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Aneurisma do seio de Valsalva esquerdo englobando a parede anterior do ventrículo direito
Relatamos o caso de um homem de 36 anos, portador de aneurisma do seio de Valsalva esquerdo que englobou a parede anterior do ventrículo direito. Apresentava, também, importante insuficiência da valva aórtica. O diagnóstico foi realizado por meio do ecocardiograma transtorácico e cateterismo cardíaco. O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico que consistiu em fechamento do orifício aneurismático com placa de pericárdio bovino. Procedida a reconstrução plástica da valva aórtica, conforme a técnica de Trusler
2022-12-06T14:00:48Z
Brito,João de Deus e Assumpção,Cláudio Roberto C. Jazbik,Antonio de Pádua Gutierrez,Darteson Brito,Paulo Henrique T. de Kruczan,Dany David
Ruptura de aneurisma da aorta toracoabdominal em cavidade pleural direita
É relatado um caso de ruptura de aneurisma aórtico toracoabdominal em cavidade pleural direita, em paciente de 76 anos, com insuficiência renal crônica. Serão discutidas as possibilidades terapêuticas, salientando a importância do diagnóstico e tratamento precoces.
2022-12-06T14:00:48Z
Seidel,Amélia Cristina Miranda Jr,Fausto Marcantonio,João Marcelo
Caso 5/2006: operação de Rastelli com homoenxerto pulmonar decelularizado
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:48Z
Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Kozak,Ana Carolina Leiroz Ferreiro Botelho Maisano Beani,Lilian
Caso 6/2006: aortoplastia estendida com pericárdio bovino no tratamento da estenose aórtica supravalvar (técnica de Doty)
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:48Z
Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Kozak,Marcelo Felipe Vieira,Tatiana de Oliveira
Estudo histomorfométrico seqüencial da artéria torácica interna esquerda
OBJETIVO: O uso de enxertos de artéria torácica interna esquerda (ATIE) é atualmente reconhecido como a melhor opção na cirurgia de revascularização miocárdica, proporcionando menor incidência de eventos cardiovasculares e maior sobrevida. Entretanto, com a expansão do uso dos enxertos arteriais, faz se necessário melhor entendimento da estrutura histológica da ATIE. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura histológica da ATIE e a análise histomorfométrica seqüencial e comparativa entre os diferentes segmentos. MÉTODO: Foram estudados espécimes de ATIE retirados de 18 cadáveres, divididos em nove segmentos proporcionais. Cortes de cada segmento foram corados com técnica de Verhoeff-Van Gieson. Foram analisados os seguintes parâmetros: perímetro da luz arterial, espessura da íntima, espessura da camada média, número de fibras elásticas da camada média e a densidade de fibras elásticas. RESULTADOS: Os dados obtidos mostraram que perímetro da ATIE mostra tendência a diminuir ao longo de sua extensão, a espessura da íntima é aumentada nos segmentos proximais, a espessura da camada média diminui ao longo de sua extensão, o número de lâminas elásticas se concentra nos segmentos intermediários, a densidade de lâminas elásticas é diminuída nos segmentos proximais e distais. CONCLUSÃO: Portanto, os achados do presente estudo confirmam a heterogeneidade da estrutura histológica seqüencial da ATIE.
