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Qualidade do serviço prestado aos pacientes decirurgia cardíaca do Sistema Único de Saúde-SUS
OBJETIVO: Avaliar qualidade do serviço prestado aos pacientes de cirurgia cardíaca no período hospitalar, em serviço do SUS, identificando as expectativas e percepções dos pacientes. Relacionar qualidade de serviço com gênero, faixa etária e circulação extracorpórea. MÉTODOS: Estudaram-se 82 pacientes (52,4% do sexo feminino e 47,6% do masculino) submetidos a cirurgia cardíaca eletiva, operados por toracotomia médio-esternal, idade: 31 a 83 anos (média 60,4 ± 13,2 anos), período: março a setembro de 2006. Avaliou-se a qualidade do serviço em dois momentos: expectativas no pré-operatório e percepções do atendimento recebido no 6º dia de pós-operatório; mediante aplicação da escala SERVQUAL modificada (SERVQUAL-Card). O resultado foi obtido pela diferença da somatória das notas das percepções e expectativas por meio de análise estatística. RESULTADOS: A escala SERVQUAL-Card foi validada estatisticamente, apresentando adequado índice de consistência interna. Encontrou-se maior frequência de revascularização do miocárdio 55 (67,0%); primeira cirurgia cardíaca 72 (87,8%) e utilização de CEC 69 (84,1%). Verificaram-se altos valores para expectativas e percepções, com resultados significantes (P<0,05). Observou-se relação significante entre qualidade de serviço com gênero, na empatia (P=0,04) e faixa etária, na confiabilidade (P=0,02). Não se observou significância entre CEC e qualidade de serviço. CONCLUSÃO: A qualidade dos serviços foi satisfatória. O paciente demonstrou expectativa alta ao serviço médicohospitalar. Mulheres apresentaram maior percepção da qualidade na empatia, jovens na confiabilidade. A utilização de CEC não está relacionada com qualidade do serviço nesta amostra. Os dados obtidos sugerem que a qualidade deste serviço de saúde pode ser monitorada pelo emprego periódico da escala SERQUAL.
2010
Borges,Juliana Bassalobre Carvalho Carvalho,Sebastião Marcos Ribeiro de Silva,Marcos Augusto de Moraes
O transplante cardíaco biatrial deve ainda ser realizado? Metanálise
As técnicas de transplante cardíaco bicaval e total apresentam melhores resultados que a biatrial, porém esta ainda é considerada o padrão-ouro. O objetivo é determinar se as técnicas de transplante cardíaco bicaval e total são, de fato, melhores que a técnica biatrial. Realizou-se a revisão sistemática com metanálise. Os estudos foram provenientes das bases de dados da Pubmed®, Lilacs®, Web of Science®, Scirus®, Scopus®, Google Acadêmico® e Scielo®, identificados por estratégia sensível. Elegeram-se, para a inclusão, estudos aleatórios e estudos prospectivos e retrospectivos controlados. Parâmetros intra e pós-operatórios foram avaliados. Foram identificados 11.602 estudos, e 36 foram incluídos na revisão. O número de arritmias atriais, insuficiência valvar tricúspide, mortalidade, eventos embólicos, volume de sangramento, necessidade de marcapasso temporário e permanente e o tempo de estada em unidade de terapia intensiva são significativamente menores nas técnicas bicaval e total do que na biatrial. Além disso, variáveis hemodinâmicas como a pressão capilar pulmonar, pressão média de artéria pulmonar e pressão de átrio direito são menores nos transplantes bicaval e total. Os transplantes cardíacos ortotópicos bicaval e total são melhores, em termos de prognóstico, que o biatrial. Portanto, a indicação da técnica biatrial para transplante deve ser a exceção e não a regra.
2010
Locali,Rafael Fagionato Matsuoka,Priscila Katsumi Cherbo,Tiago Gabriel,Edmo Atique Buffolo,Enio
Os polimorfismos dos receptores adrenérgicos na insuficiência cardíaca: o que a genética explica?
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença complexa, onde diversos mecanismos fisiopatológicos atuam e diferentes polimorfismos genéticos estão envolvidos. O sistema adrenérgico está diretamente relacionado a esta patologia participando da auto-regulação cardiovascular, tendo papel crucial na deteriorização da função cardíaca. Os beta-bloqueadores surgiram como um grande avanço da cardiologia no tratamento da IC, no entanto a resposta medicamentosa varia para cada paciente podendo estar relacionado a diversos fatores, entre eles o genético. A determinação pela genética do desenvolvimento da IC, da resposta medicamentosa e prognóstico são questões que serão abrangidas nesta revisão.
