Repositório RCAAP
Estudo comparativo da eficácia do etanol e do ácido L-glutâmico na prevenção da calcificação das cúspides e parede aórtica porcina: estudo experimental em ratos
INTRODUÇÃO: As cúspides porcinas tratadas com glutaraldeído (GDA) são um dos tecidos biológicos mais utilizados em biopróteses, porém a calcificação tardia pós-implante constitui a causa predominante de sua falência. OBJETIVO: Analisar comparativamente dois métodos de prevenção da calcificação (etanol 80% e ácido L-glutâmico 0,8%) em cúspide e parede aórtica porcina implantadas no subcutâneo em ratos, tendo como grupo controle as cúspides e os segmentos de parede aórtica fixadas em glutaraldeído (GDA), num período de 15, 30 e 60 dias após implante. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 45 ratos jovens, distribuídos em 3 grupos contendo 15 animais cada, que por sua vez foram subdivididos em 3 subgrupos de 5 animais, nos quais foram implantados, em 2 bolsas no subcutâneo, uma cúspide e um segmento de parede aórtica em cada. Em cada grupo assim nominados: GDA (grupo controle), E80% (grupo cujas estruturas foram pré-tratadas com etanol 80%) e o AG 0,8% (grupo cujas estruturas foram pré-tratadas com ácido L-glutâmico 0,8%) foram realizadas a mensuração do cálcio e análise microscópica quanto à presença de calcificação (localização e intensidade da mesma) e de Infiltrado inflamatório (localização e tipo), no período de 15, 30 e 60 dias após implante. RESULTADOS: Na mensuração do cálcio na cúspide aórtica encontrou-se no grupo E80% 15 dias (1,30±0,21 mg cálcio/mg tecido), E80% 30 dias (1,05±0,22 mg cálcio/mg tecido) e E80% 60 dias (0,53±0,42 mg cálcio/mg tecido); no grupo AG 0,8% 15 dias (12,17±0,66 mg cálcio/mg tecido), AG 0,8% 30 dias (15,31±2,82 mg cálcio/mg tecido) e AG 0,8% 60 dias (34,24±16,28 mg cálcio/mg tecido) com o grupo controle GDA 15 dias (12,44±2,26 mg cálcio/mg tecido), GDA 30 dias (13,44±3,34 mg cálcio/mg tecido) e GDA 60 dias (50,85±8,71 mg cálcio/mg tecido). Em relação à mensuração do cálcio na parede aórtica, encontrou-se no grupo de E80% 15 dias (4,62±0,68 mg cálcio/ mg tecido), E80% 30 dias (9,47 ± 2,59mg cálcio/mg tecido) e E80% 60 dias (23,56±7,75 mg cálcio/mg tecido) no grupo de AG 0,8% 15 dias (4,31±0,85 mg cálcio/mg tecido), AG 0,8% 30 dias (7,69±1,48 mg cálcio/mg tecido) e AG 0,8% 60 dias (20,50± 1,22 mg cálcio/mg tecido) com o grupo controle GDA 15 dias (7,34±1,32 mg cálcio/mg tecido), GDA 30 dias (9,28±0,76 mg cálcio/mg tecido) e GDA 60 dias (27,60±1,08 mg cálcio/mg tecido). Na avaliação microscópica da cúspide aórtica houve uma progressiva calcificação naquelas submetidas à fixação com GDA. Este processo foi parcialmente encontrado com o AG 0,8% e totalmente ausente com o E80%. Quanto à avaliação referente aos segmentos da parede aórtica, também evidenciou-se progressiva calcificação, não sendo inibida pelos tratamentos com AG 0,8% e E80%. CONCLUSÕES: O pré-tratamento com etanol a 80% inibiu a calcificação nas cúspides aórticas porcinas, entretanto, não teve a mesma eficácia na parede aórtica. Contudo, o ácido L-glutâmico a 0,8% demonstrou minimizar a calcificação na parede aórtica. Estudos devem ser feitos para evidenciar se a ação anticalcificante do etanol a 80% mantém-se nas biopróteses aórticas porcinas se estas forem implantadas no sistema circulatório.
2022-12-06T14:00:36Z
ROSA,George Ronald Soncini da COSTA,Francisco Diniz Affonso da MESQUITA,Lismari COSTA,Iseu de Santo Elias Affonso da
Um circuito simples com bomba única para circulação extracorpórea com oxigenação autógena
MATERIAL E MÉTODOS: Foi testado em 30 cães um circuito capaz de promover circulação extracorpórea (CEC) com oxigenação autógena (OA) do sangue, usando apenas uma bomba centrífuga. Esta montagem dispensou bombeamento para o lado direito: o gradiente de pressão bastante para vencer a resistência arterial pulmonar foi vencido aumentando-se a pressão nas artérias pulmonares pela expansão da volemia e diminuindo-se a pressão do átrio esquerdo pela drenagem dessa câmara mediante um sifão. O coração foi mantido em ritmo de fibrilação ventricular durante o período de perfusão e ao seu término, o ritmo próprio foi recuperado mediante cardioversão elétrica. RESULTADOS: Este circuito permitiu a manutenção de parâmetros hemodinâmicos e gases sangüíneos adequados durante a perfusão. O campo operatório e a mobilidade do coração foram similares aos proporcionados pela CEC convencional. CONCLUSÃO: Concluímos que o uso de bomba centrífuga única simplifica a OA, podendo tornar-se uma escolha prática nos procedimentos de revascularização do miocárdio.
