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                    Avaliação ecocardiográfica de pacientes submetidos à cirurgia mitral com papilopexia cruzada
FUNDAMENTO: As técnicas de substituição mitral com preservação do aparelho subvalvar têm reafirmado sua superioridade, sendo a papilopexia cruzada uma nova opção técnica que além de permitir preservação de estruturas anatômicas, oferece suporte na contração e protege o miocárdio na diástole ventricular, necessitando de estudos que documentem seus resultados. OBJETIVO: Avaliar as funções atrial e ventricular esquerdas, através de ecodopplercardiografia, em pacientes submetidos à substituição da valva mitral com papilopexia cruzada. MÉTODOS: Foram submetidos à substituição valvar mitral 15 pacientes, sendo nove (60%) do sexo masculino, com idade média de 45,7 anos. Quanto à etiologia, nove (60%) casos eram degenerativos, três (20%) reumáticos, dois (13,3%) isquêmicos e um (6,7%) com endocardite infecciosa. Após atriotomia e avaliação anatômica do aparelho valvar o folheto anterior foi desinserido do anel e centralmente dividido, sendo cada metade com seu complexo de cordas tendíneas fixada à comissura oposta por sua extremidade medial. Foi Implantada a prótese valvar biológica (em 13 casos) ou mecânica, fixada por pontos separados, com redução do anel valvar nos casos com miocardiopatia dilatada. Foram tomadas avaliações clinicas e ecodopplercardiográficas no pré-operatório, e sexto mês de pós-operatório. RESULTADOS: Todos os pacientes receberam alta em condições clínicas estáveis. Foi demonstrada redução significativa dos diâmetros ventriculares e dos diâmetros atriais (p< 0,001) sem comprometimento das vias de entrada e saída do ventrículo esquerdo. CONCLUSÃO: As substituições da valva mitral realizadas com a técnica de papilopexia cruzada apresentaram resultados favoráveis, com efeito positivo na recuperação morfológica atrial e ventricular esquerdas.
2022-12-06T14:00:48Z
Santana Filho,Geraldo Paulino Gomes,Otoni Moreira Oliveira,Gilson José de Rodrigues,Débora Nogueira,Ana Cláudia Sales,Rômulo Pinheiro,Delzirene Botelho Machado,Antonio Calzada Oliveira,Nivaldo Gomes
Maior letalidade e morbidade por infarto agudo do miocárdio em hospital público, em Feira de Santana - Bahia
FUNDAMENTO: Fatores relacionados ao nível sócio-econômico, à qualidade e à gestão assistencial podem influenciar na letalidade e morbidade por infarto agudo do miocárdio (IAM). OBJETIVO: Comparar letalidade e morbidade por IAM entre hospital público e privado. MÉTODOS: Estudo observacional, com grupos de comparação. Avaliação clínica na admissão e registro de dados diagnósticos, terapêuticos e evolutivos até a alta ou o óbito. Comparação das características clínicas por análise univariada seguida de análise bivariada, avaliando a associação de preditores com óbito e morbidade (Killip >I), SPSS, versão 13,0. RESULTADOS: Avaliados 150 pacientes, 63 (42,0%) privados e 87 (58,0%) públicos, com 63,1% e 62,1% de homens e idades de 61,1±13,8 e 60,0±11,6 anos, respectivamente. A letalidade por IAM foi de 19,5% nos públicos vs 4,8% nos privados (p=0,001) e a morbidade (Killip classe >1) de 34,3% nos públicos vs 15,0% nos privados (p=0,012). Houve diferença significativa nos públicos devido à menor renda familiar e escolaridade (70,1% com um a dois salários vs 19,0%, p<0,001, e 49,4% de analfabetos vs 6,3%, p<0,001, respectivamente), maior tempo de chegada ao hospital (TDH>1 hora: 76,9% vs 48,6%; p=0,003) e maior tempo para ser medicado (THM>15 minutos: 47,1% vs 8,0%, p<0,001), UTI para 8% vs 94% nos privados e trombólise para 20,6% vs 54,0%, respectivamente (p<0,001). CONCLUSÃO: Letalidade e morbidade maior no paciente público, que se apresentou mais grave, mais tardiamente e recebeu tratamento de menor qualidade.
