Repositório RCAAP

Qualidade de vida após revascularização cirúrgica do miocárdio, angioplastia ou tratamento clínico

FUNDAMENTO: Ainda que os benefícios clínicos das intervenções coronarianas parecem confirmados, seus efeitos na qualidade de vida (QV) permanecem pouco estudados. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida (QV) na doença multiarterial coronariana em pacientes submetidos randomicamente a cirurgia, angioplastia ou tratamento clínico. MÉTODOS: Foi utilizando Short-Form Health Survey (SF36) questionnaire em 483 pacientes. Desses, 161 foram revascularizados; 166 receberam angioplastia e 153 tiveram tratamento clínico. RESULTADOS: Na internação, 86% referiam angina; 34%, infarto; e 32% fumavam. Tratamento clínico: 12 pacientes (7,7%) tiveram infarto agudo do miocárdio (IAM); 24 (15,3%) receberam cirurgia; e 19 (12,1%) morreram. Além disso, cinco (3,2%) sofreram AVC e 40 (25,6%) tinham angina. No componente mental, 64,1% melhoram e 30,8% pioram a condição. No componente físico, 70,5% melhoram e 27,6% pioram a condição. Cirurgia: 13 pacientes (8,1%) tiveram IAM, dois (1,2%) receberam cirurgia; 12 (7,4%) morreram. Em adição, nove (5,6%) sofreram AVC e 30 (18,6%) sofriam angina. No componente mental, 72,7% melhoram e 25,5% pioram a condição. No componente físico, 82,6% melhoram e 16,1% pioram a condição. Angioplastia: 18 pacientes (10,9%) tiveram IAM, 51 (30,7%) receberam intervenções e 18 (19,9%) morreram. Além disso, seis (3,6%) sofreram AVC e 35 (21%) relatavam angina. No componente mental, 66,9% melhoram e 26,5% pioram a condição No componente físico, 77,1% melhoram e 20,5% pioram a condição. CONCLUSÃO: Observou-se melhora em todos os domínios e nas três opções terapêuticas. Comparativamente, a cirurgia ofereceu melhor qualidade de vida após quatro anos de seguimento.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Takiuti,Myrthes Emy Hueb,Whady Hiscock,Shirley Borghetti Nogueira,Célia Regina Simões da Rocha Girardi,Priscyla Fernandes,Fabio Favarato,Desiderio Lopes,Neuza Borges,Jorge Chiquie Góis,Aécio Flávio Teixeira de Ramires,José Antonio Franchini

Dispositivo de assistência circulatória mecânica intraventricular de fluxo axial: estudo in vitro

É apresentado estudo in vitro de um dispositivo de assistência circulatória totalmente implantável no ventrículo esquerdo, de fluxo axial e de tamanho pequeno (30 cc - 7 cm comprimento). Apesar dessas características foi capaz de gerar fluxos entre 5 - 8 l/min com motor, operando em 8 W, sem causar hemólise em período de até 12 horas. O custo de produção, excetuando-se o sistema de baterias, foi projetado entre 5 - 8 mil dólares, o que o torna viável para utilização clínica rotineira em nosso país.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

KUBRUSLY,Luiz Fernando MARTINS,Américo F. MADEIRA,João SAVYTZKY,Sérgio WOLLMAN,Darley MELHEM,Abrão ADAM,Roberto BAIRRO,Francisco Rodrigues de GONÇALVES,Edgard Calvet KUBRUSLY,Denise

Efeitos do uso da adrenalina na anestesia local odontológica em portador de coronariopatia

FUNDAMENTO: A literatura é controversa no que se refere ao uso de vasoconstritores para anestesia local em cardiopatas, havendo preocupação com a indução de descompensação cardíaca. OBJETIVO: Avaliar parâmetros eletrocardiográficos e de pressão arterial durante procedimento odontológico restaurador sob anestesia local com e sem vasoconstritor em portadores de doença arterial coronária. MÉTODOS: Neste estudo foram avaliados 62 pacientes. As idades variaram de 39 a 80 anos (média de 58,7 + 8,8) anos, sendo 51 pacientes (82,3%) do sexo masculino. Do total de pacientes, 30 foram randomizados para receber anestesia com lidocaína 2% com adrenalina (grupo LCA) e os demais para lidocaína 2% sem vasoconstritor (grupo LSA). Todos foram submetidos a monitorização ambulatorial da pressão arterial e eletrocardiografia dinâmica por 24 horas. Foram considerados três períodos: 1) basal (registros obtidos durante os 60 minutos que antecederam o procedimento); 2) procedimento (registros obtidos desde o início da anestesia até o final do procedimento) e 3) das 24 horas. RESULTADOS: Houve elevação da pressão arterial do período basal para o procedimento nos dois grupos quando analisados separadamente; quando confrontados, não apresentaram diferença entre si. A freqüência cardíaca não se alterou nos dois grupos. Depressão do segmento ST > 1 mm não ocorreu durante os períodos basal e procedimento. Arritmias em número superior a 10 por hora estiveram presentes durante o procedimento em sete pacientes (12,5%), sendo quatro (13,8%) do grupo que recebeu anestesia sem adrenalina e três (11,1%) do grupo com adrenalina. CONCLUSÃO: Não houve diferença em relação a comportamento da pressão arterial, freqüência cardíaca, evidência de isquemia e arritmias entre os grupos. O uso de vasoconstritor mostrou-se seguro dentro dos limites do estudo.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Neves,Ricardo Simões Neves,Itamara Lucia Itagiba Giorgi,Dante Marcelo Artigas Grupi,Cesar José César,Luís Antonio Machado Hueb,Whady Grinberg,Max

