Repositório RCAAP
Aneurisma de artéria coronária um ano e cinco meses pós-implante de stent com eluição de sirolimus
Paciente de 52 anos de idade, do sexo masculino, com diagnóstico de angina instável pós-infarto. A angiografia coronariana revelou obstrução luminal de 90% no terço médio da artéria coronária direita e de 90% no ramo marginal da artéria circunflexa. Após o uso de clopidogrel 300 mg associado ao ácido acetilsalicílico, o paciente foi submetido a implante de stent com eluição de sirolimus (CYPHER; Johnson&Johnson-Cordis) 2,5 x 18 mm, na lesão do ramo marginal esquerdo. Após um ano e cinco meses do implante do stent CYPHER, foi observada em nova angiografia a presença de aneurisma coronariano intra-stent, no ramo marginal esquerdo. O presente relato sugere que o implante de stent coronariano revestido com sirolimus pode ocasionar, tardiamente, a formação de aneurisma da artéria coronária.
2022-12-06T14:00:24Z
Abreu,Luciano Meireles,George César Ximenes Forte,Antonio Artur Sumita,Marcos Hayashi,Jorge Solano,José
Angioplastia cirúrgica de óstio e tronco coronariano: experiência de oito casos
No período de abril de 1980 a março de 1990, foram realizadas oito cirurgias de angioplastia de óstio e/ou tronco de coronária esquerda ou direita. Não houve mortalidade imediata e esses pacientes foram acompanhados por um período de 1-109 meses (43,2 meses). Houve melhora clínica e de classe funcional. Seis pacientes fizeram estudo cineangiográfico das coronárias e do ventrículo esquerdo, revelando uma anatomia de óstio e tronco adequada na área operada, e melhora da contratilidade do ventrículo esquerdo. Na evolução tardia houve dois óbitos. Um paciente morreu a 39 meses do pósoperatório, com insuficiência cardíaca congestiva e dor anginosa; o outro faleceu em acidente rodoviário, após 109 meses da cirurgia. Estes resultados permitem concluir que a angioplastia por lesões obstrutivas em óstio ou tronco coronário direito ou esquerdo, isoladas ou associadas a outros defeitos, é um procedimento cirúrgico com baixo risco imediato, com evolução favorável a longo prazo e que pode ser considerado como tratamento opcional para revascularizaçáo coronária.
2022-12-06T14:00:24Z
Loures,Danton R. R Ribeiro,Edison J Almeida,Rui Sequeira de Ferreira,Maria João A Bueno,Ronaldo R. L Andrade,Paulo Mauricio P Pereira,Marcos Augusto A Rossi,Paulo Roberto F
Transposição da valva pulmonar para substituição da valva aórtica
Embora tenha havido uma importante melhora na qualidade das próteses cardíacas aórticas, existem, ainda, problemas consideráveis a longo prazo, como o uso de aticoagulantes para as próteses mecânicas e a durabilidade dos tecidos biológicos fixados e mortos. No presente trabalho, relatamos as técnicas utilizadas para se transplantar um tubo valvulado obtido pela dissecção da valva e tronco pulmonar do próprio paciente e seu implante no local da valva aórtica suturada sob os óstios das artérias coronárias direita e esquerda. Após isto, reconstruímos a via de saída de ventrículo direito (VSVD), valva e tronco pulmonar com tubo valvulado de pericárdio bovino. O paciente teve ótima evolução pós-operatória, com a neovalva aórtica perfeitamente competente e bom fluxo pulmonar. O pericárdio bovino utilizado em posição pulmonar tem uma tendência desprezível de complicações a longo prazo bem menor que em posição aórtica e a valva pulmonar homóloga viva deverá ser definitiva.