2022-12-06T14:00:48Z
Ferreira,Graça Maria Tavares de Melo Correia,Luis Cláudio Reis,Helena Ferreira Filho,Carlos Brandão Freitas,Francisco Ferreira,Guilherme Melo Júnior,Ivan Oliveira,Nelson Guimarães,Armênio Costa
Escore TIMI no infarto agudo do miocárdio conforme níveis de estratificação de prognóstico
FUNDAMENTO: O escore de risco TIMI (thrombolysis in myocardial infarction) é derivado de ensaio clínico envolvendo pacientes elegíveis para fibrinólise. Como o perfil de risco desses casos difere do encontrado em populações não selecionadas, é importante que se analise a aplicabilidade do escore em condições clínicas habituais. OBJETIVO: Avaliar o manejo e a evolução hospitalar de pacientes internados com infarto agudo do miocárdio conforme estratificação de risco pelo escore TIMI. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 103 casos de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, admitidos no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, nos anos de 2004 e 2005. Os casos foram analisados em três grupos de risco de acordo com o escore TIMI. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar pós-infarto foi de 17,5%. No grupo de baixo risco não houve óbito. A mortalidade foi de 8,1% no grupo de médio risco e de 55,6% no de alto risco. O risco de morte para casos de alto risco foi 14,1 vezes maior em relação aos casos de médio e baixo risco (IC95% = 4,4 a 44,1 e p<0,001). A chance de receber fibrinolítico foi 50% menor no grupo de alto risco em relação ao de baixo risco (IC95%= 0,27 - 0,85; p=0,004). CONCLUSÃO: Houve um aumento progressivo na mortalidade e na ocorrência de complicações hospitalares conforme estratificação pelo escore TIMI. Pacientes de alto risco receberam trombolítico menos frequentemente que pacientes de baixo risco.
2022-12-06T14:00:48Z
Pereira,Jaqueline Locks Sakae,Thiago Mamôru Machado,Michele Cardoso Castro,Charles Martins de
Perfil lipídico, fatores de risco cardiovascular e síndrome metabólica em um grupo de pacientes com AIDS
FUNDAMENTO: Desde o advento da AIDS, a terapia antiretroviral desenvolveu-se significantemente, incluindo a terapia antiretroviral altamente ativa (HAART) e a doença adquiriu uma característica crônica. Entretanto, após a introdução da HAART, várias alterações metabólicas foram observadas, principalmente relacionadas ao perfil lipídico. OBJETIVO: Avaliar e comparar os perfis lipídicos, analisar o risco cardiovascular, e descrever a prevalência da síndrome metabólica em pacientes com AIDS tratados ou não com HAART. MÉTODOS: Durante um período de 18 meses, 319 pacientes tratados em ambulatórios na cidade de São Paulo, Brasil, foram selecionados. RESULTADOS: A amostra final incluiu 215 pacientes tratados com HAART e 69 pacientes virgens de tratamento com HAART. A idade média era 39,5 anos, e 60,9% eram do sexo masculino. Os principais fatores de risco cardiovascular eram o fumo (27%), hipertensão (18%) e histórico familiar de aterosclerose (40%). Os valores médios de colesterol total, HDL-colesterol, triglicérides e glicose foram mais altos no grupo HAART do que no grupo não-HAART (205 vs 180 mg/dl, 51 vs 43 mg/dl, 219 vs 164 mg/dl e 101 vs 93 mg/dl respectivamente; p < 0,001 para todos). De acordo com o escore de risco de Framingham, o risco cardiovascular era moderado a alto em 11% dos pacientes tratados com HAART e 4% dos pacientes não-HAART. De acordo com a definição do Adult Treatment Panel III, a síndrome metabólica foi observada em 13% e 12% dos pacientes, respectivamente, com e sem HAART. CONCLUSÃO: Embora os valores médios do colesterol total, HDL-c e triglicérides tenham sido mais altos no grupo HAART, um maior risco cardiovascular não foi identificado no primeiro grupo. A prevalência de síndrome metabólica foi comparável em ambos os grupos.
2022-12-06T14:00:48Z
Silva,Érika Ferrari Rafael da Bassichetto,Katia Cristina Lewi,David Salomão
Forma inusitada de Pericardite Crônica Constritiva Idiopática
Paciente masculino, 55 anos, com queixa progressiva há 1 ano e 8 meses. Estava com 160kg (habitual 95 kg), extremamente edemaciado, com ortopnéia. Trouxe exames ecocardiográficos normais e eletrocardiograma com inversão de onda T. Biópsia endomiocárdica afastou fibrose endomiocárdica ou cardiomiopatia restritiva, mas as curvas pressóricas eram típicas de processo restritivo. Novo ecocardiograma agora mostrou pericárdio bastante espesso. Indicada pericardiectomia, recebendo alta com remissão completa dos sintomas. O estudo anatomopatológico foi inespecífico, sendo a pericardite classificada como idiopática. O caso alerta para a necessidade de alto grau de suspeição de pericardite constritiva em pacientes com ascite volumosa sem causa aparente.
