implante de desfibrilador cardioversor automático implantável (DCAI) e seguimento precoce dos 15 pacientes operados em nosso Serviço. O implante transvenoso nessa série de pacientes obteve sucesso em 14 casos. O limiar de desfibrilação teve média de 8,05 ± 4,60 Joules, onda R 16,00 ± 4,32 mV, "slew rate" 1,25 ± 0,29 V/s, limiar de comando de 0,65 ± 0,80 Volts e resistência de 620,00 ± 102,77 Ohms. O tempo médio de implante foi de 164,17 ± 71,15 minutos. Não ocorreu morte operatória, nem episódios de rejeição ou infecção. A média de seguimento foi de 18,79 ± 13,81 meses sendo que 9 pacientes receberam choques apropriados com reversão das arritmias. Choques inapropriados ocorreram em uma paciente devido à perda do limiar de sensibilidade do cardioversor. Observamos a facilidade técnica do implante utilizando o modelo Phylax 06 na região infraclavicular esquerda com eletrodo único, sendo o DCAI capaz de reconhecer e realizar a terapia de cardioversão ou desfibrilação com sucesso, sugerindo ser um método importante e eficaz para o tratamento dos pacientes que desenvolvem arritmias com alto risco de mortalidade em ambulatório.
2022-12-06T14:00:36Z
BAUER JÚNIOR,Victor MOURA,Jorge J. C. NADALIN,Elenir SILVA,Márcio MAIA,Francisco RAMOS,Cícero Brommestrot BROFMAN,Paulo Roberto
Guia de tomada de decisão em cardiopatias congênitas em página Web na Internet: modelo Atresia Tricúspide
Estimulada pelo desafio de gerenciar toda a informação envolvida na formação do conhecimento na área de saúde, a Informática Médica desenvolveu-se em larga escala em todos os países. O recente sucesso da rede Internet como veículo de distribuição de informação incentiva a elaboração de programas médicos para utilização através dessa rede. A elaboração de um programa de apoio à decisão - para cardiopatias congênitas em forma de documento em hipertexto de World-Wide Web - apresentado pela Internet possibilitaria o aproveitamento das características de processamento e armazenamento distribuído dessa rede. Este projeto teve como objetivos: criar um modelo de guia de tomada de decisão em cirurgia cardíaca pediátrica usando como base a Atresia Tricúspide; avaliar o grau de complexidade da criação deste modelo e os benefícios pelo emprego de interface em página WEB; testar sua validação com os casos de 16 pacientes tratados na Universidade Federal de São Paulo, no período de 1980 a março de 1997. Com a utilização de hardware adequado e da linguagem de programação HTML, o programa foi desenvolvido com a utilização de 7 telas de fluxograma, conjunto de textos e 37 ilustrações. Durante a elaboração deste modelo foi possível constatar a possibilidade de fácil desenvolvimento e rápida atualização. O resultado da validação mostrou concordância significativa (91,66%) com as indicações cirúrgicas realizadas pelos especialistas, na Universidade Federal de São Paulo.
2022-12-06T14:00:36Z
CAL,Ruy Guilherme Rodrigues MALUF,Miguel Angel BRANCO,João Nelson Rodrigues BUFFOLO,Ênio
Pequena história da cirurgia cardíaca: e tudo aconteceu diante de nossos olhos...
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
PRATES,Paulo R.
