Repositório RCAAP
Cardioplegia sangüínea anterógrada intermitente normotérmica e hipotérmica: estudo comparativo em corações agudamente isquêmicos de coelhos
OBJETIVO: Comparar, em corações agudamente isquêmicos de coelhos, estudados in vitro, o efeito bioquímico e inotrópico da infusão anterógrada intermitente de solução cardioplégica sangüínea hipercalêmica normo ou hipotérmica. MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisadas as concentrações de glicogênio, lactato e a respiração mitocondrial e a Dp/dt max do ventrículo esquerdo. As cardioplegias foram infundidas a cada 20 minutos, durante 60 minutos. O estudo compreendeu as Fase I e II, cada uma envolvendo 4 grupos: Controle, sem isquemia prévia; Isquemia, submetido a estudo bioquímico após 20 minutos de isquemia normotérmica; Normotermia (cardioplegia a 37° C) e Hipotermia (cardioplegia a 17° C). Na Fase I, sem reperfusão, procedeu-se apenas o estudo bioquímico. Na Fase II, com reperfusão, fez-se o estudo funcional (dP/dt) e o metabólico ao final de reperfusão. RESULTADOS: Ao final de 20 minutos de isquemia normotérmica houve queda significativa dos níveis de glicogênio, do consumo de O2 durante o estado 3 da respiração mitocondrial, da razão do controle respiratório (RCR) e elevação nos níveis de lactato, em relação ao controle. A infusão de cardioplegia hipotérmica elevou os níveis de glicogênio e restabeleceu os parâmetros da respiração mitocondrial, mas não alterou o lactato. A cardioplegia normotérmica não alterou os níveis de glicogênio e lactato, obtidos após a isquemia aguda, mas provocou queda maior no consumo de O2 e na RCR. Na Fase II, os valores bioquímicos retornaram a valores semelhantes aos do Controle, com ambas as cardioplegias. A dP/dt max do VE não foi significativamente diferente entre os grupos Normo e Hipotermia. CONCLUSÃO: Ambas as soluções cardioplégicas resultaram em alterações bioquímicas similares ao final da reperfusão e foram igualmente eficazes em preservar a função do VE de coração de coelhos submetidos a período prévio de 20 minutos de isquemia global, em normotermia.
2022-12-06T14:00:36Z
RODRIGUES,Alfredo José VICENTE,Walter Villela Andrade CARNEIRO,João José BASSETTO,Solange
Caso 3/2007: insuficiência cardíaca e bloqueio atrioventricular da condução do estímulo em mulher de 59 anos portadora de sarcoidose
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Medeiros,Fábio de Moraes Seguro,Luis Fernando B. C. Castelli,Jussara Bianchi
Insuficiência tricúspide pós trauma associada a agnesia de músculo papilar anterior
Relatamos o caso de paciente do sexo masculino com 36 anos de idade com sinais e sintomas de insuficiência cardíaca direita. A história revelou trauma torácico há aproximadamente cinco anos. Submetido a operação para tratamento de insuficiência tricúspide, notou-se ausência do músculo papilar anterior da valva tricúspide, fenda na cúspide anterior e dilatação do anel tricuspídeo. Foi realizada sutura da fenda localizada na cúspide anterior e feita sua sustentação utilizando-se tira de pericárdio bovino fixada na face atrial e base do músculo papilar posterior. A operação foi completada com anuloplastia de Revuelta. O paciente obteve nítida melhora dos sintomas no pós-operatório imediato, mantendo-se em classe funcional I (NYHA), após 22 meses de evolução.