2010
Pereira,Sabrina Bernardez Gava,Isabela Ambrósio Giro,Camila Mesquita,Evandro Tinoco
Dissecção robótica da artéria torácica interna direita por esternotomia mediana
A utilização de sistemas robóticos em cirurgia cardíaca visa à diminuição do trauma operatório. A revascularização do miocárdio totalmente endoscópica, assistida por robô DaVinci (Intuitive Surgical, Sunnyvale, Califórnia) é factível e seu aprendizado deve ser realizado em etapas. O primeiro passo é o preparo da artéria torácica interna esquerda, já por via totalmente endoscópica. O caso apresentado propõe a dissecção da artéria torácica interna direita por esternotomia completa. Propõe um novo passo rumo ao procedimento completamente endoscópico, visando à diminuição de lesões decorrentes da curva de aprendizado.The use of robotic systems in cardiac surgeries aims at decreasing the surgical trauma.
2010
Jatene,Fabio Biscegli Pêgo-Fernandes,Paulo Manuel Anbar,Ramez Gaiotto,Fábio Antonio Barduco,Marcello S. Kalil Filho,Roberto
Origem Anômala da Coronária (ALCAPA) em tomógrafo de 64 canais
A tomografia computadorizada multidetector (TCMD) com 64 canais disponibiliza para a prática clínica um excelente método para detecção de anomalias das artérias coronárias. O diagnóstico da anomalia coronariana consistindo da origem da artéria coronária esquerda no tronco pulmonar em adulto sem história prévia de doença congênita apresenta escassa casuística na literatura. Realizamos um relato de caso em uma paciente feminina de 30 anos de idade, com queixas de cansaço aos grandes esforços e cintilografia positiva para isquemia. O diagnóstico foi realizado pela TCMD de 64 canais e com isso verifica-se que o método pode ser utilizado como de primeira linha.
2010
Nacif,Marcelo Souto Luz,José Hugo Mendes Moreira,Denise Madeira Rochitte,Carlos Eduardo Oliveira Júnior,Amarino Carvalho de
Acometimento cardíaco em Casos de Doença de Chagas Aguda da Amazônia
Descreve-se o acometimento cardíaco em cinco pacientes autóctones da Amazônia com diagnóstico de Doença de Chagas Aguda (DCA). Quatro desses pacientes apresentaram provável transmissão oral. Todos apresentaram algum grau de acometimento cardíaco, não havendo nenhum óbito.
2010
Barbosa-Ferreira,João Marcos Guerra,Jorge Augusto de Oliveira Santana Filho,Franklin Simões de Magalhães,Belisa Maria Lopes Coelho,Leíla I.A.R.C. Barbosa,Maria das Graças Vale
Síndrome metabólica na doença arterial coronariana e vascular oclusiva: uma revisão sistemática
Atualmente, a síndrome metabólica (SM) se mostra altamente prevalente, sendo associada a fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, tais como diabetes mellitus tipo 2, doenças ateroscleróticas e coronarianas. O objetivo desta revisão sistemática foi descrever os resultados de estudos que investigaram a associação da SM com a doença arterial coronariana e doenças vasculares oclusivas. Foi realizada a revisão sistemática com dados de estudos originais publicados entre 1999 e 2008, escritos em inglês ou português, utilizando-se as bases de dados Medline, Pubmed, Highwire Press e Science Direct. Foram incluídos artigos que fizeram o diagnóstico da SM através do critério do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III, 2001). Foram excluídos estudos realizados com animais, de suplementação e que realizaram administração oral ou endovenosa de qualquer substância, assim como aqueles de baixa qualidade metodológica e com amostra inicialmente heterogênea. Apesar da heterogeneidade entre os estudos, observou-se que indivíduos com SM apresentam maior probabilidade (risco = 2,13) de desenvolverem as doenças vasculares oclusivas, doença coronariana, diabetes mellitus e acidente vascular encefálico. Mudanças no estilo de vida, como práticas alimentares saudáveis, atividade física regular e a cessação do tabagismo devem ser incentivadas pelos profissionais da saúde a fim de minimizar as complicações e a morbimortalidade associada à SM.