Plástica da valva mitral: resultados aos 17 anos de experiência
Foram analisados 545 pacientes submetidos a 560 plásticas da valva mitral no período de março de 1980 a dezembro de 1997. A idade variou de 3 meses a 86 anos com média de idade de 42,2 ± 21,4 anos. Duzentos e setenta e quatro (50,3%) pacientes eram do sexo masculino. A etiologia foi reumática em 234 (42,9%) pacientes. As técnicas utilizadas foram: ressecção quadrangular da cúspide posterior em 204 (36,5%) pacientes, anuloplastia com tira posterior de pericárdio bovino em 139 (24,5%) pacientes, anel de Carpentier em 102 (18,2%) pacientes, anuloplastia posterior segmentar em 37 (6,6%) pacientes e outras técnicas utilizadas em menor freqüência. Técnicas associadas foram empregadas em 199 (35,6%) pacientes, sendo a mais freqüente o encurtamento de cordas em 72 (12,8%). Operações associadas foram realizadas em 267 (47,8%) pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 3,7% (21 pacientes). As taxas linearizadas dos eventos no pós-operatório foram 2,9% pacientes/ano para reoperação, 0,6% pacientes/ano para tromboembolismo, 0,3% pacientes/ano para endocardite e 0,1% pacientes/ano para hemólise. A sobrevida actuarial foi de 76,8 ± 10,8 em 17 anos e sobrevida livre de endocardite, tromboembolismo, reoperação e hemólise no mesmo período foi respectivamente 98,9 ± 0,6%, 93,9 ± 3,7%, 61,0 ± 7,9% e 99,7 ± 0,2%. Podemos concluir que os pacientes submetidos à plástica da valva mitral apresentaram evolução satisfatória.
2022-12-06T14:00:36Z
POMERANTZEFF,Pablo M. A. BRANDÃO,Carlos M. A. FABER,Cristiano N. FONSECA,Marcelo H. PUIG,Luiz B. GRINBERG,Max CARDOSO,Luís F. TARASOUTCHI,Flávio STOLF,Noedir A. G. VERGINELLI,Geraldo JATENE,Adib D.
Análise comparativa dos resultados da cirurgia do labirinto (Cox-maze) para fibrilação atrial crônica em pacientes com doença valvar mitral reumática ou degenerativa
OBJETIVO: Comparar resultados da correção de Fibrilação Atrial (FA) Crônica em Doença Mitral Reumática (R) ou Degenerativa (D) a curto e médio prazos. CASUÍSTICA E MÉTODOS: De 1994 a 1997, 57 pacientes foram submetidos à Cirurgia do Labirinto e correção mitral. Oito (20%) reumáticos eram do sexo masculino; 32 (80%) feminino. Dos degenerativos 8 (47%) eram do sexo masculino; 9 (53%) femininos, (NS). Idade 47 ± 11 anos R; 54 ± 17 D (p < 0,05). Diâmetro do AE: 6,1 ± 1,1 cm R e 5,9 ± 1,2 D, (NS). RESULTADOS: Óbitos: 1 (2,5%) imediato em R; 2 (12%) hospitalares e 1 (7%) tardio em D (NS). Implante de marcapasso (MP) em 4 (10%) R e 2 (17%) D (NS). Tempos de isquemia: 63 ± 16 min R; 63 ± 15 min D, (NS). Circulação extracorpórea: 92 ± 19 min R e 96 ± 23 min D, (NS). Na alta hospitalar: 3 (10%) R e nenhum D recebiam medicação antiarrítmica, (NS); 9 (23%) R e 3 (20%) D recebiam anticoagulantes (NS). Conversão a ritmo sinusal (RS) em 31 (80%) do grupo R e em 12 (80%) do D, (NS). Ritmo de MP em 4 (10%) R, NS. FA incidiu em 4 (10%) R e em 2 (13%) D, (NS). Ritmo juncional em 1 (7%) D, (NS). Na última avaliação: RS em 27 (71%) R e 9 (75%) D (NS). Ritmo de MP em 4 (10%) R e 2 (17%) D, (NS). FA em 6 (16%) R e nenhum D, (NS). Taquicardia atrial paroxística em 1 (3%) R e 1 (8%) do grupo D, (NS). À ergometria, realizada em média de 16,2 ± 11,1 meses PO por 24 (60%) pacientes R e a 16,4 ± 10,0 meses PO para 10 (59%) degenerativos, 6 (25%) R e 1 (10%) D apresentaram RC adequada (NS). Em 3 (12,5%) R e 6 (60%) D foi considerada intermediária (p = 0,009). RC inadequada foi detectada em 15 (62,5%) pacientes R e 3 (30%) D- (p = 0,09). CONCLUSÃO: A etiologia R ou D não afeta a morbimortalidade e os benefícios aos pacientes com valvopatia mitral submetidos à Cirurgia do Labirinto e correção valvar. A recuperação do RS e a presença de arritmias no PO foi semelhante nos grupos. A resposta cronotrópica ao exercício tende a ser menor no grupo degenerativo.