2022-12-06T14:00:36Z
FONTES,Ronaldo Ducceschi SALERNO,Hebert Donizete LANZIERI,Serafin D. OLIVEIRA,Suzana Aparecida FERNANDEZ,Jorge ECKERT,Ivana de Lamônica Freire NAJJAR,Alberto FRANCO,Gilberto Paulo Pereira SCALA,Luiz César Nazário
Caso 2/2007: criança de dois anos com comunicação interventricular e banda anômala de ventrículo direito
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Atik,Edmar
Mixoma de átrio direito com origem na veia cava inferior: uma localização rara com implicações diagnósticas e terapêuticas
Os mixomas são os tumores cardíacos primários mais freqüentes. Sua localização habitual é o átrio esquerdo, sendo encontrados também em outros locais. É relatado o caso de paciente de 71 anos que, com diagnóstico de tumor em átrio direito, foi submetido a operação para retirada do tumor. A operação foi realizada, sendo confirmado o diagnóstico e procedida a ressecção do tumor com sucesso e sem intercorrência. Em estudo ecocardiográfico de controle no 4º mês de pós-operatório, evidenciou-se presença de massa residual que parecia originar-se na veia cava inferior. Foi submetida a nova operação, em que foi realizada a ressecção do mixoma, que se originava na veia cava inferior e se projetava para o interior do átrio direito. Com o tumor, foi ressecada, na sua implantação, uma porção da veia cava inferior. O presente relato mostra uma localização rara de origem do mixoma, bem como as complicações quanto ao diagnóstico e à abordagem no tratamento cirúrgico.
2022-12-06T14:00:36Z
STOLF,Noedir A. G. BENÍCIO,Anderson MOREIRA,Luiz Felipe P. ROSSI,Eduardo
Mixoma de átrio esquerdo associado a derrame pleural
Homem de 65 anos apresentando emagrecimento, dispnéia e derrame pleural (DP) recorrente. A avaliação cardiológica evidenciou ruflar diastólico (3/6) no foco mitral e hiperfonese da 1ª bulha. O ecocardiograma e o estudo hemodinâmico mostraram uma grande massa tumoral no átrio esquerdo (AE), sugerindo mixoma e hipertensão pulmonar. A biópsia pleural revelou pleurite crônica inespecífica. O paciente foi submetido à operação com circulação extracorpórea para exérese do tumor de AE e o estudo histopatológico confirmou o diagnóstico de mixoma. O DP tem sido manifestação muito rara do mixoma cardíaco (MC), que às vezes apresenta somente sinais e sintomas inespecíficos de doença inflamatória crônica.
2022-12-06T14:00:36Z
MEIRA,Enoch Brandão de Souza CAMACHO,Ricardo Gomes MEIRA,Daniela Barros de Souza PÓVOA,Rui KASSAB,Kanim Kalil ANIJAR,Alberto Mauro KAHWAGE,Pedro da Costa RICHTER,Ivo
Revascularização do miocárdio em paciente com situs inversus totalis
Relatamos o caso de um paciente com situs inversus totalis associado a coronariopatia obstrutiva em artérias descendente anterior e posterior, coronária direita, primeiro ramo diagonal e ramo marginal esquerdo, quadro condizente com a intervenção de revascularização do miocárdio. Esse procedimento não é freqüente na literatura médica, sendo encontrado apenas um relato na literatura brasileira. A revascularização do miocárdio foi realizada com a artéria mamária interna direita para a artéria descendente anterior, e uma ponte de safena para coronária direita, marginal esquerda, primeiro ramo diagonal e descendente posterior. A cirurgia foi realizada com o auxílio de circulação extracorpórea.