2010
Farias,Daniela Reis Elbert Pereira,Avany Fernandes Rosa,Glorimar
II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco
No summary/description provided
2010
Bacal,Fernando Souza Neto,João David de Fiorelli,Alfredo Inácio Mejia,Juan Marcondes-Braga,Fabiana Goulart Mangini,Sandrigo Oliveira Jr,José de Lima Almeida,Dirceu Rodrigues de Azeka,Estela Dinkhuysen,Jarbas Jakson Moreira,Maria da Consolação Vieira Rossi Neto,João Manoel Bestetti,Reinaldo Bulgarelli Fernandes,Juliana Rolim Cruz,Fátima das Dores Ferreira,Lucinei Paz Costa,Helenice Moreira da Pereira,Ana Augusta Maria Panajotopoulos,Nicolas Benvenuti,Luiz Alberto Moura,Lídia Zytynski Vasconcelos,Glauber Gean Branco,João Nelson Rodrigues Gelape,Claudio Leo Uchoa,Ricardo Barreira Ayub-Ferreira,Silvia Moreira Camargo,Luis Fernando Aranha Colafranceschi,Alexandre Siciliano Bordignon,Solange Cipullo,Reginaldo Horowitz,Estela Suzana Kleiman Branco,Klébia Castelo Jatene,Marcelo Veiga,Sergio Lopes Marcelino,Cesar Augusto Guimarães Teixeira Filho,Guaracy Fernandes Vila,José Henrique Montera,Marcelo Westerlund
Proposta de escore de risco para predição de fibrilação atrial após cirurgia cardíaca
OBJETIVO: A fibrilação atrial (FA) é uma complicação frequente após cirurgia cardíaca e está associada ao aumento na morbidade e mortalidade dos pacientes. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma proposta de escore de risco para FA após cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional, no qual 452 pacientes foram selecionados para avaliação da incidência e fatores de risco associados com FA pós-operatória. Foram selecionados somente pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. A avaliação utilizou monitoramento cardíaco contínuo e eletrocardiograma diário. Os fatores com maior associação em modelo de regressão logística multivariável foram selecionados para o escore de risco. RESULTADOS: A incidência média de FA foi de 22,1%. Os fatores mais associados com FA foram: pacientes com mais de 75 anos de idade, doença valvar mitral, não utilização de betabloqueador, interrupção do uso de betabloqueador e balanço hídrico positivo. A ausência fator de risco determinou 4,6% de chance de FA pós-operatória e para um, dois e três ou mais fatores de risco a chance foi, respectivamente, de 16,6%, 25,9% e 46,3%. CONCLUSÃO: Em modelo de regressão logística multivariada foi possível estabelecer uma proposta para escore de risco para predição de FA pós-operatória, com um risco máximo de 46,3% na presença de três ou mais fatores de risco.
2010
Silva,Rogério Gomes da Lima,Gustavo Glotz de Guerra,Nelma Bigolin,André Vicente Petersen,Lucas Celia
Variáveis perioperatórias de função ventilatória e capacidade física em indivíduos submetidos a transplante cardíaco
INTRODUÇÃO: O transplante cardíaco é atualmente a única alternativa cirúrgica amplamente aceita para tratar pacientes com insuficiência cardíaca (IC) grave que a terapia medicamentosa otimizada não consiga manter qualidade de vida adequada. OBJETIVO: Descrever e comparar os valores entre pré e pós-operatório, das capacidades física e pulmonar de pacientes que realizaram transplante cardíaco. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo composto por indivíduos submetidos ao transplante cardíaco, entre janeiro de 2001 a março de 2005, no IC-FUC/RS. RESULTADOS: Foram incluídos na análise 21 indivíduos. Observou-se redução dos valores de volumes e capacidades pulmonares (VEF1 e CVF) no 1º dia de pós-operatório em relação ao pré-operatório (P<0,001) e recuperação destes valores no 14º dia de pós-operatório (P<0,001). Os valores de força muscular inspiratória demonstraram tendências semelhantes, reduzindo no 1º dia de pós-operatório em relação ao pré-operatório (P< 0,001) e recuperando no 14º pós-operatório (P< 0,001). A capacidade funcional útil, mensurada por meio do teste de caminhada de 6 minutos (T6') mostrou melhora no 14º pós-operatório em relação ao pré-operatório (P< 0,001). CONCLUSÃO: Alterações na função ventilatória de indivíduos submetidos a transplante cardíaco são previsíveis, porém estes recuperam a força de músculos ventilatórios e capacidades pulmonares dentro de duas semanas, além de melhorar a capacidade funcional útil em relação ao préoperatório, sendo o transplante, quando indicado, associado à reabilitação funcional boa estratégia terapêutica.