2022-12-06T14:00:36Z
MARQUES,Euclydes CESTARI,Ismar N. CESTARI,Idágene A. LEIRNER,Adolfo A.
Trombocitopenia adquirida e cirurgia cardíaca: relato de caso
Trombocitopenia é um grande problema hemostático em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Relataremos dois casos de pacientes com diminuição adquirida das plaquetas: um devido a uremia e outro por disfunção valvar (disfunção de prótese em posição mitral). Estes pacientes tiveram períodos de transoperatório e pós-operatório imediato sem intercorrência. A perda sangüínea não foi maior do que a esperada. A transfusão de plaquetas realizada durante a operação pode prevenir futuras complicações na recuperação do paciente.
2022-12-06T14:00:36Z
GIFFHORN,Hélcio RAMPINELLI,Amândio BONATELLI FILHO,Lourival COLLAÇO,Jauro
Aneurisma luético de arco aórtico roto, complicado pela oclusão de vasos braquiocefálicos e acidente vascular encefálico isquêmico: relato de caso tratado cirurgicamente
Homem de 44 anos, com dor torácica crônica há um ano, apresentou dois episódios de acidentes vasculares encefálicos isquêmicos, desencadeados pela oclusão e trombose das artérias carótida e subclávia esquerdas, em aneurisma sifilítico gigante de arco aórtico roto. O paciente foi submetido à correção cirúrgica com sucesso via esternotomia mediana, utilizando-se proteção cerebral anterógrada e perfusão corporal distal contínuas. Aspectos referentes à técnica operatória utilizada e ampla revisão bibliográfica das diferentes formas de apresentação do comprometimento cardiovascular na sífilis terciária são discutidos.
2022-12-06T14:00:36Z
CORSO,Ricardo Barros KRAYCHETE,Nadja NARDELI,Sidnei MOITINHO,Rilson OURIVES,Cristiano BARBOSA,Paulo J. PEREIRA,Ricardo Eloy
Disfunção endotelial após isquemia global e reperfusão em cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea: estudo do papel do magnésio em artérias coronarianas caninas
OBJETIVO: Estudar a disfunção endotelial conseqüente à lesão provocada por isquemia global seguida de reperfusão e a potencial influência protetora do magnésio sobre a integridade funcional do endotélio em coronárias isoladas de cães. MÉTODO: Segmentos de artérias coronárias caninas foram suspensos em banhos orgânicos para medida de força isométrica. A disfunção endotelial foi avaliada pela capacidade destes segmentos produzirem óxido nítrico, alterando a força isométrica inicial. Foram selecionados quatro grupos com seis cães em cada um: SEM CEC (controle), CEC (110 minutos de perfusão sem isquemia), ISQ (45 minutos de isquemia), ISQ/REP (45 minutos de isquemia seguidos de 60 minutos de reperfusão). A ação do magnésio foi avaliada em três fases: I (banho orgânico com magnésio), II (banho orgânico sem magnésio) e III (banho orgânico com magnésio restaurado). Foram utilizados três agonistas farmacológicos que representam os principais passos da via de produção do óxido nítrico: receptor de membrana da célula endotelial - acetilcolina (ACh); transdução do sinal entre o receptor e os processos intracelulares através da G-proteína - fluoreto de sódio (NaF); liberação dos estoques intracelulares de cálcio - cálcio ionóforo (A23187). Ao estudo da função endotelial associou-se a avaliação da atividade da musculatura lisa dependente de GMPc - nitroprussiato de sódio (NPS). RESULTADOS: Os principais achados desta investigação foram: 1) a presença de magnésio no perfusato pareceu atenuar a disfunção endotelial causada por isquemia global seguida de reperfusão; 2) a presença de magnésio no banho orgânico (fase I) associou-se a maior relaxamento em resposta aos agonistas da produção de óxido nítrico; 3) a remoção de magnésio do banho orgânico (fase II) esteve associada à redução na intensidade do relaxamento em resposta aos agonistas da produção de óxido nítrico; 4) a restauração de magnésio ao banho orgânico (fase III) permitiu recuperação do relaxamento observado na fase I, apenas em resposta à estimulação direta das G-proteínas. Para os demais agonistas a restauração esteve associada à redução adicional na intensidade do relaxamento; 5) a musculatura lisa recebeu influência da concentração de magnésio no banho orgânico. CONCLUSÃO: O magnésio influencia favoravelmente na produção de óxido nítrico pelo endotélio coronariano, atenuando a disfunção endotelial causada por isquemia global seguida de reperfusão.