2022-12-06T14:00:36Z
Pego-Fernandes,Paulo Manuel Serro-Azul,João Batista de Matheus,Fernando Maehara,Bruno Shoiti
Registro Brasileiro de Marcapassos: escolha do modo de estimulação no ano de 1999
O Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base de dados nacional que visa a coletar e divulgar informações concernentes aos procedimentos relacionados com a estimulação cardíaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do sexto ano de operação do RBM, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1999 e teve como objetivo principal comparar os dados clínicos dos pacientes submetidos a implante de marcapasso ventricular aos dos pacientes que receberam marcapasso atrioventricular. Nesse período, foram reportados 11.048 procedimentos, perfazendo 8141 (73,7%) implantes iniciais e 2907 (26,3%) reoperações. Foram implantados 6779 (61,4%) marcapassos unicamerais e 4258 (38,6%) bicamerais. Dos implantes de câmara única, apenas 99 (0,9%) foram atriais. A relação média nacional entre implantes ventriculares e atrioventriculares foi de 1,6: 1. Pela análise dos dados apresentados para os primeiros implantes de marcapasso, foi possível verificar fatores que influenciaram a escolha do modo de estimulação, como: 1) a região onde o hospital está instalado; 2) a idade do paciente; 3) a classe funcional e 4) o distúrbio da condução do paciente. Diferenças Regionais: A região centro-oeste diferiu das demais, por apresentar maior número de implante atrioventriculares que ventriculares (relação AV / VVI = 1,5). Nas demais regiões, foram implantados mais marcapassos ventriculares que dupla-câmara com relações AV / VVI variando de 0,78 na região sudeste a 0,51 na região sul. Idade: Na faixa etária de 21 a 60 anos, houve mais implantes bicamerais (relação AV / VVI = 1,7 dos 21 aos 40 anos e 1,25 dos 41 aos 60). Nas demais faixas etárias, o número de implantes ventriculares foi maior, com relação VVI/AV variando de 1,3: 1 nas duas primeiras décadas da vida a 3,2: 1 na faixa etária maior que 81 anos. Classe Funcional: apenas nos pacientes de classe funcional I o número de marcapassos bicamerais excedeu o número de ventriculares (relação AV/VVI = 1,4). Nos pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca prévia, o número de implantes ventriculares foi maior com relação VVI / AV de 1,2: 1 na classe II; de 1,5: 1 na classe III e de 1,9: 1 na classe IV. Distúrbio do Sistema Éxcito-Condutor: Pacientes portadores de doença do nó sinusal receberam aproximadamente duas vezes mais marcapassos fisiológicos que ventriculares (relação AV/VVI = 2,1: 1). Nos portadores de bloqueios do 2º grau, a relação VVI/AV foi de 1,2:1, nos portadores de bloqueios totais, foi 1,8:1 e nos pacientes portadores de flutter ou fibrilação atrial 10: 1. Outros Fatores Analisados: Sintomas pré-operatórios, etiologia do distúrbio da condução e sexo do paciente não estiveram relacionados a diferenças no modo de estimulação escolhido.
2022-12-06T14:00:36Z
COSTA,Roberto TENO,Luiz Antonio Castilho GROPPO,Antonio Amauri ÁVILA NETO,Vicente BELTRAME,Roberto MARQUES,Carla Pintas BROFMAN,Paulo Roberto Slud
Aneurismas múltiplos de pontes aorto-coronárias de veia safena com ruptura fatal
Aneurismas de pontes aorto-coronárias de veia safena são eventos raros, usualmente assintomáticos e detectados de forma incidental. Rupturas espontâneas de pontes de safena são raras, havendo poucos dados radiológicos disponíveis na literatura. Relatamos o caso de um senhor de 39 anos internado com hematêmese dez anos depois de ter sido submetido a cirurgia de revascularização miocárdica. Imagens tomográficas mostraram três aneurismas nas pontes de safena, mas o exame não detectou ruptura. O paciente veio a falecer e a necropsia revelou que a causa do óbito havia sido ruptura de aneurisma de pontes de safena. Esse caso ilustra a necessidade de tratamento agressivo de aneurismas sintomáticos de pontes coronarianas.
2022-12-06T14:00:36Z
Távora,Fábio R. Jeudy,Jean Burke,Allen P.
Trombose coronariana tardia secundária a implante de stent com paclitaxel sem reestenose dos stents convencionais
Homem de 39 anos com angina pós-infarto. Coronariografia demonstrou: obstrução total proximal da artéria coronária direita (ACD), lesões obstrutivas de 95% na artéria descendente anterior (ADA), 80% no 2° ramo marginal esquerdo (ME) e 95% na artéria circunflexa (ACX). O paciente foi submetido a implante de stent TAXUS 3,0 x 24 mm e stent EXPRESS 2,75 x 24 mm nos terços proximal e distal da ACD, respectivamente, e stent INFINNIUM 3,0 x 24 mm na ADA com sucesso. Após 7 meses, apresentou IAM anterior por trombose do stent INFINNIUM e reestenose do stent TAXUS, sem perda de resultado nos stents convencionais.
