RCAAP Repository

Visualização de refluxo em aspirador de sangue e reservatório de cardiotomia usados em circulação extracorpórea

OBJETIVO: Um dos maiores danos causados pela oclusão em bombas de rolete é a hemólise. Estudos comparativos entre bomba de roletes com ajustes não oclusivos e bombas centrífugas têm sido realizados nas últimas décadas na tentativa de desenvolver novos produtos e ajustes que causem menos trauma aos elementos figurados do sangue. Comumente as bombas de rolete são ajustadas pelo método estático devido à preocupação com fluxos variáveis que podem ocorrer com ajustes não oclusivos. Folga excessiva nos roletes permite refluxo e pode acarretar erros no cálculo dos fluxos pela rotação da bomba, de acordo com os dispositivos adicionados ao circuito e a resistência sistêmica do paciente. O objetivo desse trabalho é avaliar o refluxo causado por dois modelos de bombas de rolete em aspirador de sangue e em reservatório de cardiotomia. MÉTODOS: A visualização do refluxo foi realizada em aspirador de sangue e, em reservatório de cardiotomia, a visualização foi acompanhada de respectiva medida. Foram testados dois modelos de bombas de rolete de diferentes fabricantes, ajustadas pelo método de velocidade de queda e calibração dinâmica. Os testes foram conduzidos com tubos de silicone de 3/8 x 1/16 e 1/2 x 3/32 polegadas de diâmetro em água e solução análoga ao sangue. RESULTADOS: Foram registrados visualmente os refluxos em aspirador de sangue e em reservatório de cardiotomia, com respectiva medida dos valores. As bombas apresentaram diferenças nos refluxos medidos ajustadas pelo método de calibração dinâmica. A bomba #2 apresentou refluxo, ajustada totalmente ocluída. CONCLUSÃO: Os refluxos medidos nos dois modelos de bomba apresentaram diferenças (P<0,008). Os resultados indicam diferenças nas características construtivas ocasionadas pelo processo de fabricação, projeto ou possíveis desgastes. Ajustes pouco oclusivos podem proporcionar variações nos fluxos com a resistência adicionada ao circuito, com dificuldade de correção do fluxo pelo incremento da rotação.

Year

2009

Creators

Vieira Junior,Francisco Ubaldo Vieira,Reinaldo Wilson Costa,Eduardo Tavares Antunes,Nilson Petrucci Junior,Orlando Oliveira,Pedro Paulo Martins de Silveira Filho,Lindemberg da Mota Vilarinho,Karlos Alexandre de Sousa Severino,Elaine Soraya Barbosa de Oliveira

Cirurgia da insuficiência mitral no tratamento da insuficiência cardíaca avançada

A cardiomiopatia dilatada caracteriza-se por disfunção miocárdica grave, progressiva e, quase sempre, irreversível. Essa síndrome cursa com remodelamento cardíaco e, em especial, por aumento do volume e da esfericidade do ventrículo esquerdo com dilatação do anel mitral. Como consequência ocorre deslocamento lateral dos músculos papilares, estiramento das cordas tendíneas e consequente restrição da excursão sistólica dos folhetos mitrais. Esse conjunto de alterações biomecânicas causa insuficiência mitral funcional, um indicador de mau prognóstico. A plastia ou a troca da valva mitral foram introduzidas como alternativas cirúrgicas coadjuvantes ao tratamento clínico convencional e têm se mostrado eficazes em combater os sintomas de insuficiência cardíaca. Resta, todavia, demonstrar, seu benefício sobre o aumento da sobrevida em longo prazo.

Year

2009

Creators

Oliveira,João Victor Caprini Vicente,Walter Vilella de Andrade Rodrigues,Alfredo José Ferreira,Cesar Augusto Alves Junior,Lafaiete Bassetto,Solange Celotto,Andrea Carla Evora,Paulo Roberto Barbosa

Papel do exercício físico na isquemia/reperfusão pulmonar e resposta inflamatória