2022-12-06T14:00:48Z
Kneubil,Maximiliano C. Gomes,Walter J. Aquino,Marcelo S. Mazzilli,Paulo Gomes,Guiomar N. Ribeiro,Maria Flavia L. Benatti,Camille D. Buffolo,Enio
Uso da aprotinina na operação da aorta torácica associada à hipotermia profunda e parada circulatória: metanálise
OBJETIVO: Avaliar as complicações decorrentes do uso da aprotinina em pacientes submetidos à cirurgia de aneurisma ou dissecção da aorta torácica, que utilizaram hipotermia profunda e parada circulatória. MÉTODO: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, com uma estratégia de busca de baixa especificidade, nas bases de dados da Medline® e LILACS®. Dois pesquisadores independentes realizaram a seleção de artigos, seguindo os critérios adotados para inclusão de estudos, agrupando-os em dois grupos, um em que foi empregada baixa dose de aprotinina e outro alta dose. Os resultados foram apresentados como risco relativo para as variáveis dicotômicas, e como diferença de média ponderada para as variáveis contínuas, ambos com 95% de intervalo de confiança. RESULTADOS: Sete artigos compuseram a revisão sistemática, selecionados a partir de 2044 estudos revisados. A metanálise do único ensaio clínico controlado e randomizado não evidenciou riscos no uso da aprotinina, e apresentou uma redução significativa no sangramento e requerimento de transfusão de sangue. A metanálise dos estudos que empregaram baixa dose de aprotinina foi similar. Por outro lado, a metanálise dos estudos que adotaram alta dose de aprotinina não apresentou significância estatística em nenhuma variável estudada. CONCLUSÃO: Apesar de os resultados não evidenciarem riscos efetivos do uso da aprotinina, o poder estatístico da metanálise é baixo. Portanto, novos ensaios clínicos controlados e randomizados são requeridos, a fim de detectar possíveis malefícios do uso da aprotinina nesse tipo de operação.
2022-12-06T14:00:48Z
Locali,Rafael Fagionato Buffolo,Enio Palma,José Honório
A dor pós-operatória como contribuinte do prejuízo na função pulmonar em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca
OBJETIVO: Avaliar a dor em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca por esternotomia, verificando a localização e a intensidade da dor durante o período de internação. Também sua influência na função pulmonar e sua correlação com as características do indivíduo e do procedimento cirúrgico. MÉTODO: A amostra foi composta de 30 indivíduos, nos quais foi avaliada a função pulmonar pré-operatória por espirometria e inspirometria de incentivo. Acompanharam-se os pacientes no pós-operatório, por meio de protocolo com informações da cirurgia, função pulmonar e um protocolo de avaliação álgica (escala análoga visual e desenho do corpo humano). Utilizou-se estatística descritiva, o teste de Mann-Whitney e a correlação Spearman. RESULTADOS: A revascularização do miocárdio foi a cirurgia mais freqüente. A intensidade da dor no período de pós-operatório foi moderada e localizava-se inicialmente na esternotomia, persistindo até o 5º pós-operatório. O volume inspiratório máximo teve relação significativa com a dor (r= -0,277; p< 0,05). Não se observou correlação significativa da dor com outras variáveis. CONCLUSÃO: Observou-se prejuízo significativo da função pulmonar, não se restabelecendo completamente até o 5º dia de pós-operatório. Apesar dos achados, a dor não se relacionou significativamente com as características dos indivíduos e do procedimento cirúrgico.
2022-12-06T14:00:48Z
Giacomazzi,Cristiane Mecca Lagni,Verlaine Balzan Monteiro,Mariane Borba
Avaliação da intensidade de dor e da funcionalidade no pós-operatório recente de cirurgia cardíaca
OBJETIVO: Avaliar a intensidade de dor e o nível de funcionalidade em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca nos períodos pré-operatório, 7º pós-operatório e alta hospitalar, relacionando-os entre si. Relacionar funcionalidade com: sexo, faixa etária, primeira cirurgia cardíaca ou reoperação, uso de circulação extracorpórea (CEC), tipo de cirurgia e acompanhamento fisioterapêutico. MÉTODO: Foram estudados 41 pacientes que realizaram cirurgia cardíaca eletiva por toracotomia médio-esternal (TME) no HC da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP. A intensidade de dor foi avaliada pela escala de VAS e a funcionalidade, pela escala MIF (medida de independência funcional) no domínio físico. RESULTADOS: A intensidade de dor mais elevada foi no 7º pós-operatório comparado com os momentos pré-operatório e alta. No pré-operatório, não houve índice de dor; na alta, a intensidade mediana foi 3 (dor moderada). Os níveis mais elevados de perda funcional ocorreram no 7º pós-operatório, quando comparados com os escores totais do pré-operatório e da alta. Verificou-se correlação significativa entre dor e funcionalidade, demonstrando que o decréscimo do nível de dor entre o 7º pós-operatório e a alta contribuiu para a elevação dos níveis funcionais. CONCLUSÃO: As avaliações realizadas no pré-operatório proporcionaram resultados preditivos a serem alcançados. As avaliações realizadas no 7º pós-operatório e na alta possibilitaram a classificação dos pacientes de acordo com perdas e ganhos, indicando aqueles que necessitavam de maior cuidado e treinamento em suas capacidades.