2022-12-06T14:00:36Z
KALIL,Renato A. K. CUNHA,Bartira ALBRECHT,Álvaro S. MORENO,Paulo ABRAHÃO,Rogério PRATES,Paulo R. SANT'ANNA,João R. M. NESRALLA,Ivo A.
Onze anos de experiência com emprego do anel intraluminal para tratamento das doenças da aorta
O tratamento cirúrgico das doenças da aorta é geralmente acompanhado de altas taxas de morbimortalidade. O paciente que tem média de idade avançada geralmente é apresentado ao cirurgião em estado grave, com má condição nutricional, muitas vezes com alterações em vários órgãos e sistemas causados pela própria doença aguda. A correção convencional exige técnicas coadjuvantes complexas e agressivas como a circulação extracorpórea prolongada, hipotermia profunda, parada circulatória total além de prolongados tempos de pinçamento de aorta. Na tentativa de reduzir a agressão cirúrgica no paciente já intensamente debilitado pela própria doença, desenvolvemos, em 1988, um anel intraluminal (1, 2) que tem medidas projetadas e experimentadas para facilitar a sua manipulação e anastomose, proporcionando uma diminuição acentuada no tempo de operação, tempo de CEC, tempo de pinçamento de aorta, excluindo muitas vezes a circulação extracorpórea e a hipotermia, obtendo uma anastomose fácil, rápida, segura e hemostática. Entre março de 1988 e janeiro de 1999, 432 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico de dissecções ou aneurismas da aorta em nosso Serviço. Em 328 pacientes empregamos o anel intraluminal como técnica de anastomose. Usamos 489 anéis. Cento e vinte e cinco pacientes eram portadores de dissecção aguda de aorta do tipo A, 29 eram portadores de dissecção aguda de aorta do tipo B, 81 de aneurisma de aorta ascendente, 8 de aneurisma de arco aórtico, 28 pacientes eram portadores de aneurisma de aorta torácica descendente, 17 eram portadores de aneurisma toracoabdominal e 40 pacientes de aneurisma de aorta abdominal infra-renal. A mortalidade global foi de 13,41%. O seguimento ambulatorial destes pacientes variou de 11 anos a 25 dias. A curva actuarial de sobrevivência em 11 anos mostra 67,3%. Em nenhum caso observamos as complicações descritas na literatura, como embolia, formação de pseudo- aneurisma, roturas ou estenose. Concluindo, em nosso Serviço, o emprego de anel intraluminal facilita o ato cirúrgico, reduz o tempo de anastomose e o sangramento, proporcionando facilidade técnica, redução da mortalidade e boa perspectiva de sobrevida a longo prazo.
2022-12-06T14:00:36Z
BERNARDES,Rodrigo de Castro REIS FILHO,Fernando Antônio Roquette LIMA,Luiz Cláudio Moreira MONTEIRO,Ernesto Lentz da Silveira MELO,José Marcelo Coutinho de MARTINS,Sandro Adauto PENA,Geraldo de Rezende FARIA,Pedro Evandro Alvim de GUIMARÃES,Rodrigo Gil BARROS NETO,Wanderbilt Duarte de OLIVEIRA,Jefferson Francisco de
"Stent" auto-expansível nas dissecções da aorta tipo B
O tratamento clínico das dissecções agudas da aorta do tipo B tem mortalidade em torno de 25% menor que a mortalidade cirúrgica. O tratamento cirúrgico das dissecções crônicas também produz uma morbidade e mortalidade elevadas. A utilização de "stents"auto-expansíveis endovasculares pode ser uma nova alternativa no tratamento destas lesões. De abril a dezembro de 1998 foram implantados 15 "stents" endovasculares, 10 em dissecções agudas e 5 em crônicas. A idade dos pacientes variou entre 48 e 75 anos (média=60,53±9,73 anos) com 66,6% do sexo masculino. Os pacientes foram submetidos à esternotomia mediana, circulação extracorpórea (CEC) com hipotermia profunda (18° - 20°C), parada circulatória total (PCT) e perfusão cerebral retrógrada (PCR). A aorta transversa foi incisada e implantado o "stent" na aorta descendente sob auxílio de aortoscopia. Foram analisados os tempos de CEC, pinçamento aórtico, PCT, PCR, reaquecimento, ventilação mecânica, internação, sangramento trans e pós-operatório, reposição sangüínea, gasometria, curva de eventos e sobrevida. A mortalidade hospitalar (30 dias) foi de 6,6%; 2 pacientes foram reoperados com 3 e 6 meses após a operação com dissecção da aorta ascendente e aneurisma roto distal ao "stent". Quatorze vêm sendo acompanhados com 1 a 8m de evolução, sendo que 85,7% estão livres de eventos e curva de sobrevida de 93,1%(240 dias). Concluímos que o implante de "stent"intraluminais auto-expansíveis apresentou mortalidade menor na fase aguda da doença (6,6%) comparada à nossa experiência anterior com o tratamento clínico (30%). Apesar da amostra ser pequena, o procedimento parece ser promissor e necessita mais acompanhamento.