2022-12-06T14:00:36Z
VOLPE,Marco A. CARNEIRO,João J. MAGNA,Luiz Alberto VIARO,Fernanda ORIGUELA,Eliana Aparecida Lopes EVORA,Paulo R. B.
Abordagem supraclavicular da artéria subclávia direita para estabelecimento de circulação extracorpórea nas doenças da aorta
OBJETIVO: Estabelecer a circulação extracorpórea através de canulação da artéria subclávia direita por meio de incisão supraclavicular. MÉTODO: Foram estudados, no período de outubro de 2001 a março de 2002, quatro pacientes com diagnóstico de dissecção aguda de aorta tipo A de Stanford, sendo realizada em todos os casos canulação da artéria subclávia direita por via supraclavicular e realização de perfusão cerebral anterógrada durante o período de parada circulatória total. RESULTADOS: A artéria subclávia direita foi canulada diretamente e não houve nenhuma complicação neurovascular relacionada ao procedimento. A circulação extracorpórea foi mantida com fluxo adequado durante toda a operação. Houve 1 óbito hospitalar, não relacionado ao procedimento. DISCUSSÃO: Um dos passos mais importantes na melhora dos resultados operatórios é a perfusão sistêmica anterógrada, realizada através do sistema arterial e a subclávia para isso permite a perfusão da luz verdadeira. A abordagem supraclavicular nos proporciona um campo operatório adequado e facilidade para a realização da perfusão cerebral anterógrada que também é importante neste arsenal para uma redução da mortalidade operatória. CONCLUSÃO: A incisão supraclavicular nos proporciona um acesso factível com boa exposição da artéria subclávia direita em uma região em que ela apresenta um bom calibre e com poucas estruturas adjacentes que poderiam ser lesadas. Além disso, possibilita a canulação de forma direta e com boa posição da cânula arterial.
2022-12-06T14:00:36Z
FABRI,Hélio Antônio CUNHA,Cláudio Ribeiro da SANTOS,Paulo César CARIZZI,Daysi Mabel Pelegrinni
Cirurgia de revascularização coronariana esquerda sem CEC e sem manuseio da aorta em pacientes acima de 75 anos: análise das mortalidades imediata e a médio prazo e das complicações neurológicas no pós-operatório imediato
INTRODUÇÃO: A circulação extracorpórea (CEC) e o manuseio da aorta ascendente (MAA) estão associados a alta incidência de acidente vascular cerebral (AVC) na cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) em pacientes idosos. Esta complicação deve-se, sobretudo, ao MAA, por ocasião do pinçamento e despinçamento, quer para isolamento do coração do circuito de CEC, quer para realização das anastomoses dos enxertos na aorta ascendente. OBJETIVOS: Verificar mortalidades imediata e a médio prazo e a ocorrência de AVC no pós-operatório imediato (POI) em pacientes acima de 75 anos submetidos a cirurgia de revascularização do sistema coronariano esquerdo (SCE), sem CEC e sem MAA. MÉTODO: De janeiro de 2000 a abril de 2002, 40 pacientes acima de 75 anos (média 79,1 anos) foram submetidos a cirurgia de revascularização do SCE, com enxerto de artéria torácica interna esquerda (ATIE) para a artéria descendente anterior (DA), e enxerto(s) de veia safena magna oriundo(s) da ATIE para outro(s) ramo(s) da coronária esquerda (enxerto composto), sem CEC e sem MAA. Houve predominância do sexo masculino (67,5%). Foram realizados 89 enxertos (média 2,22 pontes por paciente), sendo 40 (44,94%) de ATIE e 49 (55,06%) de veia safena. A ocorrência de AVC foi avaliada por exames clínico e neurológico. RESULTADOS: Não foi observada ocorrência de AVC no grupo estudado. Não houve óbitos no POI. CONCLUSÃO: A cirurgia de revascularização do SCE em pacientes acima de 75 anos sem CEC e sem MAA pode ser realizada sistematicamente de modo a evitar a ocorrência de AVC, com baixa mortalidade.