2022-12-06T14:00:48Z
Borges,Juliana Bassalobre Carvalho Ferreira,Daniele Leandra Mengue de Paula Carvalho,Sebastião Marcos Ribeiro de Martins,Antonio Sérgio Andrade,Rubens Ramos Silva,Marcos Augusto de Moraes
Comparação do efeito da nimodipina e da papaverina como vasodilatadores sobre o fluxo na artéria torácica interna esquerda
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é comparar o fluxo da artéria torácica interna esquerda sob o efeito local farmacológico por embebição e o efeito intraluminal de bloqueador do canal de cálcio com um grupo controle com papaverina. MÉTODO: Foi realizado estudo prospectivo de 73 pacientes submetidos a revascularização do miocárdio, no período de quatro meses, nos quais se utilizou a artéria torácica interna esquerda como parte do grupo de enxertos, operados no período de julho de 2004 e novembro de 2004, para análise de fluxo comparativo entre dois fármacos. Os pacientes foram aleatorizados para receberem os vasodilatadores nimodipina ou papaverina. Foram determinados dois fluxos: o fluxo no Tempo 1, o qual representou o período de ação farmacológica por embebição (extraluminal), e o fluxo no Tempo 2, este representou a ação farmacológica intraluminal. A comparação das médias de fluxo entre os dois grupos de fármacos foi realizada através do teste não paramétrico de Mann-Whitney. RESULTADOS: Não há evidências de que os fluxos médios dos dois fármacos sejam diferentes no Tempo 1 (p=0,534). Os fluxos médios dos dois fármacos são semelhantes no Tempo 2 (p=0,063). CONCLUSÃO: Não há evidências de que os fluxos médios dos dois fármacos sejam diferentes sob ação por embebição (extraluminal), assim como os fluxos médios dos dois fármacos são semelhantes quando por ação farmacológica intraluminal, tornando a nimodipina uma opção como vasodilatador de ação local comparável à papaverina.
2022-12-06T14:00:48Z
Santos Junior,Edhino Cividanes,Gil Vicente Lico Marchiori,Rosangela Cristina Souto,Francisco de Andrade
Eficácia do AlCl3 e etanol na prevenção da calcificação de fragmentos da parede aórtica porcina fixados em GDA
OBJETIVO: Avaliar a eficácia do cloreto de alumínio, isoladamente ou em associação com o etanol, na prevenção da calcificação e da resposta inflamatória de fragmentos de parede aórtica porcina fixada em glutaraldeído (GDA), implantados no tecido subcutâneo de ratos jovens. MÉTODO: Utilizaram-se 15 ratos da linhagem Sprague-Dawley, em cujas telas subcutâneas foram implantados fragmentos de parede aórtica porcina, submetidos a três diferentes métodos de tratamento [grupos: I (GDA), II (GDA+alumínio), III (GDA+etanol+alumínio)]. Os explantes foram realizados com 15, 30 e 60 dias após as operações. Foram realizadas análises histológicas pelas colorações de hematoxilina & eosina (HE) e de alizarina, nos pHs de 4,2 e 7,0, e a dosagem de cálcio feita por espectroscopia de absorção atômica. RESULTADOS: Pelo HE, constatou-se que a matriz extracelular das paredes aórticas ficaram melhor preservadas nos explantes do grupo III. A intensidade da reação inflamatória intensa foi menor nesse grupo. Pela alizarina pH 4,2, o grupo II e III tiveram menores índices de calcificação comparado ao controle. Pela alizarina pH 7,0, o grupo III teve menor índice de calcificação comparado aos grupos I e II. Pela espectroscopia de absorção atômica, os níveis de cálcio foram semelhantes para os grupos II e III, mas significativamente menores do que os do grupo I. CONCLUSÃO: O tratamento com cloreto de alumínio diminuiu a calcificação dos fragmentos de parede aórtica porcina. O uso combinado do etanol com cloreto de alumínio foi ainda mais eficiente em inibir a calcificação, e também em diminuir a reação inflamatória.