Aspectos da proteção cerebral em pacientes submetidos a tromboendarterectomia pulmonar com hipotermia profunda e parada circulatória intermitente

INTRODUÇÃO: A tromboendarterectomia pulmonar é utilizada como método bem estabelecido para aliviar a hipertensão pulmonar nos casos de tromboembolismo pulmonar crônico. A dificuldade que se apresenta é conciliar o tempo relativamente exíguo de parada circulatória total (PCT) hipotérmica com a completa desobstrução das artérias pulmonares, sob pena de danos neurológicos. CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de março de 1998 a abril de 1999 (13 meses), 8 pacientes, 5 do sexo masculino, 1 de cor negra, com idade variando entre 25 a 56 anos (média 46,2 anos) e com diagnóstico angiográfico de tromboembolismo pulmonar, foram submetidos a tromboendarterectomia pulmonar uni ou bilateral por tromboembolismo pulmonar crônico (TEP). Instalado o circuito extracorpóreo e incisada a artéria pulmonar, procede-se à PCT e, aproximadamente a cada 20 minutos de procedimento, intermitentemente, o fluxo da circulação extracorpórea (CEC) é restabelecido a 14º C por um período de 15 minutos objetivando-se a reperfusão cerebral e corpórea. Sucessivas paradas circulatórias total são realizadas e tantas quanto forem necessárias até a remoção de todos os trombos da artéria pulmonar. RESULTADOS: Não foram registrados óbitos no transoperatório. Um paciente faleceu no 30º dia de pós-operatório (PO) devido a broncopneumonia que evoluiu para sepse. Os 8 pacientes foram submetidos a CEC e PCT hipotérmica, sendo que em 5 (62,5%) foram necessárias 4 PCT e em 3 (37,5%) apenas 3 PCT, com média de 3,6 PCT. O tempo total de CEC variou de 210 a 255 minutos, com média de 225 minutos. O tempo de PCT hipotérmica variou de 58 a 88 minutos, com média de 76,7 minutos e o período de PCT por paciente variou de 18 a 24 minutos, com média de 20,5 minutos. Em todos os pacientes foram realizadas tomografias de crânio, que não revelaram nenhuma alteração anatômica, assim como o exame físico não revelou déficit motor ou rebaixamento do sensório. CONCLUSÃO: Acreditamos ser esta uma técnica promissora, capaz de oferecer tranqüilidade para o cirurgião e segurança para o paciente em termos de proteção do sistema nervoso central.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

HUEB,Alexandre C. JATENE,Fabio B. PÊGO-FERNANDES,Paulo M. JATENE,Marcelo B. BERNARDO,Wanderley M. JATENE,Adib D.

Reserva de fluxo coronariano na anemia falciforme

FUNDAMENTO: Pacientes com anemia falciforme (FAL) apresentam freqüentemente episódios de dor precordial, possuem alterações eletrocardiográficas em repouso e exibem alterações da estrutura e das funções cardíacas. OBJETIVO: Avaliar o efeito dos episódios repetitivos de vaso-oclusão sobre a microcirculação coronariana. MÉTODOS: Pacientes estáveis com FAL (n = 10, cinco mulheres, 24,4 + 5,4 anos) foram submetidos a medida das velocidades de fluxo coronariano e da reserva de fluxo coronariano (RFC) na artéria coronária descendente anterior por meio de ecocardiografia transesofágica em estado basal e após hiperemia máxima, obtida com adenosina intravenosa. Esses pacientes foram comparados a pacientes com traço falciforme (TRA, n = 10, cinco mulheres, 27,7 + 3,2 anos), anemia ferropriva (FER, n = 8, oito mulheres, 26,6 + 5,2 anos) e grupo controle (NOR, n = 10, cinco mulheres, 26,3 + 6,3 anos). RESULTADOS: O grupo FAL apresentou aumento das velocidades de fluxo coronariano diastólico (p < 0,01) em estado basal e durante hiperemia máxima (67,3 + 14,0 cm/s e 198,2 + 37,9 cm/s, respectivamente), quando comparado aos três outros grupos (TRA, 34,4 + 11,9 cm/s e 114,7 + 36,4 cm/s; FER, 42,4 + 10,4 cm/s e 141,0 + 18,7 cm/s e NOR, 38,1 + 10,0 cm/s e 126,8 + 24,6 cm/s). Entretanto, a RFC foi normal no grupo FAL (3,0 + 0,7) e comparável (p = 0,70) aos demais grupos (TRA, 3,4 + 0,8; FER, 3,5 + 1,2 e NOR, 3,4 + 0,8). CONCLUSÃO: Apesar de maiores velocidades de fluxo coronariano já em estado basal e também durante hiperemia máxima, a RFC é normal na FAL, o que sugere integridade da microcirculação coronariana. Os episódios de vaso-oclusão não são responsáveis pelos achados cardiológicos da doença.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Souza Júnior,José Leão de Rodrigues,Ana Clara Tude Buck,Paula Cássia Guallandro,Sandra Fátima Menosi Mady,Charles