2022-12-06T14:00:24Z
Furtado,Henrique B Duran,Carlos A Mejias,Gonzalo H Bittencourt,Nilton Barros,Reginaldo A Camargo,Antônio Carlos B Germano,Antônio E
Solução cardioplégica sangüínea versus acelular: avaliação hemodinâmica através de estudo experimental em cães
Estudo experimental em 20 cães permitiu avaliar hemodinamicamente o grau de proteção miocárdica à anóxia, através do emprego de solução cardioplégica sangüínea e acelular. A Isquemia miocárdica foi obtida pelo pinçamento da aorta ascendente por 60 minutos, após instalação de circulação extracorpórea, seguida de reperfusão por 120 minutos. Os animais foram divididos em quatro grupos, sendo os dois primeiros controles, mantidos em normotermia e hipotermia moderada (28ºC). No terceiro e quarto grupo, além de hipotermia, foram realizadas infusões coronárias das duas soluções cardioplégicas. Todos os aniamis apresentaram queda do débito cardíaco (DC) aos 30 minutos de reperfusão miocárdica. Entretanto, decorridos 120 minutos, pode-se evidenciar, nos cães que receberam cardioplegia, a significativa recuperação da pressão sistólica (PS) do VE e a não elevação da pressão diastólica final (PDF) do VE, além da normalização do DC, o que não ocorreu nos grupos controle, especialmente em normotermia. No período de anóxia estudado, não foi possível demonstrar, com o método, diferenças estatisticamente significativas entre as soluções cardioplégicas.
2022-12-06T14:00:24Z
Dallan,Luís Alberto Oliveira,Sérgio Almeida de Iglézias,José Carlos R Pêgo-Fernandes,Paulo M Auler Júnior,José Otávio C Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Revascularização da artéria coronária direita intra-atrial
A artéria coronária direita, em seu trajeto no sulco atrioventricular direito, pode, em raras ocasiões, penetrar na cavidade atrial direita. Esta variação anatômica poderá modificar a tática cirúrgica em operações de revascularização miocárdica. No presente trabalho, relatamos o caso em que a ponte de veia safena para a artéria coronária direita foi realizada em posição intra-atrial direita.
2022-12-06T14:00:24Z
Lourenção Júnior,Artur Dallan,Luís Alberto Oliveira,Sérgio Almeida de Jatene,Adib D
Revascularização do miocárdio no paciente octogenário
No Instituto do Coração, de janeiro de 1978 a julho de 1990, foram tratados cirurgicamente 503 pacientes com idade igual ou superior a 80 anos. Destes, 15 foram submetidos a revascularização do miocárdio. Com o objetivo de caracterizar essa população de octogenários submetidos a revascularização do miocárdio, fizemos um levantamento de dados retrospectivamente. Neste estudo, foram analisados fatores clínicos, radiológicos, hemodinâmicos, operatórios e de pós-operatório. Não houve análise estatística do material. A mortalidade hospitalar foi de 2/15 (13,33%) e, num segmento médio de 24,7 meses (5-50), cinco pacientes foram a óbito devido a: acidente vascular cerebral hemorrágico, infecção do trato urinário, trombose mesentérica, infecção pulmonar e descompensação diabética secundária a infecção do trato urinário. Dos sobreviventes, todos apresentavam melhora da sintomatologia, relacionada a angina e a insuficiência cardíaca. Baseando-nos, nos dados coletados, concluímos: 1) não houve óbito operatório; 2) a mortalidade hospitalar esteve relacionada aos processos infecciosos; 3) no seguimento tardio, a grande maioria dos pacientes referia melhora na sintomatologia e, portanto, na qualidade de vida; 4) a idade, isoladamente, não representou fator de risco proibitivo para o tratamento cirúrgico.