2022-12-06T14:00:48Z
Godoy,Moacir Fernandes de Francischi,Fábio Barros de Pavarino,Paulo Roberto Oliveira,Marcos Aurélio Barboza de Soares,Marcelo José Ferreira Braile,Domingo Marcolino
Mortalidade relacionada ao tratamento endovascular do aneurisma da aorta abdominal com o uso dos modelos revisados
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a definição da mortalidade relacionada ao procedimento após tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal (EVAR) como definido pelo Committee for Standardized Reporting Practices in Vascular Surgery. MÉTODO: Dados de pacientes com aneurisma de aorta abdominal foram analisados do banco de dados EUROSTAR. Os pacientes foram submetidos ao EVAR entre junho de 1996 a fevereiro de 2004 e foram estudados retrospectivamente. A probabilidade explicita da causa de morte foi registrada. O intervalo entre a operação, alta hospitalar ou intervenção secundária até a morte foi registrado. RESULTADOS: De um total de 5612 pacientes, 589 (10,5%) faleceram após o EVAR em acompanhamento total e qualquer causa de morte foi inclusa. Cento e quarenta e um pacientes (12,5%) morreram devido a causa relacionada ao aneurisma, sendo que 28 (4,8%) foram rupturas, 25 (4,2%) infecções do implante e 88 (14,9%) foram pacientes que morreram num prazo de 30 dias após o procedimento inicial (definição atualmente utilizada, também conhecido como resultado clínico a curto prazo). Além disso, 25 pacientes faleceram após 30 dias, mas continuavam ainda hospitalizados (ou transferidos a home-care para reavaliação posterior, ou necessitaram intervenção secundária). Levando em conta a duração da admissão ao hospital e a mortalidade imediata após o procedimento relacionada a intervenções secundárias, 49 mortes tardias também podem ser relacionadas ao EVAR. CONCLUSÃO: Morte tardia compõe uma proporção considerável da mortalidade relacionada ao EVAR dentro do tempo de análise revisado.
2022-12-06T14:00:48Z
Konig,Gosen Gabriel Vallabhneni,S.R. Marrewijk,Corinne J. Van Leurs,Lina J. Laheij,Robert J.F. Buth,Jacob
Estudo comparativo entre o pré-condicionamento isquêmico e a drenagem liquórica como métodos de proteção medular em cães
OBJETIVO: Este estudo compara os efeitos do pré-condicionamento isquêmico imediato, baseado na monitorização do potencial evocado somatossensitivo (PESS), com aqueles da drenagem do líquido cefalorraquidiano, em um modelo de oclusão da aorta torácica descendente em cães. MÉTODO: Dezoito cães foram submetidos à isquemia medular induzida pela oclusão da aorta torácica descendente por 60 minutos. O Grupo Controle foi submetido à oclusão da aorta (n=6), o Grupo Pré-Condicionamento Isquêmico (PCI), ao pré-condicionamento isquêmico (n=6) e o grupo drenagem, à drenagem do líquido cefalorraquidiano (n=6), imediatamente antes da oclusão da aorta. A condição neurológica foi acessada por um observador independente, de acordo com a escala de Tarlov. Os animais foram sacrificados e as medulas retiradas para exame histopatológico. RESULTADOS: Pressões da aorta proximal e distal à oclusão foram semelhantes nos três grupos. Sete dias após o procedimento, o índice de Tarlov foi significativamente maior em comparação ao Grupo Controle, somente no Grupo PCI (p<0,05). Foram observados valores menores no tempo de recuperação do PESS com o uso da drenagem liquórica durante a fase final de reperfusão (p<0,01). Exame histopatológico evidenciou necrose menos grave na substância cinzenta torácica e lombar, nos animais submetidos aos dois métodos de proteção medular, sendo mais pronunciada no Grupo PCI (p<0,001). CONCLUSÃO: A drenagem do líquor e o pré-condicionamento isquêmico parecem proteger a medula espinhal, durante a oclusão da aorta torácica descendente. Entretanto, o nível de proteção medular obtido parece ser mais significativo com a drenagem do líquido cefalorraquidiano.