2022-12-06T14:00:48Z
Sardeto,Evandro Antonio Costa,Francisco Diniz Affonso da Costa,Iseu do Santo Elias Affonso da Roderjan,João Gabriel Discher,Eduardo Schneider,Ricardo Alexandre Gomes,Carlos Henrique Gori Colattusso,Claudinei Précoma,Daniel Dumsch,Andrea Lopes,Sergio Veiga Leal,Jairo
Bandagem ajustável do tronco pulmonar: comparação de dois métodos de hipertrofia aguda do ventrículo subpulmonar
OBJETIVO: Este estudo compara a sobrecarga contínua versus intermitente do ventrículo direito (VD) de cabritos, para induzir a hipertrofia ventricular. MÉTODO: Foram utilizados três grupos de sete cabritos jovens (controle, contínuo, intermitente). A sobrecarga sistólica foi imposta por 96 horas, no contínuo e por quatro períodos de 12 horas, alternados com 12 horas de descanso, no intermitente. Avaliações ecocardiográficas e hemodinâmicas foram feitas diariamente. Os animais foram, então, mortos para avaliar o conteúdo de água e peso das massas cardíacas. RESULTADOS: O Intermitente mostrou aumento dos pesos de VD e de septo, em relação ao controle (p<0,05), enquanto o contínuo aumentou apenas a massa do VD (p<0,05). Houve maior aumento da espessura do VD no Intermitente (p<0,05). O volume diastólico final do VD mostrou diferença significativa entre os grupos (p=0,01), com maior dilatação do VD do grupo contínuo, no momento 24 horas de sobrecarga sistólica (p<0,03). A fração de ejeção do VD se manteve dentro da normalidade nos dois grupos ao longo do protocolo. Foi observado menor perímetro do VD no intermitente, após 96 horas de treinamento (p<0,05). Não houve diferença significante entre os grupos de estudo e o controle quanto ao conteúdo de água do miocárdio do VD. CONCLUSÃO: A bandagem ajustável do tronco pulmonar permitiu um rápido processo hipertrófico do VD em ambos os grupos, sendo, porém, mais eficiente no intermitente. Nosso estudo sugere que a preparação do ventrículo subpulmonar de forma intermitente poderá proporcionar melhor resultado para a operação de Jatene em dois estágios.
2022-12-06T14:00:48Z
Assad,Renato Samy Rodriguez,Miguel Quintana Abduch,Maria Cristina Valente,Acrísio Sales Andrade,José L. Krieger,José Eduardo Barbero-Marcial,Miguel
A temperatura da pele pode ser um indicador para hemorragia grave no pós-operatório?