Dissecção da aorta após transplante cardíaco ortotópico: relato de 2 casos

No período de março de 1985 a setembro de 1999, 214 pacientes foram submetidos a transplante cardíaco em conseqüência de cardiomiopatia refratária ao tratamento farmacológico. Dois (0,9%) pacientes, com idades de 33 e 49 anos, desenvolveram dissecção da aorta torácica como complicação tardia fatal após o transplante cardíaco ortotópico. Na primeira paciente, com cardiomiopatia idiopática, esta complicação ocorreu no 93º mês de evolução, enquanto que no segundo, com cardiomiopatia isquêmica, a ocorrência foi mais precoce, no 11º mês. A hipertensão arterial sistêmica e o tabagismo estiveram presentes como fatores de risco em ambos os casos. As manifestações clínicas da dissecção ocorreram de forma aguda e catastrófica que impossibilitaram qualquer atitude cirúrgica e, possivelmente, maior atenção desta rara complicação possa modificar a sua péssima evolução natural.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

STOLF,Noedir A. G. FIORELLI,Alfredo I. BACAL,Fernando VEIGA,Viviane BERNADIS,Ricardo BOCCHI,Edimar A. ABREU FILHO,Carlos CURY,Patrícia M.

Bases morfológicas para o estudo do septo interatrial no feto humano

OBJETIVO: Descrever observações morfológicas sobre o septo interatrial em fetos normais, especialmente o forame oval e o septo primeiro, de forma a comparar a excursão do septo primeiro com o diâmetro do forame oval. MÉTODOS: As medidas da excursão do septo primeiro (ESP) em direção ao átrio esquerdo (AE) e do diâmetro do forame oval (DFO) foram realizadas em corações de dez fetos humanos formolizados com 28 a 36 semanas. Os cortes histológicos foram feitos no FO, SP, septo segundo e nos AE e AD. RESULTADOS: Os resultados da análise anatômica estão expressos em amplitude das medidas do DFO e da ESP: 3 fetos com idade gestacional (IG) presumida de 28 semanas, DFO (3,1-3,5 mm) e ESP (2,8-3,1 mm); 4 fetos com IG presumida de 34 semanas, DFO (3,3-3,5 mm) e ESP (4,0-5,0 mm); e 3 fetos com IG presumida de 36 semanas, DFO (3,3-4,5 mm) e ESP (6,0-9,0). Foram identificadas fibras musculares cardíacas no SP e no segundo. CONCLUSÃO: Pode-se sugerir que o SP apresenta caráter ativo devido às fibras musculares que o constituem, influenciando o fluxo sangüíneo através do FO, a mobilidade do SP e a sua excursão para o interior do AE.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Amaral,Hugo Becker Zielinsky,Paulo Silveira,Aron Ferreira da Costabeber,Ijoni Nicoloso,Luiz Henrique Souza Filho,Olmiro Cezimbra de Salum,Marcelo Manica,João Luiz Zanettini,Juliana Silveira Costabeber,Ane Micheli

Angiossarcoma de átrio direito

Mulher de 19 anos, portadora de angiossarcoma de átrio direito que obstruía parcialmente a valva tricúspide, desenvolveu hipoxemia severa conseqüente a shunt direito-esquerdo através do forame oval pérvio, situação descrita pela primeira vez nesse tipo de tumor. Foi realizada ressecção tumoral ampla, embora incompleta, e reconstrução do átrio com fragmento de pericárdio bovino. No pós-operatório, tomografias de crânio, tórax, abdome e cintilografia óssea não mostraram metástases. Optou-se por radioterapia local complementar, sem quimioterapia. A paciente faleceu em conseqüência de metástase generalizada, porém sem recidiva local do tumor, cinco meses após a operação.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

IGLÉZIAS,José Carlos R. VELLOSO,Luiz Guilherme Carneiro DALLAN,Luís Alberto BENVENUTI,Luiz Alberto VERGINELLI,Geraldo STOLF,Noedir A. G.