2022-12-06T14:00:36Z
LOBO FILHO,José Glauco LEITÃO,Maria Cláudia de Azevedo LOBO FILHO,Heraldo Guedis SOARES,João Paulo Holanda MAGALHÃES,George Araújo LEÃO FILHO,Carmelo Silveira Carneiro FEITOSA,José Acácio OLIVEIRA,Francisco Martins de LAVOR,Arnóbio SOARES FILHO,Odair BORGES,Elita ABREU,José Sebastião de DIÓGENES,Tereza Cristina Pinheiro BARRETO,José Erirtônio Façanha PAES JÚNIOR,José Nogueira
Influência da lidocaína na proteção miocárdica com solução cardioplégica sangüínea
OBJETIVO: Avaliar a eficácia da proteção miocárdica obtida com o acréscimo da lidocaína à solução sangüínea hipercalêmica normotérmica. MÉTODO: Foram estudados 26 cães, divididos em dois grupos de dez animais e um grupo de seis, de forma aleatória, conforme a solução cardioplégica de indução que receberam. O grupo I recebeu a solução composta por lidocaína 5mg/kg, cloreto de potássio 41,6mEq/l em 180ml de sangue normotérmico. O grupo II recebeu a solução anterior sem lidocaína e o grupo III recebeu somente os 180ml de sangue. A solução de manutenção foi a mesma para os 3 grupos composta por 120ml de sangue normotérmico, reinfundidos a cada 20min. Os animais foram submetidos à circulação extracorpórea, a duas horas de isquemia miocárdica e três horas de reperfusão. Foram avaliados mortalidade operatória, dosagens seriadas de troponina I, creatina quinase e lactado, débito cardíaco, fração de ejeção e fração de área das mitocôndrias. A análise estatística foi através dos testes exato de Fisher e a análise de variância de duplo fator complementada com o teste de Bonferroni. RESULTADO: O grupo I apresentou menor mortalidade (p=0,08), menor liberação da creatina quinase (p<0,05) e menor comprometimento mitocondrial (p=0,036). Não houve diferença entre os grupos quanto à liberação de troponina I, lactato e avaliação hemodinâmica. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a lidocaína conferiu efeito protetor adicional ao miocárdio isquêmico e que os animais dos grupos I e II apresentaram alterações significativas, sugestivas de dano celular, com repercussões funcionais, para todos os parâmetros avaliados no decorrer do tempo.
2022-12-06T14:00:36Z
DIAS,Ricardo Ribeiro DALVA,Moise SANTOS,Benedito KWASNICKA,Karina Lacava SARRAFF,Ana Paula DIAS,Altamiro Ribeiro MOREIRA,Luis Felipe Pinho STOLF,Noedir Antônio Groppo OLIVEIRA,Sérgio Almeida
A utilização do óxido nítrico inalado em cirurgia cardíaca: atualização e análise crítica
OBJETIVO: Apresentar uma revisão e análise crítica sobre a utilização do óxido nítrico (NO) pela via inalatória em cirurgia cardíaca. MÉTODO: metanálise de artigos publicados e inseridos no banco de dados MEDLINE da National Library of Medicine dos Estados Unidos da América. Foram enfatizados aspectos da biologia do NO, mecanismos de ação seletiva do NO pela via inalatória, aspectos técnicos e éticos, aplicações clínicas em cirurgia cardíaca, além de uma análise crítica procurando demonstrar a atual posição da utilização do NO pela via inalatória. RESULTADO: As principais evidências foram: a) O NO inalado é reconhecido, atualmente, como um valioso recurso farmacológico da medicina intensiva neonatal e pediátrica, e para a cirurgia cardiopulmonar; b) Outras aplicações em adultos, como a doença pulmonar obstrutiva crônica e a síndrome da angústia respiratória do adulto, necessitam de cuidadosa observação; c) A terapêutica com o NO inalado é relativamente barata, mas não deve ser utilizada em todos os pacientes, com base nos paradigmas de sua eficiência e potencial toxicidade; d) As recentes descobertas de seus efeitos antiinflamatórios e extrapulmonares abrem novos horizontes para futuras aplicações. CONCLUSÃO: Embora seja evidente a extrema variabilidade da resposta vasodilatadora pulmonar seletiva do NO inalado, serviços que tratam pacientes portadores de distúrbios respiratórios, principalmente associados à hipertensão pulmonar, devem dispor do NO inalado como recurso terapêutico. Na ausência de ensaios envolvendo grande número de pacientes, e, apesar de seu potencial tóxico, o NO inalado deve ser utilizado com extremo rigor técnico, como uma prova terapêutica que pode salvar vidas.