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a hipotermia residual pós-operatória e sua duração, assim como discutir se a hipotermia tardia pode ser um marcador de sangramento excessivo. MÉTODO: Neste estudo retrospectivo, os registros de 12 pacientes que tiveram re-intervenção por causa de sangramento no período pós-operatório foram revisados e suas durações, que foram desde o primeiro minuto em Unidade de Terapia Intensiva até a pele alcançar uma temperatura de 36,5 graus Celsius. O tempo de duração da Circulação Extracorpórea (CEC) foi anotado. Também foi registrado o tempo ativado de coagulação (TCA). A temperatura mais baixa do corpo durante a operação foi medida. Um grupo de controle foi criado (n=16) aleatoriamente, formado por pacientes que não precisariam de re-intervenção e no qual a duração da CEC foi similar à do grupo de estudo. Todos os parâmetros foram comparados entre dois grupos com a versão do software SSPSs. RESULTADOS: As durações desde o primeiro minuto no tratamento intensivo até a temperatura da pele alcançar 36.5 graus Celsius foram significantemente mais longas no grupo de estudo (p=0,0001). TAC pré-operatório e pós-operatório não foram diferentes (p=0,312 e p=0,576 respectivamente). A menor temperatura do corpo não foi diferente (p=0,157). CONCLUSÕES: Nossos achados indicam que a temperatura da pele é importante no sangramento excessivo que leva à re-intervenção. Hipotermia pode ser o motivo ou a causa do sangramento.
2022-12-06T14:00:48Z
Manduz,Sinasi Toktamis,Aydin Sapmaz,Ismail Dogan,Kasim
Procedimento de Lecompte para a correção de transposição das grandes artérias, associada à comunicação interventricular e obstrução de via de saída do ventrículo esquerdo
OBJETIVO: Avaliar o procedimento de Lecompte para a correção da transposição das grandes artérias associada à comunicação interventricular e obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo (TGA, CIV e OVSVE) e apresentar os resultados no período pós-operatório intermediário e tardio. MÉTODO: Entre fevereiro de 1994 e julho de 2005, sete pacientes, com idade de 2 a 8 anos (mediana -M-: 3,0), portadores de TGA, CIV e OVSVE, foram submetidos a tratamento cirúrgico corretivo. Em seis casos, foi utilizado o procedimento de Lecompte. Esta técnica consiste na abordagem por ventriculotomia direita, ressecção ampla do septo conal e construção de um túnel ventricular conectando o ventrículo esquerdo à aorta; o caso restante apresentava obstrução da prótese valvulada implantada entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar (VD-AP) e falência do VD e foi submetido à conversão no procedimento de Lecompte. RESULTADOS: Os tempos de CEC variaram entre 105 e 194 min (M: 130) e os tempos de anoxia entre 65 e 90 min (M: 78). Houve um óbito no pós-operatório imediato devido a coagulopatia, seguido de insuficiência ventricular direita. Os seis pacientes sobreviventes receberam alta hospitalar no período de 5 a 30 dias (M: 11) e permaneceram em acompanhamento entre 12 a 144 meses (M: 73,6). CONCLUSÃO: O procedimento de Lecompte teve como vantagens: 1 - Indicação cirúrgica em pacientes com menor faixa etária; 2 - Baixa morbi-mortalidade; 3 - Expectativa de acompanhamento a longo prazo, sem reoperação; 4 - Possibilidade de converter o procedimento de Rastelli em Lecompte.
2022-12-06T14:00:48Z
Maluf,Miguel Angel Catani,Roberto Silva,Célia Diógenes,Sueli Carvalho,Werther Carvalho,Antonio Buffolo,Enio
Nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos
Aminoglicosídeos são antibióticos de amplo uso clínico, em função de sua eficácia contra bacilos gram-negativos e de seu sinergismo positivo com outros antibióticos no tratamento de infecções por agentes gram-positivos. São muito utilizados na prevenção e no tratamento de infecções pós-operatórias em cirurgia cardíaca. O principal efeito colateral desta classe de antibióticos é a nefrotoxicidade, que pode ocorrer em até 20% dos pacientes. Embora usualmente reversível, a lesão renal causa maior tempo de internação e, conseqüentemente, maiores custos. Ainda mais importante é o fato de nefrotoxicidade estar associada a maior mortalidade nestes pacientes. Existem alguns fatores de risco conhecidos para nefrotoxicidade, bem como algumas medidas de prevenção. Esta revisão irá descrever os aspectos mais relevantes deste importante efeito colateral do tratamento com aminoglicosídeos.