O avanço tecnológico associado aos novos conhecimentos científicos tem proporcionado melhora na prevenção e/ou tratamento das complicações cardiorrespiratórias advindas de cirurgias cardiotorácicas e procedimentos envolvendo isquemia/reperfusão (IR), mas os riscos destes procedimentos ainda permanecem altos. Assim, medidas profiláticas que possam reduzir o aparecimento das complicações pós-cirúrgicas em pacientes devem ser investigadas. O exercício físico aeróbio de moderada intensidade tem sido recomendado como terapia não farmacológica tanto na prevenção como no tratamento de diversas doenças cardiovasculares e endócrino-metabólicas. Assim, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre os mecanismos pelos quais o processo de IR pulmonar promove lesão local e sistêmica de órgãos, e o papel dos mediadores inflamatórios na IR pulmonar. Além disso, essa revisão abordará a influência do exercício físico moderado como abordagem profilática nas complicações advindas da IR pulmonar. Essa revisão evidencia a escassez de trabalhos na área e a necessidade de maiores estudos enfocando o preparo físico dos pacientes a serem submetidos à cirurgia cardiotorácica. Trabalhos pioneiros foram desenvolvidos em modelos animais, demonstrando a importância do exercício físico na redução da resposta inflamatória induzida pelo procedimento de IR pulmonar. Conclui-se que o preparo pré-cirúrgico dos pacientes deve envolver equipe multidisciplinar da área de saúde, com inclusão de profissional de educação física, para que a prescrição do exercício físico seja individualizada e supervisionada. Além disso, esse preparo pré-cirúrgico poderá propiciar redução das complicações advindas do processo operatório, redução do período de internação hospitalar e, consequentemente, melhora na recuperação do paciente, acarretando ainda menores gastos para o sistema de saúde. Foram utilizadas como referências publicações em inglês e português de artigos científicos nas bases de dados SciELO e MEDLINE (de 1987 até 2008) e também textos clássicos relacionados ao tema.

Year

2009

Creators

Delbin,Maria Andréia Antunes,Edson Zanesco,Angelina

Tática para cirurgia de correção da coarctação da artéria pulmonar sem uso de circulação extracorpórea

A coarctação de artéria pulmonar é comum em pacientes com atresia pulmonar. A correção tem sido com CEC e no período neonatal, quando influencia o desenvolvimento das artérias pulmonares e o prognóstico. Foram corrigidos três pacientes por esternotomia mediana com atresia pulmonar dependentes do ducto arterioso (PCA) sem uso de CEC. O PCA mantinha a saturação durante a confecção do Blalock Taussig na artéria pulmonar contralateral. Arterioplastia foi realizada com sutura de pericárdio autólogo com PDS 7-0 e saturação mantida pelo Blalock. Todos pacientes tiveram boa evolução e alta hospitalar com avaliação de controle demonstrando bom alargamento da área coarctada.

Year

2009

Creators

Oliveira,Denoel Marcelino de Monteiro,Andrey Lino,Francisco José Saraiva Colafranceschi,Alexandre Siciliano

Experiência com a técnica de ampliação do folheto posterior para correção da insuficiência mitral reumática na infância

OBJETIVO: Descrever a experiência com a técnica de ampliação do folheto posterior em crianças com insuficiência mitral reumática. MÉTODOS: Entre abril de 2002 e outubro de 2007, 30 crianças com idade média de 11,3 anos, foram submetidas à correção de insuficiência mitral pela técnica de ampliação do folheto posterior com enxerto de pericárdio. Em oito pacientes, utilizou-se o anel de Carpentier. Seis crianças apresentavam doença da valva aórtica: cinco, foram submetidas à operação de Ross e, uma, a substituição da valva aórtica por homoenxerto. Todas estavam em classe funcional III ou IV (classificação da New York Heart Association). RESULTADOS: Houve um óbito hospitalar. Uma criança exibiu acentuada hemólise no pós-operatório e foi submetida à substituição da valva mitral. Os demais pacientes tiveram evolução favorável. CONCLUSÃO: A técnica de ampliação do folheto posterior com enxerto de pericárdio é efetiva na correção da insuficiência mitral reumática em crianças.

Year

2009

Creators

Tenório,Euclides Martins Moraes Neto,Fernando Chauvaud,Sylvain Moraes,Carlos Roberto Ribeiro de

Pacemaker endocarditis: approach for lead extraction in endocarditis with large vegetations

The presence of large lead vegetations poses additional difficulties for explantation because many methods cannot be used due to the potential hazard of embolism. We report two patients with large vegetation on the ventricular lead due to endocarditis and one of them with an atrial septal defect associated. It was applied a combined technique of transvenous lead removal and sternotomy with cardiopulmonary bypass for the complete removal of pacemaker wires. This procedure resolved the pacemakers endocarditis safely and subsequently a new transvenous device was placed on the opposite site.