2010
Coronel,Christian Correa Bordignon,Solange Bueno,André Dias Lima,Lidia Lucas Nesralla,Ivo
Comparative study of traditional long incision vein harvesting and multiple incisions with small skin bridges in patients with coronary artery bypass grafting at King Abdullah University Hospital - Jordan
OBJECTIVE: Saphenous vein harvesting can be associated with wound complications, incision pain, infection, and poor cosmetic outcome. The objective of our study is to determine the difference in wound complication and infection rates between two saphenous vein harvesting techniques, long incision versus multiple short interrupted incisions (tunneling) for coronary artery bypass grafting at the King Abdullah University Hospital - Jordan. METHODS: Retrospectively we analyzed data from 1,050 consecutive elective coronary artery bypass procedures performed from May 5, 2003, to December 31, 2007, in our institution. Saphenectomy using traditional Long incision vein harvesting (Group 1) performed in six hundred and fifty patients (n=650), while saphenectomy using multiple incisions with small skin bridges - tunneling (Group 2) performed in four hundred patients (n=400). Saphenectomy performed by the cardiac surgery assistant or main cardiac surgeon. Inflammation, dehiscence, cellulites, lymphangitis, drainage, necrosis, or abscess necessitating dressing, antibiotics or debridement before complete healing without eschar were defined as wound complications. There was no statistical difference in preoperative risk factors in both groups. Test results were considered significant when P<0.05. RESULTS: Leg wound complications observed more in traditional long incision vein harvesting technique (P=0.0005). Female gender, obesity, diabetes are associated with an increased incidence of wound problems (P<0.05). CONCLUSIONS: Saphenous vein harvest using saphenous vein tunneling was associated with fewer wound complications than the traditional longitudinal method.
2010
Hijazi,Emad Mohamed
Táticas e técnicas endovasculares para retirada de corpos estranhos intravenosos
INTRODUÇÃO: A incidência da embolização de cateteres intravenosos, na literatura mundial, é de 1% dentre todas as complicações descritas. Porém, possui taxa de mortalidade podendo variar de 24 a 60%. O não funcionamento do cateter é a suspeita diagnóstica principal da embolização, visto que, habitualmente, os pacientes são assintomáticos. OBJETIVO: Relatar o manejo na extração de corpos estranhos intravenosos, com o uso de táticas e técnicas endovasculares diversas. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 12 pacientes, no período de dois anos. Sete pacientes eram do sexo feminino e cinco do sexo masculino, com média de idade de 29 anos (dois meses a 65 anos). RESULTADOS: Sucesso técnico foi obtido em 100% dos casos. Foram extraídos 10 port-a-caths, um intra-cath e um PICC. Os locais mais frequentes de alojamento de uma das extremidades dos corpos estranhos intravenosos foram o átrio direito (41,6%) e o ventrículo direito (33,3%). Em 100% dos casos se utilizou um único acesso venoso. O acesso femoral foi o mais utilizado, em 91,6% dos casos (11 cateteres). Utilizou-se o laço (loop-snare) em 10 (83,3%) casos. O motivo mais frequente da presença do corpo estranho intravascular foi a fratura do cateter, que ocorreu em 66,6% dos casos (oito pacientes). Houve uma complicação, fibrilação atrial (8,3%), relacionada à extração de corpo estranho intravenoso. A taxa de mortalidade em 30 dias foi igual a zero. CONCLUSÃO: A retirada de corpos estranhos intravenosos por via percutânea é considerada tratamento padrão ouro, por se tratar de procedimento minimamente invasivo, relativamente simples, seguro e com baixas taxas de complicações quando comparada ao tratamento cirúrgico convencional.