Monitorização ambulatorial da pressão arterial e pressão casual em hiper-reatores ao esforço

FUNDAMENTO: O desenvolvimento de hipertensão arterial sustentada é, pelo menos, duas vezes maior em indivíduos hiper-reatores ao esforço. Poucos trabalhos têm avaliado os parâmetros da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) nesses indivíduos. OBJETIVO: Avaliar a relação da pressão arterial (PA) casual com a resposta hiper-reativa ao esforço (RHR) e comparar os padrões da monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) de indivíduos hiper-reatores ao esforço a um grupo controle, visando detectar alterações precoces que permitam uma atuação preventiva com implicação prognóstica. MÉTODOS: A PA casual e os dados da MAPA de 26 indivíduos adultos, com idade média de 41,50±11,78 anos, normotensos em repouso, hiper-reatores ao teste ergométrico (TE), foram comparados aos de 16 adultos, com média de idade de 41,38±11,55 anos, também normotensos em repouso, com resposta normal de PA ao esforço. Como normotensão foram considerados valores de PA <140x90mmHg. Para o diagnóstico de hiper-reatividade foram aceitos valores de pressão arterial sistólica (PAS) >220mmHg e/ou incremento >15mmHg de pressão arterial diastólica (PAD) no TE, partindo-se de níveis de PA normais. RESULTADOS: A PAS (p=0,03) e PAD (p=0,002) casuais, a média da PAS (p=0,050) e as cargas pressóricas sistólicas na vigília (p=0,011) e nas 24 horas (p=0,017) à MAPA foram significativamente superiores nos hiper-reatores. CONCLUSÃO: A PA casual se correlacionou positivamente com a RHR. Os hiper-reatores apresentaram características peculiares na PA casual e MAPA, que, embora dentro da normalidade, se diferenciaram das observadas nos normorreatores.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Oliveira,Lucia Brandão de Cunha,Ademir Batista da Martins,Wolney de Andrade Abreu,Rosiane Fátima Silveira de Barros,Luciana Silva Nogueira de Cunha,Delma Maria Nóbrega,Antonio Cláudio Lucas da Martins Filho,Luiz Romeu

Índice de massa corporal e circunferência da cintura como marcadores de hipertensão arterial em adolescentes

OBJETIVO: Avaliar a sensibilidade e a especificidade de medidas antropométricas de gordura corporal em uma amostra de adolescentes brasileiros, na predição da hipertensão. MÉTODOS: A pressão arterial de uma amostra de 456 estudantes de 12 a 17 anos, de escolas públicas e privadas do bairro do Fonseca (Niterói, RJ), entre 2003 e 2004, foi medida em duas visitas, definindo-se como hipertenso o adolescente com pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica superiores ao percentil 95 por sexo, idade e altura. Foi aplicado questionário e foram medidos o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência da cintura (CC). RESULTADOS: Houve associação estatisticamente significativa entre hipertensão e os pontos de corte considerados desfavoráveis, tanto para IMC como para CC. A maior associação foi com o ponto de corte proposto para a população brasileira. Os valores da sensibilidade do IMC, usados para as populações americanas negra e branca ou para a população brasileira, foram de 52,4% a 57,1% e de 52,4%, respectivamente. Já os valores da especificidade foram de 69,3%, 70,0% e 80,88%. A sensibilidade encontrada na amostra deste estudo, relativa aos pontos de corte para CC propostos para todas as etnias americanas, também foi baixa (45,0%), e a especificidade foi um pouco mais elevada (77,6% e 74,5%, respectivamente). CONCLUSÃO: As medidas referentes à CC americana mostraram baixos níveis de sensibilidade e especificidade para a hipertensão na população brasileira. Em relação ao IMC, os pontos de corte disponíveis também demonstraram baixa sensibilidade. Há necessidade de se estabelecer pontos de corte de gordura corporal, que possam melhor predizer o risco cardiovascular.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Rosa,Maria Luiza Garcia Mesquita,Evandro Tinoco Rocha,Emanuel Ribeiro Romeiro da Fonseca,Vânia de Matos

Avaliação hemodinâmica intra-operatória na cirurgia de revascularização miocárdica sem auxílio da circulação extracorpórea