2022-12-06T14:00:24Z
Iglézias,José Carlos R Dallan,Luís Alberto Oliveira,Sérgio Ferreira Ramires,José Antônio Oliveira,Sérgio Almeida de Verginelli,Geraldo Pileggi,Fúlvio Jatene,Adib D
Cirurgia valvar em crianças e jovens: resultados de 131 casos
No período de janeiro de 1983 a dezembro de 1988, 131 pacientes, com idade igual ou inferior a 15 anos, foram submetidos a cirurgia valvar, 74 (56%) de etiologia adquirida e 57 (44%) de etiologia congênita. Em 100 (76,3%) pacientes somente uma valva foi tratada. Foram realizadas 63 trocas valvares (retroca em seis), 103 procedimentos conservadores e três exéreses valvares. Das 63 próteses utilizadas, 59 (93,6%) eram biológicas e 4 (6,3%) mecânicas. Vinte e um (16%) casos eram reoperações, sendo 17 (81%) por disfunção de prótese. O tempo médio de calcificação das biopróteses foi de 40 meses (3,3 anos). A mortalidade hospitalar foi de 7,5% e a tardia foi de 2,2%. No seguimento tardio de 787 meses/paciente, todos encontram-se em classe funcional I e II (NYHA).
2022-12-06T14:00:24Z
Gerola,Luís Roberto Pomerantzeff,Pablo M. A Pêgo-Fernandes,Paulo M Stolf,Noedir A. G Barbero-Marcial,Miguel Ebaid,Munir Snitcowsky,Rachel Grinberg,Max Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Traços psicológicos dos pacientes submetidos a angioplastia transluminal coronária
Este trabalho teve por objetivo a identificação de traços psicológicos e características emocionais comuns aos pacientes que foram, pela primeira vez, submetidos a angioplastia transluminal coronária (ATC), no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Foram analisados 84 pacientes, de ambros os sexos, com idade média de 55 anos. Foram realizadas, pela equipe de psicólogos, duas entrevistas semidirigidas, durante cada uma das quais foram aplicados o Inventário de Ansiedade Traço - Estado (IDATE) e a Escala de Hamilton. Essas entrevistas foram realizadas imediatamente anterior à ATC e um dia após o procedimento, na alta dos pacientes. Os resultados permitiram-nos concluir que a grande maioria apresentou padrão comportamental tipo A, próprio do coronariano, alto estresse constitucional e ambiental e ansiedade - traço acima da média. Obtiveram alta porcentagem, também, as variáveis tensão, depressão, grau de competitividade e labilidade de humor.
2022-12-06T14:00:24Z
Campos,Lourdes Helena de Nascimento,Gláucia Faé
Endomiocardiofibrose: resultados do tratamento cirúrgico com conservação das valvas atrioventriculares
Entre abril de 1988 e janeiro de 1991, foram operados 25 pacientes consecutivos, para correção de endomiocardiofibrose, com técnica conservadora das valvas atrioventriculares. Dezenove pacientes eram do sexo feminino e seis do masculino. As idades variaram de 11 a 59 anos, com média de 40,6 anos. Dezesete pacientes apresentavam acometimento biventricular, seis com comprometimento do ventrículo esquerdo e apenas dois pacientes com lesão isolada do ventrículo direito. Todos estavam em grupos avançados de insuficiência cardíaca, sendo 19 em grupo IV da NYHA e seis no grupo III. No pré-operatório, 24 apresentavam insuficiência da valva tricúspide e 22 apresentavam insuficiência da valva mitral. Todos os pacientes foram operados com o auxílio de circulação extracorpórea e hipotermia sistêmica de 28ºC e pinçamento aórtico intermitente, para melhor exposição das cavidades ventriculares. A fibrose ventricular direita foi sempre ressecada através da valva tricúspide, enquanto que a fibrose do ventrículo esquerdo foi removida através de pequena ventriculotomia esquerda apical. Em todos os pacientes com insuficiência tricúspide, foi feita plástica anular do tipo DeVega. Dos pacientes com insuficiência mitral, sete tiveram correção espontânea após a ressecção da fibrose, e os outros 15 receberam anuloplastia. Houve apenas um (4%) óbito no pós-operatório imediato e nenhum óbito tardio. A recuperação funcional foi boa, estando atualmente 16 pacientes em grupo funcional I e 8 em grupo II.