2010
Motta-Leal Filho,Joaquim Maurício da Carnevale,Francisco Cesar Nasser,Felipe Santos,Aline Cristine Barbosa Sousa Junior,Wilson de Oliveira Zurstrassen,Charles Edouard Affonso,Breno Boueri Airton Mota,Moreira
Aplicação do EuroSCORE na cirurgia de revascularização miocárdica em hospitais públicos do Rio de Janeiro
FUNDAMENTOS: Modelos de estratificação de risco são utilizados em cirurgia para avaliar risco de morte. OBJETIVO: Fazer análise crítica da aplicação do EuroSCORE (ES) em amostras de prontuários de 2692 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica em 4 hospitais públicos do município do Rio de Janeiro, no período de 1999 a 2003. MÉTODOS: Foram selecionadas, em quatro hospitais públicos da cidade do Rio de Janeiro, amostras aleatórias de 150 prontuários de pacientes por hospital, sobreviventes e óbitos. Aplicou-se o ES utilizando-se o modelo logístico. A letalidade observada e prevista pelo modelo foi comparada. A aferição do poder discriminante foi estimada pela área sob a curva ROC. RESULTADOS: Localizados 546 dos 600 prontuários selecionados. Observou-se significativa diferença entre prevalências dos fatores de risco entre nossa população e européia. Letalidade prevista foi 3,62% (IC-95%: 3,47-3,78) e observada estimada foi 12,22% (IC-95%- 10,99-13,46). Em todas as faixas de risco, há subestimação da letalidade prevista, com diferenças notáveis entre prevista e observada.Área sob a curva ROC foi estimada em 0,62. CONCLUSÃO: Diferenças das prevalências dos fatores de risco que compõem o ES associado ao baixo poder discriminatório desaconselham a utilização do modelo em nosso meio sem devidos ajustes.
2010
Carvalho,Márcio Roberto Moraes de Silva,Nelson Albuquerque de Souza e Klein,Carlos Henrique Oliveira,Gláucia Maria Moraes de
Comparação da perviedade entre artéria radial e veia safena em pacientes em pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica com retorno dos sintomas
OBJETIVO: Comparar a perviedade da artéria radial e veia safena em pacientes com retorno dos sintomas após cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM). MÉTODOS: Estudo retrospectivo. No período de janeiro de 1998 a dezembro de 2005, foram realizadas 469 CRVMs com o uso da artéria radial dentre os enxertos, no Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte/MG. Destes, 94 pacientes apresentaram alterações isquêmicas no pós-operatório recente ou tardio e foram reestudados com cineangiocoronariografia. Os enxertos foram divididos em três grupos: artéria torácica interna (ATI), artéria radial (AR) e veia safena (VS), e foram estratificados segundo a gravidade das lesões: sem lesão grave (<70%), obstrução grave (70% a 99%) e oclusão. RESULTADOS: Nos 94 pacientes reestudados, foram utilizados 86 enxertos de ATI, 94 de AR e 111 de VS. Dos 86 enxertos de ATI, 73 (84,88%) se encontravam sem lesões graves; dos 94 enxertos de AR eram 55 (58,51%) e dos 111 enxertos de VS, 73 (65,76%) estavam livre de lesões graves. Houve diferença estatística (P= 0,001) entre os enxertos de AR e VS com maior perviedade da VS. As mulheres apresentaram pior resultado quanto à perviedade da AR (65,7% e 40,7%) com P= 0,006. Quanto à artéria coronária revascularizada, houve diferença entre os enxertos usados para artéria coronária direita, com melhor resultado da VS (P= 0,036). CONCLUSÃO: A AR mostrou-se com pior resultado que a VS como segundo enxerto na CRVM, principalmente em mulheres e quando anastomosada na coronária direita.