2022-12-06T14:00:36Z
ÉVORA,Paulo Roberto B. VIARO,Fernanda OSHIRO,Maurício Shigeo SOUZA,Daniel Gonçalves de
Uso do óxido nítrico inalatório no tratamento da crise hipertensiva pulmonar no pós-operatório de transplante cardíaco
OBJETIVO: Este trabalho relata a experiência no manuseio da crise hipertensiva pulmonar (CHP) refratária, com o uso do óxido nítrico inalatório (NOi) no pós-operatório imediato do transplante cardíaco (TC) ortotópico. MÉTODOS: De outubro/1997 a fevereiro/2002 foram realizados 31 TC em adultos, sendo incluídos pacientes com RVP < 6uW, ou < 2,5uW na prova farmacológica. Após o período de circulação extracorpórea (CEC) (M=101±21 minutos), todos fizeram uso de dobutamina, dopamina e milrinona; entretanto, frente à ausência de resposta adequada e CHP, administrou-se NOi em doses crescentes de 20 a 40ppm. Foram utilizados registros das pressões através de cateter no átrio esquerdo e no tronco da artéria pulmonar, gasometria arterial seriada e ecocardiograma transtorácico (ETT). O tempo médio de morte encefálica (ME) do doador foi de 16<FONT FACE=Symbol>±5,1</FONT>horas<FONT FACE=Symbol>.</FONT>RESULTADOS: Cinco pacientes (1 mulher), com idade média de 42 anos, fizeram uso de NOi por apresentarem critérios de CHP, todos com sinais de baixo débito cardíaco. O tempo médio de CEC foi de 150,8±34,3 minutos, a média sistólica arterial pulmonar foi de 87mmHg (75-115) e a PO2 média de 60mmHg (FiO2 100%), sendo evidenciada dilatação moderada a severa do ventrículo direito no ETT. Foi administrado NOi durante uma média 35h (6-96), iniciando-se desmame após estabilização hemodinâmica. O tempo médio de ME do doador foi de 27,6±5,5horas, a internação hospitalar média foi de 63 dias (17-145), uma morte ocorreu por sepse no 17º PO e os demais pacientes estão em CF I (NYHA). CONCLUSÕES: O tempo de CEC superior a 120 minutos e tempo de ME do doador superior a 20 horas sugerem fatores de risco para CHP no período pós-operatório imediato do TC. O NOi é uma ferramenta útil no manuseio desta complicação, refratária ao tratamento convencional no POI de pacientes submetidos ao TC.
2022-12-06T14:00:36Z
MEJIA,Juan Alberto Cosquillo SOUZA NETO,João David de CARVALHO JR,Waldemiro PINTO JR.,Valdester Cavalcante MESQUITA,Fernando Antônio BRASIL,Haroldo Barroso NUNES,Rogean Rodrigues OLIVEIRA,Ítalo Martins de TORRES,João Martins de Souza
Fatores de risco para mortalidade hospitalar nas reoperações valvares
OBJETIVO: Identificar fatores de risco para mortalidade hospitalar em reoperações valvares. MÉTODO: Foi realizada análise prospectiva de 194 pacientes submetidos a reoperações valvares no período entre julho de 1995 e junho de 1999. As variáveis estudadas foram: sexo, idade, classe funcional, número e tipo de operações prévias, intervalo entre as operações, caráter da operação, creatinina sérica, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, diâmetros diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo, pressão sistólica de ventrículo direito, atividade de protrombina, relação do tempo de tromboplastina parcial ativada, contagem de plaquetas, tempo de circulação extracorpórea, tempo de pinçamento aórtico, posição e número de valvas, tipo de procedimento, operações associadas e volume de sangramento intra-operatório. Análise univariada e multivariada foi realizada para determinar os fatores de risco para mortalidade hospitalar. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 8,8% (17 pacientes). A análise univariada identificou as seguintes variáveis associadas a maior mortalidade: classe funcional avançada, fração de ejeção do ventrículo esquerdo baixa, atividade de protrombina baixa, creatinina elevada, tempo de circulação extracorpórea prolongado, tempo de pinçamento aórtico prolongado, procedimentos associados e volume de sangramento intra-operatório elevado. Na análise multivariada foram significativas: classe funcional IV, creatinina > 1,5 mg/dl e tempo de circulação extracorpórea > 120 minutos. CONCLUSÕES: As variáveis classe funcional IV, creatinina > 1,5 mg/dl e tempo de circulação extracorpórea > 120 minutos são fatores de risco independentes para mortalidade hospitalar nas reoperações valvares.
2022-12-06T14:00:36Z
BRANDÃO,Carlos Manuel de Almeida POMERANTZEFF,Pablo Maria Alberto SOUZA,Luciano Rapold TARASOUTCHI,Flávio GRIMBERG,Max OLIVEIRA,Sérgio Almeida de
Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes multiarteriais: experiência de 250 casos
MÉTODO: No período de agosto de 1997 a maio de 2001, 250 pacientes multiarteriais, consecutivos, foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea. A faixa etária dos pacientes variou de 38 a 83 anos (média de 59,9 anos), dos quais 62% eram do sexo masculino. A principal indicação cirúrgica foi a insuficiência coronariana crônica (82%). Todos os pacientes foram operados por esternotomia mediana. RESULTADOS: Três (1,2%) pacientes necessitaram de instalação de circulação extracorpórea. Nos demais 247 pacientes, realizou-se 592 anastomoses, com uma média de 2,4 pontes/paciente. A artéria torácica interna esquerda foi utilizada em 198 (80,1%) pacientes, a artéria torácica interna direita em 5 (2%) pacientes e a veia safena em 247 (100%) pacientes. As artérias coronárias mais revascularizadas foram o ramo interventricular anterior (89%) e o ramo marginal esquerdo (53%). A mortalidade hospitalar global foi de 4%, sendo a principal causa o infarto pós-operatório (1,2%). Morbidade pós-operatória foi constatada em 23 (9,3%) pacientes. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 7,7 dias. CONCLUSÃO: Conclui-se da presente investigação, que a revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes multiarteriais é factível, reprodutível e com baixo índice de complicações pós-operatórias.