2022-12-06T14:00:48Z
Oliveira,João Fernando P. Cipullo,José Paulo Burdmann,Emmanuel A.
Retalho de pericárdio pediculado vascularizado autógeno para aortoplastia e correção da coarctação simples de aorta torácica, ou associada à hipoplasia, atresia ou interrupção do arco aórtico
OBJETIVO: Dezoito anos atrás, dois jovens pacientes, do sexo masculino, com 8 meses e 13 anos de vida, ambos com coarctação da aorta torácica associada à hipoplasia da aorta, entre a artéria subclávia esquerda e a área coarctada, foram submetidos à correção cirúrgica destas lesões por meio de uma nova e pioneira técnica cirúrgica desenvolvida por nós. MÉTODO: A técnica consiste na secção do canal arterial e ressecção de todo tecido coarctado da aorta, seguida por uma aortoplastia, utilizando-se de um retalho longitudinal de pericárdio vascularizado autógeno, implantado desde a saída da artéria subclávia até 2,0 cm abaixo da área coarctectomizada. Em ambos os casos, a pressão arterial sistêmica e os pulsos arteriais dos membros superiores e inferiores ficaram normais, imediatamente após a cirurgia até os dias de hoje. RESULTADOS: Os exames clínicos e de medidas com Doppler mostraram, respectivamente, nenhum gradiente pressórico braço/perna, assim como, demonstraram fluxo sanguíneo arterial normal e não gradiente arterial pressórico através da área coartectomizada. Ambos foram submetidos a rigorosas avaliações 18 anos após a cirurgia, incluindo cateterismo cardíaco e torácico aórtico, com aortografia, testes ergométricos e angiotomografia computadorizada aórtica. Essas avaliações mostraram uma configuração aórtica normal, com diâmetros transversos normais, inclusive nas regiões acima e abaixo da área coartectomizada. Não houve demonstração de qualquer forma de lesão degenerativa do retalho pericárdico pediculado implantado ao longo dos anos, assim como nenhuma identificação de lesão aneurismática, de sinais de lesão aterosclerótica no mesmo, ou de recoarctação. Mais importante, é que ficou evidente que o retalho pericárdico pediculado totalmente vascularizado, assim utilizado, é mantido vivo, e cresceu ao longo dos anos, tanto em seu diâmetro como em seu comprimento. CONCLUSÃO: A técnica do emprego do retalho pericárdico pediculado, vascularizado e autógeno é a mais adequada e a mais completa em comparação com todas as outras técnicas cirúrgicas existentes para correção dos diferentes tipos de coarctação da aorta torácica, nas suas formas simples ou associadas a outras lesões aórticas. É indicada em todas as faixas etárias, inclusive em recém-natos.
2022-12-06T14:00:48Z
Silva,Paulo Rodrigues da
Tratamento cirúrgico da aorta ascendente e arco com perfusão cerebral anterógrada e hipotermia moderada
OBJETIVO: Avaliar a técnica de proteção cerebral utilizando como via de acesso o tronco braquiocefálico para perfusão cerebral anterógrada e hipotermia moderada nas operações da aorta ascendente e arco aórtico. MÉTODO: Foram operados, consecutivamente, doze pacientes portadores de dissecção da aorta e/ou aneurismas. Destes, sete pacientes apresentavam dissecção de aorta e cinco eram portadores de aneurisma de aorta ascendente ou de arco aórtico. A perfusão arterial foi realizada por meio de enxerto de PTFE de 8,0 mm anastomosado ao tronco braquiocefálico. A hipotermia sistêmica foi de 28ºC nasofaríngea. O tronco braquiocefálico foi ocluído para perfusão cerebral anterógrada. A pressão arterial média em artéria radial direita foi mantida entre 50-60 mmHg. A saturação transcutânea de oxigênio na artéria temporal e o BIS foram utilizados para monitorização contínua. RESULTADOS: Não houve nenhuma complicação neurovascular relacionada ao procedimento. A circulação extracorpórea foi mantida com fluxo adequado para manter pressão arterial de 50-60 mmHg, durante toda a operação. Em dez casos, a valva aórtica foi preservada com o emprego de técnicas de remodelagem ou ressuspensão. O tempo médio de parada circulatória total com hiperfluxo cerebral foi de 24 minutos (20 a 35 min). CONCLUSÃO: A perfusão cerebral e a circulação extracorpórea por via anterógrada, através do tronco braquioocefálico, associadas à hipotermia moderada, mostraram-se eficientes na proteção do sistema nervoso e, possivelmente, evitaram as graves discrasias sanguíneas pós-operatórias.