OBJETIVO: Analisar o comportamento hemodinâmico do coração na revascularização do miocárdio sem a utilização da circulação extracorpórea, através da cateterização da artéria pulmonar com cateter de San-Ganz. MATERIAL E MÉTODOS: No período de agosto de 1991 a junho de 1999, foram operados 616 pacientes portadores de angina do peito, que foram submetidos a revascularização do miocárdio sem a utilização da circulação extracorpórea. Em 18 pacientes foram estudados os parâmetros hemodinâmicos intra-operatórios. RESULTADOS: A freqüência cardíaca manteve-se elevada durante todos os momentos de posicionamento do coração (p=0,0007). O débito cardíaco ao longo do procedimento apresentou variação mínima nos diversos momentos de posicionamento do coração e exposição das artérias coronárias. Entretanto, com o coração na posição normal final, observou-se um aumento importante do débito cardíaco (p=0,010). A pressão arterial média apresentou-se diminuída em todos os momentos do procedimento de exposição das artérias coronárias (p=0,022). A pressão arterial pulmonar apresentou-se diminuída durante todos os momentos de mobilização (NS). A pressão capilar pulmonar oscilou bastante durante a exposição das coronárias (NS). A pressão venosa central comportou-se de maneira mais variada durante a exposição das artérias (NS). A resistência vascular sistêmica apresentou-se diminuída durante todo o procedimento (p=0,0001). A resistência vascular pulmonar apresentou-se diminuída em todos os momentos do procedimento (p=0,002). O "stroke volume" apresentou-se inalterado durante a anastomose da interventricular anterior e só se observaram diferenças estatísticas na coronária direita (p=0,002) e artéria circunflexa (p=0,0006) e seus ramos. O índice cardíaco apresentou-se diminuído durante o procedimento (p=0,0011). CONCLUSÕES: A) A técnica presente permite a mobilização máxima do coração sem indução de instabilidade hemodinâmica. B) A melhora de alguns parâmetros de hemodinâmica ao final do procedimento pode ser justificada: 1) devido à resposta à revascularização miocárdica; 2) decorrente da liberação de catecolaminas após a manipulação do coração nas diversas posições; 3) decorrente da liberação de mediadores vasoativos depois da tração prolongada do pericárdio.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

LIMA,Ricardo Carvalho ESCOBAR,Mozart Augusto Soares de DELLA SANTA,Renato Fábio DINIZ,Roberto D'ACONDA,Giusseppe BERGSLAND,Jacob SALERNO,Tomas

Ocorrência e preditores clínicos de pseudocrise hipertensiva no atendimento de emergência

OBJETIVOS: Descrever a prevalência de pseudocrise hipertensiva em pacientes atendidos em unidade de emergência com níveis de pressão arterial substancialmente elevados, comparando-a entre serviços privado e público; descrever a freqüência de tratamento indevido para essa condição; identificar, no momento da triagem, preditores independentes de pseudocrise; e avaliar o prognóstico dos pacientes com pseudocrise. MÉTODOS: Durante seis meses, foram incluídos pacientes com idade > 18 anos, atendidos nas Emergências de dois hospitais (privado e público), com pressão arterial diastólica > 120 mmHg. Pseudocrise hipertensiva foi definida na ausência de critérios para crise hipertensiva, segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. RESULTADOS: Em 110 pacientes estudados, a prevalência de pseudocrise hipertensiva foi de 48% (intervalo de confiança de 95% [IC 95%] = 39%-58%), predominando no serviço privado (59% vs 37%; p = 0,02). A freqüência de tratamento indevido foi semelhante nos dois serviços (94% vs 95%; p = 0,87). Após análise multivariada, a presença de cefaléia na admissão (odds ratio = 5,4; IC 95% = 5,1-13; p < 0,001) e o nível da pressão arterial diastólica (odds ratio = 0,93; IC 95% = 0,89-0,97; p = 0,002) foram preditores independentes de pseudocrise. A mortalidade em cinco meses foi menor no grupo pseudocrise em relação à crise hipertensiva (0% vs 21%; p = 0,0004). CONCLUSÕES: A prevalência de pseudocrise hipertensiva é elevada em pacientes com suspeita de crise hipertensiva, especialmente em serviço privado. A freqüência de tratamento indevido é semelhante nos serviços privado e público. A presença de cefaléia e o nível da PA diastólica são preditores independentes dessa condição clínica. A pseudocrise hipertensiva é uma situação clínica de baixa letalidade.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Sobrinho,Silvestre Correia,Luís C. L. Cruz,Constança Santiago,Mila Paim,Ana Catarina Meireles,Bruno Andrade,Mariana Kerner,Mariana Amoedo,Paula Souza,Carlos Marcílio de

Evolução hemodinâmica da revascularização do miocárdio com dois métodos de proteção miocárdica

OBJETIVO: Avaliar a evolução hemodinâmica imediata na revascularização do miocárdio com pinçamento intermitente da aorta, acrescido ou não de um protocolo de pré-condicionamento. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Trinta e cinco pacientes submetidos à revascularização do miocárdio foram randomizados em 2 grupos. No grupo controle (18), o procedimento foi realizado com pinçamento intermitente da aorta; no segundo grupo (17), denominado pré-condicionamento, foram acrescidos 2 pinçamentos curtos da aorta, previamente ao pinçamento intermitente convencional. Foram obtidos a pressão arterial média (PAm), a pressão capilar pulmonar (PCP), o índice cardíaco (IC) e o índice de trabalho sistólico do VE (ITSVE) antes da circulação extracorpórea (1); antes da sutura esternal (2); com 6h (3); 12h (4); 18h (5) e 24h de pós-operatório (6), além da fração de ejeção (FEVE) por ecocardiograma nos momentos 1 e 2. RESULTADOS: Não houve diferença estatística entre os grupos, havendo um aumento do IC e FEVE após a revascularização. Todos os pacientes tiveram boa evolução clínica. CONCLUSÃO: O comportamento hemodinâmico foi semelhante nos dois grupos de pacientes.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