2022-12-06T14:00:36Z
PINHEIRO,Bruno Botelho FAGUNDES,Walter Vosgrau RAMOS,Maria Cardoso AZEVEDO,Vera Lúcia B. SILVA,Jânio Moreira
A redução do gradiente na via de saída do ventrículo esquerdo pelo marcapasso DDD em pacientes com miocardiopatia hipertrófica obstrutiva
OBJETIVO: A estimulação seqüencial atrioventricular (modo DDD) tem sido aceita como uma terapêutica eficaz para reduzir o gradiente na via de saída do ventrículo esquerdo (GVSVE) em pacientes com miocardiopatia hipertrófica obstrutiva (MHO). O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito do marcapasso DDD para redução do GVSVE em pacientes com MHO de má resposta ao tratamento farmacológico e com obstrução na via de saída ventricular esquerda com gradiente crescente ou superior a 50 mmHg. MÉTODO: Um marcapasso de dupla câmara, composto de gerador de pulsos DDD e dos eletrodos atrial e ventricular, foi implantado mediante técnica transvenosa em 42 pacientes no período de fevereiro de 1995 a março de 2001. Foi observada uma redução na sintomatologia e uma melhora na classe funcional na maioria dos pacientes. RESULTADOS: Quanto à classe funcional, na última avaliação, 31 pacientes estavam em classe funcional I, e 10 pacientes na classe funcional II, contrastando com o pré-operatório, quando 30 pacientes estavam na classe funcional III ou IV, e apenas 12 estavam na classe II (p<0,001). A medicação foi ajustada, sendo reduzida ou suspensa em 15 pacientes, substituída em 3 pacientes e aumentada (quanto ao número de fármacos ou sua dose) em 14 pacientes. O GVSVE reduziu significativamente de 96,50±30,55 mmHg para 41,80±22,84 mmHg após ajuste do aparelho (p<0,001). CONCLUSÃO: Após o implante do marcapasso DDD existe uma melhora clínica e ecocardiográfica em pacientes com MHO de má resposta ao tratamento clínico. Os resultados obtidos permitem a continuidade do uso da terapêutica em casos selecionados.
2022-12-06T14:00:36Z
FAES,Farid César SANT'ANNA,João Ricardo PRATES,Paulo Roberto KALIL,Renato A.K. NESRALLA,Ivo A.
Relação das pressões atriais com o peptídio natriurético atrial e seus efeitos na diurese e natriurese durante operação cardíaca com circulação extracorpórea
OBJETIVO: Estudar as variações do peptídio natriurético atrial (PNA) introduzidas pela circulação extracorpórea (CEC) durante operação cardíaca e testar a hipótese de que existe correlação entre os níveis plasmáticos de PNA, pressão atrial direita (PAD) pressão atrial esquerda (PAE), diurese e natriurese. MÉTODO: Estudo de coorte de 15 pacientes submetidos a revascularização do miocárdio com CEC. Os intervalos de tempo de observação foram: t0 = 10 minutos antes da CEC (valor controle); t1 = 10 minutos depois de fluxo total em CEC; t2 30 minutos em fluxo total em CEC; t3 = fase final da CEC em temperatura nasofaringeana de 36° C; e t4 = 30 minutos após o término da CEC. RESULTADOS: Os valores do PNA, PAE e PAD variaram significativamente (p<0,001). O PNA diminuiu de t0 para t1 (NS) e após elevou-se progressivamente até t4 (p<0,001). A PAE e a PAD reduziram (p<0,001) entre t0 e t1, elevando-se progressivamente até t4 (p<0,001). O Na+ urinário aumentou entre t0 e t3 (p<0,001), com queda em t4. A diurese aumentou progressivamente em todos os tempos considerados (p<0,001). Foi encontrada correlação significativa entre PNA e o volume de diurese no t0, coeficiente de correlação de 0,535 (p=0,040), e no tempo igual a t2 entre PNA e PAD, coeficiente de correlação de 0,590 (p=0,021). CONCLUSÃO: As concentrações do PNA apresentam variações durante a operação de revascularização com CEC, o que favorece o conceito de estar relacionadas com as pressões atriais, e ao término da CEC, têm uma importante função na excreção de sódio e no volume da diurese.
2022-12-06T14:00:36Z
FRANÇOIS,Lísia Maria Galant KALIL,Renato A.K. PEREIRA,João Batista SANT'ANNA,João R.M. NESRALLA,Ivo A.