2022-12-06T14:00:48Z
Benício,Anderson Moreira,Luiz Felipe Pinho Mônaco,Bernardo Assumpção de Castelli,Jussara B. Mingrone,Larissa Eckmann Stolf,Noedir Antônio Groppo
Efeitos das cardioplegias sangüínea e cristalóide no miocárdio hipertrófico de coelho: avaliação estrutural e ultra-estrutural
OBJETIVO: Comparar e avaliar experimentalmente as alterações estruturais e ultra-estruturais em corações hipertrofiados isolados de coelhos submetidos à parada protegida pela solução de cardioplegia sangüínea e cardioplegia cristalóide. MÉTODO: O estudo compreendeu um grupo controle e dois grupos experimentais. No grupo I, a parada cardíaca foi obtida pela infusão da solução de cardioplegia sangüínea contínua e tépida. No grupo II, a parada cardíaca foi conseguida pela infusão da solução de cardioplegia cristalóide intermitente e fria. No grupo controle, os corações foram submetidos à parada anóxia normotérmica por 45 minutos. Após experimentos, oito amostras da parede lateral do ventrículo esquerdo foram coletadas e fixadas em formaldeído 10% e glutaraldeído 2,5% para análises estrutural e ultra-estrutural. RESULTADOS: Os resultados estruturais e as descrições ultra-estruturais mostraram que os corações submetidos à parada protegida pela cardioplegia sangüínea contínua e tépida (grupo I) estavam mais preservados com alterações celulares menos acentuadas se comparados aos submetidos à parada protegida pela cardioplegia cristalóide intermitente e fria (grupo II) e ao grupo controle. CONCLUSÃO: A cardioplegia sangüínea contínua e tépida (Grupo I) foi mais eficiente na preservação da integridade estrutural e ultra-estrutural do miocárdio, quando comparada à cardioplegia cristalóide intermitente e fria (Grupo II).
2022-12-06T14:00:48Z
Cressoni,Elthon Silveira Avanci,Luiz Ernesto Braile,Domingo Marcolino Lima-Oliveira,Ana Paula Marques Taboga,Sebastião Roberto Martins,Antonio Sérgio Oyama,Rosa Sayoko Kawasaki Oliveira,Marcos Aurélio Barbosa de
Fatores de risco pré-operatórios para o desenvolvimento de Insuficiência Renal Aguda em cirurgia cardíaca
OBJETIVO:Avaliar os fatores de risco clínicos pré-cirurgicos para o desenvolvimento de Insuficiência Renal Aguda (IRA) em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. MÉTODO: Foram estudados, de modo prospectivo, 150 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, durante 21 meses consecutivos, havendo um leve predomínio de homens (57%), idade média de 56 ± 15 anos, sendo que 66% apresentavam insuficiência coronariana como principal diagnóstico e 34% valvulopatias. A mediana da creatinina sérica no período pré-operatório foi de 1,1 mg/dl. IRA foi definida como elevação de 30% da creatinina sérica basal. O protocolo de variáveis clínicas teve seu preenchimento iniciado 48 horas antes do procedimento cirúrgico e encerrado 48 horas após o mesmo, incluindo variáveis cardiológicas e não-cardiológicas, além de resultados laboratoriais. RESULTADOS: A IRA esteve presente em 34% dos casos. Após análise multivariada, presença de doença vascular periférica foi fator pré-operatório identificado. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos nesse estudo permitiram sinalizar alguns fatores contributivos para o desenvolvimento de IRA em cirurgia cardíaca, o que pode possibilitar condutas clínicas simples para evitar a disfunção renal nestas situações e, conseqüentemente, redução da taxa de mortalidade. No presente trabalho, o tamanho da amostra talvez tenha impedido a identificação de outros fatores de risco significativos.