2022-12-06T14:00:24Z
Oliveira,Sérgio Almeida de Dallan,Luís Alberto Pereira-Barreto,Antônio Carlos Mady,Charles Pileggi,Fúlvio Jatene,Adib D
Correção de doenças da aorta torácica com utilização de hipotermia profunda e parada circulatória
São apresentados 14 casos de aneurismas e/ou dissecções da aorta torácica submetidos a correção cirúrgica com o emprego de hipotermia profunda e parada circulatória. Entre os 14 pacientes, seis eram portadores de aneurismas da aorta (um de aorta ascendente, três do arco aórtico, um de aorta ascendente + arco aórtico, um de aorta descendente) e oito eram portadores de dissecção aórtica. A hipotermia foi induzida gradualmente até atingir 18ºC de temperatura nasofaríngea. O período médio de parada circulatória foi de 35 minutos. Houve quatro óbitos hospitalares, sendo um por problemas hemorrágicos, um por arritmia ventricular pós IAM, um por insuficiência renal aguda já existente no pré-operatório e um por AVC e infecção pulmonar secundária. Dos 10 pacientes, dois apresentaram insuficiência respiratória com assistência ventilatória prolongada e quatro apresentaram distúrbios neurológicos transitórios, com recuperação total. A técnica de hipotermia profunda e parada circulatória mostrou-se como boa alternativa na abordagem cirúrgica de lesões graves da aorta torácica.
2022-12-06T14:00:24Z
Gontijo Filho,Bayard Fantini,Fernando Antônio Barbosa,Juscelino Teixeira Silva,João Alfredo de Paula e Castro,Marcelo Frederique de Peredo,Eduardo O. A Pedrosa,Adelso A Gonçalves,Flávio Donizete Vrandecic,Mário Osvaldo
Tratamento cirúrgico dos aneurismas toracoabdominais da aorta
Foram operados, em nosso Serviço, 161 aneurismas da aorta, sendo 99 por dissecção e 62 por outras causas. Em cinco pacientes, os aneurismas eram de localização toracoabdominal, sendo três por degeneração aterosclerótica e dois por dissecção; três pacientes eram do sexo feminino e a idade variou de 31 a 71 anos. Dois pacientes submeteram-se a aneurismectomia previamente (um da aorta ascendente e outro da porção proximal da aorta torácica). Revascularização miocárdica foi feita em um paciente, 40 dias antes da aneurismectomia. A indicação em todos os pacientes foi dor, causada por compressão do aneurisma, sendo que, em dois, havia insuficiência respiratória associada. Todos os pacientes foram operados através de incisão toracoabdominal e abertura do diafragma. A aorta foi substituída por tubo de Dacron, desde sua porção proximal até sua bifurcação, e as artérias viscerais foram implantadas no tubo. Quatro pacientes foram operados com pinçamento da aorta; um paciente necessitou emprego de circulação extracorpórea e parada circulatória, por impossibilidade de pinçamento da aorta junto à artéria subclávia. Todos os pacientes sobreviveram ao ato cirúrgico, ocorrendo dois óbitos no pós-operatório, um subitamente no 12º dia e outro por coma neurológico secundário a parada cardíaca causada por hipoxia.