2022-12-06T14:00:36Z
PEREIRA,Wagner Michael FROTA FILHO,José Dario SALES,Marcela DELATORRE,Nilton LEÃES,Paulo E. BLACHER,Celso LÚCIO,Eraldo PEREIRA,Patrícia Q. SILVEIRA,Pierre G. BONAMIGO,Telmo P. LUCCHESE,Fernando A.
Cardiomiopatia hipertrófica apical com átrio esquerdo gigante
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Yuksel,Uygar Cagdas Kursaklioglu,Hurkan Celik,Turgay
Ativação elétrica ventricular na ressincronização cardíaca caracterizada pelo mapeamento eletrocardiográfico de superfície
OBJETIVOS: Avaliar a ativação elétrica cardíaca usando Mapeamento Eletrocardiográfico de Superfície (MES), em pacientes com ICC e bloqueio de ramo esquerdo [BRE] submetidos a terapia de ressincronização cardíaca (CRT) com implante de marca-passo átrio-biventricular (MP-BIV). MÉTODOS: Foram analisados os tempos médios de ativação elétrica cardíaca no ventrículo direito (tempo médio de ativação do VD [mVD]), área ântero-septal (mAS), e ventrículo esquerdo (mVE), de 28 pacientes (idade média 61,2±9,5 anos, ICC classe III-IV NYHA, fração de ejeção <40%, BRE com QRS médio 181,2±19,4ms, SÂQRS= -8,5º±68,6º), mostrados nos mapas de linhas isócronas do MES, antes e após implante de marca-passo átrio-biventricular, e comparados a valores obtidos em um grupo controle composto de indivíduos normais [GNL], em três situações: (1) BRE nativo, (2) estimulação do VD; e (3) estimulação átrio-biventricular. RESULTADOS: situação (1): mVD e mAS foram semelhantes (41,0±11,8ms x 43,6±13,4ms), com mVE tardio (81,0±12,5ms, p<0,01) perdendo o sincronismo com o VD e a área ântero-septal; situação (2): mVD foi maior que no GNL (86,8±22,9ms, p<0,001), com maior diferença entre mAS e mVE (63,4±20,7ms x 102,7±20,3ms; p<0,001); situação (3): mVE e mVD foram semelhantes (72,0±32,0ms x 71,6±32,3ms), mVD foi maior que no GNL e BRE nativo (71,6±32,3ms x 35,1±10,9ms e 41,0±11,8ms; p<0,001), mAS se aproximou do GNL e BRE nativo (51,3±32,8ms x 50,1±11,4ms e 43,6±13,4ms). CONCLUSÃO: Pelo mapeamento eletrocardiográfico de superfície, tempos de ativação semelhantes no VD e VE e próximos daqueles da região ântero-septal indicam padrões de ativação ventricular sincronizada em portadores de ICC e BRE durante estimulação átrio-biventricular.