2022-12-06T14:00:48Z
Martins,Marcelo Sávio da Silva Sá,Mauro Paes Leme de Abad,Leonardo Bastos,Eduardo Sérgio Franklin Junior,Ney Baptista,Alvaro Luiz Xavier de B. M. Annibal,Jorge Viana Bezerra,Alvaro Barde
Inalação de solução salina hipertônica como coadjuvante da fisioterapia respiratória para reversão de atelectasia no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica
Criança de 11 meses, sexo feminino, submetida à operação de fechamento de comunicação interventricular, comunicação interatrial e ligadura de canal arterial. Evoluiu no pós-operatório com atelectasia persistente em base pulmonar à direita, não respondendo às manobras fisioterapêuticas convencionais, efetuadas seis vezes ao dia. Após associação, como coadjuvante, da inalação de solução salina hipertônica com NaCl a 6%, imediatamente antes e após o atendimento fisioterápico, observou-se crises de tosse produtiva, com maior indução do escarro e resolução completa da atelectasia, com três dias de tratamento.
2022-12-06T14:00:48Z
Silva,Naila Luisa Saiki da Piotto,Raquel Ferrari Barboza,Marcelo Adriano Ingraci Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo M.
Malformação ílio-femoral
Durante uma dissecção de rotina realizada em um cadáver do sexo masculino com 65 anos de idade foi constatada malformação arterial iliofemoral. A aorta abdominal estava consideravelmente deslocada lateralmente e também bifurcava em nível mais alto. A artéria ilíaca comum dividia-se uma vértebra acima do nível normal e a artéria femoral dava origem à artéria femoral profunda aproximadamente l,2 cm abaixo do ligamento inguinal, o que é consideravelmente proximal ao seu nível normal. Aqui nós apresentamos uma breve revisão de literatura e base embriológica dessas anomalias.
2022-12-06T14:00:48Z
Pai,Mangala M. Prabhu,Latha V. Prakash, Nayak,Varsha
Caso 2 - homem de 20 anos com insuficiência cardíaca por Síndrome Restritiva
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:48Z
Poppi,Nilson Tavares Reis,Marta Vidigal de Andrade Aiello,Vera Demarchi
Quilopericárdio idiopático primário: relato de caso
O acúmulo de quilo no espaço pericárdico ou quilopericárdio é uma condição que, com maior frequência, ocorre após trauma, cirurgia cardíaca e torácica ou associado a tumores, tuberculose ou linfoangiomatose. Quando não é possível a identificação precisa da etiologia, o quilopericárdio é denominado primário ou idiopático. Essa é uma situação clínica rara. Descrevemos um caso em paciente do sexo feminino, com 20 anos de idade, tratada cirurgicamente. A propósito do caso, apresentamos breve revisão da literatura e comentários sobre quadro clínico, etiopatogenia, exames diagnósticos complementares e opções de tratamento.
2022-12-06T14:00:48Z
Silva,Marcos Augusto de Moraes Martins,Antonio Sérgio Campos,Nelson Leonardo K. Leite de Andrade,Rubens Ramos de Tohi,Leonardo Massato Hueb,João Carlos