2022-12-06T14:00:24Z
Souza,Januário M Berlinck,Marcos F Rojas,Salomon O Senra,Dante F Oliveira,Paulo A. F Martins,José Renato M Mazzieri,Ricardo Oliveira,Sérgio Almeida de
Dez anos de cirurgia dos aneurismas e dissecções crônicas da aorta ascendente no Instituto do Coração - FMUSP
Entre janeiro de 1980 e dezembro de 1990, 109 pacientes com idade entre 12 e 70 anos, 86 do sexo masculino e 23 do sexo feminino, foram operados para tratamento de aneurismas e dissecções da aorta ascendente, associados ou não a insuficiência aórtica. Trinta e quatro pacientes estavam em classe funcional (CF) IV (NYHA), 51 em CF III, 18 em CF II e seis em CF I. Cinqüenta e dois pacientes tinham dissecção crônica da aorta, 29 tinham ectasia ânulo-aórtica, dez aneurisma sacular com insuficiência aórtica e os demais, diagnósticos associados. A mortalidade imediata foi de 12,8% (14 óbitos). Vinte e sete (24,7%) pacientes não foram acompanhados tardiamente. A mortalidade tardia foi de 13,4% (11/82). Dos 72 pacientes acompanhados clinicamente até 120 meses de evolução (três a 120 meses), 65 (90,5%) mantêm-se em CF I e II. Concluiu-se que: a operação de Bentall - De Bono, demonstra ter melhor resultado em relação às interposições de tubo (p < 0,01), com estimativa de função de sobrevida de 70% em 120 meses, com excelente evolução clínica tardia.
2022-12-06T14:00:24Z
Fontes,Ronaldo Ducceschi Stolf,Noedir A. G Lourenço Filho,Domingos D Tranchesi,Ricardo Mady,Charles Pereira-Barreto,Antônio Carlos Pileggi,Fúlvio Jatene,Adib D
Tratamento cirúrgico da ectopia cordis: relato de três casos e revisão da literatura
Entre 1985 e 1990, três neonatos portadores de ectopia cordis (EC) foram admitidos no InCor - FMUSP; dois com defeito do tipo tóraco-abdominal e um do tipo torácico. Todas as crianças tinham anomalias cardíacas associadas: atresia tricúspide tipo I-A, ausência de artérias pulmonares centrais e colaterais sistêmico-pulmonares (um paciente); comunicação interventricular (CIV) e comunicação interatrial (CIA) (um paciente); CIA (um paciente). Uma criança não foi operada, devido a infecção e laceração da artéria pulmonar, indo a óbito por sangramento. As duas outras foram operadas, na tentativa de se recobrir o coração com pele; uma foi a óbito no 1º dia de pós-operatório, por baixo débito (BD); a outra teve evolução mais longa, indo a óbito no 141º dia de pós-operatório, causado por insuficiência respiratória. A longa evolução desse último paciente deveu-se a um defeito cardíaco de pouca repercussão hemodinâmica (CIA) e à colaboração de um cirurgião plástico na equipe cirúrgica. Este trabalho relata esses três casos e faz uma suscinta revisão da literatura.
2022-12-06T14:00:24Z
Riso,Arlindo A Barbaro-Marcial,Miguel Ludovici,Orlando Machado,Deipara M. A Ebaid,Munir Auler Júnior,José Otávio C Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Cirurgia cardíaca fetal: características hemodinâmicas da placenta durante circulação extracorpórea
A diminuição da perfusão placentária com conseqüente distúrbio de trocas gasosas ocorre com freqüência após a circulação extracorpórea (CEC) fetal experimental. Com o objetivo de caracterizar a hemodinâmica placentária durante a CEC, foram colocadas em CEC sete placentas de ovelhas, isoladas in situ, através da canulação dos vasos umbilicais. O fluxo da CEC foi alterado de 15 a 300 ml/min/kg de peso fetal, em normotermia e hipotermia. A resistência vascular placentária (RVP) permaneceu constante durante uma pressão de perfusão e fluxo da CEC acima de 40 mmHg e 150 ml/min/kg, respectivamente. Abaixo destes valores, a relação da RVP com estes dois parâmetros foi inversamente proporcional. Um maior aumento da RVP foi observado durante a hipotermia. A implicação clínica destes achados reside no fato de que a diminuição do fluxo e da pressão de perfusão placentária durante a CEC pode conduzir a um ciclo vicioso, resultando em prejuízo adicional da perfusão placentária das trocas gasosas, sendo que a hipotermia agrava ainda mais esta disfunção placentária.