2022-12-06T14:00:36Z
Pastore,Carlos Alberto Tobias,Nancy Samesima,Nelson Martinelli Filho,Martino Pedrosa,Anisio Nishioka,Silvana Douglas,Roberto A. Moreira,Luiz Felipe Pinho Ramires,José Franchini
Incidência de choques e qualidade de vida em jovens com cardioversor-desfibrilador implantável
OBJETIVOS: Avaliar a incidência e a causa de choques de CDI em crianças e adolescentes e sua repercussão na qualidade de vida (QV). MÉTODOS: De março/1997 a fevereiro/2006, 29 pacientes (15,7±5,4 anos) foram submetidos a implante de CDI. Parada cardiorrespiratória recuperada (41,5%), taquicardia ventricular sustentada (27,6%) e profilaxia primária de morte súbita cardíaca (30,9%) motivaram os implantes. O número de terapias foi avaliado por entrevista e pela telemetria dos CDI. A QV foi avaliada pela aplicação do questionário SF-36 e comparada à de indivíduos saudáveis. Empregou-se o método de Kaplan-Meier para análise da sobrevida livre de choques. RESULTADOS: Após 2,6±1,8 anos de seguimento, 8 (27,6%) pacientes receberam 141 choques apropriados em razão de TV polimórfica (6) ou FV (2), e 11 (37,9%) sofreram 152 choques inapropriados em razão de taquiarritmias supraventriculares (8) ou oversensing (3). A expectativa de sobrevida livre de choques apropriados foi de 74,2%±9,0 após um ano, e de 66,7%±10,7 após três anos. Observou-se diminuição da QV nos aspectos físicos (61,7±28,7), na vitalidade (64,7±19,1), na saúde mental (65,9±22,7) e nos aspectos emocionais (66,7±38,5). Medo e preocupações relacionados ao CDI foram referidos por todos os pacientes. CONCLUSÃO: A despeito da grande eficácia dessa terapêutica, a incidência elevada de choques interferiu na QV e na adaptação ao dispositivo.
2022-12-06T14:00:36Z
Costa,Roberto Silva,Kátia Regina da Mendonça,Rodrigo Castro Nishioka,Silvana Siqueira,Sérgio Tamaki,Wagner Tetsuji Crevelari,Elizabeth Sartori Moreira,Luiz Felipe Pinho Martinelli Filho,Martino
Ablação com radiofreqüência de extra-sístoles da via de saída do ventrículo direito
OBJETIVOS: Avaliar se a ablação com radiofreqüência é um procedimento eficiente para o tratamento das extra-sístoles da via de saída do ventrículo direito (EVSVD), e se resulta em melhora dos sintomas. MÉTODOS: Estudo prospectivo, com 30 pacientes consecutivos (idade média de 40±13 anos, 25 do sexo feminino), sem cardiopatia estrutural aparente, com EVSVD, muito freqüentes (densidade média de 1.263±593/h), sintomáticos por mais de 1 ano (média =74 meses) e refratários aos fármacos antiarrítmicos (3±1,7, incluindo os beta-bloqueadores), que foram submetidos à ablação com radiofreqüência. RESULTADOS: Após o primeiro procedimento, houve 23 sucessos iniciais (76,6%) e 7 iniciais insucessos (23,4%). Quatro pacientes tiveram recorrências, sendo que dois desses não se submeteram ao segundo procedimento. O segundo procedimento foi realizado em 9 pacientes (7 insucessos iniciais e 2 recorrências), e o sucesso ocorreu em 5 pacientes adicionais, sendo 1 caso por acesso epicárdico. A taxa de sucesso final foi de 80% (24/30), e nenhuma complicação maior ocorreu. Após um seguimento médio de 14±6 meses, no grupo de sucesso final houve uma redução de mais de 90% na densidade das extra-sístoles(24/24; p<0,0001) e resultante ausência de sintomas na maioria dos pacientes (23/24; p<0,001). CONCLUSÃO: A ablação com radiofreqüência é um tratamento seguro e eficaz para os pacientes com extra-sístoles persistentes e sintomáticas com morfologia do trato de saída do ventrículo direito.
2022-12-06T14:00:36Z
Darrieux,Francisco C. C. Scanavacca,Maurício I. Hachul,Denise T. Melo,Sissy L. D'Ávilla,André B. Gruppi,César J. Moffa,Paulo J. Sosa,Eduardo A.