PÊGO-FERNANDES,Paulo M. JATENE,Fabio B. COELHO,Fabricio Ferreira GENTIL,André Felix KAWASNICKA,Karina L. STOLF,Noedir A. G. OLIVEIRA,Sérgio A.

Proteína C-reativa: marcador inflamatório com valor prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada

FUNDAMENTO: A inflamação vem sendo implicada na fisiopatologia de uma série de doenças cardiovasculares. A proteína C-reativa (PCR) titulada é um marcador de inflamação de fácil obtenção na sala de emergência. OBJETIVO: Estudar o valor prognóstico da PCR em pacientes admitidos por insuficiência cardíaca (IC) descompensada. MÉTODOS: Coorte prospectiva de 119 pacientes com IC descompensada, atendidos na sala de emergência, com média de idade de 74 ± 11 anos, dos quais 76 (64%) eram do sexo masculino. Todos estavam em classe funcional III ou IV da New York Heart Association. A dosagem da PCR foi realizada por ocasião da admissão na sala de emergência, pelo método de nefelometria. Os pacientes foram acompanhados, após a alta hospitalar, por um tempo médio de 12 ± 9,7 meses e o desfecho analisado foi a mortalidade cardiovascular. RESULTADOS: Houve 44 (36,9%) óbitos, todos por causa cardiovascular. Indivíduos com PCR > 3 mg/dl apresentaram maior mortalidade que indivíduos com valores inferiores a esse (p=0,018). A análise multivariada pelo modelo proporcional de Cox destacou como fator independente para prognóstico mais importante a PCR (razão de chances de 0,0916 [intervalo de confiança de 95% = 0,0341 a 0,1490] para aumentos de uma unidade na PCR). CONCLUSÃO: A PCR é um preditor independente de mortalidade cardiovascular em pacientes com IC descompensada, indicando que a inflamação representa componente importante na fisiopatologia da doença.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Villacorta,Humberto Masetto,Antonio Claudio Mesquita,Evandro Tinoco

Metabolismo miocárdico após cardioplegia sangüínea hipotérmica retrógrada contínua

CASUÍSTICA E MÉTODOS: Realizamos uma análise metabólica da cardioplegia sangüínea hipotérmica retrógrada contínua em um estudo prospectivo de 15 pacientes consecutivos encaminhados para operação eletiva de revascularização miocárdica. Os critérios de inclusão foram doença coronária bi ou triarterial e função ventricular preservada (FE > 40%). Os critérios de exclusão foram angina instável, diabéticos insulino-dependentes e operações associadas. Três pacientes foram excluídos do trabalho (operação associada e deslocamento do cateter de cardioplegia retrógrada). Amostras de sangue arterial e do seio coronário foram simultaneamente colhidas: antes do início da CEC, na abertura da aorta e com 10, 30 e 60 minutos de reperfusão, para análise do conteúdo de oxigênio e da concentração de lactato. Quatro biópsias miocárdicas foram obtidas do ápice do ventrículo esquerdo: (1) após instalação da CEC (mas antes do pinçamento aórtico), (2) imediatamente após o término da indução cardioplégica, (3) antes do despinçamento aórtico e (4) com 30 minutos de reperfusão, para análise dos níveis de ATP, ADP, AMP e lactato no miocárdio. A isoenzima CK-MB foi analisada no sangue venoso. RESULTADOS: Não houve mortalidade no grupo. Houve uma diminuição da extração artério-venosa do lactato e do oxigênio pelo coração durante a reperfusão, somente havendo uma recuperação parcial ao final de 60 minutos de reperfusão. O ATP e os outros nucleotídeos tiveram os seus níveis mantidos no miocárdio durante o pinçamento aórtico, mas estes caíram nos primeiros 30 minutos de reperfusão. O lactato acumulou-se no músculo cardíaco durante o pinçamento aórtico e diminuiu durante a reperfusão. Houve um aumento da enzima CK-MB, principalmente entre a terceira e sexta horas de pós-operatório. CONCLUSÕES: Do ponto de vista metabólico, o método não evitou o metabolismo anaeróbico durante o período de pinçamento aórtico e que somente com 60 minutos de reperfusão houve uma recuperação metabólica parcial. Essas alterações são, provavelmente, o reflexo da injúria isquêmica celular ocorrida durante o pinçamento aórtico e são de efeito transitório.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