Mediastinite pós-esternotomia longitudinal para cirurgia cardíaca: 10 anos de análise
INTRODUÇÃO: mediastinites pós-esternotomia para cirurgia cardíaca não são freqüentes (0,2% a 5,0%), porém, quando surgem, se tornam potencialmente graves. Mesmo com o diagnóstico e tratamento precoces, o prognóstico não é bom, sobretudo se houver sepse e outros agravos à saúde associados. OBJETIVO: rever a casuística de casos de mediastinite. MÉTODO: foram analisados os prontuários de 2.272 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca entre 1991 e 2000. Todas as operações foram realizadas através de esternotomia mediana longitudinal e circulação extracorpórea no Hospital João XXIII / Instituto de Cirurgia Cardiovascular da Paraíba de Campina Grande (Paraíba). RESULTADOS: a mediastinite ocorreu, em média, 10 dias após a cirurgia, num total de 37 (1,6%) casos, com taxa de letalidade 21,6% (n=8). A maioria (n=19; 51,4%) dos casos foi em pacientes submetidos a revascularização do miocárdio, seguidos pelos procedimentos valvares (n=13; 35,1%), correções de cardiopatias congênitas (n=4; 10,8%) e aneurisma de aorta ascendente (n=1; 2,7%). Vários fatores de risco foram identificados (obesidade, tempo de permanência hospitalar prolongado, diabetes mellitus, tabagismo, reoperações e cirurgias de emergência), especialmente a permanência (por mais de 72 horas no pré-operatório) em unidade de terapia intensiva. A cultura do exsudato foi positiva em 35 (94,6%) dos 37 pacientes, sendo o Staphylococcus aureus o patógeno mais observado em 17 (48,6%). CONCLUSÕES: a freqüência de mediastinite pós-cirurgias cardíaca, com esternotomia associada, é semelhante à descrita na literatura, não tem diminuído no decorrer dos anos, por isto continua representando um desafio para os cirurgiões e equipes, apesar do arsenal diagnóstico e terapêutico atuais.
2022-12-06T14:00:36Z
Souza,Valdir Cesarino de Freire,André Ney Menezes Tavares-Neto,José
Fístula da artéria coronária: relato de três casos operados e revisão da literatura
Fístulas das artérias coronárias têm incidência baixa entre as cardiopatias congênitas, muitas vezes assintomáticas, devendo ser suspeitadas quando há presença de sopro contínuo no precórdio. Podem apresentar sintomas de precordialgia ou insuficiência cardíaca e devem ser estudadas adequadamente para tratamento seguro, tanto cirúrgico como por cateterismo ou acompanhamento clínico. No presente trabalho são relatados três casos tratados por operação com resultado satisfatório e a literatura é revisada.
2022-12-06T14:00:36Z
GROPPO,Antônio Amauri COIMBRA,Luiz Fernando SANTOS,Marcus Vinícius Nascimento dos
Coronary artery and myocardial inflammatory reaction induced by intracoronary stent
BACKGROUND: Intra-coronary stents have been extensively employed in percutaneous coronary revascularization. However, despite breakthroughs and developments associated to this new technology, novel complications and findings have emerged compelling the cardiac surgeon to cope with this new scenario. The presence of an intra-coronary foreign body (stent) might induce an inflammatory reaction carrying functional and structural repercussions of the coronary artery and surrounding cardiac muscle. METHOD:Patients, who had previously undergone stent implantation (6 to 18 months) and were submitted to coronary artery bypass surgery, had biopsies taken from the grafted coronary artery distal to the stent and from the adjacent muscle. The collected samples were processed and stained with hematoxylin-eosin and histologically studied. RESULTS:The histology of the coronary artery distal to the stent revealed chronic inflammatory processes and an intimal acute inflammatory infiltrate, with polymorphonuclear leukocytes even at long term follow-up, 12 months after stent implantation, disclosing an ongoing inflammatory process. The myocardium adjacent to the stent implantation site exhibited a significant chronic inflammatory infiltrate and fibrosis compatible with myocarditis. CONCLUSION:The presence of an intra-coronary stent induces an acute and chronic inflammatory reaction, even over the long term, with involvement of the distal coronary artery and surrounding myocardium. Further studies are necessary to assess the inflammatory process extension and its consequences.
2022-12-06T14:00:36Z
Gomes,Walter J. Giannotti Filho,Osvaldo Catani,Roberto Paez,Rodrigo P. Hossne Jr,Nelson A. Buffolo,Enio
Surgical treatment of mitral valve insufficiency by valve repair
OBJECTIVE: To analyze the short term results of mitral valve repair in a consecutive series of mitral insufficiency patients from different ethiologies. METHODS: A retrospective study was made of 86 patients with mitral insufficiency operated on between May 1992 and May 2001 for mitral valve repair. Mitral insufficiency was severe in 77 patients and moderate in 9. The functional class of the patients was I in 4, II in 48, III in 29 and IV in 5 patients. The etiology was rheumatic in 47 (54.6%) cases. RESULTS: Mitral valve repair was performed by only one procedure on the mitral valve in 6 patients, two procedures in 29, and three or more procedures in 51 (59.3%) patients. Mitral annuloplasty was performedin 81 patients, with the Braile posterior pericardial ring being the mostcommonly used (87.2%). Hospital mortality was 3.5%. There was improvement in the funcional class in 79 (91.8%) patients. Mitral valve function was normal in 80 (93%) patients and moderate mitral insufficiency occurred in 6 patients. CONCLUSION: Mitral valve repair can be performed with low mortality (3.5%) and high probability of valve function recovery (93%). It should be the procedure of choice in patients with mitral insufficiency.