2022-12-06T14:00:36Z
Abreu,Luciano Maurício de Meireles,George César Ximenes Sumita,Marcos Kiyoshi Forte,Antonio Artur da Cruz Aliaga,Jose Del Carmen Solano Hayashi,Jorge
Assistência ventricular direita facilitando revascularização de vasos posteriores com coração batendo: experiência clínica inicial
Na revascularização do miocárdio com o coração batendo, a exposição das artérias posteriores durante a esternotomia pode levar à deterioração hemodinâmica necessitando um suporte inotrópico. Estudos experimentais recentes demonstraram o benefício hemodinâmico da assistência ventricular direita (AVD). OBJETIVO: Avaliar os efeitos hemodinâmicos da AVD durante a manipulação cardíaca para expor as artérias coronárias posteriores, determinando seu efeito em: restaurar a hemodinâmica, aumentando a exposição anastomótica e diminuindo o uso de inotrópicos. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Onze pacientes (6 homens / 5 mulheres), com idade média de 63,3 anos (49-74) foram revascularizados utilizando AVD. Todos tiveram pelo menos 1 ramo da artéria circunflexa (CX) revascularizado. A parede anterior foi revascularizada sistematicamente sem circulação extracorpórea (CEC) ou AVD. A artéria coronária direita (CD) e o ramo da CX foram completados em AVD. A pressão arterial média (PAM), a pressão média da artéria pulmonar (PAP) e o débito cardíaco (DC) foram registrados durante as anastomoses CD e CX. RESULTADOS: Os dados foram registrados da seguinte maneira: 1) base em normoposição; 2) CX em posição AVD Off; 3) CX em posição AVD On; 4) CD em posição AVD Off; 5) CD em posição AVD On. <img src="http:/img/fbpe/rbccv/v15n4/a01img01.gif"> CONCLUSÕES: A AVD suporta e facilita a revascularização sem CEC para as artérias coronárias posteriores, restaurando a hemodinâmica, possibilitando melhor exposição para as anastomoses e, aparentemente, reduzindo a necessidade de uso de inotrópicos. Estudos prospectivos randomizados são necessários para confirmar esta experiência inicial.
2022-12-06T14:00:36Z
LIMA,Leonardo Esteves SABATOVICS,Nestor REZENDE,Maria Cristina PANIAGUA,Pedro FRANCESCHINI,Itacir A. CARRANZA,Ricardo GOMES,Candido LOPES,Dilma LIMA,André Esteves
Trombose aguda de prótese mecânica mitral tratada efetivamente com trombólise
Mulher com 61 anos de idade, portadora há 11 anos de prótese mecânica, foi internada com dispnéia súbita, palidez e fibrilação atrial. A avaliação diagnóstica incluiu ecocardiografia transesofágica, que demonstrou restrição importante da mobilidade de um dos folhetos da prótese mitral e imobilidade do outro, juntamente com imagem de espessamento compatível com trombo aderido à valva. Foi feito o diagnóstico de trombose de prótese mecânica mitral e instituída terapia trombolítica (rtPA) com sucesso. A paciente está em acompanhamento há mais de um ano, com evolução satisfatória.