2022-12-06T14:00:36Z
Assad,Renato S Lee,Fan-Yen Berger,Kim Hanley,Frank I
Aneurisma do seio de Valsalva: análise de sete casos
Os autores apresentam a experiência acumulada de janeiro de 1984 a julho de 1990, no Instituto de Moléstias Cardiovasculares (IMC), de sete casos de aneurisma do seio de Valsalva (ASV), tratados cirurgicamente com uso de retalho de pericárdio bovino (PB), ou troca valvar nos casos indicados. Cinco casos eram de origem congênita e dois estavam associados a doença reumática. Dos congênitos, quatro estavam rotos, sendo dois para o átrio direito e dois para o ventrículo direito; em um caso não havia rotura e se projetava para o ventrículo esquerdo. Dos dois casos associados a doença reumática, um estava roto para o ventrículo direito e o outro apresentava protrusão do saco aneurismático para o ventrículo esquerdo e eversão da válvula aórtica correspondente. Foi usado retalho de PB para dar sustentação à sutura nos casos de ASV congênitos; destes, um evoluiu com deiscência da sutura aos sete meses e aos seis anos, sendo reoperado nas duas ocasiões. Nos casos associados a doença reumática, foi realizada a substituição valvar com prótese biológica PB IMC; dos dois pacientes, um foi a óbito, em decorrência de acidente vascular cerebral, no 15º dia de pós-operatório. Conclui-se que, quando não há alterações secundárias nas válvulas (ex.: calcificação, endocardite, etc), a restauração é possível e desejada, com boa evolução quando se usa retralho de pericárdio bovino.
2022-12-06T14:00:36Z
Mustafá,Ricardo M Braile,Domingo M Ardito,Roberto V Santos,José Luiz Verde dos Zaiantchik,Marcos Soares,Marcelo José Ferreira Leal,João Carlos Ferreira
Correção cirúrgica para reversão de operação de Senning em caso de falência ventricular direita
Os autores apresentam uma nova proposta para tratar disfunção do ventrículo direito no pós-operatório tardio da transposição das grandes artérias associada a grande comunicação interventricular e que tenha sido tratada pela inversão em nível atrial. Apresentam o caso de um paciente com 12 anos de idade, que havia sido submetido a operação de Senning associada a fechamento de comunicação interventricular e alivio de estenose pulmonar há 8 anos. A operação de Senning foi desfeita, restabelecendo-se a concordância atrioventricular, o remendo que fechava a comunicação interventricular foi ressecado, conectando-se a aorta com o ventrículo esquerdo. A artéria pulmonar foi seccionada transversalmente, próximo ao plano valvar. O coto proximal foi suturado e o distai, conectado ao ventrículo direito através de tubo valvulado de pericárdio bovino. A evolução foi satisfatória, revertendo-se a situação do paciente do grupo funcional IV para grupo I/II.
2022-12-06T14:00:36Z
Jatene,Adib D Jatene,Fábio B Jatene,Marcelo B Ikari,N Machado,Deipara M. A
Tratamento alternativo na síndrome da angústia respiratória, no adulto: relato de caso
Paciente do sexo feminino, de 33 anos de idade, submetida a revascularizaçáo do miocárdio, aneurismectomia e trombectomia de ventrículo esquerdo, evoluiu no pós-operatório com síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA). Inicialmente, recebeu tratamento convencional e, pela hipoxemia persistente, optou-se pela remoção de CO2 através de oxigenador de membrana (MACCHI-ECCO2R), associado a pressão positiva de baixa freqüência, com sucesso. A paciente permaneceu sob assistência ventilatória por 57 dias, sendo sete dias com ECCO2R. Teve alta hospitalar no 83º dia de pós-operatório. Após quatro meses, apresentava, à radiogafia pulmonar, tônus e trofismo muscular normais e espirometría com obstrução em pequenas vias aéreas grau I.