2022-12-06T14:00:48Z
Kochi,Ana Claudia Martins,Antonio Sérgio Balbi,André Luís Moraes e Silva,Marcos Augusto de Lima,Maria Cristina Pereira Martins,Luís Cuadrado Andrade,Rubens Ramos de
Nova bandagem ajustável das artérias pulmonares na Síndrome de Hipoplasia de Câmaras Esquerdas
OBJETIVO: A Síndrome de Hipoplasia de Câmaras Esquerdas representa um grande desafio para cirurgiões do mundo inteiro. Atualmente, tem sido proposto procedimento paliativo alternativo, por meio da bandagem bilateral das artérias pulmonares associada à colocação de stent no canal arterial e atrioseptostomia. No entanto, as bandagens utilizadas são fixas, podendo tornar-se inadequadas após o fechamento do esterno ou com o rápido crescimento somático do paciente. Descrevemos a primeira aplicação clínica do novo dispositivo miniaturizado de bandagem ajustável das artérias pulmonares em neonato portador da síndrome de hipoplasia de câmaras esquerdas, o qual permitiu ajustes percutâneos precisos do fluxo sangüíneo pulmonar. MÉTODO: Através de esternotomia mediana, neonato de 5 dias de vida foi submetido à bandagem pulmonar bilateral, usando este novo dispositivo, combinada com interposição de tubo de PTFE entre o tronco pulmonar e o tronco braquiocefálico. RESULTADOS: O paciente apresentou boa evolução pós-operatória. Três ajustes percutâneos das bandagens foram necessários para manter a saturação arterial de oxigênio entre 75-85%. No 48º dia de vida, o paciente foi submetido a atrioseptostomia com colocação de stent (6 mm) para tratamento de comunicação interatrial restritiva. No 106º dia de vida, realizou-se operação de Norwood associada à anastomose cavopulmonar bilateral. As bandagens foram removidas, sem distorção das artérias pulmonares. CONCLUSÕES: O uso clínico deste sistema inovador de bandagem ajustável das artérias pulmonares mostrou-se factível, seguro e eficaz. Permitiu o ajuste fino do fluxo pulmonar de acordo com as necessidades clínicas, proporcionando um equilíbrio preciso entre as circulações pulmonar e sistêmica.
2022-12-06T14:00:48Z
Assadi,Renato Samy Zamith,Marina M. Silva,Maria Fernanda Thomaz,Petrônio Generoso Miana,Leonardo Augusto Guerra,Vitor Coimbra Pedra,Carlos Augusto Cardoso Barbero-Marcial,Miguel
Doença arterial obstrutiva periférica e índice tornozelo-braço em pacientes submetidos à angiografia coronariana
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) em coronariopatas. Avaliar a relação entre Índice Tornozelo-Braço (ITB) e doença coronariana, e sua correlação com fatores de risco cardiovascular. MÉTODO: ITB investigado com ultra-sonografia Doppler. Características clínicas pesquisadas: idade, sexo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, etilismo, tabagismo e obesidade. População: 113 pacientes submetidos à angiografia coronariana. Primeira análise: 2 grupos - ausência e presença de coronariopatia. Segunda análise: 3 grupos - Grupo 1 - ausência de lesão coronariana; Grupo 2 - estenose < 70%; e Grupo 3 - estenose > 70%. Terceira análise: 2 grupos - ausência e presença de DAOP. RESULTADOS: 90,76% dos coronariopatas apresentaram DAOP. Houve diferença significante quanto à faixa etária (p<0,001), hipertensão (p<0,001), tabagismo (p<0,001), IMC (p<0,001), pressão sistólica (p<0,001), diastólica (p<0,001) e de pulso (p<0,001) e ITB (p<0,001) entre indivíduos com e sem lesão coronariana. Houve diferença significante quanto à faixa etária (p<0,001), diabetes (p=0,030), hipertensão (p<0,001), tabagismo (p<0,001), IMC (p<0,001), pressão sistólica (p<0,001), diastólica (p<0,001) e de pulso (p<0,001) e ITB (p<0,001) entre os pacientes divididos quanto ao grau da coronariopatia. Houve diferença significante quanto à faixa etária (p<0,001), hipertensão (p<0,001), tabagismo (p<0,001), IMC (p<0,001), pressão sistólica (p<0,001), diastólica (p<0,001) e de pulso (p<0,001) entre pacientes com e sem DAOP. Pela Análise de Regressão Logística, pacientes idosos, obesos e com ITB < 0,90 apresentam probabilidade de lesão coronariana de 98,93%. CONCLUSÃO: ITB < 0,90 constitui um possível marcador de doença arterial coronariana em pacientes com risco de doenças cardiovasculares.