Ablação do flutter atrial típico: estudo prospectivo e randomizado do cateter irrigado fechado versus cateter com eletrodo distal de 8 mm
OBJETIVOS: Trabalho prospectivo, randomizado para comparar a eficácia e a segurança do cateter irrigado em relação ao cateter com eletrodo distal de 8 mm para ablação com radiofreqüência (RF) do flutter atrial. MÉTODOS: Em 52 pacientes consecutivos referidos para tratamento do flutter atrial típico, a ablação do istmo cavotricuspídeo (Ist-CT) foi realizada com cateter de irrigação fechada (n=26) ou com cateter de eletrodo distal de 8 mm (n=26). Os pulsos de RF foram aplicados ponto a ponto por 60 segundos com potência limitada a 50 w com o cateter irrigado e por controle de temperatura (60ºC, 70 w) com cateter de 8 mm. O critério de fim do procedimento foi a obtenção de bloqueio bidirecional do Ist-CT. RESULTADOS: O bloqueio Ist-CT foi obtido em 98,1% dos pacientes. O "crossover" ocorreu em quatro pacientes do grupo com cateter irrigado. Não se encontrou diferença estatística significante em relação aos parâmetros da ablação, tais como tempo total de aplicação de RF (591,1±309,0s vs 486,2±250,8s), duração do procedimento (86,4 ± 23,6 vs 78,1±22,5min) e tempo de fluoroscopia (17,0±6,7 vs 15,4±4,6min) entre os dois grupos. Durante seguimento médio de 10,6 meses, um paciente do grupo irrigado apresentou recorrência do flutter atrial típico. CONCLUSÃO: A ablação do Ist-CT resultou ser efetiva e segura para o controle do flutter atrial com ambas as técnicas empregadas (cateter com eletrodo distal de 8 mm e cateter irrigado). A complexidade técnica do cateter irrigado proporciona menor competitividade.
2022-12-06T14:00:36Z
Melo,Sissy L. Scanavacca,Mauricio I. Darrieux,Francisco C. C. Hachul,Denise T. Sosa,Eduardo A.
Tratamento do tromboembolismo pulmonar maciço por fragmentação percutânea do trombo
OBJETIVOS: Avaliar a segurança e a eficácia da fragmentação percutânea do trombo (FPT) no tromboembolismo pulmonar (TEP) maciço em pacientes com contra-indicação à administração de trombolíticos. MÉTODOS: Entre julho de 1999 e agosto de 2005, 10 pacientes (7 homens, 3 mulheres, idade média de 57±18 anos) com TEP maciço e contra-indicação à administração de trombolíticos foram submetidos a FPT. A saturação arterial de oxigênio (Sat.O2), índice de Walsh (IW), pressão arterial pulmonar média (PAP), pressão arterial sistêmica média (PAS) e função ventricular direita (FVD) ao ecocardiograma Doppler transtorácico foram avaliados pré e pós-procedimento. Foi realizada análise estatística por meio do teste de Wilcoxon pareado, sendo p significativo quando < 0,05. RESULTADOS: Após o tratamento por FPT houve melhora da Sat. O2 [87,4±1,3% vs 92,3±3,1% (p<0,001)], do IW [6,4±1,07 vs 4,4±1,42 (p=0,003), PAP [31,8±4,6 mmHg vs 25,5±3,4 mmHg (p<0,001)] e PAS [73,9±8,7 vs 85±8,3 (p=0,001). A FVD pré-procedimento percutâneo era grave nos 10 pacientes, porém até o 10º dia após a FPT passou a ser normal ou discreta em 8 e moderada em 1. Não houve complicações técnicas ou do sítio vascular de acesso relacionadas a FPT. Houve 1 óbito hospitalar (10%). O paciente em questão foi o único em quem não se obteve sucesso com o procedimento. CONCLUSÃO: A FPT mostrou-se segura pela ausência de complicações relacionadas ao procedimento. A melhora na Sat.O2, no IW, na PAP, na PAS e na FVD em 90% dos casos, revelaram a eficácia do procedimento, sugerindo ser esse uma alternativa no tratamento do TEP maciço em pacientes com contra-indicação à trombolíticos sistêmicos.