2022-12-06T14:00:36Z
Murad,Henrique Gomes,Eliane Carvalho Pinheiro,Adriana Alves Azevedo,José Augusto de Sá,Mauro Paes Leme de Noronha,André Prado Bastos,Eduardo Sergio Giambroni Filho,Rubens
Technical modification for composite grafts in myocardial revascularization surgery
OBJECTIVE: In the last decade, the coronary artery bypass grafts (CABG) with arterial grafting had been remarkable, mainly the combined ones in Y or T form, which start from the left internal thoracic artery (LITA). Elaborating this kind of grafting, we identified a certain worry related to the anastomoses of the radial artery in LITA, principally when realized in T, since any small traction, angulations or spasms of the radial artery might impaired the flow of the distal anastomoses of LITA to the anterior interventricular artery. METHOD: We modified the combined graft technique, by making anastomoses of the radial artery to the anterior interventricular artery, and, consequently the LITA is sewed above the anastomoses of the radial artery to the anterior interventricular artery, favoring therefore, the revascularization of the anterior interventricular artery with the LITA, transforming the radial artery into almost an extension of the LITA to the remaining branches of the left coronary artery. CONCLUSIONS: This technical modification for these composite grafts is simple, safer and effective, and it will enable a larger number of surgeons to routinelyuse composite grafts in coronary artery bypass grafting.
2022-12-06T14:00:36Z
Chaccur,Paulo Neves,Josué V. Castro Escóssio,Eliévia Maria Oliveira Portugal,Luís Fernando Mussi,José Carlos
The transplant of cardiac cells and myoblast skeletal cells in myocardial infarction
OBJECTIVE: To analyze the functional results of adult skeletal muscle cell and cardiac cell transplantations in the hearts of rats that have suffered an infarct. METHOD: An infarct of the anterolateral wall of the left ventricle was provoked, by left lateral thoracotomy and posterior legation of the left coronary artery. After five days the animals were submitted to a transthoracic echocardiography to evaluate the systolic (LVFSV) and diastolic volumes (LVFDV) of the left ventricle and the left ventricle ejection fraction (LVEF). After that, the animals were divided in three groups: 1) control (n=10), 2) adult cardiac cells (n=8) and 3) adult skeletal muscle cells (n=8). Seven days after the myocardium infarct, all the animals were operated on again by median sternotomy, identifying the region with fibrosis and conducting the injection of 0.15 ml of a culture in group I, 8.5x10(6)/0.15 ml, of heterologous skeletal muscle cells in group III, and 8.5x10(6)/0.15 ml of heterologous adult cardiac cells in group II. All animals received cyclosporin (15mg/kg/day). After two months, an echocardiography was conducted on all mice, assessing the same parameters. RESULTS: Two months after transplantation, group I presented a decrease in the LVEF (48.18% + 9.95% vs. 33.25% + 12.41% p=0.0003), with an increase of the LVFSV and the LVFDV (0.308 ml + 0.072 ml vs. 0.536 ml + 0.228 ml p=0.0026 and 0.597 ml + 0.098 ml vs. 0.776 ml + 0.187 ml p=0.0540, respectively). In group II, there was an stabilization of the LVEF (42.48% + 7.83% vs. 41.31% + 8,46% p=0.4968, respectively) an increase in the LVFDV and LVFSV (0.602 ml + 0.203 ml vs. 0.771 ml + 0.110 ml p=0.0711 and 0.358 ml vs. 0.450 ml p=0.0400, respectively). Group III presented an increase on the LVEF, LVFSV and LVFDV (40% + 5.69% vs. 47.35% + 6.89% p=0.0142, 0.643 ml + 0.103 vs. 0.931 ml + 0.226 p=0.0026 and 0.388 ml + 0.082 vs. 0.491 ml + 0.149 ml p=0.0557, respectively). CONCLUSION: Two months after cell transplantation, there was a significant improvement in the LVEF in group III, when compared to group I, and there was a preservation of the ventricular contractility and a stabilization of LVEF in group II.
2022-12-06T14:00:36Z
Souza,Luiz César Guarita Carvalho,Roberto G. de Pouzet,Bruno Vilquin,Jean Thomas Garcin,Isabelle Menasché,Philippe Brofman,Paulo S. Scorsin,Marcio