2022-12-06T14:00:48Z
Gabriel,Sthefano Atique Serafim,Pedro Henrique Freitas,Carlos Eduardo Moreira de Tristão,Cristiane Knopp Taniguchi,Rodrigo Seiji Beteli,Camila Baumann Gabriel,Edmo Atique Morad,José Francisco Moron
Resultados imediatos da artéria torácica interna direita e artéria radial como segundo enxerto arterial em revascularização do miocárdio
OBJETIVO: Avaliar os resultados imediatos da cirurgia de revascularização miocárdica com o uso de um segundo enxerto arterial, comparando a artéria torácica interna direita e a artéria radial. MÉTODO: No período de janeiro de 2004 a março de 2006, foram estudados 58 pacientes consecutivos submetidos à revascularização do miocárdio que receberam, além da artéria torácica interna esquerda, um segundo enxerto arterial. Vinte receberam a artéria torácica interna direita e 38, a artéria radial. Foram analisados mortalidade hospitalar, tempo de intubação, tempo de internação em UTI e hospitalar, tempo operatório, volume de sangramento, necessidade de transfusão e incidência de complicações pós-operatórias. RESULTADOS: Os grupos não diferiram entre si quanto às características pré-operatórias. Nos pacientes que receberam artéria torácica interna direita, houve incremento no tempo operatório, quando comparados àqueles que receberam radial, com média de 365 minutos contra 309 (p=0,0018). A média de anastomoses distais foi igual nos dois grupos, porém a média de artérias revascularizadas com o segundo enxerto arterial foi maior no grupo radial (1,57 x 1,05; p=0,003). Não houve diferença quanto às variáveis pós-operatórias analisadas. Houve um (1,7%) óbito hospitalar, que ocorreu no grupo revascularizado com artéria radial. Não ocorreu episódio de mediastinite nesta série de pacientes. CONCLUSÃO: Os resultados imediatos não diferiram entre os dois grupos. Observou-se, no entanto, que o uso da artéria torácica interna direita relacionou-se com aumento do tempo operatório, nesta série de pacientes.
2022-12-06T14:00:48Z
Miana,Leonardo Augusto Lima,Diego Silveira Whitaker,Joseph Fredric Passos,Pedro Horácio Cosenza Loures,João Batista Lopes Miana,Antonio Augusto
Substituição da valva mitral com tração dos músculos papilares em pacientes com miocardiopatia dilatada
OBJETIVO: Avaliar a geometria e a função do ventrículo esquerdo (VE) após a troca mitral com tração e fixação dos papilares, em portadores de insuficiência cardíaca terminal com insuficiência mitral secundária. MÉTODO: Dos 20 pacientes avaliados, 70% eram homens, com idade média de 50,2 anos e 55% recebiam inotrópicos. A fração de ejeção (FEVE) foi menor que 30% em todos; 85% estavam em classe funcional (CF) IV. Dezoito receberam próteses de pericárdio bovino e dois, mecânicas. Os períodos considerados foram: 3, 6, 12 e 18 meses. As variáveis consideradas: volume sistólico do VE (VS), a FEVE, os diâmetros sistólico e diastólico finais (DSF e DDF) e os volumes sistólico e diastólico finais (VSF e VDF). No estudo estatístico, empregou-se da análise de variância (AV) e o teste de Friedmann (F). A sobrevida foi aferida pelo método de Kaplan-Meyer. RESULTADOS: Dois (10%) faleceram no período imediato. A sobrevida no primeiro ano foi de 85%, no segundo, 44%, no terceiro, 44%, no quarto, 44% e no quinto, 44%. A comparação entre pré e 3 meses, empregando-se a AV, não revelou alteração significativa para o VS (p=0,086). Houve acréscimo da FEVE (p=0,008) e decréscimo do DDF (p=0,038); do DSF (p=0,008); do VDF (p=0,029) e do VSF (p=0,009). Os momentos pré, 3 e 6 meses, com o teste F, não revelaram alterações. Entre os momentos pré, 3 meses e final, empregando-se a AV, não houve significância. CONCLUSÃO: Há melhora da FEVE, dos VDF, VSF, DDF e DSF; até o terceiro mês. A partir de então, as variáveis permanecem estáveis.
2022-12-06T14:00:48Z
Gaiotto,Fabio Antonio Puig,Luiz Boro Mady,Charles Fernandes,Fábio Tossuniam,Carlos Eduardo Pardi,Miriam Magalhães Dallan,Luis A. O. Oliveira,Sérgio Almeida de Ramires,José F. Pomerantzeff,Pablo M. A.