2022-12-06T14:00:36Z
Pereira Filho,Wilson Coelho Hallack Neto,Abrahão Pimentel,Leandro Caetano Bonato,Glauco Resende Possani,Felipe de Sousa Caminatti,Moisés
Implante intra-miocárdico de artéria torácica interna: cirurgia de Vineberg
OJBETIVOS: Demonstrar nossa experiência com o implante da artéria torácica interna, para revascularização do miocárdio, procedimento proposto por Vineberg, em 1946. CASUÍSTICA E MÉTODO: De agosto de 1994 a setembro de 1998, foram operados 10 pacientes nos quais foi implantada a artéria torácica interna esquerda na parede ântero-lateral do ventrículo esquerdo. Em todos esses pacientes também foi feito enxerto de safena aorto-coronária. A idade dos pacientes variou de 42 a 73 anos, tendo sexo masculino prevalecido (60%). Todos os pacientes apresentavam doença coronária arterosclerótica difusa, mas com miocárdio viável. A indicação para o implante de artéria torácica interna foi feita durante a operação, devido a impossibilidade de fazer enxerto ou endarterectomia. RESULTADOS: Todos os pacientes estavam muito bem no pós-operatório imediato. O reestudo angiográfico foi feito em 9 pacientes entre 45 dias e 23 meses de pós-operatório, mostrando patência da artéria implantada e uma vasta rede que se comunicava com a coronária nativa. CONCLUSÃO: O implante de artéria torácica interna em miocárdio viável pode ter lugar no arsenal terapêutico da revascularização miocárdica, em casos especiais. Agora, baseados nos erros do passado, podemos selecionar os pacientes e obter melhores resultados. É uma técnica pouco estudada, que deveria ser mais usada, assim possibilitando uma avaliação mais precisa de sua eficácia.
2022-12-06T14:00:36Z
SOUTO,Gladyston Luiz Lima CAETANO,Celme da S. SOUZA,José B. de PAULA,Ary G. de SOUTO,Hanry B. COELHO,Sandro B. P. REIS,Elisângela S. V. dos TEIXEIRA,Marco A. CARVALHO,Márcio R. M. de BOTELHO,Antônio C.
Anuloplastia de homoenxerto pulmonar criopreservado com anel de Delrin na atresia pulmonar com comunicação interventricular
Criança de seis anos portadora de atresia pulmonar com comunicação interventricular, submetida a correção total com um ano, empregando monoválvula de pericárdio bovino na reconstrução da via de saída do ventrículo direito. Evoluiu com importante regurgitação valvar pulmonar (RVP) e disfunção do ventrículo direito. Na reoperação foi implantado homoenxerto pulmonar criopreservado (HPC) com anuloplastia, utilizando anel de Delrin com o intuito de evitar distorção geométrica do conduto. Após dois anos, o ecocardiograma, semelhante ao pós-operatório imediato, demonstra RVP discreta e função ventricular direita normal, sugerindo que essa manobra pode ser utilizada como coadjuvante para otimizar o resultado do implante do HPC.
2022-12-06T14:00:36Z
Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Godoy,Moacir Fernandes de Ramirez,Vladimir Beani,Lilian Moscadini,Aírton Camacho
Correção cirúrgica do aneurisma de ventrículo esquerdo: comparação entre as técnicas de sutura linear e reconstrução geométrica
OBJETIVOS: Avaliar a evolução até 15 anos de acompanhamento dos pacientes submetidos a correção cirúrgica do aneurisma de ventrículo esquerdo, comparando as técnicas de sutura linear (RL) e reconstrução geométrica(RG). CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados 213 pacientes; destes, 166 (77,9%) eram do sexo masculino. A idade média foi de 53,1 anos (DP= 9,9 anos), variando de 24 a 73 anos. Do total dos pacientes, 145 (68%) foram operados pela técnica de SL e 68 (32%) submetidos a RG de VE. A sobrevivência tardia foi medida com o auxílio do método de Kaplan - Meier. Também foram avaliadas a presença de trombo mural, a incidência de óbitos intra-hospitalares e a possibilidade de revascularização concomitante do miocárdio. As diferenças estatísticas (p valor) foram medidas pelos métodos de "Log Rank" nas curvas atuariais de sobrevivência e pelo método de "Nonparametric Test" (teste de duas simples proporções) nas demais comparações. RESULTADOS: O estudo atuarial após 10 anos de acompanhamento dos pacientes submetidos a SL e RG do VE revelou uma sobrevivência de 47,19% (EP=0,056) e de 63,55% (EP=0,068), respectivamente, não apresentando diferença significativa (p= 0,56). Nos dois grupos associados, a sobrevivência foi de 51,34% (EP=0,0473) com 10 anos e de 35,77% (EP=0,0648) com 15 anos de acompanhamento. A incidência de óbitos intra-hospitalares foi de 9,5% no primeiro grupo e de 16,6% no segundo, com p=0,17 e a retirada de trombos da cavidade ventricular esquerda foi de 31,72% e 44,12%, respectivamente, com p=0,07. Foram revascularizados 69% dos pacientes submetidos a SL e 85,3% dos submetidos a RG de VE. Demonstrou-se uma sobrevivência superior, em 10 anos de acompanhamento, para os pacientes revascularizados (p=0,008). CONCLUSÕES: Não houve diferença significativa na curva de sobrevivência dos pacientes comparando as técnicas de sutura linear e reconstrução geométrica de VE. Também foi demonstrado a superioridade na evolução dos pacientes revascularizados.