Year

2009

Creators

Vaccarino,Guillermo Nuncio Nacinovich,Francisco Piccinini,Fernando Mazzetti,Hector Segura,Eliseo Navia,Daniel

Late outcome of right ventricular outflow tract repair using bicuspid pulmonary prosthesis in tetralogy of Fallot surgery repair: case report

We present a case of a 19 year-old female patient, with tetralogy of Fallot and hypoplastic pulmonary ring. Diagnosis was performed by echocardiography and cardiac catheterization. The surgical repair was performed at the age of 2 years old. A right ventricular outflow tract remodeling was performed using a porcine pulmonary bicuspid prosthesis. The patient presented a uneventful follow-up during 17 years. Postoperative assessment has shown: mild pulmonary insufficiency and mild pulmonary ventricle gradient, satisfactory right ventricular performance and prosthesis not presenting calcification. This is an option to correct the tetralogy of Fallot adopted by our Institution in the last two decades.

An intraoperative transesophageal echocardiography-guided maneuver to assist the removal of an intraventricular thrombus

Intra-cavitary thrombus size, mobility and friability are of great importance in deciding whether surgical removal is indicated. Thrombus characteristics may render surgical thrombectomy incomplete, a risk for catastrophic embolization. During de-airing of the heart, after removal of an intraventricular thrombus, filling the open ventricular cavity with blood serendipitously allowed trans-esophageal echocardiographic (TEE) visualization of undetected residual thrombi fragments. This experience leads us to advocate repeated filling and emptying of the left ventricle with blood, under TEE guidance, in order to facilitate complete removal of thrombotic material prior to ventriculotomy closure, and prior to weaning from cardiopulmonary bypass (CPB).

Year

2009

Creators

Gologorsky,Edward Carvalho,Enisa M Macedo,Francisco Igor Salerno,Tomas

Correção de fístula coronariana sem circulação extracorpórea: técnica da sutura única

A técnica da sutura única foi desenvolvida para obter estabilização e exposição de todos os ramos coronarianos durante a cirurgia de revascularização do miocárdio, mantendo a estabilidade hemodinâmica durante o procedimento. Nós descrevemos a utilização desta técnica durante a correção de uma fístula arterial coronariana associada à dilatação coronariana direita, sem a utilização da circulação extracorpórea. A técnica sugerida é mais rápida e menos complexa do que a utilização do desvio cardiopulmonar. Além disso, essa técnica pode ser uma ferramenta útil para a correção de fístulas arteriais coronarianas em casos selecionados, permitindo a prática de abordagens menos invasivas nesses pacientes.

Year

2009

Creators

Guedes,Marco Antonio Vieira Riso,Arlindo de Almeida Barbero Marcial,Miguel Stolf,Noedir Antonio Groppo

Operação de Jatene sem manobra de Lecompte em criança com Taussig-Bing heart

No summary/description provided

Year

2009

Creators

Pertuz,Betsy Maria Villegas Bodini,André Luis de Andrade Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino

Conceitos de física básica que todo cirurgião cardiovascular deve saber: parte I - mecânica dos fluídos

A atividade profissional que o cirurgião cardiovascular executa é muito mais do que um simples gesto mecanizado de operar um coração doente. Há em cada ato do intraoperatório mais noções de fisiologia e física do que geralmente nos damos conta. O presente trabalho discorre, à luz da matemática, acerca da dinâmica dos fluídos, ou seja, do sangue, com enfoque nas medidas invasivas de pressão arterial, do efeito do diâmetro do vaso sobre sua resistência interna e do fluxo que passa por ele, na conversão de diversas unidades de medidas de pressão e resistência, viscosidade sanguínea e suas relações no vaso, hemodiluição, diferenças de fluxo laminar e turbulento, velocidade e pressão do sangue e a tensão da parede após uma estenose e a origem do aneurisma pós-estenótico. O objetivo do trabalho não é de habilitar o leitor no conhecimento da física, mas apresentá-la como ferramenta útil na explicação de fenômenos conhecidos na rotina do cirurgião cardiovascular.