Efeitos da radiação gama no comportamento mecânico e na calcificação do pericárdio bovino fixado com glutaraldeído
OBJETIVO: Avaliar o comportamento mecânico e os efeitos no processo de calcificação pós-implante do pericárdio bovino tratado com glutaraldeído submetido a várias doses de radiação gama. MÉTODO: Pericárdios bovinos fixados com glutaraldeído foram submetidos a radiação gama, nas doses de 0 a 10000 Gy. Seis amostras de cada grupo foram avaliadas pela microscopia óptica, determinação da temperatura de desnaturação do colágeno e ensaio mecânico de tração e implantadas subcutaneamente em ratos. Após quatro meses do implante, as amostras foram explantadas e o conteúdo de Ca2+ determinado pela espectrometria de absorção atômica. RESULTADOS: Níveis de Ca2+ (em µg/mg): 0 Gy (controle) - 194,45; 50 Gy - 154,64; 100 Gy - 169,37; 200 Gy - 163,64; 500 Gy - 199,89; 1000 Gy - 184,02; 2000 Gy - 198,95; 5000 Gy - 227,95 e 10000 Gy - 362,62. Houve alteração significativa no comportamento mecânico do tecido irradiado, quando comparado ao grupo controle, mesmo com o emprego de baixas doses de radiação. CONCLUSÃO: O emprego da radiação gama no pericárdio bovino tratado com glutaraldeído não reduziu os níveis de Ca2+ em implantes subcutâneos em ratos por quatro meses e promoveu alteração significativa no comportamento mecânico do tecido, com redução na sua resistência, quando comparados ao grupo controle.
2022-12-06T14:00:48Z
Baucia,José Augusto Leal Neto,Ricardo Mendes Rogero,José Roberto Nascimento,Nanci do Reyes,Carmem Aparecida Cruz
Avaliação hemodinâmica de anastomoses arteriais reforçadas com selante de fibrina: estudo experimental em suínos
OBJETIVO: Avaliar o fluxo, a pressão de ruptura, a necessidade de pontos de reforço, em artérias suturadas, reforçadas ou não com selante de fibrina após uma secção transversal. MÉTODO: Utilizou-se como selante o Tissucol®. Dezessete suínos, Landrace ligth, pesando entre 15 e 20 kg, tiveram suas artérias femorais e carótidas seccionadas após heparinização, anastomosadas em plano único contínuo de prolene 7-0. Usamos 68 amostras arteriais, 34 no grupo tratamento e 34 no grupo controle. Uma artéria carótida e uma femoral receberam, selante de fibrina, aleatoriamente; o lado contralateral foi o controle. Anotava-se a necessidade e o número de pontos de reforço. Após 10 minutos da infusão de protamina, sacrificavam-se os animais, cateterizavam-se as artérias. Estas artérias foram mensuradas, colocadas num fluxômetro, onde se avaliava a velocidade do fluxo. As artérias foram submetidas à infusão de ar, com pressões sucessivamente mais elevadas, mergulhadas em solução de NaCl a 0,9%, observando-se o primeiro vazamento aéreo. Analisaram-se os dados estatisticamente. RESULTADOS: Os diâmetros externos e a espessura das artérias, além da pressão de ruptura e número de amostra com ruptura superior a 200mmHg, foram semelhantes. Contudo, o selante diminuiu o número de pontos de reforço. CONCLUSÃO: O selante de fibrina reduz a necessidade de pontos adicionais.
2022-12-06T14:00:48Z
Rocha,Eduardo Augusto Victor Souza,Cláudio de
Forças mecânicas e veias safenas humanas: implicação na revascularização do miocárdio
As células endoteliais vasculares estão expostas a uma variedade de forças mecânicas in vivo, resultantes do fluxo sangüíneo pulsátil. Dentre essas forças, destacam-se: forças de cisalhamento, tangenciais à parede do vaso, produzidas pelo atrito com o fluxo sangüíneo viscoso, tensão de complacência da parede vascular e a pressão hidrostática do conteúdo sangüíneo no interior da vasculatura. Diversos autores estudaram as alterações hemodinâmicas, funcionais e morfológicas em veias safenas humanas causadas por esses tipos de forças com resultados conflitantes. A motivação dessa revisão foi analisar dados da literatura e alguns dados experimentais do nosso laboratório. Os aspectos revistos são: 1) Respostas endoteliais e regulação gênica causadas pelo shear stress; 2) Efeitos da pressão hidrostática na morfologia da célula endotelial, expressão gênica da superfície celular endotelial e proliferação das células endoteliais, 3) Efeitos da tração no endotélio de veias safenas humanas.