SOBROSA,Claudio G. JANSSON,Eva KAIJSER,Lennart BOMFIM,Vollmer

Avaliação clínica e laboratorial hepática em indivíduos com insuficiência cardíaca congestiva

OBJETIVOS: Verificar o perfil de alterações clínicas e, principalmente, laboratoriais hepáticas observadas em pacientes de cada uma das classes de insuficiência cardíaca. MÉTODOS: Por meio de um estudo seccional, foram pesquisados os dados clínicos e laboratoriais (alanina aminotransferase [ALT], aspartato aminotransferase [AST], fosfatase alcalina [FA], gama-glutamil transpeptidase [gama-GT], bilirrubinas e coagulograma) de 50 pacientes internados em 2002 em um hospital terciário com diagnóstico de insuficiência cardíaca. Os doentes foram separados de acordo com sua classe de insuficiência cardíaca e seus dados, comparados estatisticamente. Foram excluídos pacientes com hepatopatia de qualquer etiologia. RESULTADOS: A análise das médias de transaminases revelou aumento significativo apenas nos pacientes da classe IV. Por outro lado, a FA e a gama-GT apresentaram aumento progressivo de acordo com a classe de insuficiência cardíaca. CONCLUSÃO: A insuficiência cardíaca é caracterizada por perfil colestático progressivo de alterações laboratoriais, enquanto as transaminases se elevam apenas na insuficiência cardíaca mais avançada. O entendimento dessas alterações é fundamental para que se evite investigação hepática desnecessária em indivíduos com insuficiência cardíaca.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Vasconcelos,Luiz Antônio Brito Arruda Almeida,Eros Antônio de Bachur,Luiz Felipe

Substituição valvar com próteses mecânicas de duplo folheto

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar a experiência do Instituto do Coração com a utilização de próteses mecânicas de duplo folheto. CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período compreendido entre junho de 1989 e agosto de 1998, foram implantadas 323 próteses mecânicas de duplo folheto em 300 pacientes. A idade média foi de 38,7 ± 18,4 anos. Cento e noventa e um (63,7%) pacientes eram do sexo masculino. A etiologia foi reumática em 161 (53,7%) pacientes. Foram realizadas 186 substituições da valva aórtica, 89 da valva mitral, 2 da valva tricúspide, 22 substituições mitro-aórticas e 1 mitro-tricuspídea. Quanto à classe funcional (CF), 73 (24,3%) pacientes se encontravam em CF IV, 165 (55,4%) em CF III e 61 (20,3%) em CF II. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 9% (27 pacientes), sendo de 13,5% no grupo mitral, 7,5% no grupo aórtico e 4,5% no mitro-aórtico. As taxas linearizadas dos eventos no pós-operatório tardio são: 0,2% pacientes/ano (pac./ano) para endocardite, 0,3% pac./ano para escape paravalvar, 0,2% pac./ano para hemorragia relacionada à anticoagulação e 1,0% pac./ano para tromboembolismo. No pós-operatório tardio 213 (91%) pacientes encontram-se em classe funcional I ,16 (6,8%) em CF II e 4 (1,7%) em CF III e 1 (0,5%) em CF IV. A sobrevida actuarial em 9 anos foi de 68,1 ± 15,5% para a posição mitral e 67,5 ± 10,8% para a aórtica. CONCLUSÃO: Concluímos que os resultados com a utilização das próteses mecânicas de duplo folheto são satisfatórios.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

BRANDÃO,Carlos Manuel de Almeida POMERANTZEFF,Pablo M. A. CUNHA,Cláudio Ribeiro da MORALES,Juan Ignácio Espinoza PUIG,Luiz Boro GRINBERG,Max CARDOSO,Luís Francisco TARASOUTCHI,Flávio STOLF,Noedir A. G.

Sincronia ventricular em portadores de miocardiopatia dilatada e indivíduos normais: avaliação através da ventriculografia radioisotópica