2022-12-06T14:00:36Z
Barbosa,Marco Antonio Oliveira Oliveira,Dinaldo Cavalcanti Barbosa,Audrey Torres Pavanello,Ricardo Kambara,Antonio Egito,Enilton Sergio Tabosa Romano,Edson Renato Pinto,Ibraim M. F. Sousa,José Eduardo M. R. Piegas,Leopoldo Soares
Diferenças relacionadas ao sexo nos volumes ventriculares e na fração de ejeção do ventrículo esquerdo estimados por cintilografia de perfusão miocárdica: comparação entre os programas Quantitative Gated SPECT (QGS) e Segami
OBJETIVO: Analisar as diferenças relacionadas ao sexo nas medidas obtidas pelos programas Segami e Quantitative Gated SPECT (QGS). MÉTODOS: Cento e oitenta e um indivíduos assintomáticos sem evidência de cardiopatia foram submetidos a estudos de perfusão miocárdica. O volume diastólico final (VDF), volume sistólico final (VSF) e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foram quantificados pelos programas QGS and Segami para avaliar a influência do sexo, idade, peso, altura, freqüência cardíaca, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, índice de massa corporal e área de superfície corporal. RESULTADOS: As médias obtidas com o método QGS foram VDF (mulheres = 68 ml; homens = 95 ml; p < 0,001) e FEVE (mulheres = 66,24%; homens = 58,7%), e com o Segami, VDF (mulheres = 137 ml; homens = 174 ml) e FEVE (mulheres = 62,67%; homens = 58,52%). Foram observadas diferenças significantes entre homens e mulheres no VDF (p < 0,001) e VSF (p < 0,001), que persistiram após o ajuste em relação à área de superfície corporal. CONCLUSÃO: Os volumes ventriculares foram significantemente menores e a FEVE foi significantemente maior em mulheres, de acordo com os programas QGS e Segami.
2022-12-06T14:00:36Z
Yamada,Alice Tatsuko Campos Neto,Guilherme de Carvalho Soares Júnior,José Giorgi,Maria Clementina P. Araújo,Fernando Meneghetti,José Claudio Mansur,Alfredo José
Pré-condicionamento isquêmico e monitorização da função medular na abordagem da aorta torácica descendente
OBJETIVOS: Avaliar a eficácia do pré-condicionamento isquêmico (PI) agudo, guiado por potenciais evocados somatossensoriais (PESS), como método de proteção medular em cães e analisar o valor dos PESS na monitorização da função medular. MÉTODOS: Foram utilizados 28 cães submetidos à isquemia medular obtida pelo pinçamento da aorta torácica descendente. No grupo C45, o tempo de oclusão aórtica foi de 45 min (n = 7); no grupo PI45, os cães foram submetidos ao PI antes do pinçamento aórtico por 45 min (n = 7). No grupo C60, os cães foram submetidos a 60 min de oclusão aórtica (n = 7) e no grupo PI60, os cães foram submetidos ao PI, seguido pelo pinçamento aórtico por 60 min. Os ciclos de PI foram determinados pelas alterações dos PESS. RESULTADOS: Os índices de Tarlov dos grupos pré-condicionados foram significativamente melhores que os dos grupos de controle (p = 0,005). Observou-se paraplegia em três cães do C45 e em seis do C60, enquanto todos os cães do PI45 permaneceram neurologicamente normais, assim como quatro do grupo PI60. Houve correlação entre o tempo de recuperação dos PESS após a reperfusão aórtica e o estado neurológico pós-operatório (p = 0,011), com sensibilidade e especificidade de 0,75 e 0,83, respectivamente. CONCLUSÃO: O PI agudo repetitivo, baseado na monitorização do PESS, induziu proteção à isquemia medular causada pelo pinçamento aórtico prolongado. A monitorização do PESS parece ser um bom método de detecção precoce do comprometimento isquêmico medular.
2022-12-06T14:00:36Z
Mônaco,Bernardo Assumpção de Benício,Anderson Contreras,Ivan Salvador Bonillo Mingrone,Larissa Eckmann Ballester,Gerson Moreira,Luiz Felipe Pinho
 
    