2022-12-06T14:00:48Z
Tineli,Rafael Angelo Viaro,Fernanda Dalio,Marcelo Bellini Reis,Graziela Saraiva Basseto,Solange Vicente,Walter Villela de Andrade Rodrigues,Alfredo José Evora,Paulo Roberto Barbosa
Resistência à aspirina e aterotrombose
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:48Z
Gabriel,Sthefano Atique Beteli,Camila Baumann Tanighuchi,Rodrigo Seiji Tristão,Cristiane Knopp Gabriel,Edmo Atique Job,José Roberto Pretel Pereira
Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes submetidos à hemodiálise
OBJETIVO: Analisar evolução hospitalar dos pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) em hemodiálise, submetidos a operação sem circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Cinqüenta e um pacientes portadores de IRC foram submetidos à operação sem CEC. A hemodiálise foi realizada no dia anterior à operação e no dia seguinte. A revascularização do miocárdio foi realizada com ponto de LIMA e estabilizador por sucção. RESULTADOS: A idade média foi de 61,28±11,09 anos e 31 (58,8%) pacientes eram do sexo feminino. A classe funcional predominante foi a IV em 21 (41,1%) dos pacientes. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo era ruim em 21 (41,1%) pacientes. O EUROSCORE médio desta série de pacientes foi de 7,65±3,83. O número médio de artérias coronárias revascularizadas foi de 3,1±0,78 por paciente. O tempo médio de ventilação mecânica foi de 3,78±4,35 horas. A permanência média na CTI foi de 41,9±13,8 horas, enquanto a média de permanência hospitalar foi de 6,5±1,31 dias. Quanto às complicações, nove (17,6%) pacientes desenvolveram FA e um (1,9%) apresentou quadro de AVC isquêmico, com boa recuperação durante a internação. Não houve óbito nesta série. CONCLUSÃO: Pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise sempre foram uma população de alto risco para revascularização do miocárdio. A ausência de CEC, aparentemente, cursa com baixos índices de morbi-mortalidade nesta população.
2022-12-06T14:00:48Z
Milani,Rodrigo Brofman,Paulo Roberto Slud Souza,José Augusto Moutinho de Barboza,Laura Guimarães,Maximiliano Ricardo Barbosa,Alexandre Varela,Alexandre Manoel Ravagnelli,Marcel Rogers Silva,Francisco Maia da
Revascularização miocárdica por minitoracotomia esquerda: série de casos
OBJETIVO: A reestenose é uma das complicações freqüentes das angioplastias. Estudos demonstraram superioridade da anastomose de Artéria Torácica Interna Esquerda (ATIE) para Coronária Interventricular Anterior (DA). Discute-se a indicação, técnica operatória e resultados da Revascularização do Miocárdio por Minitoracotomia Esquerda (MTE) sem extracorpórea. MÉTODO: Foram operados 18 pacientes (três mulheres), idade de 56,6±9,2 anos, com "shunt" intracoronário, para anastomose da ATIE para DA (14 casos) ou Diagonal (DI) e DA (4 homens). Exposição e estabilização foram obtidas com dispositivo Access (CardioThoracicSystems®). O enxerto foi dissecado esqueletizado e anastomosado com fio único de polipropileno 7-0. RESULTADOS: Não ocorreu óbito, conversão para esternotomia, transfusões ou alterações enzimáticas. As altas hospitalares ocorreram entre 3 e 5 dias e todos os pacientes retomaram suas atividades em até 20 dias. Houve uma reinternação por oclusão do enxerto, tratada com angioplastia, e outra por infecção incisional. Seis pacientes reestudados voluntariamente apresentaram angiografia com enxertos pérvios. CONCLUSÃO: A abordagem mostrou-se segura e sem obstáculos técnicos. Houve tempo de hospitalização curto e baixa morbidade, sem uso de hemoderivados. O instrumental apropriado e, casualmente, a aptidão manual esquerda do cirurgião facilitaram a técnica. Estudos randomizados poderão demonstrar se há benefício econômico e/ou clínico, no longo prazo, desta abordagem como tratamento preferencial.
2022-12-06T14:00:48Z
Gauze,Theófilo Rosa,Flávio de Almeida Salvi Jr,Waldir Ferreira de Tamazato,Elzio
Síndrome de hiperperfusão (pós-operatória) após três semanas da endarterectomia de carótida
A síndrome de hiperperfusão pós-operatória (SH) é uma complicação conhecida após a endarterectomia de carótida. Vários estudos têm demonstrado uma incidência de 0,3% a 1,2%. Isso ocorre em situações de reperfusão súbita de um hemisfério com hipoperfusão crônica. Apresentamos, neste trabalho, o caso de uma paciente de 48 anos que desenvolveu SH três meses após ser submetida a uma endarterectomia de carótida por estenose grave da artéria carótida.
2022-12-06T14:00:48Z
Torgovnick,Josh Sethi,Nitin Arsura,Edward
 
    