2022-12-06T14:00:36Z
SGARBI,Cássio José ARDITO,Roberto Vito SANTOS,Rinaldo Costa BOGDAN,Renata Andrea B. ARRUDA JUNIOR,Franscismar Vidal de SILVA,Elaine Moraes da BENITES,Ariane Cristina M. ARDITO,Wilma R. NEVES,Maria de Fátima F. B.
Uso de rTPA e aspirina no tratamento de trombose intracardíaca em recém-nascido
Descreve-se o caso de um recém-nascido prematuro de peso muito baixo, gemelar, com trombose intracardíaca. O recém-nascido apresentou quadro compatível com sepse neonatal, sendo submetido a suporte avançado de vida, terapia com antibióticos, nutrição parenteral, uso de hemoderivados e cateterismo venoso profundo. Evoluiu com suspeita de endocardite infecciosa, sendo realizada ecocardiografia bidimensional com Doppler, quando foi evidenciado volumoso trombo intracavitário. Pela alta letalidade e pela dificuldade técnica da cirurgia, que, em alguns casos, é contra-indicada, optou-se pelo uso do trombolítico ativador de plasminogênio tecidual recombinante humano (rTPA) associado a aspirina, obtendo-se dissolução total do trombo sem efeitos adversos.
2022-12-06T14:00:36Z
Tardin,Fernanda Almeida Avanza Júnior,Antônio Carlos Andião,Marcos Rogério Arantes Rabello,Sônia Maria Alves Andrade Cristello,Emília de Mattos Gouvêa Baltan,Edna Cellis Vaccari Pegurin,Edelweiss Bussinguer Pereira Oliveira,Norma Suely
Remodelamento do ventrículo esquerdo pela técnica da endoventriculoplastia com exclusão septal: experiência inicial
OBJETIVO: Neste trabalho apresentam-se os resultados iniciais do tratamento cirúrgico de aneurismas anteriores do ventrículo esquerdo (Aneu VE), pela técnica de Dor, endoventriculoplastia circular, com exclusão septal, baseada nos conceitos de Hutchins & Bulkley, da geometria do VE e da sua reconstrução geométrica, e nos da operação da redução circular de Jatene. CASUÍSTICA E MÉTODO: No período de abril a outubro de 1999, foram realizados 6 procedimentos para a correção de Aneu VE, com a técnica de Dor. O tempo entre o infarto de parede anterior e a operação variou de 8 dias a 10 meses, sendo que 3 pacientes se encontravam na classe III, 2 na classe IV e 1 na classe I da NYHA. Quatro pacientes eram do sexo masculino e a idade média do grupo era de 58,3 anos. No estudo hemodinâmico pré-operatório, a fração de ejeção global variou de 27 a 46% (média de 37,2%), o volume sistólico final de VE de 64,4 a 135,3 ml (média de 107,9 ml) e o volume diastólico final de VE de 132,9 a 236,4 ml (média de 183,8 ml). A operação foi associada à retirada de trombos do VE em 3 casos, a revascularização coronária concomitante em 5 casos, com o uso de 10 enxertos venosos e 3 arteriais (2,2 enxertos/paciente) e uma endarterectomia. A parede anterior foi revascularizada em 9 casos e as paredes, lateral e inferior, em 2 cada. Os tempos médios de pinçamento aórtico e circulação extracorpórea foram, respectivamente, 44 e 110 minutos. RESULTADOS: O tempo médio de permanência hospitalar pós-operatória foi de 7,7 dias. Os pacientes foram seguidos de 5 a 31 semanas, sendo que todos se encontram na classe funcional I; em 3 casos o cateterismo cardíaco foi realizado e nos outros 3, um ecocardiograma bidimensional, para avaliação da fração de ejeção global, que variou de 42,5 a 60% (média de 49,4%), com melhora de 32,8% em relação à inicial. CONCLUSÃO: Diante destes resultados, pode-se considerar que esta seja mais uma técnica para a melhoria da função e da nova geometria do VE, em casos de correção cirúrgica de Aneu VE.