Year

2010

Creators

Oliveira,Marcos Aurélio Barboza de Alves,Fernanda Tomé Silva,Marcos Vinícius Pinto e Croti,Ulisses Alexandre Godoy,Moacir Fernandes de Braile,Domingo Marcolino

Desbalanço redox: NADPH oxidase como um alvo terapêutico no manejo cardiovascular

Vários estudos destacam as espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (ERONs) como importantes contribuintes na patogênese de numerosas doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão, aterosclerose e falência cardíaca. Tais espécies são moléculas altamente bioativas e com vida curta derivadas, principalmente, da redução do oxigênio molecular. O complexo enzimático da NADPH oxidase é a maior fonte dessas espécies reativas na vasculatura. Sob condições fisiológicas, a formação e eliminação destas substâncias aparecem balanceadas na parede vascular. Durante o desbalanço redox, entretanto, há um aumento na atividade da NADPH oxidase e predomínio de agentes pró-oxidantes, superando a capacidade de defesa orgânica antioxidante. Além disso, tal hiperatividade enzimática reduz a biodisponibilidade do óxido nítrico, crucial para a vasodilatação e a manutenção da função vascular normal. Apesar de a NADPH oxidase relacionar-se diretamente à disfunção endotelial, foi primeiramente descrita por sua expressão em fagócitos, onde sua atividade determina a eficácia dos mecanismos de defesa orgânica contra patógenos. As sutis diferenças existentes entre as unidades estruturais das NADPH oxidases, a depender do tipo celular que as expressa, podem ter implicações terapêuticas, permitindo a inibição seletiva do desequilíbrio redox induzido pela NADPH oxidase, sem comprometer, entretanto, sua participação nas vias fisiológicas de sinalização celular que garantem a proteção contra microorganismos.

Year

2010

Creators

Rabêlo,Luiza A. Souza,Valéria Nunes de Fonseca,Lucas José Sá da Sampaio,Walkyria O.

Insuficiência cardíaca com fração de ejeção normal

A insuficiência cardíaca com fração de ejeção normal (ICFEN) é uma síndrome complexa que vem sendo largamente estudada, desde a última década. É causada por disfunção ventricular diastólica evidenciada por métodos complementares, como estudo hemodinâmico ou ecocardiograma, na presença de fração de ejeção preservada. Acomete preferencialmente indivíduos mais idosos e com comorbidades, como hipertensão arterial sistêmica, insuficiência coronariana e obesidade. Os mecanismos fisiopatológicos são complexos e multifatoriais, envolvendo a rigidez passiva do miocárdio, a geometria ventricular, a força de contenção do pericárdio e a interação entre os ventrículos. Os objetivos principais do tratamento são reduzir a congestão venosa pulmonar, a frequência cardíaca e controlar as comorbidades. Ainda não há evidências fortes de que o uso de medicações específicas, como inibidores de enzima de conversão ou betabloqueadores, interfiram na mortalidade. Os fatores de pior prognóstico incluem a idade avançada, presença de disfunção renal, diabete, classe funcional III e IV (NYHA) e estágio avançado de disfunção diastólica, com padrão restritivo ao enchimento ventricular. Outro aspecto que vem ganhando espaço na literatura é o questionamento do papel da disfunção sistólica nos quadros de ICFEN. Todos esses aspectos são abordados detalhadamente na presente revisão.

Year

2010

Creators

Roscani,Meliza Goi Matsubara,Luiz Shiguero Matsubara,Beatriz Bojikian

Avaliação do EuroSCORE como preditor de mortalidade em cirurgia cardíaca valvar no Instituto do Coração de Pernambuco

OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade do Sistema Europeu de Risco em Operações Cardíacas (EuroSCORE) em pacientes submetidos à cirurgia valvar no Instituto do Coração de Pernambuco. MÉTODOS: Foram incluídos no estudo 840 pacientes operados entre 2001 e 2009. Os prontuários desses doentes continham todas as informações que permitiram calcular o EuroSCORE. O desfecho de interesse foi óbito na internação. Com o objetivo de avaliar a aplicabilidade do EuroSCORE, foi usado o teste não paramétrico de Mann-Whitney. A calibração do modelo foi medida pela comparação da mortalidade observada com a esperada, usando-se o teste de bondade de ajuste de Hosmer-Lemershow. A acurácia do modelo foi avaliada pela curva ROC (receiver operating characteristic curve). RESULTADOS: A comparação entre a mortalidade prevista e a observada, por meio do teste de Hosmer-Lemershow, evidenciou boa capacidade preditiva (P=0,767), assim como quando comparada para cada valor do EuroSCORE Aditivo (P=0,455). Obteve-se uma área sob a curva de ROC de 0,731 (IC95% 0,660 - 0,793), com valor de P<0,001. A mortalidade global prevista foi praticamente idêntica à observada (7,9%). O grupo de baixo risco (EuroSCORE 0-2) era constituído por 345 pacientes, e a mortalidade foi de 3,19%. O grupo de médio risco (EuroSCORE 3-5) compreendeu 364 pacientes, com mortalidade de 7,69%, e o grupo de alto risco (EuroSCORE &gt;6) incluiu 131 pacientes, com mortalidade foi 20,6%. A análise de regressão logística permitiu identificar os seguintes fatores de risco para o óbito: idade acima de 60 anos, sexo feminino, operação prévia, endocardite ativa, cirurgia associada da aorta torácica e arteriopatia extracardíaca. CONCLUSÕES: O EuroSCORE, um método simples e objetivo, revelou-se um preditor satisfatório de mortalidade operatória e, por ele, foram identificados fatores de risco para o óbito em pacientes submetidos à cirurgia valvar no Instituto do Coração de Pernambuco.

Year

2010

Creators

Andrade,Isaac Newton Guimarães Moraes Neto,Fernando Ribeiro de Oliveira,João Paulo Segundo de Paiva Silva,Igor Tiago Correia Andrade,Tamyris Guimarães Moraes,Carlos Roberto Ribeiro de

Mediastinite no pós-operatório de cirurgia cardiovascular: análise de 1038 cirurgias consecutivas

OBJETIVO: Relatar a incidência de mediastinite no pós-operatório de cirurgia cardiovascular. MÉTODOS: Foram analisados os prontuários de 1038 pacientes submetidos à cirurgia cardiovascular entre maio/ 2007 e junho/2009. Todas as operações foram realizadas na Divisão de Cirurgia Cardiovascular do Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - PROCAPE. RESULTADOS: A mediastinite ocorreu, em média, 13 dias após a cirurgia, num total de 25 (2,4%) casos, com taxa de letalidade 32,0% (n=8). Vários fatores de risco foram identificados: 56% diabéticos, 56% tabagistas, 20% obesos, 16% portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica e 8% com insuficiência renal crônica. A maioria (n=21; 84,0%) dos casos foi observada em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio, sendo esta associada a maior risco de desenvolvimento da infecção (IC 3.44-8.30, P=0,0001). Observou-se alto índice de complicações: insuficiência respiratória (44%), acidente vascular cerebral (16%), choque cardiogênico (12%), insuficiência renal aguda (28%), infecção pulmonar (36%), falência de múltiplos órgãos (16%) e deiscência de esterno (48%). A cultura do exsudato foi positiva em 84% dos casos, sendo o Staphylococcus aureus o patógeno mais observado (28,8%). CONCLUSÕES: A mediastinite continua como complicação cirúrgica bastante grave e de difícil manuseio no pós-operatório de cirurgia cardiovascular. A doença permanece como de baixa incidência, entretanto, ainda com alta letalidade. A cirurgia de revascularização está associada a maior risco de desenvolvimento da infecção.

Year

2010

Creators

Sá,Michel Pompeu Barros de Oliveira Silva,Débora Oliveira Lima,Érika Nibbering de Souza Lima,Ricardo de Carvalho Silva,Frederico Pires Vasconcelos Rueda,Fábio Gonçalves de Escobar,Rodrigo Renda de Cavalcanti,Paulo Ernando Ferraz

Mortalidade hospitalar na cirurgia de reconstrução da via de saída do ventrículo direito com homeonxerto pulmonar