2010
Hortmann,Herbert Coelho Oliveira,Homero Geraldo de Rabello,Renato Rocha Rocha,Eduardo Augusto Victor Oliveira,Sérgio Caporali de
Alterações na capacidade funcional de pacientes após dois anos da cirurgia de revascularização do miocárdio
OBJETIVO: Verificar alterações na capacidade funcional dos pacientes que se submetem à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6) no seguimento de dois anos. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo, no qual foram arrolados 215 pacientes submetidos a CRM, 13 não preencheram os critérios de inclusão. Foram 202 pacientes avaliados no pré-operatório, 13 morreram no período da internação e seis no seguimento de dois anos. Quatro pacientes foram considerados perdas de seguimento. Foram acompanhados 179 pacientes no período de 2 anos, classificados em ativos e sedentários, conforme a prática de atividade física no tempo livre e submetidos ao TC6 no préoperatório e 2 anos depois. RESULTADOS: Dos 202 pacientes avaliados no pré-operatório da CRM, 67% eram do sexo masculino, com idade média de 63 (± 9,75) anos. Pré e após 2 anos da CRM, 52 pacientes se mantiveram ativos e as distâncias caminhadas foram 359m (± 164,47) e 439m (± 171,34), respectivamente, P= 0,016. A distância caminhada no pré e pós-operatório, dos 45 pacientes que permaneceram sedentários, foi, respectivamente, 255m (± 172,15) e 376m (± 210,92) P<0,001. Oitenta e dois pacientes transitaram entre estes dois grupos, 71 passaram de sedentários para ativos e caminharam 289m (± 157,15) no pré e 380m (± 125,44) no pós-operatório, P= 0,001; os 11 pacientes que eram ativos e passaram a sedentários caminharam no pré 221m (± 191,91) e, no pós-operatório, 384m (± 63,73) P= 0,007. CONCLUSÃO: A capacidade funcional dos pacientes submetidos à CRM melhorou de forma importante no seguimento de médio prazo.
2010
Nery,Rosane Maria Martini,Marcio Roberto Vidor,Cristiane da Rocha Mahmud,Mahmud Ismail Zanini,Maurice Loureiro,Aderson Barbisan,Juarez Neuhaus
Desfechos clínicos pós-revascularização do miocárdio no paciente idoso
OBJETIVO: Comparar os desfechos clínicos nos pacientes octogenários submetidos à revascularização cirúrgica do miocárdio com e sem a utilização de circulação extracorpórea. MÉTODOS: Estudo de coorte histórico com pacientes octogenários operados no InCor no período entre 1/1/2000 e 1/1/2007, divididos em dois grupos: G1 constituído por 111 pacientes operados sem circulação extracorpórea (CEC) e G2 com 179 operados com CEC. Foram analisadas 36 variáveis utilizando-se o teste t de Student, qui quadrado e as curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier; Nível de significância de 5%. RESULTADOS: Na análise univariada apresentaram significância: insuficiência cardíaca congestiva préoperatória (P=0,000), tabagismo (P=0,050), número de enxertos realizados (P=0,050), tipo de enxerto (P=0,000), procedimentos associados (P=0,000), uso de balão intraaórtico no pós-operatório (P=0,000), óbito hospitalar (P=0,000) e tipo de morte (P=0,020). No pós-operatório imediato, foi significativa apenas a incidência de acidente vascular cerebral (AVC) no G2 (P = 0,036). A longo prazo tivemos maior incidência de reinternação por angina (P=0,038) no G1. A análise das curvas de sobrevida apresentou diferença estatística (P=0,009; Log-Rank Test). CONCLUSÃO: A revascularização do miocárdio sem CEC, nesta série, mostrou ser vantajosa para o paciente octogenário a curto prazo, pois os pacientes apresentaram menor índice de AVC no pós-operatório mediato, enquanto a longo prazo houve maior número de reinternação por angina no G1 e uma mortalidade maior no G2.
2010
Iglézias,José Carlos Rossini Chi,Alex Talans,Aleylove Dallan,Luis Alberto de Oliveira Lourenção Júnior,Artur Stolf,Noedir Antonio Groppo
Complicações pulmonares em crianças submetidas à cirurgia cardíaca em um hospital universitário
OBJETIVO: Identificar a prevalência de complicações pulmonares em crianças submetidas à cirurgia cardíaca, assim como características demográficas e clínicas da população estudada. MÉTODOS: A amostra foi composta por 37 crianças, de ambos os sexos, submetidas à cirurgia cardíaca no Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís (MA), durante o ano de 2007. Não foram incluídos pacientes que apresentaram doença pulmonar pré-cirúrgica, portadores de distúrbios neurológicos, óbito intra-operatório, além de falta de dados no prontuário. Os dados foram obtidos pela coleta nas evoluções médicas e de enfermagem dos respectivos prontuários. RESULTADOS: Quanto às características populacionais, houve predomínio de crianças do sexo feminino, provenientes do interior do estado e na faixa etária escolar. Patologias consideradas de baixo risco foram a maioria, destacando-se a persistência do canal arterial, comunicação interventricular e comunicação interatrial. Observou-se que a maior parcela das crianças fez uso de circulação extracorpórea por mais de 30 minutos, sendo a mediana igual a 80 minutos, sofreu esternotomia mediana, utilizou apenas dreno mediastinal e fez uso de ventilação mecânica pós-operatória, sendo a mediana aproximadamente de 6,6 horas. Somente três (8,1%) pacientes apresentaram complicações pulmonares, sendo que destes, dois foram a óbito. CONCLUSÃO: A maioria das crianças da amostra era do sexo feminino, na faixa etária escolar e proveniente do interior do estado. Os baixos tempos de circulação extracorpórea e ventilação mecânica, além de cardiopatias congênitas consideradas de baixo risco, podem ter sido fatores contribuintes para o pequeno índice de complicações pulmonares no pós-operatório.