2022-12-06T14:00:36Z
Costa,Valéria R Silva,Ana Maria P. R Coimbra,Vera Regina M Feltrin,Maria Ignês Jatene,Fábio B Amato,Marcelo B. M Auler Júnior,José Otávio C
Plástica da valva mitral em pacientes consecutivos: como é a evolução tardia?: avaliação clínica e ecocardiográfica
Foram estudados no pós-operatório tardio 39 pacientes submetidos a plástica da valva mitral por insuficiência ou dupla lesão. A idade média dos pacientes foi de 30,5 anos com desvio padrão de 17,2 anos sendo 24 (61,50%) pacientes do sexo feminino e 15 (38,50%) do sexo masculino. Foram realizadas 21 anuloplastias com anel de Carpentier, com tira posterior, cinco anuloplastias tipo Merendino, e uma anuloplastia tipo Kay. Não houve óbito imediato neste grupo de pacientes. Vinte e três (58,97%) pacientes apresentavam em sua história sintomas relacionados a febre reumática, 12 (30,76%) pacientes com etiologia não definida e quatro (10,25%) com degeneração mucóide. O tempo de evolução foi de 1497 meses/pacientes, com média de 38,39 meses e desvio padrão de 16,08 meses. No período de pós-operatório tardio 34 (87,74%) pacientes estavam em classe funcional I (NYHA) sendo que ocorreram dois (5,12%) óbitos tardios e dois (5,12%) pacientes foram reoperados. As taxas linearizadas dos eventos reoperação e tromboembolismo foram respectivamente de 1,6% e 0,8% por paciente/ano. A estimativa da função de sobrevida é de 94,87%. Na avaliação ecocardiográfica comparando-se os valores pré e pós-operatórios encontramos diminuição significativa do diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (p = 0.0001), do diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (p = 0.0001), e do diâmetro do átrio esquerdo (p = 0.0001). O estudo ecodopplercardiográfico pós-operatório demonstrou não haver alteração da área valvar ao esforço. A análise dos dados permite concluir que os pacientes submetidos a plástica da valva mitral apresentam estimativa de sobrevida e evolução clínica satisfatórias.
2022-12-06T14:00:36Z
Pomerantzeff,Pablo M. A Azevedo,José G Ratti,Miguel Moraes,Álvaro V Amato,Marisa Grinberg,Max Monteiro,Ana C Puig,Luiz B Stolf,Noedir A. G Verginelli,Geraldo Jatene,Adib D
Tratamento cirúrgico da tetralogía de Fallot no adulto
Vinte e nove pacientes com tetralogía de Fallot, cujas Idades variaram de 16 a 43 anos (média: 21 anos), foram submetidos à correção total. Somente dois (6,8%) tinham uma operação de Blalock-Taussig prévia. A técnica clássica de correção intracardíaca foi usada em todos os casos. Em 13,7% (4 casos) dos pacientes foi necessário reconstruir a via de saída do ventrículo direito. Houve quatro (13,75) óbitos operatórios. Todas as mortes ocorreram no início da experiência (1967-1977), quando oxigenadores descartáveis e proteção miocárdica não foram usados. O seguimento dos sobreviventes foi de 1.560 pacientesmeses (média: 62 meses). Houve uma morte tardia de causa não cardíaca. Exceto em dois doentes, a evolução clínica foi boa. Dois pacientes foram reoperados com sucesso para correção de defeitos residuais, 11 anos e seis meses, respectivamente, após a operação inicial. Acredita-se que a idade avançada não é contra-indicação para correção total da tetralogía de Fallot, sobretudo porque os portadores desta anomalia que sobrevivem à idade adulta, geralmente apresentam anatomia favorável.
2022-12-06T14:00:36Z
Moraes,Carlos R Rodrigues,Jorge V Gomes,Cláudio A Tenório,Euclides A Moraes Neto,Fernando Santos,Cleusa L Mattos,Sandra S Cavalcanti,Ivan L