2022-12-06T14:00:36Z
ALMEIDA,Rui Manuel Sequeira de LIMA JUNIOR,José Dantas BASTOS,Luís de Castro CARVALHO,Cláudia Trufa de LOURES,Danton Rocha
Síndrome metabólica
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Luna,Rafael Leite
Endocardite infecciosa: 12 anos de tratamento cirúrgico
INTRODUÇÃO: A endocardite é uma doença de tratamento difícil e que freqüentemente necessita da participação cirúrgica. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Entre janeiro de 1987 e janeiro de 1999, 159 pacientes foram operados em nosso Serviço, sendo 64,7% do sexo masculino. Este grupo apresentou idade média de 39,2 anos (2 a 78 anos), com peso médio de 57,1 kg. O acometimento valvar aórtico foi o mais freqüente (66 pacientes), sendo na valva nativa em 47 casos e em próteses em 19 (8 metálicas e 11 biológicas): a lesão mitral verificou-se em 53 pacientes, sendo mais comum em portadores de prótese (28 biológicas e 2 metálicas). O comprometimento das duas valvas esteve presente em 28 casos. Os demais pacientes eram portadores de defeitos congênitos ou de marcapasso definitivo. A operação foi indicada por refratariedade ao tratamento clínico, insuficiência cardíaca, quadro infeccioso levando a disfunção valvar ou de prótese, vazamento periprotético, ou ainda por arritmia. RESULTADOS: O estudo microbiológico evidenciou maior prevalência de infecção por Streptococcus viridans e Staphilococcus aureus. A operação realizada nos portadores de endocardite infecciosa em valva nativa propiciou a conservação da valva em 3 pacientes do grupo mitral e em 1 do grupo aórtico; nos demais pacientes empregaram-se próteses (a maioria metálica em aórticos e biológica em mitrais). As reoperações foram freqüentes, tendo pacientes com até quarta operação. A lesão congênita responsável pela maioria dos casos foi a comunicação interventricular (3 casos) e 4 pacientes apresentavam a endocardite em eletrodo de marcapasso. A mortalidade global foi de 16,3%, com maior incidência em portadores de prótese mitral e aórtica submetidos a reoperação. A presença de abscesso como complicação da endocardite infecciosa verificou-se em 18,2% dos pacientes, utilizando-se pericárdio bovino na reconstrução da maioria, com mortalidade de 17,2%. CONCLUSÃO: Concluímos que o tratamento cirúrgico da endocardite infecciosa representa um desafio para o cirurgião, apesar de todo o progresso adicionado ao arsenal diagnóstico e terapêutico desta patologia.
2022-12-06T14:00:36Z
ARNONI,Antoninho Sanfins CASTRO NETO,Josué de ARNONI,Renato Tambellini ALMEIDA,Antonio Flávio Sanches de ABDULMASSIH NETO,Camilo DINKHUYSEN,Jarbas J. ISSA,Mario CHACCUR,Paulo PAULISTA,Paulo P.
O uso de estatinas é benéfico para pacientes com insuficiência cardíaca?
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Miname,Marcio Hiroshi Santos,Raul D. Forti,Neusa Diament,Jayme