2010
Borges,Daniel Lago Sousa,Lícia Raquel Teles Silva,Raquel Teixeira Gomes,Holga Cristina da Rocha Ferreira,Fernando Mauro Muniz Lima,Willy Leite Borges,Lívia Christina do Prado Lui
Estudo comparativo entre cirurgia de revascularização miocárdica com e sem circulação extracorpórea em mulheres
INTRODUÇÃO: Tem sido bem documentado que mulheres têm taxas de morbimortalidade mais altas que homens submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Em vista desta evidência, é necessário saber se há benefício da CRM sem circulação extracorpórea (CEC) em comparação à CRM com CEC. OBJETIVOS: Comparar desfechos de morbimortalidade entre CRM sem CEC e CRM com CEC. MÉTODOS: Estudo retrospectivo. Nossa investigação analisa comparativamente o perfil clínico, 13 complicações relativas ao procedimento e mortalidade de uma população de 941 mulheres submetidas à CRM (549 sem CEC e 392 com CEC) em dois hospitais, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005. RESULTADOS: A taxa de mortalidade em mulheres submetidas à CRM sem CEC é menor que mulheres submetidas à CRM com CEC, entretanto, a diferença não é estatisticamente significativa (3,1% vs. 5,3%; P=0,134). As taxas de complicações analisadas (choque hemorrágico, neurológicas, respiratórias, insuficiência renal aguda, síndrome da angústia respiratória do adulto, septicemia, pneumonia, fibrilação atrial) foram menores (diferença estatisticamente significativa) em mulheres do grupo CRM sem CEC em comparação ao grupo CRM com CEC, com exceção das complicações baixo débito cardíaco e infecção de ferida operatória. CONCLUSÕES: As evidências sugerem que CRM sem CEC pode beneficiar as mulheres em comparação com CRM com CEC, pois parece reduzir as taxas de morbimortalidade. Dez das 13 complicações investigadas demonstraram uma significativa vantagem das mulheres submetidas à CRM sem CEC em relação àquelas submetidas à CRM com CEC.
2010
Sá,Michel Pompeu Barros de Oliveira Lima,Leonardo Pontual Rueda,Fábio Gonçalves de Escobar,Rodrigo Renda de Cavalcanti,Paulo Ernando Ferraz Thé,Emmanuel Callou da Silva Escobar,Mozart Augusto Soares de Lima,Ricardo de Carvalho
In situ reconstruction with bovine pericardial tubular graft for aortic graft infection
Prosthetic graft infection is a serious complication of abdominal aorta surgery. Its removal is always indicated because it prevents potential significant complications, but reconstruction is a technical challenge. The authors present a case of an in situ reconstruction with corrugated bovine pericardial tubular graft.
2010
Dulbecco,Eduardo Camporrotondo,Mariano Blanco,Gustavo Haberman,Diego
Correção cirúrgica da estenose aórtica supravalvar com modificação da técnica de Sousa
Relato de uma paciente de sete anos apresentando progressiva intolerância ao esforço. A criança apresentava taquicardia e sopro pansistólico de maior intensidade no foco aórtico. O ecocardiograma evidenciava hipertrofia ventricular esquerda e estenose aórtica supravalvar com gradiente sistólico de 190 mmHg. A angioressonância e o cateterismo cardíaco confirmaram o diagnóstico, sugerindo estenose do óstio da artéria coronária esquerda. A correção foi realizada modificando a técnica descrita por Sousa. A evolução pósoperatória transcorreu sem intercorrências, com gradiente pós-operatório de 23 mmHg e boa mobilidade da valva aórtica.
2010
Bonini,Rômulo César Arnal Palazzi,Eugenio Molina Chaccur,Paulo Sousa,Luiz Carlos Bento de