FUNDAMENTO: Mortalidade hospitalar na cirurgia de reconstrução da via de saída do ventrículo direito com homoenxerto pulmonar é variável. OBJETIVOS: Identificar os fatores de risco associados à mortalidade hospitalar e ao perfil clínico dos pacientes. MÉTODOS: Estudo de crianças submetidas à reconstrução da via de saída do ventrículo direito com homoenxerto pulmonar. Analisados como fatores de risco as variáveis clínicas, cirúrgicas e de aspectos morfológicos da prótese. RESULTADOS: Noventa e dois pacientes foram operados entre 1998 e 2005, apresentando principalmente atresia pulmonar com comunicação interventricular e a tetralogia de Fallot. Quarenta pacientes foram atendidos no primeiro mês de vida. Necessitaram de 38 cirurgias de Blalock Taussig devido à gravidade clínica. A idade mediana na cirurgia de correção total foi de 22 meses, variando de 1 mês a 157 meses. O tamanho homoenxerto pulmonar variou de 12 a 26 mm e o tempo de extracorpórea foi 132 ± 37 minutos. Após a cirurgia houve 17 óbitos (18% casos), em média 10,5 ± 7,5 dias após. A causa predominante foi falência de múltiplos órgãos. Na análise univariada entre os tipos de cardiopatia, estas deferiram na idade, momento da cirurgia, tamanho do homoenxerto, valor Z da valva pulmonar, tempo de circulação extracorpórea, manutenção da integridade do homoenxerto e alteração da árvore pulmonar. Não houve diferença estatística com relação à mortalidade hospitalar entre as variáveis e o tipo de cardiopatia. CONCLUSÃO: As cardiopatias obstrutivas do lado direito necessitam de atendimento cirúrgico nos primeiros dias de vida. A cirurgia de correção total apresenta risco de mortalidade de 18%, mas não houve associação com nenhuma variável estudada.

Year

2010

Creators

Lenzi,Andrea Weirich Miyague,Nelson Itiro Ferreira,Wanderley Saviolo Sallum,Fabio Said

Uso de nifedipina e incidência de lesão renal aguda em pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio com CEC

OBJETIVO: Avaliar durante o período perioperatório o uso da nifedipina na incidência de lesão renal aguda dos pacientes submetidos à revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea. MÉTODOS: Foram estudados, de modo prospectivo e sequencial, 94 pacientes submetidos à revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea. As dosagens da creatinina sérica foram realizadas durante pré-operatório e pós-operatório de 24, 48 horas e no 7º dia. Estabeleceu-se como definição para presença de lesão renal a elevação da creatinina sérica 30% em relação ao seu valor basal nas primeiras 24 ou 48 horas de pós-operatório. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: G1, que recebeu nifedipina no pré-operatório; G2, que recebeu nifedipina no pós-operatório; G3, que recebeu nifedipina no pré e pós-operatórios e, G4, que não recebeu nifedipina. RESULTADOS: O grupo G4 mostrou maior elevação do percentual de creatinina sérica e maior percentual de pacientes que apresentaram insuficiência renal aguda em relação aos demais grupos no pós-operatório. CONCLUSÃO: Os valores da creatinina sérica e a incidência de lesão renal aguda no pós-operatório sugerem possível efeito nefroprotetor da nifedipina em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea.

Year

2010

Creators

Passaroni,Andréia Cristina Silva,Marcos Augusto de Moraes Martins,Antônio Sérgio Kochi,Ana Cláudia

Comparison study of two different patient-controlled anesthesia regiments after cardiac surgery

INTRODUCTION: Acute and severe pain is frequent in patients who undergo cardiothoracic surgery. Patient controlled analgesia (PCA) can be used to manage postoperative pain. OBJECTIVE: To compare analgesia of morphine PCA alone (without continous infusion) with morphine PCA plus a continuous infusion on postoperative period after cardiac surgery and to evaluate pain scores, morphine consumption, number of demand, patient satisfaction and side effects. METHODS: Randomized trial was conducted to assess patients who underwent cardiac surgery receiving either morphine PCA alone or morphine PCA plus continous infusion. In the post operative period, PCA was started at extubation in both regiments according to randomization. Pain intensity, morphine consumption, number of demand, satisfaction and side effects were assessed at zero, six, twelve, eighteen, twenty four and thirty hours after patients' extubation. RESULTS: The study enrolled 100 patients. 50 patients received morphine PCA alone, (Group A) and 50 patients received morphine PCA plus a background infusion, (Group B). Group B patients had less demand, consumed more morphine and were more satisfied regarding analgesia. No statistical differences were shown between groups related to pain intensity, and side effects. CONCLUSIONS: Pain control was effective and similar in both groups. Morphine PCA alone seems to be better for postoperative pain manage in cardiac surgery, due to its less morphine expense with the same effectiveness.

Year

2010

Creators

Mota,Fabiane Almeida Marcolan,João Fernando Pereira,Mara Helena Corso Milanez,Adriano Márcio de Melo Dallan,Luis Alberto Oliveira Diccini,Solange