OBJETIVO: Estabelecer parâmetros de sincronia intra- e interventricular em indivíduos normais e compará-los aos de pacientes com miocardiopatia dilatada com e sem distúrbios de condução ao eletrocardiograma (ECG). MÉTODOS: Três grupos de pacientes foram incluídos no estudo: 18 indivíduos (G1) sem cardiopatia e com ECG normal (52+/-12 anos, 29% masculinos); 50 portadores de miocardiopatia dilatada e disfunção ventricular esquerda grave, sendo 20 pacientes (G2) com QRS < 120 ms (51+/-10 anos, 75% masculinos) e 30 pacientes (G3) com QRS > 120 ms (57+/-12 anos, 60% masculinos). Todos foram submetidos à ventriculografia radioisotópica (VR). Para avaliar dissincronia intraventricular esquerda foi estudada a largura do histograma de fase e para avaliar dissincronia interventricular foi medida a diferença da média do ângulo de fase entre o ventrículo direito e o esquerdo (DifDE). RESULTADOS: As frações de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE)s foram: 62±6% (G1), 27±6% (G2) e 22±7% (G3) e do VD foram: 46 ± 4% (G1), 38±9%(G2) e 37±9% (G3). A avaliação da largura do histograma de fase foi de: 89±18 ms (G1), 203±54 ms (G2) e 312±130 ms (G3), p<0,0001. A medida da difVDVE foi de: 14±11 ms (G1), 39±40 ms (G2) e 87±49 ms (G3); quando se compararam G1 x G2 e G1 x G3, p<0,0001 e G2 x G3, p=0,0007. CONCLUSÃO: Os parâmetros analisados discriminam os três grupos de pacientes de acordo com o grau de sincronia ventricular. Pacientes com miocardiopatia dilatada e sem bloqueio de ramo ao ECG (QRS < 120 ms) podem apresentar dissincronia, porém em menor grau que os pacientes com QRS alargado.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Brandão,Simone Cristina S. Giorgi,Maria Clementina P. Miche,Rodrigo T. de Nishioka,Silvana D'Orio Lopes,Rafael Willain Izaki,Marisa Soares Junior,José Martinelli Filho,Martino Meneghetti,José Cláudio

Fechamento de canal arterial por minitoracotomia: técnica e resultados

CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de novembro de 1996 a dezembro de 1997, 15 crianças portadoras de canal arterial (CA), sendo 12 do sexo feminino, com idade média de 2,7 anos, peso médio de 13,9 kg foram submetidas a fechamento do CA por minitoracotomia. O ecodopplercardiograma confirmou o diagnóstico em todos o casos e mostrou o diâmetro do CA entre 2 mm e 10 mm, com média de 4,06 mm. A indicação cirúrgica foi eletiva em todos os casos. A operação consistiu de minitoracotomia esquerda no 4º espaço intercostal de 2,5 cm a 3,0 cm, seguida de dissecção do CA e clipagem do mesmo com 2 clips metálicos. Não foi utilizada drenagem pleural em nenhum dos casos. RESULTADOS: Todos os pacientes receberam alta em média no 4º dia de pós-operatório, sem nenhum escape pelo CA ao ecodopplercardiograma. CONCLUSÃO: O fechamento de CA por minitoracotomia é uma alternativa de tratamento que reduz o período de internação, bom efeito cosmético e baixo índice de complicações.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

SALERNO,Pedro R. JATENE,Marcelo B. SANTOS,Magaly A. PONCE,Freddy BOSÍSIO,Ieda B. Jatene FONTES,Valmir F. SOUZA,Luiz Carlos Bento de JATENE,Adib D.

Prognóstico em médio prazo da cintilografia de perfusão miocárdica de estresse na unidade de dor torácica

OBJETIVO: Determinar o valor prognóstico da cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) de estresse quando aplicada aos pacientes com suspeita de síndrome coronariana aguda (SCA). MÉTODOS: Estudo retrospectivo, onde pacientes internados na unidade de dor torácica (UDT), de dezembro de 2002 a abril de 2004, com suspeita de SCA, depois de afastado infarto agudo do miocárdio (IAM) ou de angina instável de alto risco, realizaram CPM sob estresse. RESULTADOS: Selecionados 301 pacientes, idade média 65,3±12,5 anos e 164 (54,5%) homens. O exame foi iniciado em média 13±12 horas após a internação. Encontrou-se isquemia miocárdica (ISQ) em 142 pacientes (47,2%). O sexo masculino (n=94, p=<0,0001), história de diabete melito (n=31, p=0,033), IAM (n=52, p=<0,0001), de revascularização miocárdica cirúrgica (n=46, p=<0,0001) e de angioplastia coronariana transluminal percutânea (n=68, p=<0,0001) apresentaram correlação com a presença de ISQ (n=73, p<0,001). O seguimento foi de 697,7±326,6 dias. Nenhuma variável cintilográfica se correlacionou com a ocorrência de desfecho primário (óbito ou IAM). A presença de cintilografia alterada (n=76, p<0,0001), de ISQ (n=73, p<0,0001) e a fração de ejeção após estresse abaixo de 45% (n=21, p=0,006) se correlacionaram com ocorrência de desfecho secundário (todos os eventos). A presença de ISQ foi a variável de maior peso pela análise multivariada para predizer desfecho secundário (Risco Relativo = 6,5; IC 95% = 1,61 a 26,83; p=0,009). CONCLUSÃO: A presença de ISQ foi o fator independente de maior peso para predizer eventos adversos em pacientes internados na UDT.

Ano

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Azevedo,Jader Cunha de Félix,Renata Christian Martins Corrêa,Patrícia Lavatori Barbirato,Gustavo Borges Dohmann,Hans Fernando da Rocha Silva,Paulo Roberto Dutra da Mesquita,Evandro Tinoco Mesquita,Cláudio Tinoco